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SÍNTESE DE BIODIESEL DE SOJA UTILIZANDO A HIDROTALCITA COMO A CATALISADOR HETEROGÊNEO PEDRO E RAMON

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1 
SÍNTESE DE BIODIESEL DE SOJA UTILIZANDO A HIDROTALCITA COMO 
CATALISADOR HETEROGÊNEO 1 
 
 Pedro Henrique Aires de Sousa 2 
 Ramon Santos da Silva 3 
 Luzia Patrícia F. de C. Galvão 4 
 
 RESUMO 
 
O biodiesel são ésteres de ácidos graxos (mono – alquil. ésteres) derivados de óleos 
vegetais e gorduras naturais obtidas através de um processo de transesterificação, 
no qual ocorre a transformação de triglicerídeos em moléculas de ésteres de ácidos 
graxos. Diante deste contexto, a busca por catalisadores alternativos vem sendo de 
grande escala no mercado, para que possa ser aprimorado o processo de produção, 
diminuindo os custos e facilitando a produção. A obtenção do biodiesel originou-se a 
partir do óleo de soja, o sistema manteve-se a 60°C sob refluxo em diferentes 
concentrações dos catalisadores, entre 3 % e 5 % em um processo que variou entre 
4 a 8 horas de reação, com agitação magnética constante. Posteriormente, as 
amostras foram para um funil de decantação para a separação das fases (biodiesel 
e glicerina) e remoção do catalisador. Em seguida foi purificado para remoção de 
contaminantes presente no mesmo. O objetivo é avaliar a síntese e caracterização 
do biodiesel utilizando catalisadores heterogêneos, com razão molar de 1:15 (óleo: 
álcool metílico), razão (Mg; Al) 2:1 e 3:1. O biodiesel foi caracterizado de acordo com 
as normas adequadas para os testes, através da ANP, ABNT e ASTM, por onde 
apresentou também uma maior eficiência de conversão de óleo vegetal em biodiesel 
e analisando alguns parâmetros pode ter apresentado o melhor rendimento nas 
amostras 3 e 4, com uma conversão de 81% e 85% 
Palavras-chave: Biodiesel. Hidrotalcita. Transesterificação. 
 
1 Artigo apresentado à Universidade Potiguar - UnP, como parte dos requisitos para obtenção do 
título de Bacharel em Engenharia de Petróleo e Gás. 
2 Graduando em Engenharia de Petróleo e Gás pela Universidade Potiguar - 
jamesairesa7x@gmail.com 
3 Graduando em Engenharia de Petróleo e Gás pela Universidade Potiguar - 
ramonsantoss91@gmail.com 
4 Orientador. Doutora em Química. Professora da Universidade Potiguar - 
patriciagalvao.ufrn@gmail.com 
2 
1. INTRODUÇÃO 
 
A importância do petróleo no mundo vem sendo de grande escala especifica, 
em razões da necessidade do óleo pela população. Segundo Mariano (2005, apud 
ALBURQUERQUE e PAIVA, 2015 p. 2), o petróleo não é apenas uma das principais 
fontes de energia, além de sua importância como fornecedor de energia, os seus 
derivados são a matéria-prima para a manufatura de inúmeros meios de consumo, e, 
deste modo, assumindo um papel cada vez mais presente e relevante para a 
humanidade. Sendo que do ponto de vista ambiental, ocasiona impactos ambientais, 
como, as emissões atmosféricas, efluentes hídricos ou águas residuais, resíduos 
sólidos e poluição sonora. 
 O biodiesel é considerado um combustível alternativo potencial, 
apresentando propriedades similares ou até superiores às do óleo diesel 
convencional. 
Assim, é crescente o interesse em um desenvolvimento tecnológico baseado 
na sustentabilidade. Dentro do cenário de energia limpa, o biodiesel é uma 
alternativa atrativa que pode ser obtida através de fontes renováveis. Segundo a 
resolução 42 de 24/11/2004 da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e 
Biocombustíveis – ANP, onde poderá ser adicionado ao óleo diesel em proporção de 
2% em volume, comercializado pelos diversos agentes econômicos autorizados em 
todo território nacional. (KUSDIANA e SAKA, 2001ª; DEMIRBAS, 2002; He et al., 
2007; SANTOS, 2010, apud ALLES, 2010 p.4). 
Diante de um histórico de tantos anos, trata-se de um processo já consolidado 
industrialmente, que possui balanços mássicos e energéticos bem conhecidos, bem 
como equipamentos e operações bem adaptadas, permitindo produzir biodiesel com 
qualidade especificada por qualquer uma das normas hoje vigentes ao redor do 
mundo. Além da viabilidade técnica, a viabilidade econômica deste processo 
também sem mantém em posição de destaque ainda hoje (ZHANG et al, 2010; 
HELWANI et al, 2009 apud Domingos, 2010 p.1). 
Conforme Knothe (2006 apud ALBURQUERQUE e PAIVA, 2015 p. 2), o 
biodiesel pode ser produzido de uma grande variedade de matérias-primas. Estas 
matérias incluem a maioria dos óleos vegetais, por exemplo, óleos de soja, caroço 
3 
de algodão, palma, amendoim, colza/canola, girassol, açafrão, coco e gorduras de 
origem animal, usualmente sebo, bem como também óleos de descarte, como, óleos 
usados em frituras. 
Atualmente, o governo brasileiro implementou o uso comercial de 
biocombustíveis na matriz energética através da lei nº 11.097, de 13/01/2005. Esta 
lei regulamenta a introdução do biodiesel como combustível, além de prever o uso 
opcional de blendas (biodiesel/diesel fóssil). A comercialização opcional teve início 
com a mistura de 2% de biodiesel ao óleo diesel (B2, Biodiesel a 2%) no final de 
2007. Os percentuais foram aumentando gradativamente, sempre em datas 
anteriores às previstas em lei, chegando-se à adição obrigatória de 5% (B5, 
Biodiesel a 5%) a partir de janeiro de 2010.)) Certificando a qualidade da mistura 
biodiesel/diesel através de análises laboratoriais evitando que o produto seja 
adulterado, como acontece com a gasolina e o álcool (RESOLUÇÃO ANP nº 15). 
O biodiesel pode ser obtido através de reações químicas, no qual a reação de 
transesterificação, é a majoritamente utilizada em escala industrial. Também 
chamada de alcoólise, consiste na reação entre um álcool, geralmente de cadeia 
curta, e um triglicerídeo, que pode ser oriundo de matriz vegetal ou animal. 
Dentre os processos para a produção de biodiesel, o mais comum é a reação 
de transesterificação em modo batelada empregando catalisadores homogêneos 
com caráter básico. A produção de biodiesel pela rota convencional, embora seja 
simples, rápida e com altos rendimentos, apresenta vários inconvenientes, tais como 
custos com catalisador, saponificação de ácidos graxos livres e dificuldade de 
purificação e separação dos produtos da reação, o que implica em altos custos de 
produção e energia (KUSDIANA e SAKA, 2001ª apud ALLES, 2010 p. 2). 
Diante da necessidade de reduzir os custos de produção oriundos de etapas 
subsequentes de separação e purificação do biodiesel em relação ao meio reacional, 
tem se buscado constantemente o desenvolvimento de técnicas alternativas para a 
produção deste biocombustível empregando diferentes tipos de catalisadores 
heterogêneos químicos com caráter ácido ou básico ou, ainda, catalisadores 
heterogêneos bioquímicos – enzimas (MACLEOD et al., 2008; CHEN et al., 2009; LI 
et al., 2009; LUKIC et al., 2009; MACARIO et al., 2010. apud ALLES, 2010 p. 2). 
4 
Com este tipo de catalisador é possível conduzir reações de transesterificação 
tanto com óleo vegetal refinado quanto com óleos utilizados em frituras com alto 
índice de acidez, ocasionado pela presença de ácidos graxos livres e água. Além 
disto, a separação dos produtos da reação é bastante simples (DI SERIO et al., 2007 
apud ALLES, 2010 p.2) 
Porém, as temperaturas reacionais empregando este tipo de catalisador são 
altas, da ordem de 200ºC, além de longos tempos de reação que podem chagar até 
várias horas (ZABETI et al., 2009 apud ALLES, 2010 p.2). 
Este trabalho tem o objetivode sintetizar e caracterizar o biodiesel utilizando 
como catalisador a hidrotalcita calcinada, variando a razão (Mg:Al), com o intuito de 
posteriormente aplicá-los na reação de transesterificação do óleo de soja, visando à 
produção de biodiesel em maior qualidade a fim de observar um melhor 
comportamento mediante os catalisadores utilizado no processo de 
transesterificação. 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
2.1 Catalisadores Heterogêneos 
As catálises heterogêneas são possíveis diversas combinações de fases e 
processos de obtenção, sendo a impregnação de um composto ativo a um sólido 
insolúvel em dois mais utilizados. A dispersão da fase ativa em um suporte sólido 
além de aumentar a performance em termos de atividade e/ou seletividade, tem 
como principal objetivo facilitar a separação, remoção e reutilização do catalisador, 
permitindo ainda, que o mesmo seja mais facilmente manuseado e tenha menor 
toxicidade quando comparado com o catalisador homogêneo (SHAIKH, 2014 apud 
BORGES, 2015 p.12). 
Na catálise heterogênea, a reação se desenvolve sobre pontos específicos do 
catalisador, nomeados de sítios catalíticos. Em situações ideais, a velocidade da 
reação é diretamente proporcional a área específica ou total do catalisador 
heterogêneo (KNOTHE et al., 2007 apud BORGES, 2015 p. 13). 
Os catalisadores heterogêneos podem ser divididos em catalisadores 
mássicos ou catalisadores suportados, sendo os catalisadores mássicos constituídos 
5 
de aglomerados formados por grãos da fase ativa pura, ou quase pura, com 
dimensões maiores que alguns milímetros, onde a superfície e o interior das 
partículas possuem natureza química semelhante, enquanto os catalisadores 
suportados possuem natureza da superfície ativa diferentes do interior ou suporte; 
de maneira geral, este suporte não apresenta atividade catalítica sozinho, não 
podendo realizar assim a transformação química desejada (CIOLA,1981; 
FIGUEIREDO el al., 1989 apud BORGES, 2015 p. 13). 
 
Figura 1: Classificação dos catalisadores heterogêneos ácidos e básicos usados na 
produção de biodiesel 
 
 Fonte: Ullah et al. (2015) 
 
Os catalisadores heterogêneos dividem-se em dois grupos: os ácidos e os 
básicos, onde eles apresentam elevada atividade catalítica na reação de 
transesterificação produzindo os óxidos metálicos, Hidrotalcitas, Zeolitas básicas 
quando comparados com os catalisadores heterogêneos ácidos, sendo mais 
adequados para óleos com baixo teor de ácidos graxos livres (EIJIKEME et al., 2008 
apud BORGES, 2015 p. 15). 
Entre os catalisadores heterogêneos básicos, os óxidos metálicos têm se 
destacando devido a sua elevada eficiência na reação de transesterificação de 
óleos. (Segundo Romero e colaboradores (2011 apud BORGES, 2015 p. 16)), para 
produzir 8000 toneladas de biodiesel, são necessárias 88 toneladas de NaOH, no 
6 
entanto, se o catalisador reduz para 5,6 toneladas para a produção de 1 milhão de 
toneladas de biodiesel. 
A estrutura dos óxidos metálicos é constituída por íons de metais positivos 
(cátions) que possuem acidez de Lewis, ou seja, eles se comportam como 
receptores de elétrons, e os íons de oxigênio negativos (ânions), que se comportam 
como receptores de prótons sendo, portanto, bases de Bronsted, implicando assim a 
adsorção das espécies (REFAAT, 2011 apud BORGES, 2015 p. 16). 
Sendo assim, torna-se interessante a busca de catalisadores básicos sólidos 
de óxidos metálicos que apresentem alta atividade para a reação de 
transesterificação e que sejam estáveis no meio reacional. 
2.2 Hidrotalcitas 
A hidrotalcita (HT) pertence a uma ampla classe de argilas aniônicas que 
ocorrem naturalmente e tem sido usada como referência para muitos compostos 
isomorfos e politipos. Foi descoberta em 1842 na Suécia. Sua fórmula exata, 
Mg6Al2(OH)16CO3.4H2O, foi proposta inicialmente por E. Manasse (CAVANI et al., 
1991, apud ALLES, 2010 p. 15). 
A hidrotalcita consiste em camadas positivamente carregadas de óxido de 
metal (ou hidróxido de metal) com intercamadas de ânions, como o carbonato. A 
troca dos cátions de metal, como também a intercalação das camadas aniônicas, 
podem conduzir a uma gama extensiva de propriedades catalíticas e adsorptivas, 
com particular estabilidade a gases úmidos e condições de altas temperaturas 
(SHEN et al., 1994 apud ALLES, 2010 p. 16). 
Esses materiais têm sido utilizados como catalisadores e precursores de 
suportes catalíticos. Também apresentam outras aplicações como trocadores de 
íons, filtros, agentes descolorizantes, adsorventes industriais, estabilizadores 
poliméricos, aparelhos óticos e precursores cerâmicos (SHEN et al., 1994; OOKUBO 
et al., 1994 apud ALLES, 2010 p. 16). 
Em relação à produção de biodiesel, CANTRELL et al. (2005 apud ALLES, 
2010 p. 16) testaram catalisadores heterogêneos do tipo hidrotalcitas, com diferentes 
razões molares Al/ (Mg+Al). A reação foi conduzida a 60°C usando 0,05g de 
hidrotalcita calcinada a 450°C, com 0,01 mol de gliceril tributirato e 0,3036 mol de 
7 
metanol em 3 horas de reação, tendo conversão entre 42,4 a 74,8%. Esses 
resultados foram obtidos nas mesmas condições reacionais, mudando apenas a 
razão Mg\Al. 
2.1.1.1 Aspectos estruturais 
Os compostos sintéticos do tipo hidrotalcita são semelhantes na estrutura ao 
mineral hidrotalcita, que por sua vez tem camadas com estruturas do tipo da brucita 
Mg (OH)2. 
 
Figura 2: Esquema das estruturas de (a) Brucita, (b) material do tipo hidrotalcita 
 
 Fonte: (KAMATH et al., 1997). 
 
As hidrotalcitas são geralmente representadas pela fórmula geral: 
(M2+ 1-X M3+ x (OH)) X+ (An- x/n mH2 O)x- 
Onde: M 2+ = Mg2+, Ni2+, Zn2+, Cu 2+, Mn 2+; 
 M 3+ = Al3+, Fe3+, Cr3+; 
 An - = CO3 2- , SO4 2 - , NO3 -, Cl- , OH- ; 
 
A obtenção da hidrotalcita pode ser influenciada por vários fatores, tais como 
pH, método de precipitação, concentração de reagentes, temperatura de 
8 
envelhecimento e secagem, as quais podem influenciar diretamente na sua 
porosidade e consequentemente nas suas aplicações (OBALOVÁ et al., 2006 apud 
ALLES, 2010 p.18). 
 
3 MATERIAIS E MÉTODOS 
3.1.1 Reagentes 
• Óleo de soja (100g) 
• Álcool metílico PA – 70 mL 
• Catalisadores 2:1 ( Mg; Al) e 3:1 (Mg;Al) 
 
A reação de transesterificação teve como a obtenção do biodiesel a partir dos 
materiais apresentados no texto acima, que por sua vez as análises foram realizadas 
e estudadas no laboratório 1, de Química da Universidade Potiguar (UnP). 
 
3.1.2 Equipamentos utilizados em laboratório 
• Viscosímetro Saybolt – (Second Saybolt Universal) 
• Estufa para esterilização e secagem 
• Agitador magnético 
• Balança Analítica de precisão 
• Vidrarias 
• Densímetro 25 Ml 
 
3.1.3 Planejamento Fatorial 
O planejamento fatorial foi realizado com intuito de organização, em relação 
desde o número de ensaios feitos, até concentrações e razões utilizadas junto com o 
tempo, para uma avaliação das condições operacionais adequadas, realizou-se um 
planejamento fatorial, variando a razão molar (óleo: álcool), razão (magnésio: 
9 
alumínio) do catalisador, a concentração do catalisador (%) e tempo reacional, 
segundo a Tabela 1. 
 
Tabela 1 – Planejamento fatorial das condições operacionais no processo de produção de biodiesel 
 Ensaios Concentrações do Razão Razão Tempo 
 Catalisador (%) (óleo:Álcool Metílico) (Mg : Al) de reação (h) 
 1 3% 1:15 2:1 4 horas 
 2 3% 1:15 3:1 4 horas 
 3 5% 1:15 2:1 4 horas 
 4 5% 1:15 3:1 4 horas 
 5 3% 1:15 2:1 8 horas 
 6 3% 1:15 3:1 8 horas 
 7 5% 1:15 2:1 8 horas 
 8 5% 1:15 3:1 8 horas 
 Fonte: Autores 
 
3.1.4 Reação de Transesterificação 
A reação de transesterificação do óleo de soja através da rota metílica, seguiu 
as condições operacionais apresentadas no planejamento fatorial. A obtenção do 
biodiesel originou-se a partir do óleo de soja, o sistema manteve-se a 60°C sob 
refluxo em diferentes concentrações dos catalisadores, entre 3 % e 5 % (Figura 3). 
Em um processo que variou entre 4 a 8 horas de reação, com agitação magnética 
constante. Posteriormente, as amostras foram para um funil de decantação para a 
separação das fases (biodiesel e glicerina) e remoção do catalisador. Em seguida, o 
biodiesel foi purificado para remoção de contaminantes presente no mesmo. 
10 
 
Figura 3 – Sistema utilizado para a reação de transesterificação. 1 – Entrada de água, 2 – saída de 
água, 3 – balão de fundo redondo, 4 – solução (óleo, álcool, catalisador), 5 - agitador magnético com 
aquecimento, 6 – termômetro. 
 Fonte: Alves (2009, p. 75) 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
4.1.1 Viscosidade cinemática 
Os resultados obtidos referentes a viscosidade cinemática foram realizados a 
partir do (Viscosímetro saybolt – SSU (Second Saybolt Universal)). Onde foi retirado 
60 mL de amostra a fins de se testar a qualidade de viscosidade do biodiesel. Os 
testes foram feitos nas amostras a partir de uma temperatura de 40º C e de 100º C, 
pela medição do tempo de escoamento do determinado volume de líquido que flui 
sob a ação da força de gravidade através do viscosímetro capilar de vidro calibrado 
 
Para valores de SSU (Second Saybolt Universal) inferiores a 100 cSt 
(centiStokes) = 0,226 × SSU – (195 ÷ SSU) 
 
Para valores de SSU (Second Saybolt Universal) superiores a 100 cSt 
(centiSotkes) = 0,220 × SSU – (135 ÷ SSU). 
 
 
 
11 
 
 
 
 
Tabela 2 – Resultado da viscosidade através do Saybolt – SSU (Second Saybolt Universal) 
 Ensaios Tempo em Tempo em Resultado a Resultado 
 (s) a 40º C (s) a 100º C 40º C a 100º C 
 1 53,9 s 43,1 s 10,71958924 6,302255072 
 
 2 48,6 s 37,8 s 8,915254321 4,896069841 
 
 3 46 s 33,8 s 7,996869569 3,221569231 
 
 4 45 s 34,8 s 7,636666667 3,567761854 
 
 5 44,7 s 35,2 s 7,527783893 3,823427273 
 
 6 45,6 s 35,6 s 7,853284211 3,992071912 
 
 7 44 s 34,6 s 7,272181818 3,567761852 
 
 8 43,3 s 34,5 s 7,014335797 3,524826087 
 Fonte: Autores 
 
As viscosidades das amostras foram verificadas no laboratório de química 1 
da Universidade Potiguar (UnP), através do viscosímetro (Saybolt – SSU (Second 
Saybolt Universal) em todos os ensaios, variando na temperatura de 40º C e 100º C, 
estando de acordo com as normas da ABNT NBR 10441:2014 dentro dos 
parâmetros requisitados. A Norma estabelece um procedimento específico para a 
determinação da viscosidade cinemática, de produtos líquidos de petróleo, tanto 
transparentes quanto opacos. 
Verifica - se que nas amostras 7 e 8, a 40º C e 3 e 8 a 100º C, especificado na 
tabela 2, elas apresentam uma baixa viscosidade, demonstrando que essas 
amostras, a essas temperaturas são de boa qualidade pois sua viscosidade se 
mantém a baixo da média especificada pela norma ABNT NBR 10441:2014, 
tornando o biodiesel sua produção mais barata do que a do petróleo, levando em 
consideração, os gastos com desenvolvimento de tecnologia e perfuração de poços. 
 
 
 
12 
4.1.2 Teor de umidade 
O teor de umidade é determinado de acordo com AOCS (American Oil 
Chemists Society), pesou-se 5 gramas da amostra em uma cápsula de porcelana de 
25 mL previamente aquecida por uma hora na estufa a 105º c, resfriada em um 
dessecador com cloreto de cálcio anidro e pesada. Aquecida em estufa a 105º C por 
uma hora. Resfriou em dessecador até temperatura ambiente. Pesou-se. Repetiu-se 
as operações de aquecimento e resfriamento até o peso constante. Cálculo com 
base na (Eq.1), onde: 
 
 
Em que: 
 
N = número de gramas de umidade 
P = número de gramas da amostra 
 
 
 Tabela 3 – Representação dos valores finais de Teor de umidade 
Ensaios Cápsula vazia 1ª hora na estufa 2ª hora na estufa 3ª hora na estufa Resultado 
 (Peso) com amostra com amostra com amostra Final 
 1 75,3913 80, 4066 80,4040 80,4046 0,260% 
 
 2 69,4791 73,4281 73,4269 73,4245 1,381% 
 
 3 74,2702 79,2661 79,2640 79,2645 0,215% 
 
 4 59,7987 64,8107 64,8095 64,8090 0,312% 
 
 5 70,3565 75,3722 75,3730 75,3701 0,210% 
 
 6 71,4538 76,4649 76,4425 76,4429 0,641% 
 
 7 71,7500 76,7693 76,7705 76,7708 0,123% 
 
 8 66,9608 71,9760 71,9765 71,9760 0,191% 
 Fonte: Autores 
 
Através dos resultados obtidos na tabela 3, feitos em relação ao teor de 
umidade no laboratório de química 1 da Universidade Potiguar (UnP), pode-se notar 
que os resultados finais se encontram fora da norma. ANP (Agência Nacional do 
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), órgão regulador da qualidade do biodiesel 
13 
no Brasil, não estipula valores para essa propriedade, entretanto, a Norma ASTM 
D6751 estipula um valor máximo de 0,05%, ou seja, o índice de umidade 
apresentado em seus resultados finais, não estão de acordo com a norma, devido 
terabsorvido umidade do meio ou o tempo de reação no laboratório, não foi o 
suficiente para apresentar resultados mediantes os parâmetros requisitados. 
 
4.1.3 Índice de Acidez 
Para a determinação do índice de acidez, colocou-se 2 g da amostra em um 
erlenmeyer de 125mL e adicionou-se 25 mL de solução de éter-álcool (2:1) no 
mesmo, previamente neutralizada com uma solução de hidróxido de sódio 0,1N. Em 
seguida, foram adicionadas 2 gotas do indicador fenolftaleína e titulou-se com a 
solução de NaOH 0,1N, até atingir a coloração rosa. O índice de acidez (IA) é 
calculado com base na (Eq. 2), Onde: 
 
V = Volume de solução de NaOH gasto na titulação, em mililitros 
P = Normalidade da solução padronizada 
4,0 = Fator de correlação 
 
4.1.4 Densidade 
A Densidade das amostras foi determinada através de um densímetro de 25 
mL. Uma vez que é possível encontrar a densidade observando o densímetro em 
contato com o biodiesel. 
 
4.1.5 Análise de Rendimento 
O rendimento do biodiesel foi calculado como sendo a massa de biodiesel 
pesada depois da reação em função da massa de óleo empregada na 
transesterificação, (Eq. 3), onde: 
 R = 
m1 = massa do biodiesel obtido pela reação de transesterificação (g) 
m2 = massa do óleo de soja antes de reagir (g) 
14 
Tabela 4 – Características físico – químicas do óleo de soja e dos biodieseis obtidos com diferentes 
catalisadores 
 Ensaios Acidez Densidade Rendimento 
 (mgKOH/g) g/cm³ (%) 
 Óleo de Soja 0,5 0,891 g/cm³ - 
 1 0,7534 0,895 g/cm³ 82 
 2 0,3775 0,895 g/cm³ 78 
 3 0,5680 0,880 g/cm3 81 
 4 0,1893 0,881 g/cm³ 85 
 5 0,1892 0,880 g/cm³ 73 
 6 0,1860 0,876 g/cm³ 65 
 7 0,1893 0,880 g/cm³ 80 
 8 0,1885 0,875 g/cm³ 63 
 Fonte: Autores 
Pode-se observar que o óleo de soja possui boas condições para a utilização 
na reação de transesterificação, sendo o valor do índice de acidez do óleo de soja 
de 0,5 mgKOH/g, estando assim, compatível a norma. 
Em relação ao biodiesel obtido, constatou-se que os resultados referentes ao 
índice de acidez encontraram-se superior ao permitido conforme a norma ABNT 
NBR 14448:2013, no qual o limite máximo permitido é de 0,5 mgKOH/g. Isto pode ter 
influenciado no rendimento obtido da reação de transesterificação. 
Exceto no ensaio 1, seu índice de acidez se encontra fora dos padrões devido 
ter apresentado uma variação na sua viscosidade diferente e uma umidade alta, 
ocasionando uma oxidação da amostra. Mesmo possuindo um alto rendimento, a 
sua acidez uma vez que tenha alto valor torna a reação lenta e inviabiliza a 
transesterificação. 
Conforme os dados experimentais de densidade, apresentou-se dentro dos 
limites estabelecidos pelas especificações, Resolução ANP 45/2014 que trata da 
especificação do biodiesel e as obrigações quanto ao controle de qualidade a serem 
15 
atendidas pelos diversos agentes econômicos que comercializam o produto em todo 
o território nacional. 
Tendo em vista que o melhor rendimento acontece no ensaio 4 da tabela 4, 
devido ao aumento da concentração do catalisador para 5%, a sua proporção da 
razão de (Mg; Al) 3:1 e o tempo de 4 horas, influenciaram para o rendimento ser 
maior em relação as outras amostras, 
. 
5 CONCLUSÃO 
Com base nos resultados das pesquisas feitas em laboratório, as razões 2:1 e 
3:1 composto de (Mg; Al), apresentaram uma boa otimização na reação de síntese 
de biodiesel, aumentando o seu rendimento na reação de transesterificação. Sendo 
necessária uma análise mais detalhada, no caso, uma cromatografia ou 
termogravimetria para determinar a eficiência da reação. 
Nas análises do catalisador 2:1 a única desvantagem observada, se encontra 
no ensaio 1 na Tabela 4, a sua acidez uma vez que tenha alto valor torna a reação 
lenta e inviabiliza a transesterificação. E o teor de umidade onde devido ter 
absorvido do meio ou o tempo de reação não foi o suficiente para apresentar 
resultados mediantes aos parâmetros requisitados na norma. 
 Já em relação ao catalisador 3:1, ele apresenta um rendimento elevado 
devido a sua concentração do catalisador com aumento para 5%, sua razão de (Mg; 
Al) 3:1 e em relação ao tempo dos ensaios, entretanto ambos os catalisadores 3:1 e 
2:1, obtiveram uma resposta satisfatória possuindo um melhor rendimento na 
maioria das amostras, apresentando uma boa otimização na produção do biodiesel 
em relação aplicação na reação de transesterificação do óleo de soja, visando à 
produção de biodiesel em maior qualidade a fim de observar um melhor 
comportamento mediante os catalisadores utilizado no processo de 
transesterificação. 
. 
 
 
16 
SYNTHESIS OF BIODIESEL OF SOYBEAN USING 
HYDROTALCITE AS NA HETEROGENEOUS CATALYST 
 ABSTRACT 
Biodiesel is the esters of fatty acids (mono - alkyl. Esters) derived from 
vegetable oils and natural fats obtained through a transesterification process, in 
which happens the transformation of triglycerides into fatty acid molecules. In this 
context, the search for alternative catalysts has been large-scale in the market, so 
that the production process can be improved, reducing costs and facilitating the 
production. The aim of this project is to evaluate the synthesis and characterization of 
the biodiesel using heterogeneous catalysts, with a molar ratio of 1:15 (oil: methyl 
alcohol), ratio (Mg; Al) 2: 1 and 3: 1, during a process around 4 and 8 hours with 
concentrations of 3% and 5% by mass of catalyst. From this production scale the 
analysis of the biofuel produced is started. The physico-chemical characterization of 
the soybean oil and of the biodiesel will be performed to determine the acidity, 
density, viscosity or moisture content index. 
 
Keywords: Biodiesel. Hydrotalcite. Transesterification. 
 
 
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