Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aulão CESPE ALEXANDRE PRADO LEI 9.784/99 -‐CESPE • (2012 -‐ STJ -‐ Analista Judiciário -‐ Área Judiciária) • Os preceitos dessa lei aplicam-‐se à administração pública direta e indireta no âmbito do Poder ExecuJvo federal, mas não alcançam os Poderes LegislaJvo e Judiciário da União, que dispõem de autonomia para editar atos acerca de sua organização e funcionamento quando no desempenho de função administraJva. • ( ) Certo ( ) Errado E LEI 9.784/99 • CONCEITO • É um conjunto de atos coordenados e interdependentes necessários a produzir uma decisão final a respeito de alguma função ou aJvidade administraJva. • A QUEM SE APLICA: Administração Direta e Indireta Federal dos poderes execuJvo, legislaJvo e judiciário. LEI 9.784/99 -‐CESPE • (2012 -‐ STJ -‐ Técnico Judiciário -‐ Telecomunicações e Eletricidade -‐ Conhecimentos Básicos) • A Lei n.º 9.784/1999 não se aplica aos órgãos dos Poderes Judiciário e LegislaJvo, ainda que no d e s empenho d e f u n çõe s d e n a t u r e z a administraJva. • ( ) Certo ( ) Errado E PRINCÍPIOS INFORMADORES DOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS -‐ Legalidade ObjeJva: -‐ Oficialidade: -‐ Informalismo: -‐Verdade Material: -‐Contraditório e ampla defesa: PRINCÍPIOS EXPRESSOS NA LEI Nº 9.784/99 -‐ Legalidade -‐Finalidade -‐ MoJvação -‐ Razoabilidade e proporcionalidade -‐ Moralidade -‐ Ampla defesa -‐ Contraditório, -‐ Segurança jurídica -‐ Interesse público -‐ Eficiência -‐ Gratuidade PROCESSO ADMINISTRATIVO PRINCÍPIOS BÁSICOS EXPLÍCITOS: 1. Legalidade 2. Impessoalidade (finalidade e interesse público) 3. Moralidade (Transparência) 4. Publicidade 5. Eficiência 6. Contraditório 7. Oficialidade 8. MoJvação 9. CELERIDADE 10. RAzoabilidade (proporcionalidade) 11. ParJcipação 12. Ampla defesa 13. Segurança jurídica (proteção da confiança legíJma) Alexandre Prado • Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, moJvação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. LEI 9.784/99 -‐CESPE • (2012 -‐ STJ -‐ Todos os Cargos -‐ Conhecimentos Básicos) • Considerando-‐se que o processo administraJvo gera ônus para a administração pública, a regra é a cobrança de despesas processuais, as quais somente poderão ser afastadas nos casos expressamente previstos em lei. • ( ) Certo ( ) Errado E • Art. 56. Das decisões administraJvas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito. • § 2o Salvo exigência legal, a interposição de recurso administraJvo independe de caução. LEI 9.784/99 -‐CESPE (2012 -‐ ANATEL -‐ Técnico AdministraFvo) O princípio da segurança jurídica resguarda a estabi l idade das relações no âmbito da administração; um de seus reflexos é a vedação à aplicação retroaJva de nova interpretação de norma em processo administraJvo. • ( ) Certo ( ) Errado C • Art. 2°, XIII -‐ interpretação da norma administraJva da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroaJva de nova interpretação. PROCESSO ADMINISTRATIVO PRINCÍPIOS INFRACONSTITUCIONAIS: • SEGURANÇA JURÍDICA; – Veda a administração pública aplicar retroaJvamente nova interpretação, garanJndo a aplicação da norma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, invesJndo o administrado em posição de proteção à sua confiança diante de atos dotados de aparente legalidade e legiJmidade da administração. Alexandre Prado PROCESSO ADMINISTRATIVO PRINCÍPIOS INFRACONSTITUCIONAIS: • BOA-‐FÉ; – Boa-‐fé objeJva (CONDUTA)– analisa a conduta das partes envolvidas nos negócios jurídicos. Levando-‐se em consideração o comportamento e não a intenção do agente. – Boa-‐fé subjeJva (CONVICÇÃO) – analisa a vontade do agente, ou seja, sua intenção ao estabelecer a relação jurídica. • CONFIANÇA LEGÍTIMA. • uma norma imediatamente finalísJca, que estabelece o dever de aJngir um “estado de coisas” (o estado de confiança) a parJr da adoção de determinados comportamentos. Alexandre Prado PROCESSO ADMINISTRATIVO Consequências da observância dos princípios da segurança jurídica, boa-‐fé e confiança legídma. – Veda comportamentos contraditórios (venire contra factum proprium). Ocorre quando a Administração praJca atos que contrariam a conduta administraJva anterior, a qual havia invesJdo o parJcular em uma legíJma posição de confiança. Alexandre Prado LEI 9.784/99 -‐CESPE • (2012 -‐ STJ -‐ Técnico Judiciário -‐ Telecomunicações e Eletricidade -‐ Conhecimentos Básicos) • Com base na Lei n.º 9.784/1999, que regulao p roces so admin i s t raJvo no âmb i to da administração pública federal, julgue os itens subsecuJvos. • No processo administraJvo, a norma administraJva deve ser interpretada de forma a garanJr o atendimento do fim público a que se desJne, vedada a ap l i cação retroaJva de nova interpretação. • ( ) Certo ( ) Errado C LEI 9.784/99 -‐CESPE (2012 -‐ TJ-‐RR -‐ Analista -‐ Processual ) • A respeito da disciplina dos atos administraJvos e do processo administraJvo, julgue os itens que se seguem. Com fundamento no princípio da oficialidade, nos processos administraJvos dos quais resulte a aplicação de sanções ao administrado, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes capazes de jusJficar a inadequação da sanção aplicada, será admiJda a revisão de ovcio, hipótese em que poderá haver o agravamento da sanção imposta. • ( ) Certo ( ) Errado E • Art. 65. Os processos administraJvos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ovcio, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscewveis de jusJficar a inadequação da sanção aplicada. • Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção. LEI 9.784/99 -‐CESPE • (2012 -‐ TRE-‐RJ -‐ Analista Judiciário -‐ Área AdministraFva) • Julgue os itens que se seguem, relaJvos ao direito administraJvo. • A decisão de recursos administraJvos no âmbito do processo administraJvo na administração pública federal não pode ser objeto de delegação. • ( ) Certo ( ) Errado C • Competência • A competência administraJva é: – obrigatória – Irrenunciável – inderrogável – imodificável pela vontade dos interessados – Intransferível – imprescriwvel – Pode ser delegada ou avocada nos termos da lei. Capacidade REQUISITOS/ELEMENTOS DE VALIDADE PROCESSO ADMINISTRATIVO – A COMPETÊNCIA é irrenunciável, – Mas admite avocação e é delegável – se não houver impedimento legal, – É facultaJvo delegar em parte, mas nunca total – Enquanto na avocação exige-‐se subordinação, – na delegação não se impõe tal obrigação – Por indole técnica ou social – É possivel a delegação parcial, – Digo, parcial e não total – Seja ela de indole econômica, jurídica ou territorial Alexandre Prado Lei 9.784/99 -‐ Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administraJvos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admiJdos. alexandreprado@concursovirtual.com.br REQUISITOS/ELEMENTOS DE VALIDADE Lei 9.784/99 -‐ Art. 12. Um órgão administraJvo e seu Jtular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou Jtulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. Parágrafo único. O disposto no caput deste arJgo aplica-‐se à delegação de competência dos órgãos colegiados aos respecJvos presidentes. alexandreprado@concursovirtual.com.br REQUISITOS/ELEMENTOS DE VALIDADE alexandreprado@concursovirtual.com.br REQUISITOS/ELEMENTOS DE VALIDADE Lei 9.784/99 -‐ Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial. § 1o O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os objeJvos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada. § 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante. § 3o As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-‐se-‐ão editadas pelo delegado. alexandreprado@concursovirtual.com.br REQUISITOS/ELEMENTOS DE VALIDADE Lei 9.784/99 -‐ Art. 15. Será permiJda, em caráter excepcional e por moJvos relevantes devidamente jusJficados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. alexandreprado@concursovirtual.com.br REQUISITOS/ELEMENTOS DE VALIDADE LEI 4.717/65 -‐ Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das enJdades mencionadas no arJgo anterior, nos casos de: a) incompetência; Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-‐se-‐ão as seguintes normas: a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praJcou; De l e g a r é a t r i b u i r a o u t r em determinada competência. A v o c a r é c h a m a r p a r a s i a responsabilidade paraa práJca do Ato. O vício de competência do ato administraJvo, como definido no direito posiJvo brasileiro, ocorre quando o agente competente age fora dos limites da sua competência. alexandreprado@concursovirtual.com.br REQUISITOS/ELEMENTOS DE VALIDADE alexandreprado@concursovirtual.com.br (LeI 9.784/99 - Art. 13) NÃO SE DELEGA I - a edição de atos de caráter normativo; II - a decisão de recursos administrativos; III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. REQUISITOS/ELEMENTOS DE VALIDADE PROCESSO ADMINISTRATIVO – Não há delegação – Quanto a atos norma4vos, bem como sua edição – Em relação ao recurso administra4vo e sua decisão – Não pode a autoridade fazer a delegação – Se a lei assim determinar – Inclui-‐se nesse rol a competência exclusiva que também vou decorar Alexandre Prado LEI 9.784/99 -‐CESPE • (2013 -‐ TJ-‐DF -‐ Técnico Judiciário -‐ Área AdministraFva) • À luz do que dispõe a Lei n.º 9.784/1999, julgue os próximos itens. • O servidor que esJver liJgando judicialmente contra a companheira de um interessado em determinado processo administraJvo estará impedido de atuar nesse processo. • ( ) Certo ( ) Errado C • No impedimento, há uma presunção absoluta de incapacidade para a práJca do ato, por isso, o servidor ou autoridade tem o dever de comunicar o fato e abster-‐se de atuar. Art. 18. É impedido de atuar em processo administraJvo o servidor ou autoridade que: I -‐ tenha interesse direto ou indireto na matéria; II -‐ tenha parJcipado ou venha a parJcipar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau; III -‐ esteja liJgando judicial ou administraJvamente com o interessado ou respecJvo cônjuge ou companheiro. Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-‐se de atuar. Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o impedimento consJtui falta grave, para efeitos disciplinares. • Já na suspeição há uma presunção relaJva de incapacidade para a práJca do ato. • Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade ínJma ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respecJvos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau. • Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo. PROCESSO ADMINISTRATIVO – Enquanto a suspeição se uJliza de critério subjeJvo, – O impedimento é objeJvo, – Este gera uma obrigação, – Pois em caso de não cumprimento sofrerá uma sanção – Aquela gera uma faculdade, – Em virtude de sua presunção relaJva de incapacidade – Esse tema é muito controverJdo, – Portanto estudar desse jeito fica muito mais diverJdo. Alexandre Prado LEI 9.784/99 -‐CESPE • (2012 -‐ PRF -‐ Agente AdministraFvo -‐ Classe A Padrão I ) • Quando importar em anulação, revogação, suspensão ou convalidação, o ato administraJvo deverá ser moJvado, com a indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos que jusJfiquem sua edição. • ( ) Certo ( ) Errado C Art. 50. Os atos administraJvos deverão ser moJvados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: I -‐ neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; II -‐ imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; III -‐ decidam processos administraJvos de concurso ou seleção pública; IV -‐ dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; V -‐ decidam recursos administraJvos; VI -‐ decorram de reexame de ovcio; VII -‐ deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; VIII -‐ importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administraJvo. § 1o A moJvação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consisJr em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato. (Modvação aliunde também chamada de per reladonem) FORMAS DE EXTINÇÃO REVOGAÇÃO ANULAÇÃO MOTIVO Inconveniência / inoportunidade Ilegalidade/ ilegitimidade/ilicitude COMPETÊNCIA Privativa da administração pública Administração pública / poder judiciário EFEITOS Ex nunc Ex tunc PROCESSO ADMINISTRATIVO REVOGAÇÃO, ANULAÇÃO E CONVALIDAÇÃO – A REVOGAÇÃO e a ANULAÇÃO são formas de EXTINÇÃO – Diferentemente dessas duas temos a CONVALIDAÇÃO – Fundamenta-‐se na CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE, – a CONVALIDAÇÃO e a REVOGAÇÃO, desde que se livre de ilegalidade – Quando eivado de vicio de nulidade aplica-‐se ANULAÇÃO – EX TUNC é o seu efeito de exceção – Esses mesmos efeitos se manterão – Na sanatória que se chamaconvalidação, – EX TUNC está para a anulação, – Assim como EX NUNC está para revogação Alexandre Prado
Compartilhar