Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Estrutura dos Materiais: arranjos iônicos - Cerâmicos Materiais cerâmicos Image courtesy of Corning Incorporated www.sz-wholesaler.com Sílica refratária para aplicação tecnológica vs sílica em tijolos tradicionais Materiais cerâmicos Reentrada do “space shuttle” na atmosfera terrestre – ângulo entre 28 a 40° Materiais cerâmicos Sílica refratária para aplicação tecnológica – ladrilhos (telhas, blocos) de 99% SiO2 Silica Space Shuttle thermal protection (TPS) tile, c 1980. Materiais cerâmicos Sílica refratária para aplicação tecnológica – ladrilhos (telhas, blocos) de 99% SiO2 Image courtesy Corning Incorporated, Corporate Archives. Materiais cerâmicos Sílica refratária para aplicação tecnológica – ladrilhos (telhas, blocos) de 99% SiO2 Lembrando aula de metais 1 – Sistema Cúbico 2 – Sistema Hexagonal Cúbica de corpo centrado - CCC Cúbica de face centrada - CFC Cúbica simples - CS Hexagonal compacta - HC Hexagonal simples - HS Metais: Estrutura Cúbica 1 – Sistema Cúbico Cúbica de corpo centrado - CCC Ex: Cr, Mo, W, Fe(α), Ta Cúbica de face centrada - CFC Ex: Al, Cu, Au, Ag, Pt Cúbica simples - CS - Ex: Po Sistema Átomos por célula NC Relação do R com a FEA CS 1 6 a=2R 0,52 CCC 2 8 a=4R/√3 0,68 CFC 4 12 a=4R/√2 0,74 Resumo: estruturas cúbicas Estrutura Hexagonal 2 – Sistema Hexagonal Hexagonal Compacta - HC Ex: Ti, Mg, Be, Zn Hexagonal simples - HS - Ex: Te, Se Resumo: estruturas hexagonais Sistema Átomos por célula NC Relação com a FEA HS 3 6 2R 0,60 HC 6 12 a=2R; c/a=1,633 0,74 Materiais Cerâmicos: Estrutura Cristalina Características básicas: • Vem do grego “keramikos” que significa material queimado, o que indicia a necessidade de tratamento térmico para adequar as propriedades mecânicas. Ligação atômica iônica e/ou covalente entre elementos metálicos e não-metálicos. Apresentam densidade inferior aos metais: Devido à relação r/R (raio do cátion/raio do ânion). Ligação iônica/covalente é mais rígida, direcional, e como tal origina estruturas mais abertas com ângulos de ligação bem definidos, resultando em sólidos menos densos comparativamente com os metais. Cerâmicas Metais vs Cerâmicas: características Metais vs Cerâmicas Um (ex: caso do diamante/grafite) ou dois ou mais elementos: Um metal e outro não-metálico Ligação iónica e covalente Elevado ponto de fusão Duros e frágeis Isolantes elétricos e térmico Exceto diamante, supercond. Baixa resistência ao choque térmico Resistência ao ataque químico Pelo menos um elemento metálico Ligação metálica Deformáveis plasticamente Elevada densidade Baixas propriedades a elevadas temperaturas Condutividade elétrica e térmica elevadas Elevado CET Baixa resistência à corrosão Exceto: Ti, Au, Pt Cerâmicas: ponto de fusão COMPOSTO CERÂMICO TEMPERATURA DE FUSÃO (ºc) Carbeto de háfnio , HfC 3900 Carbeto de titânio , TiC 3120 Carbeto de tungstênio , WC 2850 Óxido de magnésio , MgO 2798 Carbeto de silício , SiC 2500 Carbeto de boro , B4C 2450 Óxido de alumínio , Al2O3 2050 Dióxido de silício , SiO2 1715 Nitreto de silicio , Si3N4 1900 Titanato de bário , BaTiO3 1625 Dióxido de titânio , TiO2 1605 Óxido de chumbo , PbO 886 Fonte: William F. Smith, 3rd edition, pag. 583 Cerâmicas PROPRIEDADES TÉRMICAS E FÍSICAS Densidade: 2 a 5 g/cm3 (a maioria) No geral os materiais cerâmicos são isolantes de calor e eletricidade, contudo existe uma classe de materiais cerâmicos que são supercondutores A dilatação térmica é baixa comparada com metais e polímeros Cerâmicas PROPRIEDADES MECÂNICAS Apresentam baixa resistência ao choque, São duros e frágeis em relação à tração (~17 kgf/mm2) São resistentes em relação à compressão, O módulo de elasticidade é alto: ~45.500kgf/mm2 (comparativamente com o aço: 20.000 kgf/mm2) Têm alta dureza e alta resistência ao desgaste. COMPORTAMENTO MECÂNICO DE CERÂMICOS E VIDROS COMPORTAMENTO FRÁGIL • Característica típica dos cerâmicos: -- melhor resistência em compressão que em tração. Cerâmica: Al2O3 policristalina • Ensaio de tração é difícil de fazer e dá dispersão de resultados muito grande • Fazem-se compressão e ensaios de flexão! Tração Compressão Ligações atômicas nas cerâmicas Ligações: “predominantemente” iônica no caso de alguns óxidos, cloretos, fluoretos… e maior caráter covalente observado em nitretos (AlN), carbetos (TiC, SiC). O caráter iônico das ligações aumenta com a diferença de eletronegatividade dos átomos. SiC: pequeno CaF2 : grande CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS CERÂMICOS VIDRO-CERÂMICOSCRISTALINOS AMORFOS (VIDROS) Incluem os cerâmicos à base de Silicatos, Óxidos, Carbonetos e Nitretos... Em geral com a mesma composição dos cristalinos, diferindo no processamento Formados inicialmente como amorfos e tratados termicamente O Silício e o Oxigênio formam cerca de 75% da crosta terrestre, sendo materiais de ocorrência comum na natureza e de baixo custo (areia siliciosa) ! Os cerâmicos avançados são baseados em óxidos, carbonetos e nitretos com elevados graus de pureza Os cerâmicos tradicionais são à base de silicatos, Classificação das cerâmicas: • Cerâmicas tradicionais barro, argila, porcelana, tijolo, azulejos, telhas, potes... cerâmicas à base de silicatos, • Cerâmicas avançadas todas as que possuem aplicação tecnológica, tais como: encapsulamento de chips, isolamento térmico de ônibus espaciais, revestimento de peças, sensores de gases, sensores de carga... entre essas cerâmicas: Cerâmicas • Óxido de alumínio (alumina) e zircônio (zirconia) • Nitreto de silício (Si3N4) • Carbeto de titânio e tungstênio - TiC e WC • Titanato de bário (BaTiO3) • Ferritas (Fe3O4) Cerâmicas Classificação das cerâmicas: • Cerâmicas tradicionais barro, argila, porcelana, tijolo, ... Cerâmicas Classificação das cerâmicas: • Cerâmicas avançadas possuem aplicação tecnológica Aerogel de sílica Cerâmicas • Cerâmicas avançadas ex: aerogel de sílica (98% ar) Coletor de partículas da sonda Stardust (do cometa wild 2 em 2004) Cerâmicas Estruturas iônicas: Quando a ligação iônica entre átomos se realiza no estado sólido, as energias dos átomos diminuem devido à formação dos íons e à sua ligação química em um sólido iônico. Os sólidos iônicos (cerâmicas) têm tendência a ter os seus íons empilhados o mais densamente possível, de modo a baixar também o mais possível a energia total do sólido. Assim, as diversas estruturas cristalinas cerâmicas, bem como células unitárias, podem ser consideradas em termos de planos compactos de íons. Cerâmicas Estruturas iônicas: O empilhamento dos íons nos sólidos iônicos (cerâmicas) é determinado fundamentalmente por dois fatores: • Magnitude da carga elétrica - a necessidade de equilibrar as cargas eletroestáticas, de modo a manter a neutralidade elétrica do sólido iônico. • Tamanho relativo dos íons presentes no sólido iônico - considerando os íons como esferas rígidas com um determinado raio. Os tamanhos relativos dos íons e a necessidade de manter a neutralidade elétrica constituem limitações ao seu empilhamento denso. A magnitude da carga elétrica • O cristal deve ser eletricamente neutro • (nº cargas positivas = nº cargas negativas); • A fórmula química indica: * a razão entre nº de cátions e o nº de ânions; *composição química deve atingir o balanço entre as cargas. • Exemplo CaF2 (fluorita): Ca +2 e F- Deve existir duas vezes maisflúor do que cálcio (CaF2) para manter o balanço de cargas Tamanho relativo dos cátions e ânions Rc (r) : raio do cátion - em geral são menores porque cedem elétrons quando ionizados RA (R): raio do ânion - em geral são maiores porque recebem elétrons Então: rc/RA < 1 CONSIDERAÇÕES SOBRE RAIO IÔNICO (Rc e RA) NÚMERO DE COORDENAÇÃO (VIZINHOS PRÓXIMOS) Depende da razão: rc / RA Tamanho relativo dos cátions e ânions r = raio de cátion (menor pois doou elétrons) R = raio do ânion (maior pois recebeu elétrons) Estruturas cerâmicas cristalinas estáveis formam-se quando os ânions que circundam um cátion estão todos em contato com ele!!! • Razão de raios crítica (minima) para a qual os ânions se tocam entre si e também tocam o cátion central. Tamanho relativo dos cátions e ânions • O “NC” do cátion está relacionado com a relação (r/R); • NC aumenta com o aumento da razão rcátion / Rânion • Para um NC específico existirá uma razão (r/R) crítica ou mínima, para a qual esse contato cátion-ânion é estabelecido • Essa razão é determinada a partir de considerações puramente geométricas!!! Por exemplo: Demonstrar que para um NC = 3 a razão (r/R) = 0,155. Tamanho relativo dos cátions e ânions Tamanho relativo dos cátions e ânions Por exemplo: Demonstrar que para um NC = 6 (sítio octaédrico) a razão mínima (r/R) = 0,414. Tamanho relativo dos cátions e ânions 1cátion p/ 2 ânions forma linear. 1cátion p/ 3 ânions forma de triângulo equilátero planar c/ o cátion como átomo central. 0,155 < r/R < 0,225 1cátion p/ 4 ânions forma de um tetraedro c/ os ânions localizados em cada um dos vértices e o cátion no centro. 0,225 < r/R < 0,414 1cátion p/ 6 ânions forma de um octaedro c/ o cátion circundado por 6 ânions localizados em cada um dos vértices. 0,414 < r/R < 0,732 1cátion p/ 8 ânions forma de um cubo c/ o cátion circundado por 8 ânions localizados em cada um dos vértices. 0,732 < r/R < 1,0 Razões de (r/R) > 1 NC = 12 Incomum para materiais cerâmicos!!! Os materiais cerâmicos, como se organizam em estruturas cristalinas • A grande variedade de composição química das cerâmicas é refletida em suas estruturas cristalinas; • Não se pode dar uma lista completa das estruturas cerâmicas (como foi feito para os metais!!!); • Utiliza-se uma lista sistemática das estruturas mais importantes e representativas das cerâmicas com simetria cúbica: ESTRUTURAS DO TIPO AX ESTRUTURAS DO TIPO AmXp ESTRUTURAS DO TIPO AmBnXp A e B são cátions X é ânion ESTRUTURAS DO TIPO AX Simetria cúbica m=p • Alguns dos materiais cerâmicos usuais são aqueles em que existem números iguais de cátions e ânions (fórmula mais simples!!!). • Esses materiais são designados por compostos AX, sendo A o cátion e X o ânion. Exemplos dos compostos AX no sistema cúbico podem ser: Sal-gema (NaCl) – “lembra uma CFC”* Cloreto de césio (CsCl) – “lembra uma CS”* Blenda de zinco ou esfalerita (ZnS) – “lembra uma CFC”* ESTRUTURAS DO TIPO AX Nota – *lembra mas não é !!! AX - Estrutura do cloreto de sódio (NaCl) ou sal-gema ou halita 0,414 r/R 0,732 NC = 6 •O NC tanto para os cátions como para os ânions é 6 •A estrutura é gerada a partir de uma configuração dos ânions do tipo “CFC”, com um cátion situado no centro do cubo e outro localizado no centro de cada uma das 12 arestas do cubo. • Resulta num arranjo de 2 redes tipo CFC que se interceptam: Uma composta por cátions e outra por ânions NaCl, MgO, MnS, LiF e FeO ... Raio Na+ = 0,102 nm Raio Cl- = 0,181 nm AX - Estrutura do cloreto de sódio (NaCl) ou sal-gema Cada cátion Na+ possui 6 ânions vizinhos Cl- e vice-versa dado que 0.414 < 0.564 < 0.732, os íons ocupam sítios octaédricos (Oc) rNa = 0.102 nm RCl = 0.181 nm rNa/RCl = 0.564 AX - Estrutura do cloreto de sódio (NaCl) ou sal-gema Íons ocupam sítios octaédricos Na+Cl - AX - Estrutura do cloreto de sódio (NaCl) ou sal-gema Exemplos de estruturas tipo AX - sal gema ou cloreto de sódio - NaCl 0,414 r/R 0,732 NC = 6 Exceção à regra AX - Estrutura do cloreto de sódio (NaCl) ou sal-gema Exemplos de estruturas tipo AX - sal gema ou cloreto de sódio - NaCl 0,414 r/R 0,732 NC = 6 AX - Estrutura do cloreto de sódio (NaCl) ou sal-gema Exemplos de estruturas tipo AX - sal gema ou cloreto de sódio - NaCl 0,414 r/R 0,732 NC = 6 O NC tanto para o cátion como para ânion é 8. Os ânions estão localizados em cada um dos vértices do cubo O centro do cubo contém um único íon. CsCl é formado por duas redes CS que se interpenetram. 0,732 r/R 1,0 NC = 8 NÃO é uma rede CCC 2 tipos de íons envolvidos!!! AX- Estrutura do cloreto de césio (CsCl) Cada cátion Cs+ possui 8 ânions vizinhos Cl- e vice-versa dado que 0,732 < 0,939 < 1, os íons ocupam sítios cúbicos rCs = 0.170 nm RCl = 0.181 nm rCs/RCl = 0.939 AX- Estrutura do cloreto de césio (CsCl) Íons ocupam sítios cúbicos AX- Estrutura do cloreto de césio (CsCl) Exemplos de estruturas tipo AX - cloreto de césio - CsCl 0,732 r/R 1,0 NC = 8 Exceção à regra AX- Estrutura do cloreto de césio (CsCl) AX- Estrutura da blenda de zinco (ZnS) ou Esfarelita 0,225 r/R 0,414 NC = 4 Todos os átomos estão tetraedricamente coordenados (NC= 4) Todos os vértices e posições faciais da célula cúbica tipo “CFC” estão ocupados por ânions de S2- (enxofre). Enquanto os íons Zn2+ preenchem posições tetraédricas interiores. Ocorre uma estrutura equivalente se a posição dos íons de Zn2+ e S2- for invertida! Na maioria dos compostos que exibem esta estrutura a ligação é altamente covalente (ex: ZnS, SiC, MnS, CdTe). Cada cátion Zn2+ possui 4 ânions vizinhos S2- e vice-versa dado que 0,225 < 0,402 < ,0414, os íons ocupam sítios tetraédricos rZn = 0.074 nm RS = 0.184 nm rZn/RS= 0.402 AX- Estrutura da blenda de zinco - Esfarelita (ZnS) Zn 2+ S 2- Íons ocupam sítios tetraédricos AX- Estrutura da blenda de zinco - Esfarelita (ZnS) S2- Zn2+ Estrutura da blenda de zinco Exemplos de estruturas tipo AX - blenda de zinco - ZnS 0,225 r/R 0,414 NC = 4 AX- Estrutura da blenda de zinco - Esfarelita (ZnS) AX - Estrutura do Monóxido de Nióbio – II (NbO) • O NC tanto para os cátions (Nb2+) como para os ânions (O2-) é 4. • A estrutura é gerada a partir de uma configuração os cátions ocupam o centro das faces e os ânions ocupam o centro das 12 arestas da célula cúbica. Raio Nb2+ = 0,086 nm Raio O2- = 0,140 nm rNb/RO = 0.614 Oxigênio Nióbio dado que 0,414 < 0,614 < 0,732, os íons deveriam ocupar sítios octaédricos O que não acontece!!! Exceção à regra! Íons ocupam sítios quadrangulares planares AX - Estrutura do Monóxido de Nióbio – II (NbO) • O NC tanto para os cátions (Nb2+) como para os ânions (O2-) é 4. • A estrutura é gerada a partir de uma configuração os cátions ocupam o centro das faces e os ânions ocupam o centro das 12 arestas da célula cúbica. Oxigênio Nióbio Íons ocupam sítios quadrangulares planares ESTRUTURAS DO TIPO AmXp Simetria cúbica m≠p ESTRUTURAS DO TIPO AmXp • Se as cargas dos cátions e dos ânions não forem iguais gera um composto cuja fórmula química é: AmXp • Onde m e/ou p serão ≠ 1 • Exemplo composto do tipo AX2 fluorita (CaF2) 0,732 r/R 1,0 NC = 8 • Os íons cálcio estão no centro do cubo com os íons flúor nos vértices. • A fórmula química mostra que para um determinado número de íons de F- existe apenas metade deste número de íons de Ca2+ UO2, , ZrO2, CeO2 , PuO2 e ThO2 • Forma umaestrutura semelhante à do CsCl (NC=8), exceto pelo fato de que apenas metade das posições centrais no cubo estariam ocupadas por íons de Ca2+. Dióxido de urânio zircônia Dióxido de Cério Dióxido de plutônio Dióxido de tório AX2 - Estrutura da fluorita - CaF2 Metade das posições centrais no cubo estão ocupadas por íons de Ca2+ dado que 0.732 < 0.855 < 1, os íons Ca2+ ocupam sítios cúbicos (NC=8) e os íons F- ? rCa2+ = 0,112 nm RF- = 0.131 nm rCa/RF= 0.855 Ca 2+ F - AX2 - Estrutura da fluorita - CaF2 O número de unidades de CaF2 por célula é 8. Íons formam uma rede do tipo CFC, e os íons ocupam as 8 posições tetraédricas da célula os íons - ocupam sítios tetraédricos (NC=4) Ca 2+ F - AX2 - Estrutura da fluorita - CaF2 A2X- Estrutura da antifluorita - Na2O Cada íon O2- está rodeado por 8 íons Na+ (NC=8) Cada íon Na+ está rodeado por 4 íons O2- (NC=4) O número de unidades de Na2O por célula é 4. Exemplos: Na2O, K2O, Li2 O, Na2S, K2S, Na2Se, MgSi2 O 2- Na + Estrutura inversa da fluorita, As posições dos íons estão invertidas As posições centrais no cubo estão ocupadas por íons de Na+ Então pela regra, 0.414 < 0.728 < 0,732, os íons Na2+ ocupariam sítios octaédricos rNa+ = 0,102 nm RO2- = 0.140 nm rNa+/RO2-= 0.728 O2- Na + A2X- Estrutura da antifluorita - Na2O Íons formam uma rede do tipo CFC, e os íons ocupam as 8 posições tetraédricas da célula os íons + ocupam sítios tetraédricos (NC=4) A2X- Estrutura da antifluorita - Na2O Na + O 2- Íons formam uma rede do tipo “CFC”, e os íons ocupam todas as posições tetraédricas e octaédricas da célula cúbica (ex: Li3Sb , Li3Pb). os íons + ocupam todos sítios tetraédricos e octaédricos (NC= 4 e 6)… e os ânions Bi 3- ??? A3X- Estrutura do Bismuteto de Lítio - Li3Bi Bi3- Li+ Lembrar: na célula cúbica podemos ter: - 8 posições tetraédricas - 4 posições octaédricas Íons formam uma rede do tipo CS, ocupando as posições octaédricas da célula cúbica, os íons ocupando o centro das arestas. os íons 2- tem NC= 2, sítios lineares AX3 - Estrutura do trióxido de Rênio - ReO3 Re6+ O2- os íons 6+ ocupam sítios octaédricos (NC=6) A2X3 - Estrutura tipo corindo - ReO3 Re 6+ O 2- Os cátions ocupam as posições octaédricas da célula cúbica Ânions formam uma rede do “tipo CFC”, os cátions podem ocupar posições tetraédricas e/ou octaédricas. Estruturas Cerâmicas Cúbicas do tipo “CFC” - Resumo: Fluorita Blenda de Zn Sal gema CFC ESTRUTURAS DO TIPO AmXp Simetria Hexagonal m=p m≠p Um dos polimorfos do sulfeto de zinco (ZnS) cristaliza na estrutura tipo wurtzita formando uma rede hexagonal, onde os cátions e os ânions ocupam as posições tetraédricas da célula hexagonal Ex: ZnS, ZnO, CdS, BeO os íons ocupam sítios tetraédricos (NC=4) AX - Estrutura tipo Wutzita Zn2+ S2- Na estrutura corindo os ânions bivalentes formam uma rede do tipo HC, e os cátions trivalentes ocupam as posições octaédricas da célula hexagonal Ex: Al2O3 , Be2O3 e Y2O3 os íons 3+ ocupam sítios octaédricos (NC=6) A2X3 - Estrutura tipo corindo ESTRUTURAS DO TIPO AmBnXp m=n m≠n X O2- • Formada por compostos cerâmicos com mais do que um tipo de cátion, neste caso, 2 cátions diferentes (A ≠ B) • Existem 2 tipos de estrutura perovskita ( tipo A e tipo B) AmBnXp - m=n ABX3 - Estrutura da perovskita Perovskita tipo A Perovskita tipo B A O 2- B • Os íons Mn3+ ocupam os vértices da célula cúbica. • O íon alcalino terroso La3+ ocupa a posição central • Os íons O2- ocupam o centro das arestas da célula. ABX3- Estrutura da perovskita - tipo A (ex: MnLaO3) Os íons Mn3+ estão no centro de um octaedro cujos vértices são os íons O2-… e vice versa. NC do cátion A - Mn3+ = 6 NC do cátion B - La3+ = 12 NC do ânion X - O2- = 6 Exemplos: MnLaO3, MnSrO3 (Lantanato de manganês) ABX3- Estrutura da perovskita - tipo A NC do cátion A - La3+ = 12 NC do cátion B e ânion X - Mn3+ e O2- = 6 - sítios octaédricos • Os íons Ba2+ e O2- formam uma célula unitária tipo CFC, com os íons Ba2+ ocupando os vértices e os íons O2- nas faces da célula. • O íon Ti4+ ocupa o centro o sitio octaédrico da célula ABX3- Estrutura da perovskita - tipo B (ex: BaTiO3) NC do cátion A - Ba2+ = 12 NC do cátion B - Ti4+ = 6 NC do ânion X - O2- = 6 Propriedades eletromecânicas consideráveis efeito piezelétrico Ex: BaTiO3 , CaTiO3 , CaZrO3 SrZrO3 , SrSnO3 , SrTiO3 , LaAlO3 O2- Ba2- Ti4+ (Titanato de bário) ABX3- Estrutura da perovskita - tipo B (ex: BaTiO3) NC do cátion A - Ba2+ = 12 NC do cátion B e ânion X - Ti4+ e O2- = 6 ABX3- Estrutura da perovskita • Resumo: sítios na estrutura perovskita (tipo A e tipo B) Perovskita tipo A Perovskita tipo B • Os íons de O2- formam uma rede do tipo CFC onde os cátions A e B ocupam sitios intersticiais tetraédricos e octaédricos. • Ex: Ferritas (cerâmicas com propriedades magnéticas) AmBnXp - m≠n AB2X4 - Estrutura do espinélio O2- A2+ B3+ NC do cátion A2+ = 4 NC do cátion B3+ = 6 NC do ânion X2- = 4 Propriedades eletromecâmnicas e magnéticas consideráveis , ex: Ferrimagnéticos • Os íons de O2- formam uma rede do tipo CFC onde os cátions Mg2+ e Al3+ ocupam sítios tetraédricos e octaédricos, respectiva/. NC do cátion A - Mg2+ = 4 NC do cátion B - Al3+ = 6 NC do ânion X - O2- = 4 AB2X4 - Estrutura do espinélio - normal (ex: MgAl2O4) Ex: MgAl2O4 , FeAl2O4; MnAl2O4; ZnAl2O4; MgCr2O4; FeCr2O4 • Estrutura do MgAl2O4 AB2X4 - Estrutura do espinélio - normal (ex: MgAl2O4) O2- Mg2+ Al3+ • Estrutura do MgAl2O4 AB2X4 - Estrutura do espinélio - normal (ex: MgAl2O4) • A célula do espinélio é composta por 8 semi-células. NC do cátion A2+ = 4 NC do cátion B3+ = 6 NC do ânion X2- = 4 AB2X4 - Estrutura do espinélio - invertido (ex: FeFe2O4) Exemplos: Fe3O4 MnFe2O4 CuFe2O4 MgFe2O4 , ZnFe2O4 NC do cátion A - Fe2+/ Fe3+ = 6 NC do cátion B - Fe3+ = 4 NC do ânion X - O2- = 6 • Os íons de O2- formam uma rede do tipo CFC onde os cátions mudam de posição relativamente ao espinélio normal, os cátions trivalentes ocupam sítios tetraédros e os bivalentes os octaédricos • Os cátions bivalentes (A2+) ocupam posições octaédricas e os trivalentes (B3+) ocupam posições tetraédricas. AB2X4 - Estrutura do espinélio - invertido (ex: FeFe2O4) Exemplos: Fe3O4 MnFe2O4 CuFe2O4 MgFe2O4 Mg2TiO4 , ZnFe2O4 NC do cátion A - Fe2+ = 6 NC do cátion B - Fe3+ = 4 NC do ânion X - O2- = 6 AB2X4 - Estruturas do espinélio RESUMO DE ALGUMAS ESTRUTURAS CRISTALINAS CERÂMICAS MAIS COMUNS Nota 1 - Não devemos dizer que a estrutura da cerâmica é CFC ou CS (como acontece para os metais “puros”, onde só temos átomos do mesmo elemento). Nas cerâmicas temos íons diferentes (cátions e ânions). Nota 2 - Uma outra maneira de representar a fluorita, é colocar os cátions ocupando posições do tipo CFC, e os ânions ocupando todas as posições tetraédricas dentro da célula. Na estrutura da antifluorita os cátions e ânions ocupam posições invertidas da fluorita. Tipo B CÁLCULO DO FATOR DE EMPACOTAMENTO PARA AS CERÂMICAS – F.E.I. Parâmetros de rede, ao : NaCl = 2Rcloro + 2rsódio CsCl = (2Rcloro + 2rcésio )/√3 ZnS = (Renxofre + rzinco) / (√3/4) CaF2 = (Rcálcio+ rfluor) / (√3/4) Na2O = (Rsódio+ roxigênio) / (√3/4) BaTiO3 = (2Rbário + 2Roxigênio )/√2 Como identificar esses parâmetros de rede ??? Como relaciono o parâmetro de rede com os raios iônicos??? PARÂMETRO DE REDE - a Paracalcular o parâmetro de rede de um sólido iônico (cerâmica) devemos observar o seguinte: 1. Qual a direção em que os diferentes íons (cátions e ânions) estão em contato (se tocam). 2. Número de íons que estão em contato nessa direção (lembrar que no “modelo das esferas rígidas” devemos contar a partir do centro de átomo ou do íon). 3. Determinar o comprimento dessa direção com base em considerações trigonométrica e nos raios dos íons interceptados (“atravessados”). ao = 2Rcloro + 2rsódio ao - Cloreto de sódio (NaCl) ou sal-gema Cl- Na+ Cl- Na+ Cl- Cl- Cl- Na+ Na+ Na+ Cl- a = (2Rcloro + 2rcésio )/√3 ao - Cloreto de césio (CsCl) Cl- Cs+ Cl- Cl- Cl - Cl- Cs+ (√3)/4 . a = (Renxofre + rzinco) ao - Blenda de zinco (ZnS) r R S2- Zn2+ 1,0,0 ¾ , ¼ , ¼ Zn2+ a S2- (√3)/4 . a = (RFlúor + rCálcio) ao - Fluorita (CaF2) r R F-Ca 2+ 1,0,0 ¾ , ¼ , ¼ Ca2+ a F- (√3)/4 . a = (ROxigênio + rSódio) ao - Antifluorita (Na2O) rR Na+ O2- 1,0,0 ¾ , ¼ , ¼ O2- a Na+ ao - Perovskita tipo B (BaTiO3) Ba2+ Ba2+ Ba2+ Ba2+ a = (2RBário + 2rOxigênio )/√2 ao - Exercício - Perovskita tipo A (MnLaO3) a = ??? onde se tocam os íons??? CÁLCULO DA DENSIDADE VOLUMÉTRICA - r Ac aacc NV AnAn r Ac NV An . . r METAIS CERÂMICAS Sendo: nc = número de íons eq. - cátions; na= número de íons eq. - ânions; Ac = peso atômico do cátion; Aa= peso atômico do ânion; Vc = volume da célula unitária = a 3 (se for célula cúbica) NA = número de Avogadro (6,023x10 23 íons/mol) 1. Calcule a densidade volumétrica do alumínio CFC e do cloreto de sódio (NaCl), em g/cm3 2. Compare ambas as respostas e mostre as razões para o metal ser mais denso que a cerâmica. Dados: RCl - =0,181 nm , A(Cl)= 35,45 g/mol RNa +=0,102 nm , A(Na)=22,99 g/mol RAl3+=0,143 nm , A(Al)l= 26,98 g/mol EXERCÍCIO r Al = 2,7 g/cm3 r NaCl = 2,1 g/cm3 CÁLCULO DO FATOR EMPACOTAMENTO IÔNICO - FEI célula aacc V VnVn FEI célulaV Vn FEA . METAIS CERÂMICAS Sendo: nc = número de íons eq. - cátions; na= número de íons eq. - ânions; Vc = volume do cátion; (4/3*∏*r 3) Aa= volume do ânion; (4/3*∏*R 3) Vc = volume da célula unitária = a 3 3. Calcule o F.E.I. para as cerâmicas abaixo (a) NaCl (b) CsCl (c) BaTiO3 (d) ZnS (e) CaF2 EXERCÍCIO Dados: RCl - = 0,181 nm RNa + = 0,102 nm RCs + = 0,170 nm RBa 2+ = 0,136 nm RTi 4+ = 0,068 nm RO 2- = 0,140 nm Rzn 2+ = 0,060 nm RS 2- = 0,174 nm RCa 2+ = 0,112 nm RF - = 0,131 nm R: FEI NaCl = 65% FEI CsCl = 68% FEI BaTiO3 = 78% FEI ZnS = 47% FEI CaF2 = 56% 3. Calcule o F.E.I. para as cerâmicas abaixo (a) NaCl EXERCÍCIO Dados: RCl - = 0,181 nm RNa += 0,102 nm FEI NaCl = 65% Cl Na Cl- Na+ a a = 2Rcloro + 2Rsódio = 0,566 nm 3. Calcule o F.E.I. para as cerâmicas abaixo (b) CsCl EXERCÍCIO Dados: RCs += 0,170 nm RCl - = 0,181 nm a = (2Rcloro + 2Rcésio )/√3 Cl- Cs+ Cl- Cs+ FEI CsCl = 68% = 0,405 nm 3. Calcule o F.E.I. para as cerâmica abaixo (c) BaTiO3 EXERCÍCIO Dados: RBa 2+= 0,136 nm RTi 4+= 0,068 nm RO 2- = 0,140 nm a = (2Rbário + 2Roxigênio )/√2FEI BaTiO3 = 78% = 0,390 nm a 4. Calcule o D.I.L. na direção [110] para cerâmica NaCl, em íons Cl-/nm EXERCÍCIO Dados: RCl - = 0,181 nm rNa += 0,102 nm Cl Na a = 2Rcloro + 2rsódio [110] DIL[110] = 2 íons Cl - /a.√2 = 2,5 íons Cl- / nm = 0,566 nm a a 5. Calcule o D.I.P. no plano (110) para os íons Cl- da NaCl, em íons Cl-/nm2 EXERCÍCIO Cl Na a = 2Rcloro + 2rsódio (110) DIP(110) = 2 íons Cl - /a*a.√2 Dados: RCl - = 0,181 nm e rNa + = 0,102 nm = 4,4 íons Cl- / nm2 a 6. Calcule o D.I.P. no plano (111) para os íons Cl- da NaCl, em íons Cl-/nm2 EXERCÍCIO Dados: RCl - = 0,181 nm e rNa + = 0,102 nm Cl Na (111) DIP(111) = 2 íons Cl /[(a.√2).(a.√2.√3)] = 1,8 íons Cl -/nm2 h2 = (a.√2)2-(a.√2/2)2 A▲ = (b.h) /2 h = (a.√2.√3) a = 0,566 nm 7. O MgO possui uma estrutura AX tipo sal-gema e uma densidade teórica de 3.58 g/cm3. Calcule: a) O parâmetro de rede do MgO (em nm)? (a =0,421nm) b) O raio do cátion Mg2+ (em nm)? (rMg2+ = 0,073nm) c) O Fator de Empacotamento Iônico do MgO (em %)? 71% d) Densidade Iônica Linear (DIL) na direção [011] em íons O2- /nm ? 3,4 íons O2-/nm e) Densidade Iônica Planar (DIP) no plano (111) em íons O2- /nm2 ? 6,5 íons íons O2-/nm2 EXERCÍCIO Dados: RO 2- = 0,140 nm A(Mg) = 24,31 g/mol A(O)= 16,0 g/mol NAvog.= 6,023*1023 íons/mol 8. Para o titanato de bário (BaTiO3), calcule: a) O parâmetro de rede da célula unitária (em nm) a =0,39nm b) O volume da célula unitária (em cm3 ) V= 5,93*10-23cm3 c) Densidade teórica (em g/cm3) ρ = 6,5 g/cm3 d) DIL na direção [100], [110] e [111] (em íons íons Ba2+ /nm) e) DIP no plano (100), (110) e (111) (em Ba2+ /nm2) EXERCÍCIO Dados: RBa 2+= 0,136 nm RTi 4+= 0,068 nm RO 2- = 0,140 nm A(Ba) = 137,34 g/mol A(Ti)= 47,9 g/mol A(O)= 16 g/mol a = (2rbário + 2Roxigênio )/√2 9. Para o cloreto de césio (CsCl), calcule: a) O parâmetro de rede da célula unitária (em nm) a = 0,405nm b) O volume da célula unitária (em cm3 ) V= 6,64*10-23cm3 c) Densidade teórica (em g/cm3) ρ = 4,2 g/cm3 d) DIL na direção [100], [110] e [111] (em íons Cl- /nm) e) DIP no plano (100), (110) e (111) (em íons Cl- /nm2) EXERCÍCIO Dados: RCs + = 0,170 nm RCl - = 0,181 nm A(Cs) = 132,91 g/mol A(Cl) = 35,45 g/mol a = (2Rcloro + 2rcésio )/√3 10. Para a blenda de zinco (ZnS), calcule: a) O parâmetro de rede da célula unitária (em nm) a = 0,54nm b) O volume da célula unitária (em cm3 ) V= 1,57*10-22cm3 c) Densidade teórica (em g/cm3) ρ = 4,1 g/cm3 d) DIL na direção [100], [110] e [111] (em íons S2-/nm) e) DIP no plano (100) e (110) (em íons S2- /nm2) EXERCÍCIO Dados: RZn 2+= 0,060 nm RS 2- = 0,174 nm A(Zn) = 65,37 g/mol A(S) = 32,06 g/mol (√3)/4 . a = (Renxofre + rzinco) Zn 2+ S 2- 10. Para a blenda de zinco (ZnS), calcule: DIP plano (110) em íons S2- EXERCÍCIO Zn 2+ S 2- Zn 2+ S 2- (√3)/4 . a = (Renxofre + rzinco) Dados: RZn 2+= 0,060 nm RS 2- = 0,174 nm 10. Para a blenda de zinco (ZnS), calcule: DIP plano (111) em íons S2- EXERCÍCIO (√3)/4 . a = (Renxofre + rzinco) Zn 2+ S 2- Zn 2+ S 2- Dados: RZn 2+= 0,060 nm RS 2- = 0,174 nm 11. Para a flourite (CaF2), calcule: a) O parâmetro de rede da célula unitária (em nm) a = 0,56nm b) O volume da célula unitária (em cm3 ) V= 1,76*10-22cm3 c) Densidade teórica (em g/cm3) ρ = 2,95 g/cm3 d) DIL na direção [100], [110] e [111] (em íons Ca2+ /nm) e) DIP no plano (100), (110) e (111) (em íons Ca2+ /nm2) EXERCÍCIO Dados: Rca 2+= 0,112 nm RF - = 0,131 nm A(Ca) = 40,08 g/mol A(F) = 19 g/mol (√3)/4 . a = (Rflúor + rcálcio) 11. Para a fluorita (CaF2), calcule: DIP plano (110) em íons Ca2+ EXERCÍCIO F - Ca 2+ Dados: RZn 2+= 0,060 nm RS 2- = 0,174 nm Ca2+ F- (√3)/4 . a = (Rflúor + rcálcio) 11. Para a fluorita (CaF2), calcule: DIP plano (111) em íons Ca2+ EXERCÍCIO F - Ca 2+ Dados: RZn 2+= 0,060 nm RS 2- = 0,174 nm Ca2+ F- (√3)/4 . a = (Rflúor + rcálcio) 12. Sabendo que o parâmetro de rede para o espinélio normal MgAl2O4, é de 0,808 nm, calcule: a) O volume da célula unitária (em cm3) V = 5,27*10-22cm3 Nota: lembrar que a célula unitária da espinela é composta por 8 semi- células. EXERCÍCIODados: A(Mg) = 24,31 g/mol A(Al) = 26,98 g/mol A(O) = 16 g/mol 12. Sabendo que o parâmetro de rede para o espinélio normal MgAl2O4, é de 0,808 nm, calcule: b) Densidade teórica? (em g/cm3) EXERCÍCIO ρ ≈3,58 g/cm3 13. O trióxido ReO3 apresenta simetria cúbica AX3. Calcule: a) O parâmetro de rede da célula unitária (em nm) a = 0,39nm b) O volume da célula unitária (em cm3) V= 5,93*10-23cm3 c) Densidade teórica (em g/cm3) ρ = 6,55 g/cm3 d) DIL na direção [100], [110] e [111] (em íons Re 6+ /nm) e) DIP no plano (100) e (110) (em íons Re 6+/nm2) f) DIP no plano (200) em íons O2-/nm2 EXERCÍCIO Dados: RRe 6+= 0,055 nm RO 2- = 0,140 nm A(Re) = 186,21 g/mol A(O) = 16 g/mol a = 2(ROxigênio + rRênio) Re 6+ O 2- 14. O monóxido de nióbio-II- (NbO) apresenta simetria cúbica tipo AX (ver imagem abaixo). Calcule: a) O parâmetro de rede da célula unitária (em nm) a= 0,429 nm b) O volume da célula unitária (em cm3) V= 7,89*10-23cm3 c) Densidade teórica (em g/cm3) ρ = 6,88 g/cm3 d) DIL na direção [220] (em íons Nb2+/nm) e) DIP no plano (110) (em íons Nb2+/nm2) EXERCÍCIO Dados: RNb 2+= 0,086 nm RO 2- = 0,140 nm A(Nb) = 92,91 g/mol A(O) = 16 g/mol NAvog.= 6,023*1023 íons/mol CERÂMICAS À BASE DE SILICATO CERÂMICAS À BASE DE SILICATO Os silicatos são materiais compostos principalmente por silício e oxigênio (2 elementos mais abundantes!!!); Exemplos: solos, argilas, rochas e areia. Não são caracterizados em formas de células unitárias e sim em arranjos do tetraedro SiO4 4- • Cada átomo de Si está ligado a quatro átomos de oxigênio. • O nos vértices do tetraedro • Si no centro do tetraedro CERÂMICAS À BASE DE SILICATO SÍLICA É o silicato mais simples quimicamente – dióxido de silício (SiO2). Consiste de uma rede tridimensional, quando todos os átomos de O localizados nos vértices de cada tetraedro são compartilhados pelos tetraedros vizinhos. O sólido como um todo é eletricamente neutro. Razão entre o nº de Si e o nº de O é 1:2 (como mostrado na fórmula!) A estrutura cristalina é conseguida quando os tetraedros estão arranjados de forma regular e ordenada. Unidade básica tetraedro SiO4 4- CERÂMICAS À BASE DE SILICATO SÍLICA Existem três formas cristalinas polimórficas para a sílica: quartzo α e β cristobalita tridimita São estruturas complexas e relativamente “abertas” (os átomos não estão densamente compactados). A sílica cristalina possui densidade relativamente baixa: Quartzo à Tamb. r = 2,65 g/cm3 ESi-O é alta P.F. = 1710ºC CERÂMICAS À BASE DE SILICATO SÍLICA Existem 04 formas cristalinas polimórficas para a sílica à pressão 1atm: quartzo α e β, cristobalita, tridimita CERÂMICAS À BASE DE SILICATO VIDROS À BASE DE SÍLICA A sílica também pode existir na forma de um sólido não cristalino (vidro). Alto grau de aleatoriedade atômica característica de um líquido, daí a denominação de sílica fundida ou sílica vítrea. Unidade básica tetraedro SiO4 4- B2O3, GeO2 e SiO2 Óxidos formadores de redes CERÂMICAS À BASE DE SILICATO VIDROS À BASE DE SÍLICA Os vidros comuns (recipientes, janelas, ...) são a base de sílica aos quais foram adicionados outros óxidos como o CaO e o Na2O (óxidos modificadores de redes). - Baixam a temperatura de fabrico do vidro. Representação esquemática do vidro de sódio-silicato. CERÂMICAS À BASE DE SILICATO SILICATOS Para os vários minerais à base de silicatos, 1, 2 ou 3 átomos de O dos vértices do tetraedro SiO4 4- são compartilhados com outros tetraedros para formar estruturas consideravelmente mais complexas. CERÂMICAS À BASE DE SILICATO SILICATOS SIMPLES Dentre esses silicatos, aqueles que são considerados estruturalmente mais simples, envolvem tetraedros isolados. Exemplo: forsterita (Mg2SiO4); aquermanita (Ca2MgSi2O7) dois tetraedros compartilham o O em comum 2 íons Mg2+ associado 2 íons Ca2+ e 1 Mg2+ a cada tetraedro associado a cada tetraedro CERÂMICAS À BASE DE SILICATO SILICATOS EM CAMADAS Uma estrutura bidimensional em lâminas é conseguida quando ocorre o compartilhamento de 3 O em cada um dos seus tetraedros. Ex: a caolinita - Al2(Si2O5)(OH)4 É um dos materiais argilosos mais comuns e possui estrutura de silicatos em lâminas com 2 camadas relativamente simples. = CARBONO CARBONO Existe em várias formas alotrópicas, inclusive amorfo. Não se enquadra em nenhuma das classificações dos materiais: metais, cerâmica ou polímeros. Formas alotrópicas: diamante, grafita, fulerenos, nanotubos de carbono e grafeno… volta a ser discutida neste momento por dois motivos: grafita (uma das formas alotrópicas do C) ser classificada “por alguns autores” como uma cerâmica. diamante (outra forma alotrópica do C) tem uma estrutura semelhante à da blenda de zinco CARBONO DIAMANTE “Instável” nas condições normais de T e P. Estrutura cristalina é uma variação da blenda de zinco - “Estrutura Cúbica do Diamante” C ocupa todas as posições 1C liga-se a outros 4C ligações 100% covalentes - hibridização sp3 !!! Por suas propriedades o diamante se torna extremamente atrativo comercialmente. condutividade elétrica dureza Estrutura cristalina cúbica do diamante CARBONO GRAFITA Mais estável do que o diamante (termodinamica/) Estrutura camadas de átomos de C com arranjo hexagonal. Dentro dessas camadas, cada C se liga a 3C vizinhos, coplanares, covalentemente. fica 1e- deslocalizado em uma orbital π entre as camadas adjacentes existe atração eletrostática - igação fraca do tipo van der Waals. Uma conseqüência das ligações interplanares fracas Clivagem Lubrificante sólido DIAMANTE x GRAFITA DIAMANTE x GRAFITA DIAMANTE x GRAFITA DIAMANTE x GRAFITA DIAMANTE x GRAFITA DIAMANTE x GRAFITA CARBONO FULERENOS Descobertos em 1985. Estrutura aglomerado esférico e oco de 60 C. C60 Cada molécula é composta por grupos de C ligados uns aos outros em configurações: pentagonais hexagonais CARBONO : FULERENOS CARBONO : FULERENOS CARBONO : FULERENOS CARBONO : NANOTUBOS NANOTUBOS DE CARBONO Descoberta recente e que possui propriedades únicas e tecnologicamente promissoras. Estrutura 1 única lâmina de grafita enrolada na forma de um tubo com as extremidades fechadas por 2 hemisferas C60 de fulerenos. CARBONO Há tbm nanotubos com múltiplas paredes compostas por cilindros concêntricos Cada nanotubo é uma única molécula formada por milhões de átomos. l >>>>> d !!! CARBONO : NANOTUBOS CARBONO : NANOTUBOS Observem a escala !!!! CARBONO GRAFENO O grafeno é o material mais forte já demonstrado, consistindo em uma folha planar de átomos de carbono densamente compactados em uma grade de duas dimensões com espessura de apenas um átomo, reunidos em uma estrutura cristalina hexagonal plana; Vem para substituir o silício devido à sua altíssima eficiência em comparação ao Si. Em teoria, um processador, ou até mesmo um circuito integrado, poderia chegar a mais de 500 GHz. O silício, por sua vez, trabalha abaixo de 5 GHz. O uso de grafeno proporcionaria equipamentos cada vez mais compactos, rápidos e eficientes. CARBONO Prof. Dr. Jorge Carlos Pereira jocabuzo@gmail.com
Compartilhar