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Soluções Sem Contratação módulo II

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Soluções Sem Contratação
Site: Instituto Legislativo Brasileiro - ILB
Curso: Contratações Públicas - Turma 1
Livro: Soluções Sem Contratação
Impresso por: Gedson Antonio França
Data: Sexta-feira, 8 Fev 2019, 17:26
Sumário
Módulo II - Soluções Sem Contratação
Apresentação
Unidade I - Resolução Interna e Contrato de Gestão
Pág. 4
Pág. 5
Pág. 6
Pág. 7
Pág. 8
Pág. 9
Pág. 10
Unidade II - Convênio, Contrato de Repasse e Termo de Execução Descentralizada
Pág. 12
Pág. 13
Pág. 14
Pág. 15
Pág. 16
Pág. 17
Pág. 18
Pág. 19
Unidade III - Consórcio Público
Pág. 21
Pág. 22
Pág. 23
Pág. 24
Pág. 25
Pág. 26
Conclusão
Módulo II - Soluções Sem Contratação
Ao final deste Módulo, você será capaz de:
Reconhecer hipótese em que a não realização de licitação, ordinária ou especial, ou de
sua dispensa ou inexigibilidade, consiste na melhor alternativa para atender à
necessidade pública no caso concreto;
Contrastar as características inerentes às três aplicações distintas do instituto contrato
de gestão;
Distinguir convênios de contratos de repasse e termos de execução descentralizada;
Descrever o que são consórcios públicos e suas principais características.
Apresentação
Agora que você aprendeu os conceitos gerais inerentes às contratações públicas, vamos estudar mais sobre as soluções sem contratações.
Na unidade I analisaremos casos de resolução interna de necessidade pública, sem realização de contratação pública, e, em seguida, o instituto contrato
de gestão. Já na unidade II estudaremos os convênios, além dos contratos de repasse e termos de execução descentralizada. Na unidade III, por sua vez,
aprenderemos sobre os consórcios públicos. 
Pronto para prosseguir na nossa jornada?
Unidade I - Resolução Interna e Contrato de Gestão
Resolução Interna
Na unidade I do módulo anterior abrimos nossa mente para as amplas opções de que dispomos aos analisarmos como atender a uma necessidade pública
no caso concreto. Naquela ocasião, focamos em como todo o nosso curso está intimamente interligado. Uma mesma necessidade pública pode ser
atendida de várias formas distintas, de acordo com cada módulo que veremos a partir de agora.
Neste momento, focaremos na resolução interna. De fato, é comum o gestor público, ao se deparar com uma necessidade pública, já partir de imediato
para pensar qual é a melhor forma de contratação pública para atendê-la. No entanto, é imprescindível sempre, para que tomemos a melhor decisão à
ótica do cidadão, nos indagar se não seria possível e mais apropriado:
Este é o momento mais inovador e importante deste curso. Inovador porque o tema não costuma ser objeto de discussão na prática dos gestores públicos
e na doutrina e jurisprudência. Importante porque constitui, ousamos dizer, a principal forma de evolução do País.
Deveras, os cidadãos não se sentem satisfeitos com o retorno obtido após o regular pagamento de seus tributos. Cobram, assim, mais entregas e com
melhor qualidade em todos os segmentos. Nessa linha, o gestor público, no afã de atender, na medida do possível, a esse anseio, focam seus projetos
em realizar contratações públicas para mudar o status quo e oferecer mais entregas e de melhor qualidade. 
Pág. 4
É aí que muita gente bem-intencionada se engana. Como vimos, o acréscimo de entregas, quantitativa ou qualitativamente, só representa um ganho caso
se dê em estrita consonância com a necessidade pública no caso concreto. Caso contrário, representará, na verdade, um desperdício de recursos
públicos, que poderiam ser usados para atender outra necessidade ainda não atendida, complementar uma necessidade ainda não atendida na proporção
adequada ou até mesmo aplicá-los na amortização da dívida pública ou, temporariamente, em investimentos rentáveis para aumentar a capacidade de
realizações públicas do Estado nos exercícios financeiros seguintes.
Esse espírito pode ser demonstrado nos orçamentos públicos de cada ano. Em 2018, por exemplo, as receitas públicas federais previstas foram de 3,5
trilhões de reais e cerca de metade foram provenientes de operações de crédito e refinanciamento da dívida pública. Isso reduz ano a ano a capacidade
estatal de implementação de políticas públicas. Mas a pergunta é: como os cidadãos reagiriam caso o País praticamente parasse por 4 anos para quitar
esse excesso de endividamento? De fato, a reação seria a pior possível. Essa é uma forma de demonstrar que a cultura dominante entre cidadãos,
servidores e políticos de realizar mais entregas, cada uma com mais qualidade, pode ser bem danosa.
Outra forma de demonstrar que realizar mais entregas, cada uma com mais qualidade, pode ser um mau negócio é analisar se a necessidade pública
poderia simplesmente não ser realizada, considerado o custo-benefício, ou ser total ou parcialmente atendida com os recursos humanos e materiais
disponíveis. Esse será o foco desta unidade. 
Realizar mais entregas, cada uma com mais qualidade, significa evoluir? 
Pág. 5
Vamos, então, analisar um caso hipotético para aprendermos a optar pela resolução interna, sempre que a necessidade pública indicar ser a opção mais
vantajosa?
Situação Prática: Você é servidor de um órgão público que recentemente começou a somente produzir
documentos e processos em suporte nato digital. Nesse contexto, solicitaram-lhe a instrução de processo de
contratação pública para que uma empresa procedesse à digitalização dos documentos e processos em
suporte físico, arquivados e em tramitação, inserindo-os no sistema com os metadados correspondentes. O
fundamento era que a contratação se justificaria frente ao ganho de eficiência obtido e que o gasto já
estava previsto no orçamento do exercício e, caso não utilizado, seria perdido. Como você se posicionaria?
Nesse tipo de situação, é comum os gestores públicos manifestarem favoravelmente. De fato, a não utilização do recurso poderia ensejar sua devolução à
conta única do tesouro e a consequente utilização por outra unidade e para outro fim no ano seguinte, passando a impressão de ser algo negativo. Do
outro lado, a proposta é usar o dinheiro para ganho de eficiência, o que transmite a ideia de aumento de entregas, com maior qualidade, ou seja, de se
tratar de um bom negócio.
No entanto, faz-se necessário uma análise mais analítica, considerando a real necessidade e o contraste entre o custo da contratação e o efetivo benefício
que será obtido. Nesse caso, podemos realizar uma contratação pública, ou sua dispensa ou inexigibilidade (módulos III a V), ou optar por uma das
soluções sem contratação que veremos neste módulo. 
Pág. 6
No escopo desta unidade, temos que pensar nas seguintes alternativas:
Atendimento Integral à Necessidade Pública por Resolução Interna
Quando se analisa o quantitativo total que se pretende digitalizar pode parecer impossível fazê-lo diretamente, mesmo quando o órgão disponha dos recursos materiais necessários,
com scanners que digitalizam frente e verso automaticamente. Contudo, se cada unidade fizer um pouco, pode ser mais viável do que parece. Por exemplo, se 500 pessoas
digitalizassem 100 páginas por dia, já teríamos 1 milhão de páginas digitalizadas em apenas 20 dias. Dependendo da realidade da organização, seria possível aproveitar períodos de
baixa demanda devido à sazonalidade e fazer 50 pessoas digitalizarem 1000 páginas, obtendo ao fim do período o mesmo quantitativo. É possível, assim, evitar gastar recursos
públicos mediante a otimização dos recursos humanos e materiais já disponíveis.
Atendimento Parcial à Necessidade Pública por Resolução Interna
Pode não ser possível atender toda a demanda por resolução interna tempestivamente. Isso não quer dizer, entretanto, que se deva realizar contratação pública para a sua
integralidade. Pode-se dividir parte do objeto para ser efetivada internamente e parte para ser alvo da contratação. Poderíamos, por exemplo, separar os documentos e processos
potencialmentesigilosos ou pessoais para serem atendidos por resolução interna, realizando a contratação pública para atender ao restante dos documentos e processos. Além da
economia decorrente da não contratação do quantitativo atendido por resolução interna, o órgão público teria uma melhor garantia contra a divulgação ou o acesso não autorizado
desses documentos e processos bem como conseguiria contratar o mesmo quantitativo por valor inferior, devido à redução do risco do objeto.
Não Atendimento Parcial à Necessidade Pública
Pode ser que, ainda que possível, a melhor opção seja atender apenas a parcela da necessidade pública cujo custo compense o benefício obtido, sacrificando o atendimento da parte
residual na qual essa relação seja prejudicial. Seria o caso, por exemplo, de, mesmo podendo, não se atender à demanda quanto aos documentos e processos arquivados, atendendo-
se por resolução interna ou contratação pública a demanda quanto aos documentos e processos em tramitação. Isso porque o custo de atender aos arquivados é equivalente (ou até
maior) que o de atender aos em tramitação, enquanto que o benefício destes é significativamente superior ao daqueles.
Não Atendimento Integral à Necessidade Pública
É possível que, considerados os custos de se atender à demanda mediante contratação pública ou o ônus da mobilização de recursos humanos e materiais para essa finalidade,
constate-se que o benefício a ser obtido não se justifica e, assim, a melhor opção é simplesmente não atender à necessidade pública. Deveras, como todos os novos documentos e
processos serão produzidos em suporte digital, a representatividade dos físicos cairia a cada ano. O ganho de eficiência seria insuficiente para justificar o correspondente custo e o
problema, na prática, resolver-se-ia por si só.
Pág. 7
Contrato de Gestão
Pode ser que a melhor alternativa para atender à necessidade pública no caso concreto não seja por resolução interna ou contratação pública, e sim por
intermédio de fomento a outro órgão ou entidade públicos ou a organizações privadas sem fins lucrativos. É aí que entra o novo instrumento do contrato
de gestão, que veremos até o fim da unidade.
O contrato de gestão corresponde a um dos modernos institutos criados no intuito de substituir disfunções burocráticas por práticas gerenciais focadas no
cidadão. Para tanto, ele possui aplicações diversas, que chegam a parecer se tratar de outro instituto. Há, inclusive, algumas falhas técnicas em sua
concepção que suscitam críticas dos especialistas no tema. Contudo, sua contribuição foi positiva para o ordenamento jurídico.
Para obter um panorama geral sobre as três aplicações do contrato de gestão, assista ao seguinte vídeo: 
Vamos, então, estudar com mais detalhes as três aplicações distintas dos contratos de gestão?
Pág. 8
Para Órgãos e Entidades Públicas
A primeira aplicação que veremos para o contrato de gestão é aquela de previsão constitucional, inserida pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998,
que, promovendo a denominada reforma administrativa, inseriu o seguinte dispositivo na Carta Magna:
Constituição Federal
Art. 37 (...)
------------------------------------------------------------------------------------------------
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a 
firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dis
sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.
O objetivo desta aplicação do contrato de gestão é ampliar a autonomia do órgão ou entidade em contrapartida à fixação de metas de desempenho.
Assim, busca-se conferir os meios para que a unidade consiga aumentar sua eficiência, obtendo melhores resultados a custos inferiores.
O constituinte derivado não foi, contudo, tecnicamente preciso ao denominar o instituto de contrato. De fato, nesse contexto, não seria possível contratar
órgãos, já que, por constituírem meras repartições internas de competências, não possuem personalidade jurídica, e, assim, não podem exprimir vontade
para encarregar-se de direitos ou contrair obrigações. Do outro lado, no caso de entidades administrativas, o ajuste seria mais uma espécie de convênio
do que um contrato propriamente dito, devido ao interesse mútuo – e não divergentes – das partes no objeto da avença.
Ademais, a norma é classificada como de eficácia limitada e, portanto, somente é cabível a adoção do instituto para esse fim após a edição da
correspondente lei regulamentadora. Essa lei disporá, dentre outros temas, sobre o prazo de duração do contrato, a remuneração do pessoal e os
controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes. Assim, somente quando essa lei se encontrar em
vigor é que será viável um “contrato” ampliar a autonomia conferida pela lei de regência da unidade, porque, na verdade, aquela prevaleceria sobre esta
na vigência do contrato de gestão celebrado.
Pág. 9
Para Agências Executivas
A segunda aplicação está de certa forma contida na primeira, pois trata de contrato de gestão celebrado para ampliar a autonomia de autarquia ou
fundação que possua em andamento um plano estratégico para reestruturá-la ou desenvolvê-la. A incoerência que perdura até hoje se deu por a Lei nº
9.649/98 ter sido editada uma semana antes da Emenda Constitucional nº 19. Assim, permanecem válidas as críticas tecidas na análise da primeira
aplicação do instituto.
Veja abaixo como o tema foi tratado na norma reguladora:
Lei nº 9.649/98
Art. 51. O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autarquia ou fundação que tenha cumprido os seguintes requisitos:
I - ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento;
II - ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor.
§ 1º A qualificação como Agência Executiva será feita em ato do Presidente da República.
§ 2º O Poder Executivo editará medidas de organização administrativa específicas para as Agências Executivas, visando assegurar a sua autonomia de
gestão, bem como a disponibilidade de recursos orçamentários e financeiros para o cumprimento dos objetivos e metas definidos nos Contratos de Gestão.
Art. 52. Os planos estratégicos de reestruturação e de desenvolvimento institucional definirão diretrizes, políticas e medidas voltadas para a racionalização
de estruturas e do quadro de servidores, a revisão dos processos de trabalho, o desenvolvimento dos recursos humanos e o fortalecimento da identidade
institucional da Agência Executiva.
§ 1º Os Contratos de Gestão das Agências Executivas serão celebrados com periodicidade mínima de um ano e estabelecerão os objetivos, metas e
respectivos indicadores de desempenho da entidade, bem como os recursos necessários e os critérios e instrumentos para a avaliação do seu cumprimento.
§ 2º O Poder Executivo definirá os critérios e procedimentos para a elaboração e o acompanhamento dos Contratos de Gestão e dos programas estratégico
de reestruturação e de desenvolvimento institucional das Agências Executivas.
Vale ressaltar, ainda, uma importante consequência inerente à qualificação de autarquia ou fundação como agência executiva. Trata-se da possibilidade
de realização de obras, serviços e compras mediante contratação direta, valendo-se da aplicação em dobro dos percentuais exigidos para a dispensa em
razão do valor pelo art. 24, I, II e § 1º, da Lei nº 8.666/93 (20%, referente ao dobro de 10%), ou seja, quando o montante não ultrapassar R$
66.000,00, no caso de obras e serviços de engenharia, ou R$ 35.200,00, no caso de compras e serviços comuns.
Pág. 10
ParaOrganizações Sociais
A última aplicação do contrato de gestão foi, na verdade, a pioneira, já que surgiu duas semanas antes da Emenda Constitucional nº 19/98, que vimos na
primeira aplicação. O objetivo, no entanto, é diverso das demais aplicações: limita-se a autonomia de organização privada sem fins lucrativos mediante a
fixação de metas a serem atingidas, que usará, em contrapartida, recursos orçamentários, financeiros, materiais ou humanos públicos.
De fato, o contrato de gestão surgiu no contexto histórico de se promover reformas para o Brasil se aproximar mais do modelo de administração
gerencial. Nesta aplicação, a ideia era promover a publicização, que, no contexto do Programa Nacional de Publicização, correspondia à transferência de
serviços não exclusivos do Estado para a iniciativa privada sem fins lucrativos. Assim, a organização que celebrava o contrato de gestão passava a se
chamar Organização Social e absorvia a competência para a prestação de serviço não exclusivo, anteriormente prestado por órgão ou entidade que fora
para tanto extinto, de modo a se ganhar maior eficiência no serviço público.
Na prática, essa qualificação não costuma vir acompanhada da anterior extinção de órgão ou entidade e consiste em ato discricionário do Ministério da
área pertinente à Organização Social. Para que o contrato de gestão seja assinado, é necessário que a organização de personalidade jurídica de direito
privado e sem fins lucrativos destine-se ao ensino, à cultura, à saúde, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico e à preservação do meio
ambiente. Clique e se familiarize com os requisitos à qualificação das organizações sociais estabelecidos na primeira seção da norma.
Clique na imagem abaixo para "saber mais" sobre o tema.
Há outros institutos de cooperação mais especializados que não veremos para não fugirmos do escopo deste curso – as contratações públicas. É o caso, por exemplo, do termo de
parceria, regulado pela Lei nº 9.790/99. Há, outrossim, os termos de colaboração, termos de fomento e acordos de cooperação, regulados pela Lei nº 13.019/14.
A Lei nº 9.637/98 dedica duas seções para tratar do contrato de gestão e sua execução e fiscalização. Clique aqui para
conhecer melhor essas disposições.
Unidade II - Convênio, Contrato de Repasse e Termo de Execução Descentralizada
Neste momento, veremos outras formas de atender à necessidade pública no caso concreto mediante solução sem contratação – o convênio, o contrato
de repasse e o termo de execução descentralizada.
No âmbito constitucional e legal, os institutos são geralmente referidos como “convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres”. No
entanto, poucos sabem que tanto a Constituição Federal quanto a Lei de Licitações e Contratos dedicam ao fim de suas disposições um artigo para dispor
especialmente sobre o tema. Confira:
Constituição Federal
Art. 241 A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os
entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens
essenciais à continuidade dos serviços transferidos.
Lei nº 8.666/93
Art. 116. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres celebrados por órgãos e
entidades da Administração.
§ 1º A celebração de convênio, acordo ou ajuste pelos órgãos ou entidades da Administração Pública depende de prévia aprovação de competente plano
de trabalho proposto pela organização interessada, o qual deverá conter, no mínimo, as seguintes informações:
I - identificação do objeto a ser executado;
II - metas a serem atingidas;
III - etapas ou fases de execução;
IV - plano de aplicação dos recursos financeiros;
V - cronograma de desembolso;
VI - previsão de início e fim da execução do objeto, bem assim da conclusão das etapas ou fases programadas;
VII - se o ajuste compreender obra ou serviço de engenharia, comprovação de que os recursos próprios para complementar a execução do objeto estão
devidamente assegurados, salvo se o custo total do empreendimento recair sobre a entidade ou órgão descentralizador.
§ 2º Assinado o convênio, a entidade ou órgão repassador dará ciência do mesmo à Assembléia Legislativa ou à Câmara Municipal respectiva.
§ 3º As parcelas do convênio serão liberadas em estrita conformidade com o plano de aplicação aprovado, exceto nos casos a seguir, em que as mesmas
ficarão retidas até o saneamento das impropriedades ocorrentes:
I - quando não tiver havido comprovação da boa e regular aplicação da parcela anteriormente recebida, na forma da legislação aplicável, inclusive
mediante procedimentos de fiscalização local, realizados periodicamente pela entidade ou órgão descentralizador dos recursos ou pelo órgão competente
do sistema de controle interno da Administração Pública;
II - quando verificado desvio de finalidade na aplicação dos recursos, atrasos não justificados no cumprimento das etapas ou fases programadas, práticas
atentatórias aos princípios fundamentais de Administração Pública nas contratações e demais atos praticados na execução do convênio, ou o
inadimplemento do executor com relação a outras cláusulas conveniais básicas;
III - quando o executor deixar de adotar as medidas saneadoras apontadas pelo partícipe repassador dos recursos ou por integrantes do respectivo
sistema de controle interno.
§ 4º Os saldos de convênio, enquanto não utilizados, serão obrigatoriamente aplicados em cadernetas de poupança de instituição financeira oficial se a
previsão de seu uso for igual ou superior a um mês, ou em fundo de aplicação financeira de curto prazo ou operação de mercado aberto lastreada em
títulos da dívida pública, quando a utilização dos mesmos verificar-se em prazos menores que um mês.
§ 5º As receitas financeiras auferidas na forma do parágrafo anterior serão obrigatoriamente computadas a crédito do convênio e aplicadas,
exclusivamente, no objeto de sua finalidade, devendo constar de demonstrativo específico que integrará as prestações de contas do ajuste.
§ 6º Quando da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção do convênio, acordo ou ajuste, os saldos financeiros remanescentes, inclusive os provenientes
das receitas obtidas das aplicações financeiras realizadas, serão devolvidos à entidade ou órgão repassador dos recursos, no prazo improrrogável de 30
(trinta) dias do evento, sob pena da imediata instauração de tomada de contas especial do responsável, providenciada pela autoridade competente do
órgão ou entidade titular dos recursos.
Vale ressaltar, assim, que aos convênios aplicam-se no que couber as disposições previstas na Lei de Licitações e Contratos. Frise-se, ainda, que é no
Decreto nº 6.170/07 e na Portaria Interministerial nº 424/2016 que os institutos são devidamente abordados. De fato, ainda que não houvesse previsão
constitucional ou legal específica sobre o tema, os institutos sob análise seriam válidos, tendo em vista a inexistência de vedação em contrário e a diretriz
de integração e cooperação que se depreende da leitura sistêmica da Carta Magna e dos diplomas legais.
Animado para aprender sobre convênio, contrato de repasse e termo de execução descentralizada? Então vamos lá!
Pág. 12
Convênio
Dos três ajustes que abordaremos nesta unidade, o convênio é, sem dúvida, o mais conhecido. Um conceito sintético de convênios administrativos é
abordado por Carvalho Filho (2017, p. 170), segundo o qual constituem “ajustes firmados por pessoas administrativas entre si, ou entre estas e entidades
particulares, com vistas a ser alcançado determinado objetivo de interesse público”. Logo em seguida, flexibiliza essa definição ao afirmar que “tem sido
admitida a participação, como pactuantes, de órgãos públicos despidos de personalidadejurídica”.
Deveras, os ajustes convênios e contratos diferenciam-se pelos interesses das partes envolvidas. Nestes o Estado almeja atender à necessidade pública,
o particular deseja auferir lucro e o contrato, via de regra precedido de licitação, só pode ser rescindido nas hipóteses previstas na lei. Por sua vez,
naqueles as partes cooperam para o alcance dos interesses comuns e o convênio, que não depende de prévia licitação ou autorização legislativa, pode ser
denunciado a qualquer tempo, com uma das partes abandonando a cooperação, que permanece em vigor se ainda remanescer ao menos dois
integrantes. Os convênios diferenciam-se, outrossim, dos consórcios públicos que veremos na última unidade deste módulo, uma vez que nestes as
partes formam uma pessoa jurídica autônoma e naqueles (bem como nos contratos) essa constituição não ocorre.
Podemos agora apresentar o conceito mais analítico do Decreto nº 6.170/07:
Decreto nº 6.170/07
Art. 1º (...)
§ 1º Para os efeitos deste Decreto, considera-se:
I - convênio - acordo, ajuste ou qualquer outro instrumento que discipline a transferência de recursos financeiros de dotações consignadas nos Orçamentos
Fiscal e da Seguridade Social da União e tenha como partícipe, de um lado, órgão ou entidade da administração pública federal, direta ou indireta, e, de out
lado, órgão ou entidade da administração pública estadual, distrital ou municipal, direta ou indireta, ou ainda, entidades privadas sem fins lucrativos, visand
execução de programa de governo, envolvendo a realização de projeto, atividade, serviço, aquisição de bens ou evento de interesse recíproco, em regime d
mútua cooperação;
Pág. 13
Elementos
No convênio, o concedente transfere recursos financeiros para o convenente executar programa, projeto, atividade ou evento pactuado em regime de
mútua cooperação. Em alguns casos, há também a figura do interveniente, parte não integrante do ajuste que manifesta consentimento ou assume
obrigações em nome próprio.
Em qualquer hipótese:
Nessa linha, o convenente, auxiliado ou não por interveniente, executa o objeto observando o programa de trabalho. Geralmente, durante essa execução,
é necessário modificar o convênio por termo aditivo, sem alterar, no entanto, o objeto. Ademais, é indispensável acompanhar concomitantemente a
execução integral do objeto e o alcance dos resultados previstos, tanto do ponto de vista técnico quanto financeiro, mediante adequada prestação de
contas.
Pode ocorrer de o órgão ou entidade pública celebrar muitos convênios. Nesse caso, o concedente deve proceder à seleção e à padronização dos objetos
mais frequentes, prevendo critérios, como custo e características, a serem seguidos no caso de vir a celebrar novo convênio com o mesmo objeto. Além
disso, o próprio concedente pode adquirir bens que possam ser padronizados para distribuí-los aos convenentes. 
Pág. 14
Características
A regra é cada organização pública com personalidade jurídica própria atuar em seu próprio âmbito de atuação. Nesse contexto, o convênio pode ser
celebrado entre órgãos públicos de um mesmo Ente Político, entre órgãos públicos de uma mesma entidade pública ou entre órgãos ou entidades públicas
e entidades privadas sem fins lucrativos. Admite-se, contudo, mediante a celebração de convênio, a execução, sob o regime de mútua cooperação, de
programas:
de entidade da Administração Indireta por órgãos da Administração Direta;
de órgãos e entidades de uma Pessoa Política por outro Ente Político.
No caso de convênio celebrado com entidades privadas sem fins lucrativos, o concedente, visando à eficácia do objeto, deve realizar previamente
chamamento público para selecionar projetos ou entidades, devendo estabelecer critérios objetivos para aferir a qualificação técnica e capacidade
operacional do convenente na gestão do ajuste. Ademais, a publicidade do chamamento público e de seu resultado deve ser garantida, mediante sua
divulgação ao menos no Portal dos Convênios e na primeira página do sítio oficial do concedente.
Entretanto, a exigência de chamamento público pode ser dispensada:
Para realizar programas de proteção a pessoas ameaçadas ou em situação que possa comprometer sua segurança;
Se o projeto, atividade ou serviço objeto do ajuste já seja realizado adequadamente mediante parceria com a mesma entidade há pelo menos 5 anos e
cujas respectivas prestações de contas tenham sido devidamente aprovadas; ou
Em emergência ou calamidade pública, quando a situação demandar a realização ou manutenção do ajuste por até 180 dias ininterruptos, contados da
ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação da vigência do instrumento.
Pág. 15
Ainda quanto aos convênios celebrados com entidades privadas sem fins lucrativos, deve-se destacar a necessidade de estas se cadastrarem previamente
pela internet no SICONV (Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse). Esse registro é imprescindível para a celebração, a liberação de
recursos, o acompanhamento da execução e a prestação de contas do ajuste, além de para a publicidade, já que o sistema é aberto ao público pela
internet através do Portal dos Convênios. Nele é apresentada, inclusive, a relação das entidades privadas sem fins lucrativos que possuam convênios
vigentes com a União ou cujas contas estejam pendentes de aprovação.
Nesse contexto, tem-se a prestação de contas, que se inicia concomitantemente com a liberação da primeira parcela dos recursos financeiros, registrada
pelo concedente no SICONV. Apresentada a prestação de contas e a comprovação de resultados pelo convenente, o concedente:
Passo 1
Constatando irregularidade ou inadimplência, pode conceder até 45 dias para o convenente sanar a irregularidade ou cumprir a obrigação;
Passo 2
Dispõe de 1 ano, prorrogável justificadamente por até igual período, para analisá-las e manifestar-se conclusivamente, findo o qual (considerando o período de suspensão para
diligência de saneamento de irregularidade ou cumprimento de obrigação) a ausência de decisão sobre a aprovação da prestação de contas pode resultar no registro de restrição
contábil do órgão ou entidade pública referente ao exercício em que ocorreu o fato
Passo 3
Após analisar a prestação de contas, pode manifestar-se conclusivamente pela: aprovação sem ressalvas; aprovação com ressalvas, se evidenciada impropriedade ou outra falta de
natureza formal de que não resulte dano ao Erário; ou rejeição, com a determinação da imediata instauração de tomada de contas especial.
Vale frisar que no convênio, devido ao regime de mútua cooperação, há contrapartida de ambas as partes. Essa contrapartida, calculada sobre o valor
total do objeto, pode ser atendida, alternativa ou cumulativamente, por:
Recursos financeiros, em qualquer caso, depositados:
Na conta bancária específica do convênio, em conformidade com os prazos estabelecidos no cronograma de desembolso; ou
Nos cofres da União, na hipótese de o convênio ser executado por meio do SIAFI (Sistema Integrado de Administração Financeira);
Bens ou serviços economicamente mensuráveis, no caso de entidades privadas sem fins lucrativos, consoante a forma de aferição constante de cláusula
do convênio.
Nessa linha, ao celebrar o convênio o concedente deve empenhar o valor total a ser transferido no exercício. Se o convênio tiver vigência plurianual, o
concedente também deve proceder ao registro dos valores programados para cada exercício subsequente em conta contábil específica do SIAFI, o que
obrigará a consignação de crédito nos orçamentos seguintes para garantir a execução do objeto.
 
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Vedações
A aplicabilidade do convênio é tão ampla que pode dar ensejo à interpretação de que seria cabível em qualquer hipótese. Por isso, consoante o Decreto nº
6.170/07, art. 2º, c/c a Portaria Interministerial 507/2011, art. 10, é importante termos em mente que não é possível a União celebrar convênios:
Visandoà realização de serviços ou obras a serem custeadas, total ou parcialmente, com recursos externos sem a prévia contratação da operação de
crédito externo;
Entre órgãos e entidades federais, já que, nesses casos, o instrumento adequado para tanto é o termo de execução descentralizada, que veremos mais
adiante;
Com pessoas físicas ou entidades privadas com fins lucrativos;
Com órgão ou entidade pública, ou entidade privada sem fins lucrativos:
Que esteja em mora, inadimplente com outro convênio celebrado com a União, ou desatendendo exigência do referido decreto ou portaria
interministerial;
Cujo objeto social não se relacione às características do programa ou que não disponham de condições técnicas para executar o convênio;
Com órgãos ou entidades dos Estados, Distrito Federal e Municípios cujo valor seja inferior a 100 mil reais ou, se obra ou serviço de engenharia (exceto
elaboração de projetos de engenharia) a R$ 250 mil reais, permitindo-se, contudo:
O consorciamento entre os órgãos e entidades da administração pública direta e indireta dos Estados, Distrito Federal e Municípios;
A celebração de convênios com objeto que englobe vários programas e ações federais a serem executados de forma descentralizada;
Com entidades privadas sem fins lucrativos que:
Não comprovem ter desenvolvido, nos últimos três anos, atividades referentes à matéria objeto do convênio; e
Tenham como dirigente agente político de Poder ou do Ministério Público, tanto quanto dirigente de órgão ou entidade da administração pública, de
qualquer esfera governamental, ou respectivo cônjuge ou companheiro, bem como parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o 2º grau;
ou
Tenham, em suas relações anteriores com a União, incorrido em pelo menos uma das seguintes condutas:
Omissão no dever de prestar contas;
Descumprimento injustificado do objeto de convênios, contratos de repasse ou termos de parceria;
Desvio de finalidade na aplicação dos recursos transferidos;
Ocorrência de dano ao Erário; ou
Prática de outros atos ilícitos na execução de convênios, contratos de repasse ou termos de parceria.
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Contrato de Repasse
Embora seja tão importante quanto o convênio, o contrato de repasse não costuma ser devidamente abordado pela doutrina. Assim, os poucos
estudantes que já ouviram falar sobre o instituto não costumam conseguir precisar ao certo do que se trata.
Vamos começar a entendê-lo pelo conceito previsto no Decreto nº 6.170/07?
Decreto nº 6.170/07
Art. 1º (...)
§ 1º Para os efeitos deste Decreto, considera-se:
------------------------------------------------------------------------------------------------
II - contrato de repasse - instrumento administrativo, de interesse recíproco, por meio do qual a transferência dos recursos financeiros se processa por
intermédio de instituição ou agente financeiro público federal, que atua como mandatário da União;
No contrato de repasse, o contratante pactua com o contratado a execução de programa, projeto, atividade ou evento por meio de instituição financeira
pertencente ao Ente Federado contratante, denominada mandatária. Em alguns casos, há também a figura do interveniente, parte não integrante do
ajuste que manifesta consentimento ou assume obrigações em nome próprio.
Deveras, embora a norma não indique essa possibilidade por ocasião de definição de interveniente, sua leitura sistemática permite essa dedução. Além
disso, tal como nos convênios, o contratante pode ser um órgão ou entidade pública e o contratado ou interveniente, entidade privada sem fins lucrativos
ou outro órgão ou entidade pública.
Assim, a principal diferença do contrato de repasse para o convênio é essa obrigatória intermediação pela instituição financeira. Por isso, esse
instrumento é recomendado para objetos de complexidade e valores superiores, sendo necessário, no mínimo, realizar cotação prévia de preços no
mercado antes da celebração do contrato. 
Nessa linha, quando a ideia for executar programa de trabalho para a realização de obra pública, o instrumento adequado será o contrato de repasse.
Nesse caso, se tanto o contratante quanto a mandatária não tiverem capacidade técnica para acompanhar a aplicação dos recursos transferidos
regularmente, esse acompanhamento deve ser efetivado por outra instituição pública ou privada, na qualidade de interveniente. Do outro lado, quando o
órgão ou entidade pública tiver estrutura para acompanhar a execução do objeto, pode ser celebrado convênio.
Por fim, vale destacar que a maior parte do que estudamos para o convênio também se aplica para o contrato de repasse, considerada a similaridade
entre os institutos.
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Termo de Execução Descentralizada
O último instituto que veremos nesta unidade é o termo de execução descentralizada. Esse instrumento, entretanto, não foi sempre conhecido por essa
nomenclatura. De fato, passou a se chamar dessa forma a partir de 2013, encontrando-se ainda desatualizada a Portaria Interministerial do MP e CGU nº
507/2011, que ainda se refere ao ajuste através da denominação termo de cooperação.
Vamos iniciar novamente pelo conceito contido no Decreto nº 6.170/07?
Decreto nº 6.170/07
Art. 1º (...)
§ 1º Para os efeitos deste Decreto, considera-se:
------------------------------------------------------------------------------------------------
III - termo de execução descentralizada - instrumento por meio do qual é ajustada a descentralização de crédito entre órgãos e/ou entidades integrantes d
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União, para execução de ações de interesse da unidade orçamentária descentralizadora e consecução do objet
previsto no programa de trabalho, respeitada fielmente a classificação funcional programática;
No termo de execução descentralizada, a unidade descentralizadora transfere dotação orçamentária e recursos financeiros para a unidade descentralizada
executar programa, projeto, atividade ou evento pactuado. A característica marcante desse instituto é que ambas as unidades são órgãos ou entidades
pertencentes ao mesmo Ente Federado.
Excluem-se, entretanto, da aplicação do instrumento as empresas estatais não dependentes, organizações públicas com personalidade jurídica de direito
privado que conseguem se sustentar com a prestação de serviço público ou explorando atividade econômica, em ambos os casos com finalidade lucrativa,
e compõem o Orçamento de Investimento das Estatais.
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Nesse contexto, a celebração de termo de execução descentralizada deve atender à execução da descrição da ação orçamentária prevista no programa de
trabalho e pode ter as seguintes conotações e finalidades:
Ressarcimento de despesas entre as unidades, admitida a dispensa da formalização do instrumento para essa finalidade; ou
Delegação de competência para a unidade descentralizada promover a execução de programas, atividades ou ações previstas no orçamento da unidade
descentralizadora visando à:
Execução de programas, projetos e atividades de interesse recíproco, em regime de mútua colaboração;
Realização de atividades específicas pela unidade descentralizada em benefício da unidade descentralizadora dos recursos; ou
Execução de ações que se encontram organizadas em sistema e que são coordenadas e supervisionadas por um órgão central.
As Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs), incluídas as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), podem celebrar convênios e contratos com fundações de apoio,
instituídas com a finalidade de apoiar projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento institucional, científico e tecnológico e estímulo à inovação, inclusive na gestão
administrativa e financeira necessária à execução desses projetos, mediante a dispensa de licitação prevista no art. 24, XIII, da Lei nº 8.666/93, que veremos com melhor
profundidade no módulo V (contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa,do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de
instituição dedicada à recuperação social do preso). Clique aqui para conhecer melhor a Lei nº 8.958/94, que regula a matéria
 
Unidade III - Consórcio Público
Vimos na unidade anterior que os convênios se diferenciam dos consórcios públicos por as partes destes formarem uma pessoa jurídica autônoma e
naqueles essa constituição não ocorrer. Pronto para aprender mais sobre esse último instrumento?
Fundamento, Natureza e Atuação
Os consórcios públicos possuem uma peculiaridade quanto à sua fundamentação constitucional. Isso porque o art. 241, que já estudamos na unidade
anterior, afirma que o tema seria disciplinado por lei própria de cada um dos Entes Federados. No entanto, como a constituição de consórcio público se dá
por contrato, o Poder Público optou por disciplinar o tema por intermédio da competência privativa da União para legislar sobre normas gerais de licitação
e contratação (art. 22, XXVII, da Constituição Federal).
Nessa linha, foi editada a Lei 11.107/05 para regulamentar o dispositivo constitucional, estabelecendo normas gerais nacionais sobre o tema (isto é,
aplicáveis a todos os Entes Federativos). Em seguida, foi editado o Decreto nº 6.017/07 para esmiuçá-la. E é somente nesta que se encontra a definição
normativa de consórcio público:
Decreto nº 6.017/07
Art. 2º Para os fins deste Decreto, consideram-se:
I - consórcio público: pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da Federação, na forma da Lei nº 11.107, de 2005, para estabelecer relações
de cooperação federativa, inclusive a realização de objetivos de interesse comum, constituída como associação pública, com personalidade jurídica de
direito público e natureza autárquica, ou como pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos;
Assim, através do consórcio público se estabelece uma relação de cooperação federativa, como a gestão associada de serviço público ou a realização de
objetivos de interesse comum, através da qual é formada uma pessoa jurídica composta apenas por entes da Federação. 
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Essa nova pessoa jurídica pode ter personalidade jurídica:
De Direito Público
Nesse caso, constituirá associação pública de natureza autárquica com a vigência das leis de ratificação do protocolo de intenções (que veremos mais a diante), integrando a
Administração Indireta de todos os Entes consorciados.
De Direito Privado
Nesse caso, constituirá sociedade privada sem fins econômicos, não integrante de Administração Pública, com o atendimento dos requisitos da legislação civil, devendo, contudo,
observar as normas de direito público quanto à realização de licitação, celebração de contratos, prestação de contas e admissão de seus empregados públicos regidos pela CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho.
No entanto, há algumas limitações para a celebração do consórcio público. De fato, a União não pode consorciar-se apenas com Municípios. Nesse caso,
para que possa ser constituído, os Estados nos quais estejam situados também precisam fazer parte do consórcio público. Analogamente, um Estado
também não pode consorciar-se somente com Município pertencente a Estado diverso. Entretanto, pode ser constituído consórcio público só formado pelo
Distrito Federal e por Municípios, tendo em vista o caráter sui generis desse Ente ao possuir competências reservadas aos Estados e Municípios.
Destarte, figurando ou não a União como consorciada, a área de atuação do consórcio público corresponde à soma dos territórios:
Dos Municípios (ou destes e do Distrito Federal): Quando constituído só por Municípios (ou por estes e o DF) ou por um Estado e Municípios nele
compreendidos;
Dos Estados (ou destes e do Distrito Federal): Quando constituído por dois ou mais Estados ou por um ou mais Estados e o DF.
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Objetivos, Prerrogativas e Responsabilidades
Os entes da Federação ao consorciarem-se devem definir os objetivos do consórcio público, observando os limites constitucionais. Para que consiga
alcançá-los, o consórcio público pode valer-se das seguintes prerrogativas:
Firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza, podendo a União com ele celebrar convênios visando viabilizar a descentralização e a
prestação de políticas públicas em escalas adequadas;
Receber auxílios, contribuições e subvenções sociais ou econômicas de outras entidades e órgãos do governo;
Ser contratado pela Administração Pública Direta ou Indireta dos Entes consorciados, dispensada a licitação, valendo-se do art. 24, XXVI, da Lei nº
8.666/93, que permite a celebração de contrato de programa (que veremos mais a diante) com outro Ente, mediante licitação dispensável, para
prestar serviços públicos de forma associada;
Realizar obras, serviços e compras mediante contratação direta, valendo-se da aplicação em dobro dos percentuais exigidos para a dispensa em
razão do valor pelo art. 24, I, II e § 1º, da Lei nº 8.666/93 (20%, referente ao dobro de 10%), ou seja, quando o montante não ultrapassar R$
66.000,00, no caso de obras e serviços de engenharia, ou R$ 35.200,00, no caso de compras e serviços comuns;
Realizar licitação na modalidade concorrência, tomada de preços ou convite mediante valores diferenciados para determinar o limite máximo
correspondente, valendo-se da aplicação em dobro, se formado por até três Entes da Federação, ou em triplo, se formado por número maior,
prevista no art. 23, I, II e § 8º, da Lei nº 8.666/93;
Realizar licitação da qual decorra contrato administrativo celebrado por órgãos ou entidades dos Entes consorciados, facultado à entidade interessada
o acompanhamento do certame e da execução do contrato, nos termos do art. 112, §§ 1º e 2º, da Lei nº 8.666/93;
Emitir documentos de cobrança ou exercer atividade de arrecadação de tarifas por prestação de serviço ou uso ou outorga de uso de bem público
administrado por ele ou, mediante autorização específica, pelo ente da Federação consorciado;
Outorgar concessão, permissão ou autorização de obras ou serviços públicos, desde que autorizado pelo contrato correspondente à sua constituição;
Receber cessão de servidores dos Entes consorciados ou os com eles conveniados, na forma e condições da legislação de cada um;
Celebrar contrato de gestão ou termo de parceria, nas condições previstas no protocolo de intenções (que estudaremos mais para a frente);
Receber doação, destinação ou cessão do uso de bens móveis ou imóveis, ou transferências ou cessões de direitos operadas por força de gestão
associada de serviços públicos, sendo nula outro tipo de cláusula do contrato constitutivo que preveja contribuições financeiras ou econômicas de
Ente ao consórcio público;
Promover desapropriações e instituir servidões, nos termos de declaração de utilidade ou necessidade pública, ou interesse social, realizada pelo
Poder Público e do contrato constitutivo, desde que o consórcio tenha personalidade jurídica de direito público.
Já no que concerne às responsabilidades, vale ressaltar que os Entes da Federação consorciados respondem subsidiariamente pelas obrigações do
consórcio público. Nesse caso, a associação pública responde por si e só no caso de ter assumido obrigações maiores que seu patrimônio é que, liquidado
primeiro este, a Administração Direta pode ser demandada por obrigações remanescentes. Já quanto aos dirigentes do consórcio público, frise-se que
respondem pessoalmente pelas obrigações por ele contraídas quando praticarem atos em desacordo com a lei, os estatutos ou as decisões da assembleia
geral.
Ademais, constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário, nos termos do art. 10, XIV e XV, da Lei nº 8.429/92, a celebração de:
Contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades
previstas na lei;
Contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária ou sem observar as formalidadesprevistas na lei.
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Constituição e Protocolo de Intenções
O procedimento de constituição de um consórcio público apresenta, basicamente, duas etapas:
1) Subscrição do Protocolo de Intenções: Cada Ente que pretende compor o consórcio público subscreve o protocolo de intenções e procede à sua
publicação na imprensa oficial;
2) Celebração do Contrato (Ratificação Legal do Protocolo de Intenções): Os Entes que subscreveram o protocolo de intenções, ou, caso haja
cláusula autorizativa neste sentido, uma parcela deles, procedem à celebração do contrato, materializada pela ratificação, mediante lei, do protocolo de
intenções, a qual:
a. É dispensada para o Ente que, antes de subscrever o protocolo de intenções, tenha disciplinado por lei sua participação no consórcio público;
b. Pode ser realizada com reserva, desde que aceita pelos demais Entes subscritores, hipótese em que implicará consorciamento parcial ou
condicional;
c. Depende de homologação da assembleia geral do consórcio público quando realizada 2 anos após a subscrição do protocolo de intenções.
O consórcio público possui uma assembleia geral, na qual é assegurado a cada Ente consorciado um voto, admitida a definição pelo protocolo de
intenções de quantidade diferenciada de votos entre eles. O consórcio público possui, ainda, um representante legal, eleito entre os Chefes do Poder
Executivo dos Entes consorciados, na forma e para o mandato definidos no protocolo de intenções. O consórcio público na área de saúde deve obedecer,
outrossim, aos princípios, diretrizes e normas do SUS (Sistema Único de Saúde).
 
A organização e funcionamento dos consórcios públicos são disciplinados pela Lei nº 11.107/05 e, no que não a contrariar, pela
legislação que rege as associações civis – o Código Civil (Lei nº 10.406/02). Já a organização e o funcionamento de cada um de
seus órgãos constitutivos são disciplinados nos estatutos do consórcio público, cujas disposições deverão atender às cláusulas do
seu contrato constitutivo, sob pena de nulidade.
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Contrato de Rateio
Contrato de rateio constitui o compromisso de os Entes consorciados fornecerem os recursos financeiros necessários à realização de despesas do
consórcio público. Assim, é o único instrumento hábil para os Entes consorciados entregarem recursos ao consórcio.
Nessa linha, o contrato de rateio deve ser formalizado em cada ano, com prazo de vigência, em regra, até o final do exercício financeiro. No entanto,
quando só tiver por objeto projetos consistentes em programas e ações contemplados no PPA (Plano Plurianual) ou a gestão associada de serviços
públicos custeados por tarifas, admite-se que a vigência do contrato de rateio exceda ao exercício financeiro.
Nesse contexto, a fiscalização do instrumento é exercida em dois âmbitos distintos:
Exigência de cumprimento das obrigações previstas no contrato de rateio por qualquer uma das partes legítimas – Entes consorciados, isolados ou em
conjunto, ou consórcio público –, de modo que o Ente consorciado que não consignar, em sua lei orçamentária ou em créditos adicionais, as dotações
suficientes para suportar as despesas assumidas no contrato de rateio pode ser suspenso do consórcio público e, persistindo a situação, excluído.
Obediência da execução de receitas e despesas do consórcio público às normas de direito financeiro aplicáveis às entidades públicas, sem prejuízo da:
Vedação à aplicação dos recursos entregues por contrato de rateio em despesas genéricas, inclusive transferências ou operações de crédito;
Obrigatoriedade de o consórcio público fornecer as informações necessárias à consolidação, nas contas dos Entes consorciados, das despesas
realizadas com os recursos entregues pelo contrato de rateio, visando à contabilização nas contas de cada ente da Federação na conformidade dos
elementos econômicos e das atividades ou projetos atendidos, atendendo-se, assim, os dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei
Complementar nº 101/2000);
Sujeição do consórcio público à fiscalização contábil, operacional e patrimonial do Tribunal de Contas competente para apreciar as contas do
representante legal do consórcio e ao controle externo exercido em razão de cada contrato de rateio.
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Contrato de Programa
O contrato de programa, por sua vez, constitui, no âmbito da prestação de serviços públicos por meio de cooperação federativa, o instrumento que
constitui e regula as obrigações entre Entes Políticos ou entre estes e consórcio público. Assim, devem ser constituídas e reguladas pelo instrumento as
obrigações que um Ente Político constituir para com outra unidade da Federação ou para com consórcio público no âmbito de gestão associada em que
haja a prestação de serviços públicos ou a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal ou de bens necessários à continuidade dos
serviços transferidos. Do outro lado, as obrigações cujo descumprimento não acarrete ônus, inclusive financeiro, a Ente Político ou a consórcio público não
devem ser objeto de contrato de programa.
Interessante é que o contrato de programa continua vigente mesmo quando extinto o consórcio público ou o convênio que autorizou a gestão associada
de serviços públicos. Ademais, o contrato de programa pode ser celebrado por entidades de direito público ou privado integrantes da Administração
Indireta de Ente consorciado ou conveniados, desde que mediante previsão no contrato de consórcio público ou no convênio de cooperação. Entretanto, o
contrato celebrado é automaticamente extinto se o contratado não mais integrar a Administração Indireta do Ente que autorizou a gestão associada de
serviços públicos por consórcio público ou convênio.
Dessa forma, o contrato de programa deve atender às seguintes exigências:
Atendimento à legislação de concessões e permissões de serviços públicos (principalmente a Lei nº 8.987/95) e de regulação dos serviços a serem
prestados (especialmente quanto ao cálculo das tarifas);
Previsão de procedimentos que garantam a transparência da gestão econômica e financeira de cada serviço em relação a cada um de seus titulares;
Vedação de se atribuir ao contratado o exercício de poderes de planejamento, regulação e fiscalização dos serviços por ele próprio prestados, sendo
nula a cláusula nesse sentido;
Quando a gestão associada originar a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços
transferidos, previsão, sob pena de nulidade, de cláusulas que estabeleçam:
Encargos transferidos e responsabilidade subsidiária da entidade transferidora;
Penalidades aplicáveis na inadimplência relativa aos encargos transferidos;
Momento de transferência dos serviços e deveres quanto a sua continuidade;
Indicação de quem arcará com o ônus e os passivos do pessoal transferido;
Identificação dos bens que terão apenas a sua gestão e administração transferidas e preço dos que sejam efetivamente alienados ao contratado;
Procedimento para o levantamento, cadastro e avaliação dos bens reversíveis que vierem a ser amortizados mediante receitas de tarifas ou outras
emergentes da prestação dos serviços.
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Retirada de Ente e Alteração ou Extinção do Consórcio
É possível que um ente da Federação se retire do consórcio público? Sim, mas a retirada depende de ato formal de seu representante na assembleia
geral, atendida a forma previamente disciplinada em lei. Nesse caso, os bens que o consorciado em retirada tiver destinado ao consórcio público só lhe
serão revertidos ou retrocedidos se houver expressa previsão no contrato constitutivo ou instrumento de transferência ou alienação.
E a alteração ou extinção de contrato de consórcio público, como funciona? Depende de instrumento aprovado pela assembleia geral, ratificado mediante
lei por todos os entes consorciados. Diferentemente do que vimos para a hipótese de retirada, nessa situação, os bens, direitos, encargose obrigações
decorrentes da gestão associada de serviços públicos custeados por tarifas são atribuídos aos titulares dos respectivos serviços. Informação importante é
que no contexto em análise os Entes consorciados respondem solidariamente pelas obrigações remanescentes até que haja decisão que indique os
responsáveis por cada obrigação, sem prejuízo do direito de regresso em face dos Entes beneficiados ou dos que deram causa à obrigação.
Por fim, em ambos os casos, as obrigações já constituídas não são prejudicadas. Nessa linha, os contratos de programa continuam vigentes e só são
extintos após o prévio pagamento das indenizações eventualmente devidas.
Assista ao vídeo do Eduardo Tanaka sobre consórcios públicos para melhor memorizar os principais pontos abordados neste módulo em uma abordagem
mais leve:
Conclusão
Parabéns! Você chegou ao final do Módulo II do curso Contratações Públicas. Como parte do processo de aprendizagem, sugerimos que você releia este
módulo e resolva os Exercícios de Fixação. O resultado não influenciará sua nota final, mas é relevante para avaliar seu domínio do conteúdo.
Clique na imagem.

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