Trabalho de Logística e Legislação Tributária

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Fichamento de Estudo de Caso
Isadora Machado Mônaco Viana
Trabalho da disciplina Logística e Legislação Tributária,
 Tutor: Prof. Elca Barcelos Alves 
Petrópolis-RJ
2018
Estudo de Caso : 
CASO WHELAN
Como fatores fiscais interferem na escolha de um local de produção e venda
Neste artigo, vamos estudar o caso da Whelan Pharmaceuticals, empresa estadunidense com bilhões de dólares em vendas, e que precisa decidir sobre um local para alocar os estágios de fabricação e venda de um novo produto, Varex, um medicamento cardiovascular, que está perto da fase de testes com humanos e se mostra promissor. Esta decisão se mostra difícil, pois é preciso considerar entre outros fatores como marketing, fabricação, impostos, crescimento internacional, realocação de verbas e outros fatores financeiros. Quatros locais estão em pauta: Porto Rico, Irlanda, Europa continental e Maryland.
Os fatores citados são de extrema importância para a alocação de uma empresa no mercado internacional e, por isso, faz-se necessária uma análise minuciosa de cada item para que se chegue a um consenso sobre o melhor local, dentre estes quatro, em que a Whelan possa ter vantagem competitiva no mercado, desde a fabricação, mercado consumidor e benefícios fiscais, uma vez que o Varex será um medicamento novo no mercado e com grande probabilidade de conseguir uma patente e ser líder de vendas.
A discussão se inicia com a proposta de expansão para Porto Rico, com análise de fatos como a alíquota concedida (por volta de 17%, se usado o método de partilha de lucro) + 5% de imposto local + 10% de imposto retido (caso o dinheiro seja imediatamente repatriado) para 0% (caso o dinheiro seja investido por 10 anos no país), se mostrando positiva uma nova alocação neste país. Contudo, a Seção 936 (seção do código fiscal dos EUA que oferece isenção permanente de imposto) está em perigo no Congresso. Sob a ótica da fabricação, Porto Rco apresenta mão de obra experiente, infraestrutura e salários ligeiramente mais baixos que nos EUA, mas, em se tratando de exportação para o mercado global encargos sobre entrada na Europa são altos e desvantajosos, além do alto custo com transporte.
Conforme o texto segue, acompanhamos a discussão acerca da Irlanda, cuja alíquota é de 12% e garantida até o ano de 2010. Espera-se que na Irlanda sejam economizados US$35 milhões de dólares por ano pelo quarto ano do Varex no mercado em comparação com a Europa continental. Há o risco de litígio de estimativa de preço decrescente de transferência agressiva de ajuste de US$15 milhões por ano. Quando falamos em marketing podemos esperar a presença da comunidade européia, facilitando as vendas neste território, por conta de encargos menores entre países vizinhos. Ao analisar do ponto de vista da fabricação vê-se uma média salarial baixa, se compararmos com outros países da Europa, porém a mão-de-obra é mais deficitária, inflexível e menos habilidosa. Os fornecedores desta região também são considerados inferiores ao restante da Europa. 
Na Irlanda, a regulamentação ambiental e de segurança são menos rigosoras que os EUA e a Europa, porém há o risco político.
A Europa continental é o próximo local analisado, mostrando que a alíquota é maior e ganhos aumentados podem causar custos tributários adicionais. Na Europa, a Whelan terá um imperativo estratégico global com uma conexão com diversos países, culturas, línguas e características distintas que trazem uma boa projeção de vendas para a companhia. A probabilidade de se tornar líder de vendas local é grande, sendo conhecido e consumido por uma boa parcela do mercado europeu. Vale salientar que a produção na Europa é mais barata que na Irlanda. Além disso, os funcionários do Whelan se mostram mais dispostos a aceitarem alocação na Europa para aumentar a participação de mercado, o que resultaria em mais trabalho a longo prazo que mudar os empregos dos EUA para Porto Rico ou Irlanda com o objetivo de diferencial tributário.
Finalmente consideramos Maryland, um estado norte-americano situado na região nordeste do país. Ao analisar a questão tributária, esta localidade fica acima da Irlanda e Porto Rico, porém abaixo da Europa continental. O que deixa os investidores em dúvida é a questão da alíquota que tanto pode subir por preocupação com o défit federal quanto pode cair, por políticas macroeconômicas. Os custos de implantação, desenvolvimento e infraestrutura são os mais baixos, tendo, com isso, o menor risco negativo caso o Varex fracasse. Analisando a fabricação é o local preferido, pois os custos de partida são os menores e a planta já estaria pronta para começar a produção mais cedo (o que torna a vantagem competitiva da indústria enorme devido ao potencial lucro com as patentes). A produção em Maryland não adicionaria encargos e problemas cambiais, por já estarem nos EUA, não seria um risco político ou uma dificuldade colocar dinheiro nos EUA para fundar as novas instalações de pesquisa de US$1,2 bilhões.
Após apresentação de todos estes prós e contras, cabe aos executivos e diretores da Whelan chegar a um ponto único de acordo sobre a expansão para passar a decisão à alta diretoria da Whelan, anexando planilhas e documentos com o que precisa ser concluído, os prazos e as prioridades para acrescentar material condizente com a decisão. É importante ter dedicação para manter-se no propósito desenhado e conseguir a colaboração para o benefício do crescimento da companhia, seja qual for a escolha.
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