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Resoluções das atividades BIOLOGIA 4 1Pré-Vestibular – Livro 1 Grupos sanguíneos, transplantes, doenças autoimunes, sistema Rh e eritroblastose fetal; Segunda Lei de Mendel Módulo 2 Atividades para sala 01 C Existem quatro grupos sanguíneos do sistema ABO, estes são determinados geneticamente pelos alelos IA, IB e i. Na questão, o homem é heterozigótico do grupo B, pois pos- sui progenitor masculino do grupo sanguíneo O (ii). O san- gue do tipo O é doador universal, visto que suas hemácias não contêm aglutinógeno A nem B. Assim, o cruzamento pode ser representado em um genograma. Observe: P: IB i × ii Gametas F: i IB IBi i ii Os filhos, portanto, poderão ser do grupo B ou O. 02 A O conhecimento prévio do tipo sanguíneo de doadores e receptores é fundamental para evitar qualquer tipo de acidente envolvendo transfusões sanguíneas. A pessoa que recebeu a transfusão de sangue e veio a óbito, em consequência da incompatibilidade sanguínea, pertencia ao grupo sanguíneo A, uma vez que, de acordo com o heredograma, tem-se: ♀ ♂ l A IA IA IA lB lA lB (receptor universal, sem aglutininas) Progenitores: IA IB × IA IA ♀♂ Assim, as pessoas do grupo sanguíneo A podem receber sangue A ou O. Portanto, o tipo de sangue recebido pode ter sido B ou AB. As pessoas do grupo B apresentam aglu- tinogênio B e aglutinina anti-A, e os indivíduos pertencentes ao grupo AB possuem aglutinogênio A e aglutinogênio B, e são desprovidos de quaisquer aglutininas. O sangue doado, no qual as hemácias se aglutinam, contém agluti- nogênios “estranhos”, isto é, que não existem no sangue do receptor. De acordo com o esquema, tem-se: (Presença do aglutinogênio B) Grupo B B Ausência de aglutinina anti-B AB Transfusão para 03 E Indivíduos do grupo sanguíneo AB não apresentam aglu- tininas no plasma sanguíneo, como no caso do garoto. Portanto, tem genótipo IAIB. Indivíduos do grupo A apre- sentam aglutinina anti-B no plasma, e indivíduos do grupo sanguíneo B apresentam aglutinina anti-A, conforme o esquema: (1 aglutinina Anti-B) (1 aglutinina Anti-A) (Nenhuma aglutinina) IAi IBi IAIB 04 B Diferentes tipos sanguíneos do sistema ABO são transmi- tidos por um par de genes com três formas alélicas, o que não é conclusivo para a definição de paternidade; porém, a análise do sistema ABO poderá possuir caráter de exclu- são para a definição de paternidade. Tendo-se Capitu como pertencente ao grupo sanguíneo AB Rh+ (IAIB R_), e sendo Ezequiel, provavelmente, do grupo sanguíneo A ou do AB e Rh+ ou Rh–, pode-se afirmar que este poderia ser filho de Bentinho ou de Escobar, por pertencer ao grupo A Rh+. 05 E Os anticorpos anti-Rh são produzidos quando uma mãe Rh– entra em contato com a proteína Rh. A ilustração revela que, quando uma mãe Rh– gera uma criança Rh+ e, no momento do parto, há uma invasão de hemácias fetais que contêm o aglutinogênio Rh, havendo uma sensibiliza- ção do organismo materno, que começará a produzir e a acumular no sangue as aglutininas anti-Rh, as quais atra- vessam a placenta e alcançam a circulação fetal. Quando esses filhos são Rh+, haverá a incompatibilidade entre as aglutininas anti-Rh provenientes da circulação materna com as hemácias fetais que contêm o fator Rh, promo- Grupo AB AB – Ausência de aglutininas anti-A e anti-B Transfusão para (Presença dos aglutinogênios A e B) BIOLOGIA 4 2 Pré-Vestibular – Livro 1 P_C_ ⇒ Patas amarelas e lisas P_cc ⇒ Patas amarelas e com cerdas ppC_ ⇒ Patas pardas e lisas ppcc ⇒ Patas pardas e com cerdas Os números relativos de formigas cortadeiras (351, 101, 108 e 32) traduzem, aproximadamente, a proporção fenotípica clássica 9 : 3 : 3 : 1, confirmando o cruzamento entre formigas duplo-heterozigóticas (di-híbridas) para duas característi- cas genéticas com segregação independente. vendo a aglutinação do sangue da criança, com destruição de suas hemácias. Para que esse quadro seja evitado, a mãe Rh– deve receber soro anti-Rh após o parto. 06 A O terceiro filho nasceu saudável, depois de o segundo ter sido afetado pela eritroblastose fetal, o que indica que o pai é Rh+ heterozigoto; a mãe só pode ser homozigota recessiva (rr); o primeiro filho, que sensibilizou a mãe, é heterozigoto, assim como o segundo filho; o terceiro é homozigoto recessivo, e o quarto, heterozigoto. 07 C A cor vermelha da corola da flor é determinada por um alelo dominante, pois ocorre em todos os descendentes da geração F1. O fenótipo rugoso é determinado por alelo recessivo, uma vez que não ocorre em F1. Considerando F1: BbRr × BbRr e a geração F2: P (BbRr) = 1 2 1 2 1 4 ⋅ = (25%). As plantas com corola vermelha e folhas com textura lisa de F1 produzem quatro tipos diferentes de gametas, ou seja, BbRr, tem-se 2n = 22 = 4 tipos diferentes de gametas. As plantas com pétalas brancas e folhas rugosas apresen- tam genótipo bbrr. 08 C A questão envolve três pares de genes, com loci em três pares de cromossomos homólogos diferentes (tri-hibri- dismo). Denominam-se esses genes de E (capacidade de enrolar a língua em “U”) e e (incapacidade), F (furo no queixo) e f (ausência), L (lóbulo livre) e l (lóbulo aderente). Os genótipos do casal são: ♂ EeFfLl e ♀ EeFfll. Assim, a probabilidade de o casal vir a ter um próximo descen- dente trirrecessivo, independente do sexo, será calculada pela multiplicação das probabilidades: 1 4 1 4 1 2 1 32 ( ) ( ) ( ) .ll ff ll⋅ ⋅ = 09 B As duas características genéticas das formigas cortadeiras, cada uma com duas manifestações fenotípicas, asseguram a ocorrência de dois pares de genes que mantêm entre si uma relação de dominância absoluta. Cor das patas P → amarela p → parda Cerdas das patas C → lisa c → com cerdas Pelo exposto, a relação entre os genótipos e os fenótipos correspondentes para esse modelo de herança pode ser representada como: Atividades propostas 01 C A tipagem sanguínea do sistema ABO não prova que um homem é de fato o pai de uma criança, mesmo que ele seja. Por meio de teste de DNA pode-se reconhecer a paternidade, observando a sequência de nucleotídios dos autossomos e alossomos. A análise da tabela revela que os resultados dos grupos sanguíneos e de DNA não excluem a possibilidade de o homem ser o pai do menino, pois este herda o alossomo Y paterno. 02 C De acordo com o sistema ABO, há 4 fenótipos (A, B, AB e O) e 6 genótipos (AA, Ai, BB, Bi, AB e ii). O cruzamento entre indivíduos AB resulta em uma prole composta de 1 4 AA, 1 2 AB e 1 4 BB. Nas transfusões sanguíneas, são consi- derados os antígenos presentes na superfície do glóbulo vermelho e os anticorpos existentes no soro de indivíduos A e B, os quais não podem doar sangue mutuamente. 03 D O indivíduo II-1 é Bi, enquanto o indivíduo II-2 é Ai. Assim, desse cruzamento, há 25% ou 1 4 de chance de nascer um descendente do grupo O. 04 A Um indivíduo com sangue A possui nas hemácias o aglu- tinogênio A, e ocorrerá aglutinação no soro anti-A. Indiví- duos A poderão receber sangue do tipo A e O. O sangue do indivíduo II não aglutinou frente a nenhum dos anticorpos utilizados; então, as hemácias não possuem os aglutino- gênios, e o sangue é do tipo O. O indivíduo I aglutinou no soro anti-A; portanto, possui aglutinogênio A (sangue A). 05 E Os indivíduos do grupo AB possuem, ambos, os aglutino- gênios e não possuem aglutinina. Os indivíduos do grupo A possuem aglutinogênio A e aglutinina anti-B; os do grupo B possuem aglutinogênio B e aglutinina anti-A; e os indiví- duos do O possuem somente as aglutininas. Assim, não há compatibilidade na doação de sangue de um indivíduo dotipo AB para um do tipo B. BIOLOGIA 4 3Pré-Vestibular – Livro 1 e alcançam a circulação do feto (heterozigoto e Rh+), dimi- nuindo a concentração de anticorpos anti-Rh presentes no sangue de uma mulher Rh–, como revela o gráfico Y. 10 E Após o transplante de fígado, a garota australiana adotou o tipo sanguíneo de seu doador, O Rh+; como a doença hemo- lítica do recém-nascido afeta crianças Rh+ que se desenvol- vem em mães Rh–, quando adulta, se engravidar de um rapaz de tipo sanguíneo Rh+, ela não correrá o risco de gerar uma criança com eritroblastose fetal. 11 B O genótipo do casal II-1 x II-2 é, respectivamente, IAiRr e iirr. A descendência provável será: P: IAi × ii G: IAi × i F: IAi × ii 1 2 P: Rr × rr G: Rr × r F: Rr × rr 1 2 Os eventos são independentes. Logo, aplicando-se a regra da multiplicação de eventos isolados: P ( , grupo O e Rh+) = 1 2 1 2 1 2 1 8 ⋅ ⋅ = . 12 C Na eritroblastose fetal, os anticorpos anti-D da mãe pas- sam pela placenta e promovem lise dos eritrócitos ou gló- bulos vermelhos do bebê. 13 D A proporção fenotípica esperada na geração F1 de uma planta duplo-heterozigótica (AaMm), submetida a um cru- zamento-teste (test cross), ou seja, o cruzamento dessa planta com outra de genótipo duplo-recessivo (aamm), pode ser obtida com base no seguinte genograma: P1 = AaMn × aamm ♀ ♂ am Fenótipos Probabilidade AM AaMm Púrpura com duas cavidades 1 4 Am Aamm Púrpura com cavidades múltiplas 1 4 aM aaMm Verde com duas cavidades 1 4 am aamm Verde com cavidades múltiplas 1 4 Assim, a proporção fenotípica esperada é de 1 : 1 : 1 : 1. 14 A Se o ovócito secundário ou de segunda ordem (Ab) for fecundado por um espermatozoide de um homem duplo- -recessivo (ab), o genótipo do embrião diploide resultante será Aabb. 06 A A técnica descrita na questão corresponde à possibili- dade do uso de enzimas como ferramenta para promover a remoção dos aglutinogênios A e B da membrana das hemácias dos indivíduos tipo A, B ou AB, tornando-os fenotipicamente O. Com isso, uma pessoa tipo O poderia receber sangue de qualquer outro grupo sanguíneo. 07 C Os anticorpos presentes no plasma sanguíneo reagem com os aglutinogênios das hemácias e provocam a reação de aglutinação. Os anticorpos denominam-se aglutinina anti-A e anti-B por reagirem com os aglutinogênios A e B, respectivamente. No sangue da mulher, existe aglutinogê- nio A nas hemácias, uma vez que houve aglutinação com o soro anti-A. Assim, a mulher pertence ao grupo sanguí- neo A e é heterozigota, uma vez que seu pai pertence ao tipo O. O sangue do homem aglutinou com o soro anti-A e anti-B, assim, pertence ao tipo sanguíneo AB. Quando, em contato com o soro anti-Rh, as hemácias do sangue sofrem aglutinação, como no caso da mulher, é por que existe fator Rh no sangue, e este é classificado como Rh+. Quando não sofrem aglutinação, como no caso do homem, há ausência de fator Rh nas hemácias e seu san- gue é classificado como Rh–. Para que os eventos ocorram, é necessário considerar os seguintes genótipos do casal: P: IA IB × IA i G: IA IB × IA i F: IA IA × IA i IA IB IB i 1 4 P: rr × Rr G: r × Rr F: Rr rr 1 2 R = ⋅ = 1 4 1 2 1 8 . 08 A O casal 3 × 4 não poderá ter filhos com eritroblastose fetal, uma vez que a mãe (4) é Rh+ e o pai (3) é Rh–. A eritroblastose fetal só ocorre quando mulheres Rh–, já sensibilizadas ante- riormente, têm filhos Rh+, assim o pai deve ser Rh+ (R—). 09 C No distúrbio denominado eritroblastose fetal, a sensibiliza- ção materna ocorre durante a gravidez do primeiro filho Rh+. Ao final da gestação, hemácias fetais atravessam a placenta e atingem a circulação materna, as quais são reconhecidas como corpos estranhos pelo sistema imunitário da mãe, que passa a produzir anticorpos anti-Rh. Em uma segunda gestação, as hemácias Rh+ fetais atravessam a placenta e passam para a circulação materna. Os anticorpos anti-Rh produzidos pela mãe atravessam as barreiras placentárias BIOLOGIA 4 4 Pré-Vestibular – Livro 1 P1 = FfMn × Ffmm ♂ ♀ Fm fm FM FFMm FfMm Fm FFmm Ffmm fM FfMm ffMm fm Ffmm ffmm Será utilizada a regra da multiplicação de probabilidades simultâneas: 3 8 (normal para as duas características) · 1 2 (sexo masculino) = 3 16 . 16 A Na Segunda Lei de Mendel, ou Princípio da Distribuição Independente dos Caracteres, para calcular a probabili- dade de um evento e outro ocorrerem juntos, é necessá- rio multiplicar as probabilidades isoladas de cada evento. Considerando o cruzamento (♂) CcMmIi × (♀) ccMMii, o cruzamento isolado relativo à característica “visão” pode ser indicado, em um diagrama, como: P: Mm × MM G: Mm × M F: MM Mm 100% normal O casal tem 50% de chance de vir a ter descendente com habilidade com a mão esquerda. A chance de o casal vir a ter descendente insensível à PTC é de 50%. Já a proba- bilidade de descendente destro, míope e insensível à PTC é nula. A chance de o casal vir a ter filho destro, de visão normal e sensível à PTC é de 25%. 17 E No di-hibridismo, quando se deseja calcular o número de tipos diferentes de gametas, é possível utilizar a fórmula 2n, em que n se refere ao número de pares de alelos em hete- rozigose. Assim, o indivíduo X, com genótipo aaBb, pro- duz 2 tipos diferentes de gametas, e o indivíduo Y, com genótipo AaBb, produz 4 tipos diferentes de gametas. Fazendo-se as combinações possíveis entre os gametas formados por X e Y, tem-se o seguinte genograma: 15 C Distribuindo a ação dos dois pares de genes envolvidos na herança citada, tem-se: P: AaBb × aaBb X Y aB ab AB AaBB AaBb Ab AaBb Aabb aB aaBB aabB ab aaBb aabb A probabilidade de X e Y virem a originar descendentes com apenas uma característica é 1 2 . Dessa forma, o cruzamento de X com Y poderá originar di-hibridismo com 25% de chance e indivíduos birrecessi- vos, aabb, com 1 8 de chance. 18 B O cruzamento de cães que latem enquanto correm e pos- suem orelhas eretas, di-híbridos, LEe × LEe, resulta em: L × L: 34 latem enquanto correm, e 14 não late; Ee × Ee: 34 têm orelhas eretas, e 14 , orelhas caídas. Daí, utilizando a regra da multiplicação de probabilidades simultâneas, tem-se que 3 4 1 4 3 16 ⋅ = .
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