Buscar

Resumo Teorias do Currículo Univesp

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Resumo
Currículo: carreira, curso, percurso.
	No contexto educacional: O currículo é polissêmico. Ao longo do tempo: listagem de conteúdo, planos pedagógicos, objetivo do processo de ensino...
Teoria Crítica do Currículo: conjunto de obras, análises que constituem uma teoria, ou seja, a teoria crítica do currículo, concebendo o currículo como forma de controle social. Currículo = didática = prática pedagógica.
TEORIAS TRADICIONAIS DE CURRÍCULO
Século XVI – Sociedade aristocrata, autoritária, sociedade monárquica. A cultura é controlada. A escola representava os filhos da elite. 
 	Ratio Studiorum (currículo dos colégios jesuítas) - Pedagogia tradicional – Transmissão de conhecimentos e valores. (No Brasil)
Século XX – Ensino, aprendizagem, avaliação método, planejamento, eficácia, objetivos.
Sociedade industrial (não mais agrícola): Promessa de ascensão social. Escola democrática. 
Sociedade em rede: Grupo privilegiado no meio e os menos privilegiados na periferia. 
→ Freinet, Dewey, Montessori, e Decroly (sociedade dividida em classes) – Psicologia da aprendizagem, do conhecimento. 
Escolanovismo: interesses das crianças, pedagogia ativa, pesquisa. A criança como protagonista. 
→ Bobbit e Tayler: Bobbit propunha que a organização e o funcionamento da escola fossem iguais ao de uma empresa comercial ou industrial. Assim, a instituição deveria adotar o modelo proposto por Tayler. Ela se destacou entre as demais teorias. Para Tayler o currículo é uma questão técnica, centrado em questões de organização e desenvolvimento. As Teorias Tradicionais, representadas por esses autores, compreendem que o currículo se reduz a uma atividade técnica, burocrática e administrativa.
	Tecnicismo: professores dominam técnicas de ensino. 
TEORIAS CRÍTICAS DO CURRÍCULO – a partir de 1960.
→ Freire, Althusser, Bourdieu, Passeron, Bowles e Gints – críticas à atual escola (que prometia ascensão social e na verdade reproduzia a desigualdade social, através dos seus currículos, de suas práticas). 
TEORIAS CRÍTICAS DO CURRÍCULO: o currículo passa a ser conhecido como controle social e não mais como forma de organização e disseminação do conhecimento. Elas defendem a transformação social. 
As teorizações críticas mais gerais afirmam que a escola e o currículo reproduzem os valores, os hábitos, as crenças e os conhecimentos da classe dominante, contribuindo, assim, para a manutenção da sociedade capitalista, mas não propõem uma forma de superação dessa condição.
Paulo Freire vislumbra a possibilidade de libertação dos sujeitos de suas condições de dominação por meio da educação. 
→ Mercado, globalização, neoliberalismo: atravessam as relações sociais, inclusive as relações pedagógicas influenciando os currículos
Neotecniscismo: escola que ajude no desenvolvimento de competências e habilidades. Apostando na formação de pessoas que se ajustem ao mercado, que não critiquem a sociedade, mas que possam se inserir no mercado de trabalho. Precisam estar sempre se atualizando, renovando.
Pode-se concluir que o currículo é constituído pelos conhecimentos científicos e por todas as organizações, relações e atividades desenvolvidas na escola.
TEORIAS PÓS-CRÍTICAS DO CURRÍCULO
→ Pós-estruturalismo, Multiculturalismo, Pós-modernismo, Estudos Culturais: não apostam na fixação das identidades, questionam as promessas de modernidade, a sociedade precisa valorizar as diferenças.
Cultura, identidade, diferença, subjetividade, saber-poder, gênero, etnia. 
↓
Século XXI 
Descreva o cenário e os elementos que motivaram o surgimento das teorias críticas do currículo:
Entre as décadas de 1960 e 1980, as sociedades ocidentais e, mais especificamente, o Brasil, passaram por uma série de modificações com destaque para a redemocratização, a ampliação do acesso à educação, a luta por direitos sociais, a liberação dos costumes etc. No âmbito educacional, diversas críticas foram desferidas à escola com destaque para a denúncia do papel que desempenhava na reprodução da desigualdade social. Nesse contexto, o currículo passou a ser visto como forma de controle social, o que fez surgir as teorias críticas, as quais propunham que a transformação da sociedade seria possível através do acesso das camadas populares ao conhecimento científico de forma crítica, ou seja, sócio-histórica e politicamente analisado.
Sintetize as principais contribuições das teorias pós-críticas do currículo:
As teorias pós-críticas oferecem outras formas de análise do social, incorporam as contribuições das teorias críticas, mas não repetem as promessas de libertação, emancipação e conscientização. Para as teorias pós-críticas, todo o conhecimento é uma forma de produção discursiva, a cultura é um campo de lutas pela validação de significados e a linguagem assume uma função constitutiva da realidade, e não meramente representacional. Nesse sentido, a própria noção de currículo é colocada em xeque, sobretudo as meta-narrativas da modernidade. Passa a agregar todas as formas de conhecimento e instigar a análise dos mecanismos que instauram a opressão, os regimes de verdade e todas as formas de dominação.
Séc.: XVI 
A escola que conhecemos hoje , surge por volta do séc. XVI. Ela é uma invenção da u m pequeno grupo que ,obviamente em uma sociedade teocrática, uma sociedade aristocrática, totalitária, monárquica é o grupo que controla todas as produções, é o grupo que controla aquilo que naquele momento era chamado como cultura, e havia uma grande massa de pessoas que estava ali basicamente para ajudar o grupo de cima a sobreviver.
Séc. XX 
O tempo passa, as sociedades se atualizam , e nós deixamos de ser agrários portadores, agrícolas, nos tornamos uma sociedade industrial. Nas sociedades industriais, a escola vai fazer, desenvolver, ocupar, vai empenhar um papel bastante diferente, ou seja, se a escola na sociedade dirigida em castas, a escola era uma instituição que beneficia exclusivamente os filhos e os representantes das elites sociais, na escola de classes, você tem uma outra preocupação , aparece a promessa de ascensão social , aparece a escola como uma agência importante na disseminação dos códigos que interessam a sociedade, aparece a escola como uma instituição que se quer cada vez mais democrática.
Final do séc. XX 
Temos então a sociedade em rede . Nessa sociedade em rede, há um grupo mais beneficiado, um grupo que dispõe de poder para disseminar os códigos e os valores d e seus significados, esse grupo aparece no centro da rede, enquanto aquelas pessoas às margens são menos beneficiadas pela produção que está à disposição, ou que deveria e star para a maioria das pessoas.
Considerando então esse desenho, considerando as teorias curriculares elaboradas por Tomaz Tadeu da Silva , nós temos uma primeira concepção que se tornou conhecida como a Pedagogia Tradicional, quer seja na sua vertente laica ou na sua vertente religiosa, cujo intuito era a transmissão, o cultivo de certos valores e conhecimentos para aqueles grupos sociais beneficiados pela escola, foi n essa dimensão que mais tarde os autores vieram a chamar de Pedagogia Tradicional. 
Mas, na opinião de Toma z Tadeu da Silva, pedagogia tradicional é uma daquelas que dará base para aquilo que ele chamou de Teorias Tradicionais do Currículo.
RATIO STUDIORUM séc. XVI: CURRÍCULO DOS COLÉGIOS JES UÍTAS, tinha uma certa divisão, uma certa lógica , mas apostava na inculcação, na transmissão de conhecimentos e valores.
O tempo passa a sociedade se transforma , vem a industrialização, a urbanização (no mundo ocidental predominantemente) e então , temos uma sociedade d ivida em classe s e temos então uma novo desenho escolar. É nesse contextode FREINET, DEW EY, MONTESSORI E DECROLY colocam a criança no centro do processo, desenvolvem metodologias ativas, há preocupação com o aprender sempre e há base na psicologia, principalmente na psicologia do desenvolvimento, na psicologia da aprendizagem.
Surgem esse vertente pedagógica chamada ESCOLANOVISMO que vai apostar nos interesses das crianças, na ação da pedagogia ativa, nos estudos do meio, na pesquisa, na aulas e nas atividades que colocam a criança como protagonista do processo. Mas, nesse mesmo contexto, nessa m esma sociedade, acontece uma série de questões, e duas propostas curriculares esboçadas por BOBBIT e TYLER elas vão extrair do mundo laboral e do mundo social , vão extrair os objetivos educacionais (aqueles que precisariam ser alcançados na escola para que a escola se mostras se eficiente) para que as pessoas pudessem ser inseridas na sociedade e nele desempenhar um bom trabalho. É nesse contexto que uma pedagogia bastante específica chamada TECNICISMO EDUCACIONAL aparece com bastante forma e os professo res foram esvaziados das possibilidades de pensar nos conteúdos, de pensar naquilo que ensina riam. Nesse contexto os professores se transformaram em pessoas que sabiam dar aulas, sabiam organizar o espaço pedagógico, sabiam dar conta daquilo que seria ensinado. Então termos como métodos, como avaliação, planejamento, ensino, aprendizagem, eficácia se tornam relevantes, o professor sã o os profissionais que dominam técnicas d e ensino para fazer o possível para que aqueles conhecimentos elaborados, pensados , basicamente a partir dos centros de pesquisas para que aqueles conhecimentos fossem transmitidos a todas as pessoas.
Tanto a pedagogia tradicional quanto escolanovismo, tecnicismo educacional são considerados por Tomaz Tadeu da Silva com o TEO RIA TRADICIONAIS DE CURRÍCULO. Mas nesse mesmo contexto, nessa mesma sociedade alguns autores no Brasil, França e EUA ( FREIRE, ALTHUSSER, BOURDIEU, P ASSERON, BOWLES E GINTIS) começam a fazer críticas a essa escola, denunciando que essa escola capitalista, prometia ascensão social, mas na verdade, o que ela fazia era promover, reproduzir a desigualdade social , ela fazia isso através do seu currículo, através daquilo que ensinavam, das práticas, através dos valores que eram cultivados e sobretudo através da dificuldade que as camadas populares tinham de se apropriar dos conhecimentos dominantes, transmitidos daquela maneira. Esses autores ajudaram um grupo de interessante de professo res no Brasil e fora dele a pensar numa pedagogia que descortinasse toda aquela ideologia que estava embutida nos conhecimentos, esse grupo apostava que u a pedagogia crítica, que situ asse sócio historicamente os conhecimentos, uma pedagogia denunciasse como que os grupos dominantes se beneficiam da escola através das suas práticas, com os conhecimentos que a escola oferecia , eles apostavam que essa pedagogia empoderaria as camadas populares na sua luta pela transformação da sociedade. É nesse momento que aparecem as TEORIAS CRÍTICAS DO CURRÍCULO. O currículo passou a ser entendido como forma de controle social e não m ais como forma de organização e disseminação do conhecimento.
O tempo vai passando a sociedade sofre outras mudanças, vivemos para alguns autores uma sociedade marcada pela globalização pela santificação do mercado e por um novo sistema econômico que recupera algumas ideias do liberalismo, mas que se estabelece como NEOLIBERALISMO . Todos esses elementos atravessam todas as relações sociais inclusive às relações pedagógicas que obviamente irão contaminar o s currículos então surgem, como diz Saviani o NEOTECNICISMO educacional com uma preocupação muito grande com uma escola que ajude no desenvolvimento de competências e habilidades. Novamente se esvazia o conteúdo e aí se aposta na formação de pessoas que possam se ajustar as demandas do mercado, se ajustar aos lugares de trabalho . Pessoas que não sejam formadas para fazer uma leitura crítica da sociedade, mas que sejam formadas para ocupar os postos de trabalho entendendo elas mesmas que elas precisam se manter a vida toda em constante processo de aprendizagem, porque, afinal d e contas, a sociedade e as novas tecnologias e o processo de mudança social é tão intenso que aquilo que “ você aprendeu ontem, perde rapidamente o sentido” precisa-se aprender uma coisa nova, porque é assim que a tecnologia o exigi. Esse discurso ajuda a fundamentar uma escola, um currículo, uma proposta pedagógica voltada pro desenvolvimento de competências e habilidades. Esta perspectiva se alinha também as teorias tradicionais do currículo no entendimento de uma série de autores.
E finalmente aparece entre a última década do séc. XX e o momento que nós vivemos agora. Surgem várias teorias que vão oferecer outras formas de análise da sociedade e do contexto que vivemos. São elas PÓS-ESTRUTURALISMO, MULTICULTURALISMO, PÓS -MODERNISMO, ESTUDOS CULTURAIS e tantas outras que nos ajudam a entender a sociedade que nós vivemos. Mas, como linhas gerais elas não apostam na fixação das identidades, elas questionam as promessas da modernidade, problematizam a s verdades do discurso científico , vão dizer que são apenas regimes de verdade, elas entendem que precisamos fazer uma educação a favor da sociedade que valorize as diferenças, elas trabalham com outras lógicas, outros conceitos, multicultura, identidade , subjetividade, gênero, religião, saber- poder, elas se agrupam em torno de um conceito de cultura que nada mais é do que a luta para a validação dos significados que entendem a cultura, escola, currículo como esse campo de disputas e que tudo que está no currículo poderia não estar, só está no currículo porque um determinado conjunto de forças atuam pra que aquilo lá estivesse e estando, forma as pessoas de uma certa maneira e não de outra.
Estes campos teóricos ajudaram o Tomaz Tadeu da Silva a pensar naquilo que ele vai chamar na TEORI A P ÓS-CRÍTICA, ou seja , o que nós temos hoje, são propostas pedagógicas das escolas , propostas oficiais, políticas curriculares muito influenciadas por essas ideias. Então há uma preocupação de alguns estados, com o bom atendimento ao jovens e adultos que não tiveram a chance de frequentar a escola no tempo considerado adequado e agora estão na escola. Temos propostas curriculares sensíveis à presença de outras comunidades como quilombolas, indígenas, e nesse contexto temos inúmeras práticas pedagógicas que professores tem feito para incluir e ajudar as crianças, jovens e adultos que frequentam a escola, entender como que operam as lógicas sociais de maneira a produzi-los como diferente, então há toda uma preocupação, todo um envolvimento que a sociedade brasileira tem feito para incluir as pessoas com deficiência na escola, para melhorar as formas de atendimento para garantir que elas façam um percurso tão legítimo quanto todos os outros percursos é um dos traços dessas teorias pós –críticas. Então as teorias pós -críticas elas tem múltiplas facetas e de alguma maneira elas influenciam sim a s práticas pedagógicas, o currículo da escola. É interessante percebemos que embora tenhamosessa ideia linear, muito dessas propostas, sobretudo a perspectiva técnica, a perspectiva crítica, a neotecnicista elas convivem. Seria um equívoco dizer que até tal ano foi uma coisa e depois de tal ano foi outra. Há, as ideias que predominam em um determinado momento, há ideias que se disseminam e há ideias que eram fortes em uma época e acabam perdendo sua forma porque novas explicações aparecem e se tornam mais convincentes. O que é importante é percebermos como que essas questões aparecem na escola, e que sejamos capazes de fazermos essa leitura do que está acontecendo na escola, na população que está chegando na escola e assim elaboras as melhores propostas pedagógicas possíveis.

Outros materiais