Buscar

PIM hipercromias

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE PAULISTA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
ESTÉTICA E COSMÉTICA
 PIM VI 
“Hipercromias”
Assis-SP
Novembro / 2017
UNIVERSIDADE PAULISTA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
ESTÉTICA E COSMÉTICA
“Hipercromias”
Trabalho apresentado no Curso Superior de Estética e Cosmética da UNIP, orientado pela Profª e Mestre para o Projeto Integrado Multidisciplinar VI.
Assis-SP
Novembro / 2017
INTRODUÇÃO
Na sociedade atual onde a aparência física possui grande importância, as manchas na pele geram transtornos psicológicos e impacto negativo na qualidade de vida das pessoas (SATO et al., 2007).
Segundo uma pesquisa mundial realizada pela Euromonitor 2007, a hiperpigmentação é a primeira preocupação estética em países asiáticos e a terceira da América do Norte, Europa e América do Sul.
As hipercromias aparecem com relevância sendo que os sinais importantes de uma pele jovem, relaciona a uniformização do tom com o combate as manchas do envelhecimento e as causadas pelo sol.
A pele não agredida pelo sol caracteriza-se por seu aspecto sem manchas pigmentação homogênea e textura macia. Com o passar dos anos a velocidade de renovação celular diminui, e o peeling é um procedimento que visa acelerar o processo de esfoliação cutânea, promovendo a renovação celular, processos de substâncias químicas. Dessa forma a pele adquire um aspecto mais jovial e renovado (DRAELOS, 1991 apud VELASCO et al, 2004).
Um fator de preocupação e responsável pelas diferenças de tonalidades da pele são as discromias, que podem ser representadas por manchas mais claras (hipocromias) ou mais escuras (hipercromias) do que a coloração da pele normal e produzem, na sua maioria, um resultado estético desagradável (GONCHOROSKI et al, 2005).
De todos os peelings, somente o muito superficial e o superficial poderão ser realizados pelo fisioterapeuta, pois se trata de um processo de renovação celular superficial ao nível da capa córnea (epiderme) (BORGES, 2010). 
Consiste na aplicação de um ou mais agentes esfoliantes na pele, resultando na destruição de parte da epiderme e/ou derme, seguida de regeneração dos tecidos epidérmicos e dérmicos (BORGES, 2010). O resultado deste processo é uma melhora na textura da pele, cor, rugas superficiais e resolução de proliferações epidérmicas (ALAM et al, 2010).
Neste trabalho, foi feita uma revisão bibliográfica onde foram utilizados livros e artigos científicos com o intuito de alcançar uma melhor compreensão do assunto.
PELE
A pele é o maior órgão do corpo humano. Funcionalmente age como um envoltório de proteção ao meio externo controlando a perda de fluidos corporais, evitando a penetração de substâncias estranhas e nocivas ao organismo, atuando assim como uma capa protetora e uma barreira impermeável a muitas substâncias (VIGLIOGLIA,1991 apud GONCHOROSKI et al, 2005). 
A pele(figura1) se divide em três camadas com funções distintas: epiderme (superficial) mais externa e principal barreira de defesa, derme (intermediária) com tecido vascularizado e hipoderme (mais profunda) constituída de tecido gorduroso (BORGES, 2010 e GONCHOROSKI et al, 2005). 
Figura 1- Pele
Fonte: https://www.todamateria.com.br/pele-humana/
A camada mais externa da pele, a epiderme, é completamente celular, tipicamente composta de um epitélio escamoso estratificado que contem cinco tipos de células histologicamente distintas. Essas células são organizadas em camadas que da superfície para a profundidade são: estrato córneo, estrato lúcido (camada clara transicional), estrato granular, estrato espinhoso, e a camada basal (OBAGI, 2004). 
Os queratinócitos, que correspondem à camada córnea são constituídos de células mortas e achatadas que dispõem como placas empilhadas (BORGES, 2010). O estrato lúcido é constituído por várias camadas de células, achatadas e intimamente ligadas, das quais a maioria apresenta limites indistintos e perdem todas as suas inclusões citoplasmáticas, excerto as fibrilas de queratina assim que a célula desta camada se torna parte da camada córnea (GUIRRO, 2004). 
A camada granular é identificada por densos grânulos de queratoialina. Nesta camada as células nucleadas e com poder de divisão se transformam em células achatadas, anucleadas e compostas quase que exclusivamente de uma proteína plasmática e resistente chamada queratina (OBAGI, 2004). 
Na camada espinhosa encontram-se os desmossomas, estruturas responsáveis pela estabilidade da epiderme contra distorções mecânicas e os queratinócitos, células fundamentais para a coloração da pele (GONCHOROSKI et al, 2005). 
Camada germinativa (Basal) é assim denominada porque gera novas células e apresenta intensa atividade mitótica. É responsável pela constante renovação da epiderme, fornecendo células para substituir aquelas que são perdidas na camada córnea (GUIRRO, 2004). 
A derme situa-se entre a epiderme e a gordura subcutânea. Sua espessura varia nas diferentes partes do corpo, e duplica entre as idades de 3 e 7 anos e novamente na puberdade (BAUMANN, 2004). Apresenta-se como uma estrutura resistente e elástica, devido às fibras colágenas, elásticas e reticulínicas que a compõe. Contém anexos cutâneos dos tipos córneos (pêlos e unhas) e glandulares (glândula sebácea e sudoríparas), bem como nervos e terminações nervosas (GONCHOROSKI et al, 2005). Fornece nutriente à epiderme e abrigam os apêndices cutâneos, vasos sanguíneos e linfáticos, células de natureza conjuntiva e de origem sanguínea. É dividida em duas regiões, uma que se encontra em contato direto com a epiderme, a derme papilar, e outra logo abaixo, a derme reticular (RIBEIRO, 2010). 
A hipoderme, ou tecido celular subcutâneo, localizada sob a derme, é composta principalmente de gordura, a qual constitui uma importante fonte de energia para o corpo. Essa camada também contém colágenos tipo I, III e V (BAUMANN, 2004). Além da função de reservatório energético, o tecido adiposo apresenta outras funções, tais como: isolamento térmico do organismo, modela a superfície corporal, absorção de choques, tecido de preenchimento e auxilia na fixação dos órgãos (GUIRRO, 2004). 
COLORAÇÃO DA PELE
A coloração da pele é um fator de grande relevância na busca de uma aparência saudável e consiste em uma condição do estrato córneo, até a quantidade de componentes existentes (FITZPATRICK. T. B, 1983).
A diferença na cor da pele se dá, devido principalmente a quantidade de melanina produzida pelas células e sua distribuição (GUIRRO, 2004).
No entanto, pigmentos exógenos amarelos- os carotenoides – também contribuem para a coloração da pele, assim como o vermelho endógeno, da hemoglobina reduzida nas células (MIOT et al, 2009).
As células epidérmicas e dérmicas fornecem um tom natural branco ou amarelo de acordo com sua espessura, enquanto que os vasos sanguíneos contribuem com a coloração de acordo como o número, estado de dilatação, sua proximidade com a superfície da pele e grau de oxigenação, fornecendo um tom roxo azulado devido a hemoglobina (SCHNEIDER, 2000).
Já os carotinóides amarelos presentes na hipoderme também contribuem para a formação da cor, mas esta depende principalmente da melanina sintetizada (VIGLIOGLIA, P.A. 1991; WILKINSON, 1990).
A melanina é produzida pelos melanócitos e armazenada pelos melanossomas que se localizam dentro dos queratinócitos. Estas células com melanina são responsáveis pelas diferentes cores da pele (MONTEIRO, 2012).
As funções básicas da melanina são proteger a pele da radiação ultravioleta (UV) e promover a absorção dos radicais livres gerados no citoplasma dos queratinócitos. Essas funções são atribuídas a eumelanina (pigmento de cor marrom a preto). A feomelanina (pigmento de cor amarelo a vermelho) sofre degradação sob ação do UV e consequentemente diminuição da capacidade de absorver esse tipo de radiação, podendo formar ainda, radicais livres, contribuindo para o aumentode lesões de pele induzidos pelo UV (RIBEIRO, 2010).
ALTERAÇÕES DA PELE
A hipercromia, também denominada hipopigmentação, hipomelanose ou leucodemia, caracteriza-se por manchas com um tom mais claro do que a pele do individuo, causada ela diminuição de melanina epidérmica, que de uma maneira geral resultam da ausência de melanócitos, problemas na formação, transferências de melanossomaspara os queratinócitos, o que leva a uma produção insuficiente de melanina. A hipocromia pode estar relacionada também a falta de vitamina B. Já as acromias são manchas brancas de diferentes formatos, originadas da total ausência de melanina sendo que quando estas se apresentam envoltas por uma zona hiperpigmentada denominam-se leucomeladermias ( FITZPATRICK, T.B. MOSHER D.B. 1983; RESCIGNO, Gilberto, 1991).
A estimulação do melanócito por fatores internos ou externos, leva a produção excessiva de melanina epidérmica ou dérmica o que origina manchas hipercromicas, que são denominadas cloasma e melasma, efélides ou sardas, lentigos, hipercromias pós-inflamatórias e hiperpigmentação periorbital (GONCHO ROSKI et, al, 2005; BAUMANN, 2004).
Algumas alterações no pigmento melanina podem se dar devido aos fatores externos como a exposição à radiação UV, gravidez, inflamações, distúrbios hormonais ou envelhecimento cutâneo e são denominadas melanoses(figura2), hiperpigmentação pós-inflamatória, melasma, efélides, entre outras. Além de causar impacto negativo no psicológico das pessoas, a hiperpigmentação é difícil de tratar necessitando de cuidados para que não haja algum tipo de irritação com o tratamento utilizado como prurido ou descamação (HALDER, 2004; STRATIGOS & KATSAMBAS, 2004; ALMINANA et al. 2009; NAKAYAMA, 2011).
Figura 2- Melanoses
Fonte:https://inmovimente.wordpress.com/2016/04/29/estetica-discromia-manchas-por-abiline-nunes/
O melasma é um tipo de discromia idiopática que ocorre na maioria das vezes em mulheres, principalmente na região frontal e em pessoas com fototipo alto caracterizado por manchas marrom-escuras. Pode ocorrer durante a gravidez ou devido ao uso de métodos contraceptivos. A exposição aos raios UV é um fator importante no agravamento das lesões (STEINER et al., 2009; COSTA, 2011).
A causa do melasma(Figura3) ainda é largamente debatida, e os fatores patogênicos potenciais incluem a influência dos UVs (Ultravioletas), o efeito hiperpigmentador de alguns cosméticos,predisposição genética, hormonioterapia e gravidez. Estrógenos e possivelmente progéstogenos podem desencadear melasma (DEPREZ, 2009).
Figura 3- Melasma
Fonte: http://www.lorenadermatologista.com.br/index.php/diagno_tratam/melasma/
Acomete geralmente mulheres em idade fértil, com fototipos intermediários (pele castanha e parda), de origem hispânica ou oriental, habitantes de regiões tropicais, sendo mais frequente entre latinos, porém de rara ocorrência em homens (COSTA et al, 2011).
Outros tipos de hiperpigmentações existentes são as sardas ou efélides que geralmente aparecem em pessoas de fototipos de pele mais clara e avermelhada e lentigo solar que ocorre devido à exposição solar (SOUZA, 2013).
As sardas ou efélides(Figura 4) são pequenas máculas vermelhas ou marom-claras que são promovidas pela exposição ao sol e desaparecem durante os meses de inverno. Elas normalmente são confinadas a face, aos braços e ao dorso (SIMIS et al, 2006). São devido ao aumento do melanócito e surgem após exposição à luz solar, principalmente em crianças e adolescentes ou adultos jovens geneticamente predispostos e de pele clara (ALCHORNE et al, 2001 apud LUCENA et al, 2013).
Figura 4- Efélides
Fonte:https://inmovimente.wordpress.com/2016/04/29/estetica-discromia-manchas-por-abiline-nunes/
Os lentigos(figura5) originam-se das mais profundas papilas dérmicas e inclusas profundamente na derme (DEPREZ, 2009). A face e o dorso das mãos são as áreas típicas afetadas. Como essas lesões raramente são vistas em pacientes abaixo de 50 anos, elas são chamadas de “lentigos senis”. O sol, em vez da idade, é o fator causal, e por isso também é chamado de “lentigos solares”. Os lentigos solares, sardas (efélides) e lentigos simples constituem um importante fator de risco de melanoma e carcinoma basocelular (BAUMANN, 2004).
Figura 5- Lentigo
Fonte:https://inmovimente.wordpress.com/2016/04/29/estetica-discromia-manchas-por-abiline-nunes/
A hiperpigmentação pós-inflamatória (HPI)(figura6) é o aumento de pigmentação da pele adquirida como resposta fisiopatológica a um trauma ou injúria cutânea. Várias são as etiologias, incluindo infecções bacterianas, fúngicas ou virais, doenças inflamatórias, tais como acne, líquen plano, psoríase e pseudofoliculite; reações de hipersensibilidade induzidas por drogas ou por dermatite atópica, causada por agentes físicos ou químicos, incluindo procedimentos estéticos (ALCHORNE; ABREU, 2008). 
Figura 6- HPI
Fonte:https://inmovimente.wordpress.com/2016/04/29/estetica-discromia-manchas-por-abiline-nunes/
Embora o mecanismo etiopatogênico exato seja desconhecido, o aumento na atividade do melanócito pode ser devido ao estímulo por mediadores inflamatórios e citoquinas ou por espécies reativas do oxigênio, liberados durante o processo inflamatório. A HPI manifesta-se como máculas na mesma distribuição que o processo inflamatório inicial, cuja intensidade pode ter correlação direta com os fototipos cutâneos. Quanto maior o fototipo, maior a propensão a hiperpigmentação pósinflamatória (ALCHORNE; ABREU, 2008).
A hiperpigmentação axilar, tem sido atribuída principalmente por hiperpigmentação pós-inflamatória; o alongamento e contração axilar, o atrito da roupa sobre a pele e a secagem da axila são fatores que podem gerar a hiperpigmentação nesta área (JAMES et al., 2006).
Hiperpigmentação periorbital é uma melanose localizada na região periocular devido ao aumento da melanina na epiderme (RIBEIRO, 2010). Sua etiologia é ainda é desconhecida. Há evidencias de tendência hereditária, com dominância autossômica de variável expressão, apesar de não existirem estudos epidemiológicos (HUNZINKER,1962 apud TEIXEIRA et al, 2007). 
TRATAMENTO
Os protocolos são variados e aplicados nas diferentes disfunções. Os ativos cosméticos podem ser utilizados tanto sozinhos, quanto em associações e também associados com eletroterapia (GONCHOROSK; CORRÊA, 2005). 
Os lasers também podem ser utilizados no tratamento de manchas cutâneas. O laser CO2 e o laser Er:YAG são muito utilizados para melhorar a hipopigmentação, hiperpigmentação, telangectasias, queratoses e elastoses. O laser Nd:YAG utilizado na frequência de 532 nm é indicado para o tratamento de lesões pigmentadas, assim como o Q-switched (AGNE, 2009). 
A luz intensa pulsada (LIP) trata-se de um tipo de energia lumínica de longitudes de onda de 500 a 1200 nm no espectro eletromagnético e pode ser utilizada para tratar lesões pigmentares benignas, utilizando mecanismos de externalização e microfragmentação (RIVERA, 2005). 
As lesões mais superficiais podem ser tratadas com a LIP de 510 nm sendo que as mais profundas necessitam de uma luz pulsada com longitude de onda mais larga (MURILLO, 2011).
Cada agente clareador possui características próprias que interferem na efetividade da sua ação. Características físicas, químicas, físico-químicas, terapêuticas, microbiológicas e toxicológicas devem ser observadas no momento da escolha de um agente depigmentante, bem como a origem da discromia a ser tratada (GONCHOROSKI et al, 2005).
O peeling químico é definido como a aplicação tópica de um agente na pele que resulta em variáveis graus de lesão epidérmica e dérmica, dependendo do tipo e da intensidade do agente químico. A descamação produz uma esfoliação parcial da espessura cutânea, controlada, seguida pela cicatrização por segunda intenção. A epiderme e a derme danificadas são regeneradas pela migração do epitélio e estruturas acessórias adjacentes (ALAM et al, 2010).
O peeling químicoé classificado em três tipos: superficial tem ação na epiderme, médio tem ação na derme papilar e profundo tem ação na derme reticular (VALESCO et al, 2004). 
Tabela 1 – Níveis de profundidade de peeling 
	Nível de peeling
	Profundidade
	Nível 1 Muito superficial (esfoliação)
	Afina ou remove o estrato córneo e não cria lesão abaixo do extrato granuloso.
	Nível 2 Superficial (epidérmico)
	Cria necrose de parte ou de toda a epiderme, em qualquer parte do estrato granuloso até a camada basal.
	Nível 3 Médio (dérmico papilar)
	Cria necrose da epiderme e de parte ou de toda a derme reticular superior.
	Nível 4 Profundo (dérmico reticular)
	Cria necrose da epiderme e da derme papilar, que se estende até a derme reticular média.
Fonte: BORGES (2010)
Peeling superficiais induzem a descamação, com uma aceleração conseqüente do ciclo celular. Essas soluções removem a camada superficial do estrato córneo, gerando uma pele de textura mais suave e pigmentada de modo mais homogêneo (BAUMANN, 2004).
Os extratos naturais como flavonóides, alcaçuz, derivados de levedura, arbutin, aloesin, polifenóis e niacinamida agem inibindo a tirosinase e podem ser utilizados na fabricação de cosméticos para resolver os transtornos de pigmentação (ZHU; GAO, 2008).
Os alfa-hidroxiácidos (AHAs) fazem parte de um grupo de substâncias utilizadas nessas categorias de peeling. São compostos derivados do leite (ácido lático), frutas cítricas (ácido manléico e cítrico), uva (ácido tartárico) e cana-de-açúcar (ácido glicólico). Mas também podem ser de origem sintética. Diferenciam-se pelo tamanho da molécula, sendo o ácido glicólico menor e, portanto, com maior poder de penetração na pele. São eficientes no tratamento de rugas, desidratação, espessamento e pigmentação irregular da pele (FITZPATRICK, 1999; ARAUJO, 1995 et al, apud VELASCO, 2004). 
Ácido glicólico é um alfa-hidroxácido encontrado em alimentos naturais, como a cana-deaçúcar e possui propriedades ideais para ser usado na dermocosmética. Possui boa absorção em diferentes camadas da pele e age como um solvente para a matriz intercorneócita reduzindo à excessiva queratinização (COTELLESA, 1995; KRAELING, 1997; CAMPOS et al, 1999 apud HENRIQUES et al, 2007).
Geralmente utilizado de 5% a 10% nos cosméticos, é estudado em combinação com outros agentes. Ele diminui o pigmento por vários mecanismos, incluindo a esfoliação do estrato córneo, aumentando a epidermólise, dispensando a melanina na camada basal da epiderme. Leve irritação pode ocorrer dependendo da sensibilidade do paciente (MONTEIRO, 2012).
Ácido mandélico é um derivado da hidrólise de um estrato de amêndoas amargas. È considerado um dos AHA’ S de maior peso molecular, favorecendo um efeito uniforme. Na hiperpigmentação, o produto atua na inibição da síntese da melanina e na melanina já depositada na superfície da epiderme, ajudando a promover uma eficaz remoção dos pigmentos hipercrômicos (BORGES, 2010). 
Na concentração de 20% em pH 2 a 3, conseguimos um peeling de ação superficial a mediana, podendo ser aplicado nas peles de tipo I a IV, com intervalos de 10 a 20 dias, com, no mínimo quatro aplicações (BORGES, 2010). 
Ácido retinóico, vitamina A ácida ou ainda conhecido como tretinoína, é uma substância lipossolúvel que necessita da presença de uma proteína específica (CRABP) para ser transportado, cujos níveis são maiores na epiderme do que na derme (IRIBARREN et al, 1997; SCHNEIDER, 2000 apud GONCHOROSKI et al, 2005).
Outros agentes utilizados para o tratamento de hiperpigmentação são a vitamina C e seus derivados, os corticoesteróides e retinóides, peróxidos, ácidos, sais de mercúrio formaldeído ou compostos tiolados (PEYPOCH et. al., 2008).
Peeling profundo, a formulação para peeling mais conhecida e utilizada o fenol é o de Baker-Gordon (1962), em que o fenol é diluído à concentração que varia de 45 a 55% (MATARRASSO ET AL, 1997 BRODY, 2000 apud VELASCO, 2004). 
Esse pelling produz necrose da epiderme e da derme papilar que se estende até a derme reticular. O fenol é uma substância cardiotóxica e nefrotóxica, que exige monitoração e cuidados especiais, sendo, portanto, realizado apenas em centro cirúrgico por médico (BORGES, 2010). 
No clareamento/despigmentação vários são os ativos cosméticos que atuam por diversos mecanismos. A hidroquinona é um forte ativo muito usado no tratamento das manchas cutâneas por atuar inibindo a tirosinase e pode ser associada com alguns antioxidantes para aumentar a penetração e eficácia do tratamento, entretanto seu uso pode acarretar reações adversas como dermatite de contato (HALDER, 2004). 
A desvantagem da hidroquinona é que seu uso pode gerar hipopigmentação irreversível (LAGEUNS et al., 2005).
MATERIAIS E MÉTODOS
Foi realizado um levantamento bibliográfico por meio de livros, revistas e publicações de periódicos indexados (SciELO, MEDLINE, LILACS, BIREME) que tinham como assunto definição e tratamento de hipercromias. Foram utilizadas palavras chaves: hipercromias, peeling e distúrbios da pigmentacão. Foram selecionados também artigos científicos em português.
CONCLUSÃO
Diferentes tratamentos têm sido propostos para os vários tipos de hipercromias, ainda que poucos tenham promovido melhora satisfatória e duradoura. Entre as opções para o manejo estético estão os Peelings químicos, a microdermoabrasão, o laser e a luz intensa pulsada. A resposta terapêutica depende de varias sessões de qualquer procedimento escolhido, por isso o paciente deve esta ciente de que a melhora é lenta, mantendo, assim, a continuidade do tratamento. Lembrando que a fotoproteção é essencial para o resultado do tratamento, o protetor solar deve ser aplicado de duas em duas horas mesmo em ambientes fechados. O método de tratamento das hipercromias envolve uma boa avaliação da profundidade da lesão a ser tratado, o fototipo cutâneo de classificação de Fitzpatrik e a origem da discromia a ser tratada, para a melhor chance de se atingir um resultado positivo com a terapia. 
O tratamento da pele hiperpigmentada não é fácil de ser realizado e diferentes tratamentos têm sido propostos, pois muitos compostos que são efetivos para este propósito acabam sendo irritantes e podem promover a descamação da pele, além de que o resultado do tratamento nem sempre é imediato (NICOLETTI, 2002, COSTA, 2011).
 Ribeiro (2010) e Costa e colaboradores (2011) afirmam que a melhora da hiperpigmentação dependerá do seu tipo e intensidade, bem como da sua causa e de várias sessões de qualquer procedimento escolhido. Quando mais superficiais forem a manchas, melhores os resultados obtidos com o uso de cosméticos. O paciente deve estar ciente de que a melhora é lenta, mantendo, assim, a continuidade do tratamento.
Os produtos cosméticos despigmentantes tem sua ação por diferentes mecanismos de ação, porém todos estão ligados à interferência na produção ou transferência de melanina. Cada princípio ativo despigmentante possui características próprias que interferem na efetividade de sua ação (WILKINSON; MOORE, 1990; GONCHOROSKI; CORRÊA, 2005). 
Devido à dificuldade na penetração desses ativos na pele, vêm sendo utilizados agentes químicos e físicos para tentar diminuir as barreiras cutâneas aumentando a permeabilidade desses ativos. A associação dos ativos com os promotores de permeação cutânea gera resultados muito significativos (JESUS; FERREIRA; MENDONÇA, 2006).
Em meio a novas técnicas, o peeling químico é considerado procedimento simples, que não requer instrumentos complexos e cuja realização não implica ônus exagerados. A ação se faz pela destruição de parte ou de toda a epiderme, incluindo ou não a derme promovendo esfoliação e renovação das lesões superficiais ao que se segue regeneração da epiderme e do tecido dérmico (COSTA et al, 2010). 
Nota-se a importância de se valorizar a qualidade de vida dos pacientes e seus hábitos de vida, tais como a boa alimentação, a ingestão de água diaria, evitar o tabagismo, apratica de atividades físicas, os cuidados com a pele e se descansa o suficiente, esses cuidados ainda tem o seu papel nas orientações no momento da proposição de qualquer plano terapêutico. 
Com este estudo, conclui-se que o uso de despigmentantes provoca uma descamação, renovação celular e uma melhora na textura da pele, conseqüentemente um processo na melhora do aspecto das hipercromias. Sugerem-se novos estudos sobre a utilização de peelings químicos nas desordens hiperpigmentares como: efelides e hiperpigmentação periorbital, pois há poucas literaturas abordando essa temática.
REFERENCIAS
1.AGNE, Jones. Eu sei eletroterapia. 3 ed. Brasil: Andreoli, 2012. 
2.ALAM, Murad; GLADSTONE, Hayes B.; TUNG, Rebeca C. Dermatologia Cosmética. Rio de Janeiro: Elsevier LTda,2010.
3.BORGES, Fábio S. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 2. Ed.,São Paulo: Phorte, 2010.
4.COSTA, A. et al. Avaliação da melhoria na qualidade de vida de portadores de melasma após uso de combinação botânica à base de Bellis perennis, Glycyrrhiza glabra e Phyllanthus embrica comparado ao da hidroquinona, medido pelo MELASQoL. Surg. Cosmet. Dermatol, São Paulo, n. 3, p. 207-212, ago. 2011.
5.DEPREZ, Philippe M. D. Peeling químico superficial, médio e profundo. Rio de Janeiro: Revinter LTda, 2009. 
6.DISCROMIAS. Disponível em: <http:// www.drscope.com/privados/pac/generales/dermatologia/ discromias.html>. Acesso em 17 de OUTUBRO de 2017.
7.DISCROMIAS. Disponível em: <http:// www.modelle.com.br/patologias/discromias.asp>. Acesso em 17 de OUTUBRO de 2017.
8.Disponível em:< http:/ www.vitiligo.com/ratoksiteeng/ fr_vitiligine_ita.htm>. Acesso em 16 de OUTUBRO de 2017.
9.FITZPATRICK, T. B; MOSHER, D. B. Pigmentação Cutânea e distúrbios do Metabolismo da Melanina. In: ISSELBACHER, Kurt J; ADAMS, Raymond D; BRAUNWALD, Eugene; PETERSDORF, Robert G; WILSON, Jean D. Medicina Interna. V 1. 9.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1983, 276-284.
10.GONCHOROSKI, Danieli D.; CORREA, Giane M. Tratamento de hipercromia pós-inflamatória com diferentes formulações clareadoras. Rev. Inframa, v.17, n. 3/4. 2005.
11.GUIRRO, Elaine C. O.; GUIRRO, Rinaldo R. J. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, recursos, patologias. 3. Ed. São Paulo: Manole, 2004.
12.ICOLETTI, Maria; ORSINE, Eliane M. A; DUARTE, Ana C. N; BUONO, Gabriela A. Hipercromias: aspectos gerais e uso de despigmentantes cutâneos. Cosmetics & Toiletries (Edição em Português), São Paulo, v. 14, n. 3. p. 46-53, mai.jun, 2002.
13.LUCENA, Eudes E. S.; CASTRO, Ana C. Q.; FARIAS, Danielle B.; LIMA, Perola T.; SILVA, Érica J. D.; LIMA, Kenio C. Prevalência de éfelides labiais e periorais em trabalhadores de praias. An. Bras. Dermtol. V. 88, n. 1 Rio de Janeiro, jan./fev. 2013.
14.MIOT, Luciane D. B.; MIOT, Hélio A.; SILVA, Márcia G.; MARQUES, Marilângela E. A. Fisiopatologia do melasma. An. Bras. Dermatol. V. 84, n. 6 Rio de Janeiro, Nov./ dez. 2009.
15.MONTEIRO, Érica O. Melasma: abordagem tópica. R.B.M. Especial Cosmiatria 2 . Moreira J.R. Editora. V.69, jun. 2012.
16.MURILLO, Ruby Medina. Luz pulsada intensa: aplicacionesendermatología. Dermatóloga Hospital Ángeles Lindavista, México, n. 4, p. 240-243, 2011
17.NICOLETTI, M. A. et al. Hipercromias: Aspectos gerais e uso de despigmentantes cutâneos. Cosmetics & Toiletries, São Paulo, vol. 14 p. 46-51, mai-jun 2002.
18.RESCIGNO, Gilberto; RUBIN, Jaime. Discromias. In: VIGLIOGLIA, P. A; RUBIN, J. Cosmiatria II. 2. ed. Buenos Aires: AP Americana, 1991. p. 203-213.
19.RIBEIRO, Cláudio; OHARA, Mitsuko T. Hiperpigmentação localizada da pele. Revista Racine, São Paulo, v. 67,p. 6266, mar.-abril., 2002.
20.Rejuvenescimento da pele por peeling químico: enfoque no peeling de fenol. An. Bras. Dermatol. V. 79, n. 1 Rio de Janeiro, jan./fev. 2004.
21.RIBEIRO, Cláudio J. Cosmetologia aplicada a dermoestética. 2.ed. São Paulo: Phamabooks editora, 2010.
22.SATO, O. E. M. et al. Permeação cutânea in vitrodo ácido kójico. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, n. 2, p. 195-203, v. 43, abr/jun. 2007.
23.SCHNEIDER, Liane. V Curso Extensivo de Cosmetologia. Módulo I – Estrutura da Pele e seus Anexos. Porto Alegre, 2000. p 2-13.
 24.SCHNEIDER, Liane. V Curso Extensivo de Cosmetologia. Módulo II – Fitocosméticos e Bioativos. Porto Alegre, 2000. p 42-45, 47-51.
25.VELASCO, Maria V. R.; OKUBO, Fernanda R.; RIBEIRO, Maria E.; STEINER, Denise; BEDIN, Valcenir. 
26.VIGLIOGLIA, P. A. Biologia Cutânea da Pele Normal. In: VIGLIOGLIA, P. A; RUBIN, J. Cosmiatria II. 2. ed. Buenos Aires: AP Americana, 1991. p. 22-37 e 59-74
27.WILKINSON, J. B; MOORE, R. J. Cosmetologia de Harry. Madrid: Diaz de Santos, 1990. p. 3-19, 295-305 e 459462.
28.ZHU, W.; GAO, J. The Use of Botanical Extracts as Topicalkin-Lightening Agents for the improvement of Skin Pigmentation Disorders. Journal of Investigative.
Anexo1

Outros materiais