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Gabarito 3 UNI Hanseníase (UNA-SUS)

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1. Embora os efeitos adversos dos medicamentos da poliquimioterapia (PQT) 
sejam raros, é fundamental conhecê-los. Sobre este tema, assinale os sinais e 
sintomas de alerta que demandam atendimento de emergência e PQT 
substitutiva. 
Dermatite esfoliativa e eritrodermia 
A PQT deve ser suspensa e o paciente necessita de atendimento de emergência. 
Dermatite esfoliativa e eritrodermia relacionam-se ao uso da Dapsona. Estes quadros 
precisam de atendimento hospitalar até o controle dos sinais e sintomas, quando poderão 
ser encaminhados à UBS com uma droga substitutiva à Dapsona para acompanhamento, 
conforme orientação da referência. 
 
2. Apesar de os efeitos adversos serem raros, com frequência é necessário 
diferenciá-los de reações hansênicas. Nesse sentido, assinale a alternativa 
correta. 
Reações hansênicas podem ocorrer antes, durante ou após o tratamento e os efeitos 
adversos, embora mais frequentes no início da poliquimioterapia, podem ocorrer a 
qualquer momento do tratamento. 
As reações hansênicas ocorrem mais na metade do tratamento e os efeitos adversos são 
mais frequentes em torno da sexta semana, embora possam ocorrer a qualquer momento 
do tratamento. 
 
3. Quando as bilirrubinas estão de 2 a 3 vezes maiores do que os valores de 
referência durante o tratamento da hanseníase, qual a melhor conduta? 
Suspender as medicações hepatotóxicas da PQT (rifampicina e dapsona) e encaminhar o 
paciente com guia de referência pela hipótese de efeito adverso. 
A rifampicina é o medicamento mais hepatotóxico da PQT, mas, em alguns indivíduos, 
induz a metabolização da dapsona em hidroxilamina e, nesses casos, o medicamento que 
tem que ser substituído é a dapsona. Na unidade de referência o caso deverá ser melhor 
avaliado e, quando necessário, será instituído o uso de droga substitutiva. 
 
4. Após confirmação pela referência do diagnóstico de reação hansênica do 
tipo 1, como o paciente deve ser acompanhado pela Atenção Básica? 
Com avaliação clínica e laboratorial periódica, conforme orientações da referência, e com 
tratamento preventivo para osteoporose e estrongiloidíase. 
Deverá também ser avaliada a pressão arterial e o peso, verificando-se a adesão ao 
tratamento e reencaminhando o paciente para a referência caso surjam novas 
lesões/queixas ou se não houver melhora do quadro. 
 
5. A hanseníase é uma doença polimorfa que faz diagnóstico diferencial com 
muitas outras doenças. Em alguns casos, podem-se observar lesões eritemato-
edematosas (lesões sarcoídicas) sem melhora com tratamento tópico. Nas 
lesões que não apresentam queda de pelos e/ou anestesia, quais são outros 
diagnósticos possíveis? 
Leishmaniose, tuberculose, blastomicose. 
Estas doenças também podem causar lesões sarcoídicas (placas bem delimitadas 
eritemato-amareladas) em que não há queda de pelos e/ou anestesia. 
 
6. A hanseníase é uma doença crônica em que podem ocorrer episódios 
reacionais agudos, como a reação reversa ou do tipo 1. Com o que se 
relaciona a reação reversa? 
Com a exacerbação da resposta imune celular, que pode ocorrer antes, durante ou após o 
tratamento. 
A melhora da resposta imune na reação reversa (ou do tipo 1) da hanseníase é 
semelhante a que ocorre quando se inicia o tratamento da aids, denominada síndrome de 
reconstituição imune. 
 
7. As reações hansênicas (ou episódios hansênicos reacionais) são mais 
frequentes do que as recidivas em hanseníase. Sobre estes temas, marque a 
alternativa correta. 
Nas reações hansênicas, em geral, as lesões são mais eritematosas e quentes. Nas 
recidivas as lesões são mais pardacentas e frias, com leve aumento nas bordas. 
As reações hansênicas acontecem no curso crônico da hanseníase por resposta imune 
aguda. Já a recidiva ocorre com lesões discretas pela lenta multiplicação bacilar. 
 
8. Qual a melhor medida a ser tomada em um serviço de Atenção Básica frente 
a suspeita de uma reação hansênica tipo 2 em um paciente que já apresenta 
sequelas da doença? 
Introduzir corticosteroide oral 1mg por kg e tratamento preventivo para estrongiloidíase e 
osteoporose, além de encaminhar para referência em 24horas com a guia de referência. 
Quando o paciente já apresenta sequelas, a corticoterapia pode bloquear a evolução 
aguda. É importante também associar a talidomida, realizar periodicamente avaliação 
clínica (enfatizando a neurológica, a oftalmológica e a urológica) e coleta de exames 
laboratoriais. 
 
9. Quais são os diagnósticos diferenciais do eritema nodoso hansênico (ENH)? 
Efeito adverso de medicamentos, infecção bacteriana e tuberculose. 
O eritema nodoso pode ocorrer por estas e por outras etiologias (gravidez, vacinação, 
neoplasias etc). No entanto, o eritema nodoso da hanseníase diferencia-se dos demais por 
poder ulcerar, ocorrer fora dos membros inferiores e por apresentar manifestações 
sistêmicas. 
 
10. A hanseníase é uma doença crônica. No entanto, podem ocorrer episódios 
reacionais agudos, como as reações hansênicas do tipo 2/ eritema nodoso 
hansênico. Com o que se relaciona o eritema nodoso hansênico? 
Com a exacerbação da resposta imune humoral que pode ocorrer antes, durante ou após 
o tratamento, mas que, em geral, acontece em torno do 6º mês de tratamento; 
O ENH ocorre por melhora da resposta imune, como ocorre com os casos de aids, quando 
se inicia o tratamento (síndrome da reconstituição imune). 
 
11. Diante de um paciente com reação hansênica do tipo 2 que apresenta 
neurite, epididimite e/ou orquite, qual a melhor conduta? 
Prescrever corticoide oral 1mg/kg de peso e talidomida, além de reforçar cuidados com os 
olhos, nervos e genitais para evitar sequelas. 
Nestes casos, o paciente necessita de seguimento na referência até o controle do quadro 
reacional agudo. Após resolução da fase aguda, poderá ser reencaminhado para a UBS. 
 
12. Após confirmação do diagnóstico de eritema nodoso hansênico por uma 
unidade de referência, e uma vez contrarreferenciado para a UBS, como o 
paciente deve ser acompanhado na Atenção Básica? 
Com consultas mensais para avaliação dermatoneurológica e exames laboratoriais de 
acompanhamento (da reação hansênica e de efeitos adversos dos medicamentos), 
seguindo orientações da Unidade de Referência. 
Além disso, para evitar os efeitos adversos graves da corticoterapia, a avaliação da 
pressão arterial, do peso e da ingestão das medicações deve ser rigorosa e acompanhada 
de orientação alimentar. Se novas lesões surgirem ou não houver melhora do quadro, 
deve-se reencaminhar o paciente para a referência.

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