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Administração de Recursos Materiais para a Câmara dos Deputados

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Aula 02
Administração de Recursos Materiais p/ Câmara - Analista - Material e Patrimônio
Professor: Felipe Petrachini
Administração de Recursos Materiais para a Câmara dos Deputados 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 02 
 
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Aula 02 - Recebimento e armazenagem. Entrada. 
Conferência. Objetivos da armazenagem.Critérios e 
técnicas de armazenagem. Tópicos de Logística. 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
Sumário 
5. Recebimento e armazenagem. .................................................................... 2 
5.1 Objetivos da armazenagem. .................................................................. 4 
5.2 Almoxarifados: funções e objetivos ........................................................ 5 
5.3 Almoxarifado e Depósito ........................................................................ 7 
5.4 Recebimento de Materiais e Conferência. ........................................... 10 
5.5 Critérios e Técnicas de Armazenagem ................................................ 16 
5.6 Embalagens ......................................................................................... 24 
5.7 Movimentação de Materiais ................................................................. 24 
5.8 Equipamentos para Movimentação de Materiais ................................. 27 
5.9 Drive-in, Drive-thru, Crossdocking e Milk Run ..................................... 32 
5.10 Utilização do Espaço - Arranjo físico (leiaute). ................................... 39 
5.11 Controle, Registro, Movimentação, Recuperação de Material e 
Segurança ............................................................................................................ 48 
6. Logística e Distribuição de Materiais. ........................................................ 56 
6.1 Características das modalidades de transporte. .................................. 56 
6.2 Logística ............................................................................................... 61 
6.3 Supply Chain Management .................................................................. 79 
6.4 Canais de Distribuição ......................................................................... 82 
Questões Comentadas .................................................................................. 99 
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Teoria e exercícios comentados 
Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 02 
 
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Questões Propostas .................................................................................... 137 
 
Tudo correndo bem? Lembro sempre que estou no fórum de dúvidas para 
resolver cada pequeno pepino intransponível que surgir na sua frente. Não sei se eu 
disse isso ainda, mas somos melhores amigos meu caro. Eu realmente quero ver 
você passar, e com folga. 
A propósito, retirei alguns trechos da aula da Instrução Normativa SEDAP 
205/1988, frequentemente utilizada para elaboração de questões, mesmo quando 
não é mencionada expressamente no edital e mais ainda: mesmo quando o 
concurso não é do Executivo Federal!!! 
Quem tiver um tempo, sugiro lê-la inteira, mas os trechos mais importantes 
serão transcritos no corpo desta aula. 
Segue o link: 
http://www.comprasnet.gov.br/legislacao/in/in205_88.htm 
Caso link não esteja funcionando, tenho uma cópia em pdf, então, não 
hesitem em pedir! 
Bom, vamos continuar. 
5. Recebimento e armazenagem. 
Você é o gestor de materiais de uma empresa. A empresa vai precisar de 
materiais para produzir o que quer que ela queira produzir. 
O setor financeiro não queria que ela estocasse materiais, pois isso imobiliza 
capital. Ainda assim, a empresa estocou. 
E aí chegamos ao recebimento e armazenagem. Até que o produto estocado 
seja utilizado no processo produtivo, precisa ser guardado (armazenado). Mas 
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antes, lógico, eu preciso recebê-lo, afinal, como posso guardar algo que ainda não 
tenho? 
Dentre as atribuições dos gestores da armazenagem e movimentação física 
de matérias, Gonçalves1 cita as seguintes: 
Recebimento dos materiais; 
Identificação dos materiais; 
Transporte e movimentação física dos materiais para as áreas de 
armazenagem. 
Armazenamento dos materiais; 
Controle da localização física dos materiais; 
Fornecimento dos materiais. 
Veja que as atividades de armazenagem estão diretamente relacionadas 
ao controle e movimentação dos materiais. 
Além disto, a área de armazenagem e movimentação de materiais tem 
responsabilidade direta na qualidade dos produtos ou serviços da 
organização, na medida em que o setor produtivo só vai conseguir cumprir seus 
objetivos. 
Mas professor, o que é armazenagem? 
Bom, eu poderia arremessar linhas e mais linhas de doutrina pura na sua 
cabeça, mas vou ficar com uma definição mais enxuta, prevista na legislação (ainda 
que infra legal). O item 4 da Instrução Normativa SEDAP 205/1988 é bastante 
elucidativo: 
 
1Gonçalves, Paulo Sérgio, Administração de Materiais, Ed. Campus 2010, 3ª ed. 
pág. 314. 
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4. A armazenagem compreende a guarda, localização, 
segurança e preservação do material adquirido, a fim de 
suprir adequada mente as necessidades operacionais das 
unidades integrantes da estrutura doórgão ou entidade. 
5.1 Objetivos da armazenagem. 
Acredito que agora você já será capaz de entender o principal motivo de se 
ter estoques e, consequentemente da necessidade da guarda de materiais: ter o 
material disponível no momento exato, na quantidade demandada e com a 
qualidade desejada. Olha o quadro aí de novo: 
 
A estrutura física da empresa e a demanda do material são pontos muito 
importantes e devem ser analisados no momento em que se decide por armazenar 
ou não um determinado material. 
Já se imaginaram comprando um galpão de dois andares e 10 mil metros 
quadrados e entupindo ele de prateleiras e mercadorias?Afinal a demanda de 
material é imensa e seria vantajoso ter um estoque para manter a produção 
ininterruptamente. 
Só que o gestor de materiais fez isso até que o piso do andar de cima cedeu 
e desabou sobre o piso de baixo. A estrutura física da empresa (no caso, o galpão) 
não estava preparada para suportar aquele estoque. E... prejuízo na certa. 
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Uma armazenagem adequada tem como objetivos: 
Conservar os materiais; 
Permitir que os materiaisestejam próximos do sistema produtivo no 
momento em que forem requisitados. 
Maximização da utilização do espaço físico (utilização adequada); 
Proteção (conservação) dos materiais; 
Facilidade de acesso ao estoque (os materiaisprecisam estar no local, na 
hora e na quantidade certa); 
Permitir a satisfação dos clientes, que poderão contar com os produtos no 
momento que necessitarem (veja que ao estocar, eu deixo um número de produtos 
acabados armazenados em depósito, que podem ser entregues diretamente ao 
cliente); 
Facilitar o registro das operações (a partir da organização adequada dos 
materiais); 
O local onde o material será armazenado deve ser adequado às próprias 
necessidades deste material, ou seja, o local deve ser compatível com as 
características físicas e químicas do material. Não seria bom armazenar papel 
para produção de jornal em um lugar com muita umidade, embora o ambiente 
também não possa ser de todo seco. 
A adequação do ambiente será um fator tanto mais importante conforme 
a sensibilidade do material, e claro, além de mais importante, provavelmente mais 
custosa. 
5.2 Almoxarifados: funções e objetivos 
Já falamos bastante do almoxarifado, e você provavelmente já desconfia qual 
seu significado. Agora é hora de ter certeza 
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6HJXQGR�DV�SDODYUDV�GH�9,$1$�� ³Almoxarifado é o local destinado à fiel 
guarda e conservação de materiais, em recinto coberto ou não, adequado a sua 
natureza, tendo a função de destinar espaços onde permanecerá cada item 
aguardando a necessidade do seu uso, ficando sua localização, equipamentos e 
GLVSRVLomR�LQWHUQD��FRQGLFLRQDGRV�j�SROtWLFD�JHUDO�GH�HVWRTXHV�GD�HPSUHVD´� 
Primeiro ponto importante: almoxarifado guarda materiais. No capítulo 
³$OPR[DULIDGR�H�'HSyVLWRV´��QyV veremos a importância desta ressalva. 
Pois bem, nosso almoxarifado guarda materiais. Sabendo disto, qual deverá 
ser seu objetivo final? 
Se você disse: permitir que o material esteja na hora certa, local certo e 
quantidade certa, não está de todo errado, entretanto, este é o propósito de toda 
nossa disciplina, e seu professor pretende algo um pouco mais específico . 
O objetivo de qualquer almoxarifado, fora suprir as necessidades de materiais 
da empresa, é impedir a ocorrência de qualquer divergência de inventário e 
perdas dos materiais sob sua guarda. Neste ponto, a doutrina parece não 
divergir, e com toda razão . 
9HMD� D� VXWLOH]D� QD� GLIHUHQFLDomR� HQWUH� ³IXQomR´� H� ³REMHWLYR´�� (QTXDQWR� D�
IXQomR�QRV�GL]�³SDUD�TXH�R�DOPR[DULIDGR�VHUYH´�R�REMHWLYR�QRV�GL]�³TXDO�nossa meta 
SDUD�EHP�FXPSULU�QRVVD�IXQomR´��(QWmR��DWHQWH-se para esta diferenciação. 
E como não poderia deixar de ser, também existe um diagrama para o 
almoxarifado, desde o momento da chegada do material na empresa até sua 
distribuição ao processo produtivo. 
Acompanhe: 
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Nos próximos capítulos, veremos as funções mais importantes (e mais 
cobradas em provas) sobre as funções do almoxarifado. 
5.3 Almoxarifado e Depósito 
Acredite ou não, seu examinador quer que você saiba a diferença conceitual 
entre almoxarifado e depósito. 
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Mas professor, ambos são lugares nos quais o material é estocado. Não é 
tudo a mesma coisa? 
Não, não é! Acompanhe as definições: 
Almoxarifado�� WRGD� YH]� TXH� YRFr� OHU� ³DOPR[DULIDGR´�� HX� JRVWDULD� TXH� YRFr�
tivesse em mente um local onde materiais iniciais são estocados. Materiais 
iniciais são as matérias primas, materiais que ainda não foram sequer tocados pela 
empresa em seu processo produtivo e que ainda serão trabalhados pela empresa. 
Lembra-se? 
 
Desta forma, o almoxarifado guarda e estoca os materiais da empresa, antes 
TXH�YHQKDP�D�VH�WRUQDU�³produtos´� 
Outra coisa importantíssima: o almoxarifado, no mais das vezes, é o 
setor responsável pelo recebimento de materiais, incluindo sua conferência, 
recebimento provisório e definitivo. 
Entretanto, o almoxarifado NÃO é o responsável pela compra dos 
materiais. 
Em uma empresa comum, o almoxarifado, ao constatar falta de algum 
material que poderá ser demandado pelo setor produtivo da empresa, encaminha 
uma requisição ao órgão de compra da empresa, sendo que este é quem fará a 
aquisição. 
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Uma vez aprovados no Controle de Qualidade da empresa, os materiais 
são armazenados no almoxarifado, de onde podem ser solicitados através de 
Requisições de Materiais. As requisições serão feitas pelo setor produtivo da 
empresa, interessado em materiais para fabricar seus produtos. 
Depósito: este local tem a função de armazenar Produtos Acabados da 
empresa. 
Se a empresa fabrica bicicletas, seu depósito está cheio de bicicletas, 
enquanto o almoxarifado está cheio de pneus, pedais, correias e etc. 
Lembre-se que a empresa não consegue vender o seu produto tão logo ele 
saia da linha de montagem (imaginou que beleza seria ter uma fila de consumidores 
no fim da esteira, pegando bicicletas e pagando?). Desta forma, à medida que os 
produtos acabados vão ficando prontos, são imediatamente estocados em 
depósito, para futura entrega ao consumidor final 
Desta forma, as Requisiçõesque chegam ao depósito não são feitas pelo 
setor produtivo da empresa, e sim pelo setor de vendas, interessado em 
encaminhar estes produtos aos consumidores. 
E sim, existem materiais que não estão nem no almoxarifado, nem no 
depósito. Seriam os materiais semiacabados e os materiais em 
processamento,que vão sendo estocados juntamente ao processo produtivo no 
qual estão inseridos. 
E isso tem razão de ser: estes produtos não são matérias primas intocadas, 
tampouco produtos acabados e vão passar pouco tempo estocados, pois irão 
ser remetidos à próxima fase do processo produtivo, para finalização. 
Quando estiverem prontos, irão para o depósito. 
Este quadro vai ajudar você a entender as diferentes possibilidades: 
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5.4 Recebimento de Materiais e Conferência. 
Os principais elementos envolvidos no recebimento de materiais são: 
Espaço Físico: diz respeito ao local no qual os produtos serão recebidos, 
bem como quanto ao espaço para manobras de veículos de movimentação de 
cargas (a exemplo das empilhadeiras) e também quanto à disposição das matérias-
primas no almoxarifado; 
Recursos de Informática: dizem respeito ao controle de recebimento e ao 
uso equipamentos tais como leitores de código de barras; 
Equipamento de Carga e Descarga: como empilhadeiras; 
Pessoal treinado e qualificado; 
Procedimentos Padronizados. 
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O setor de recebimento de materiais, ao receber o material, deve 
observar, dentre outras coisas, se o produto recebido atende às especificações 
técnicas do pedido, se a quantidade, a qualidade e a marca condizem com o que 
foi acordado em contrato e se o produto chegou dentro do prazo estabelecido. 
Após conferência,por vezes é confeccionado um documento denominado 
termo de recebimento de material. 
Guarde:Somente após a conferência é que se dá o aceite dos materiais. 
O recebimento de materiais é uma atividade intimamente ligada ao controle 
de estoques. As atividades de recebimento de materiais são documentadas no que 
se chama relatório de recebimento (ou termo de recebimento de material, como 
citado acima). 
Estes serviços de inspeção de recebimento estão vinculados ao setor de 
controle de qualidade. 
Não basta, deste modo, que os materiais recebidos estejam de acordo 
com a nota fiscal (se só puderem memorizar uma coisa dessa parte, memorizem 
isto), é fundamental que aqueles correspondam às especificações técnicas do 
pedido, ou seja, na quantidade e na qualidade que foi acordada entre o 
comprador e o fornecedor. 
 O recebimento é feito em duas etapas: 
O recebimento provisório envolve apenas procedimentos de conferência 
dos materiais, já o recebimento definitivo, momento posterior à conferência, é 
quando se emite o aceite em documento fiscal e se declara que o material está de 
acordo com o especificado no contrato firmado entre o comprador e o fornecedor, 
ou devolve o material ao fornecedor, por estar em desacordo com as 
especificações, para que este regularize os materiais. 
Deste modo, o procedimento de recebimento envolve desde a recepção 
propriamente dita do material, quando entregue pelo fornecedor, até o momento em 
que os materiais entram nos estoques. 
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Entenda também que os procedimentos de conferência são prévios ao 
recebimento definitivo. A inspeção do material deve ser visual, observando a 
quantidade e a qualidade. 
E já foi cobrado em prova!!! 
A avaliação da qualidade dos materiais recebidos éfundamental para a 
garantia de fornecimento de serviços eprodutos adequados. Um dos 
procedimentos empregados para a avaliação da qualidade dos materiais é a 
inspeção, realizada tanto no ambiente do fornecedor quanto no do comprador. 
Que se quer dizer com isto? Que a verificação da qualidade dos materiais é 
de interesse de ambas as partes (do fornecedor, para evitar a devolução da carga 
entregue, e do comprador, para que o material entregue seja aquele de que 
necessite), de tal forma que a inspeção deve ser feita em ambos os ambientes. 
Mas tudo isso é doutrina . Pode ser que seu examinador empreste conceitos 
da Instrução Normativa SEDAP 205/1988 quando referir-se aos procedimentos de 
recebimento e aceitação do material. Recomendo a leitura da Instrução Normativa, 
mas já adianto os conceitos pertinentes para esta aula: 
3. Recebimento é o ato pelo qual o material encomendado 
é entregue ao órgão público no local previamente 
designado, não implicando em aceitação. Transfere 
apenas a responsabilidade pela guarda e conservação do 
material, do fornecedor ao órgão recebedor. Ocorrerá nos 
almoxarifados, salvo quando o mesmo não possa ou não 
deva ali ser estocado ou recebido, caso em que a entrega 
se fará nos locais designados. Qualquer que seja o local 
de recebimento, o registro de entrada do material será 
sempre no Almoxarifado. 
[...] 
Observe que a atividade de Recebimento, quando descrita pela Instrução 
Normativa, refere-se ao Recebimento Provisório estudado na doutrina. 
3.3. Aceitação é a operação segundo a qual se declara, na 
documentação fiscal, que o material recebido satisfaz às 
especificações contratadas. 
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Parece simples? Eu diria a você que dentro do contexto empresarial, 
realmente a coisa é bastante simples. Qualquer documento pode servir para 
registrar o recebimento e as regras quanto à aceitação do material só precisam 
respeitar a essência do conceito. Mas, em repartições públicas, a coisa muda um 
pouco de figura . 
Por exemplo: Como os materiais chegam ao almoxarifado da empresa ou 
órgão público. Você provavelmente me dirá: através de compras, caro Professor! 
Correto! Aliás, não se conhece de muitas empresas que recebem materiais 
por doação, embora esta também seja uma forma válida de transferir propriedade 
de alguma coisa. 
Contudo, quando falamos de órgãos públicos, as possibilidades se expandem 
um pouco. A Instrução Normativa 205/1988 SEDAP nos dá sugestões de formas 
pelas quais uma repartição pública pode receber materiais: 
3.1. O recebimento, rotineiramente, nos órgãos sistêmicos, 
decorrerá de: 
a)compra; 
b) cessão; 
c) doação; 
d) permuta; 
e) transferência; ou 
f) produção interna. 
 
Você notará que cada inciso do item 3.2 está relacionado a uma forma de 
recebimento de materiais prevista nas alíneas do item 3.1. Não precisa 
memorizar!!!! 
Aliás, se você conseguir lembrar-se apenas da alínea ³a´ do item 3.2 (grifada 
em colorido), já será ótimo, afinal, a Nota Fiscal e a Fatura são frequentemente 
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vistas no contexto empresarial (e as questões de ARM costumam puxar justamente 
para esta ótica empresarial). 
3.2. São considerados documentos hábeis para 
recebimento, em tais casos rotineiros: 
a) Nota Fiscal, Fatura e Nota fiscal/Fatura; 
b) Termo de Cessão/Doação ou Declaração exarada no 
processo relativo à Permuta; 
c) Guia de Remessa de Material ou Nota de Transferência; 
ou 
 
d) Guia de Produção. 
3.2.1. Desses documentos constarão, obrigatoriamente: 
descrição do material, quantidade, unidade de medida, 
preços (unitário e total). 
[...] 
3.3.1. O material recebido ficará dependendo, para sua 
aceitação, de: 
 
a) conferência; e, quando for o caso; 
b) exame qualitativo. 
3.4. O material que apenas depender de conferência com 
os termos do pedido e do documento de entrega, será 
recebido e aceito pelo encarregado do almoxarifado ou 
por servidor designado para esse fim. 
3.5. Se o material depender, também, de exame qualitativo, 
o encarregado do almoxarifado, ou servidor designado, 
indicará esta condição no documento de entrega do 
fornecedor e solicitará ao Departamento de Administração 
ou à unidade equivalente esse exame, para a respectiva 
aceitação. 
3.6. O exame qualitativo poderá ser feito por técnico 
especializado ou por comissão especial, da qual, em 
princípio, fará parte o encarregado do almoxarifado. 
3.7. Quando o material não corresponder com exatidão ao 
que foi pedido, ou ainda, apresentar faltas ou defeitos, o 
encarregado do recebimento providenciará junto ao 
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fornecedor a regularização da entrega para efeito de 
aceitação. 
 
2XWUR� FRQFHLWR� TXH� p� LPSRUWDQWH� FRQKHFHU� p� R� GH� ³contagem cega´�� RX�
DLQGD��³conferência por acusação´� 
Sintetizando a ideia: o funcionário que vai efetuar o recebimento dos 
materiais desconhece a quantidade faturada pelo fornecedor, devendo apenas 
FRQWDU� R� TXH� Yr�� H� FRPXQLFDU� D� RXWUR� IXQFLRQiULR�� R� ³Regularizador´�� TXDQWDV�
unidades de material ele recebeu. 
2� ³Regularizador´� p� R� IXQFLRQiULR� TXH� FRQKHFH� D� TXDQWLGDGH� IDWXUDda, e 
conforme as informações prestadas pelo primeiro funcionário, poderá proceder à 
regularização do lote ou determinar a recontagem. 
Exemplo: o caminhão encosta no galpão e o encarregado apenas verifica 
quantos sacos chegaram. Mas com uma pegadinha: Na hora em que o caminhão 
está sendo descarregado, nosso querido colega que recebe os sacos não faz ideia 
de quantos sacos estão chegando. 
Ele vai anotar quantos sacos foram descarregados e vai dizer para outro 
IXQFLRQiULR��R�³Regularizador´�TXDQWRV�VDFRV�HOH contou. Este último funcionário é 
quem sabe quantos sacos estão nas notas. 
Por consequência, o funcionário que faz a contagem não está com a Nota 
Fiscal na mão (aliás, se estivesse, a contagem já não seria mais cega ). 
Este método evita o vício na contagem, afinal, é bem provável que você, ao 
receber 299 sacos, por estar lendo 300, ache que pulou 1 e dê o pedido por bom, 
apesar de, na verdade, estar faltando um saco. Contudo, o encarregado que irá 
contar os sacos não vai poder conferir quantitativamente o material, afinal, não faz 
ideia de quantos sacos deveria receber. 
 
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5.5 Critérios e Técnicas de Armazenagem 
Critérios de armazenagem são as considerações que o gestor deve 
fazersobre a estocagem do material sob sua responsabilidade. Técnicas são formas 
pelas quais ele pode aplicar os referidos critérios. 
Daqui, vale a pena conhecer os critérios mais comuns na doutrina: 
Armazenagem por agrupamento ou semelhança: Materiais parecidos 
(semelhantes) devem ser armazenados próximos uns dos outros. 
A adoção deste critério torna mais simples a localização do material, e ainda 
traz outra vantagem:é possível aproveitar o fato de que esses itens tendem a ser 
solicitados em momentos próximos. 
Faz sentido: se eu fabrico relógios e armazeno materiais nos estoque 
segundo esse critério, toda vez que eu precisar de engrenagens (de diferentes 
tipos), caso tenhamos optado pela armazenagem por agrupamento, estes materiais 
estarão todos no mesmo lugar, facilitando o trabalho de localização e remessa para 
o processo produtivo. 
Armazenagem segundo o tamanho, forma ou peso: Neste critério, 
buscaremos armazenar os materiais levando em conta suas características físicas. 
Colocaremos materiais líquidos juntos, materiais volumosos juntos, peças 
pequenas juntas, pois se torna mais fácil dedicar espaços físicos no estoque para 
cada tipo de material. 
A desvantagem neste caso é que na maior parte dos casos, esses materiais 
compartilharão apenas essa característica em comum (o critério não tem 
apresenta nenhuma relação com a aplicação dos materiais no processo 
produtivo), além de envolver um controle rígido pelo gestor do almoxarifado já que 
este critério tende a tornar a localização de um material específico muito mais difícil 
dentro do almoxarifado. 
Pense só: o setor produtivo precisa de uma engrenagem para a fabricação do 
relógio. Será que ela foi posta junto aos materiais pequenos, ou junto aos materiais 
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IHLWRV�³GH�PHWDO´��RX� MXQWR�DRV�PDWHULDLV�³SRQWXGRV´"�9HMD�D�]RQD�TXH�LVWR�SRGH�VH�
tornar . 
Armazenagem por frequência de utilização: Levaremos em conta quais 
materiais são solicitados com mais frequência e quais deles são solicitados menos 
vezes pelo processo produtivo. 
Com esta informação, será possível posicionar os materiais mais utilizados 
próximos da saída do almoxarifado, afinal, os funcionários do almoxarifado 
precisarão fazer mais viagens com eles. Por outro lado os itens menos utilizados 
podem ficar lá no fundo do galpão. 
Não confunda este critério com a armazenagem por semelhança. Não há 
necessidade alguma que os materiais estejam relacionados entre si no 
processo produtivo da empresa. 
Basta que saiam do almoxarifado mais ou menos vezes. 
Armazenagem especial: Alguns materiais, por características especiais que 
lhe são próprias precisam de uma estrutura especial para armazená-los. 
São materiais frágeis, inflamáveis, volumosos, perecíveis e até mesmo 
radioativos (já que é pra usar a imaginação ), entre outras características que os 
tornem de alguma maneira especiais. 
Aqui não há muito como especificar: cada material vai demandar o seu 
próprio cuidado. 
Por exemplo, no caso do armazenamento de carnes, não adianta nada eu 
arremessar o corte de alcatra em uma bancada poeirenta, pois em algumas horas 
eu já terei perdido o material. 
E nem preciso mencionar que uma empresa fabricante máquinas de Raios-X 
deve fornecer estruturas especiais para armazenamento e manuseio do Césio 
utilizado em sua fabricação. 
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Por fim, a armazenagem especial pode ser combinada com algum dos 
outros critérios, já que um item pode, ao mesmo tempo, ser especial e 
frequentemente utilizado. Neste caso, seria possível combinar armazenagem 
especial com armazenagem por frequência de utilização, sem problema algum do 
ponto de vista teórico, ou mesmo prático. 
A Instrução Normativa SEDAP 205/1988 também traz algumas considerações 
sobre o tema. Vale a pena uma espiadinha, mas não precisa decorar! 
4.1. Os principais cuidados na armazenagem, dentre 
outros são: 
a) os materiais devem ser resguardadoscontra o furtoou 
roubo, e protegidos contra a ação dos perigosmecânicose 
das ameaças climáticas, bem como de animais daninhos; 
b) os materiais estocados a mais tempo devem ser fornecidos 
em primeiro lugar, (primeiro a entrar,primeiro a sair - PEPS), 
com a finalidade de evitar o envelhecimento do estoque; 
c) os materiais devem ser estocados de modo a possibilitar 
uma fácil inspeção e um rápido inventário; 
d) os materiais que possuem grande movimentação devem ser 
estocados em lugar de fácil acesso epróximo das áreas de 
expedição e o material que possui pequena movimentação 
deve ser estocado naparte mais afastada das áreas de 
expedição; 
e) os materiais jamais devem ser estocados em contato 
direto com o piso. É preciso utilizar corretamenteos 
acessórios de estocagem para os proteger; 
f) a arrumação dos materiais não deve prejudicar o acesso 
as partes de emergência, aos extintores deincêndio ou à 
circulaçãode pessoal especializado para combater a incêndio 
(Corpo de Bombeiros); 
g) os materiais da mesma classe devem ser concentrados 
em locais adjacentes, a fim de facilitar amovimentação e 
inventário; 
h) os materiais pesados e/ou volumosos devem ser 
estocados nas partes inferiores das estantes e 
portaestrados,eliminando-se os riscos de acidentes ou avarias 
e facilitando a movimentação; 
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i) os materiais devem ser conservados nas embalagens 
originais e somente abertos quando houvernecessidade de 
fornecimento parcelado, ou por ocasião da utilização; 
j) a arrumação dos materiais deve ser feita de modo a 
manter voltada para o lado de acesso ao local 
dearmazenagem a face da embalagem (ou etiqueta) 
contendo a marcação do item, permitindo a fácil erápida leitura 
de identificação e das demais informações registradas; 
l) quando o material tiver que ser empilhado, deve-se atentar 
para a segurança e altura das pilhas, demodo a não afetar sua 
qualidade pelo efeito da pressão decorrente, o arejamento 
(distância de 70 cmaproximadamente do teto e de 50 cm 
aproximadamente das paredes). 
Veja que a Instrução Normativa simplesmente aplica conceitos obtidos da 
doutrina. 
Por exemplo: prega a utilização da armazenagem por semelhança na alínea 
g) e ainda, armazenagem por frequência na alínea d). 
Mais ainda, sugere ambos os critérios sejam aplicados no almoxarifado, de 
tal forma que não sejam excludentes. 
Mas chega de critérios, falemos das técnicas de armazenagem agora. 
A escolha de uma técnica de armazenagem dependerá muito de alguns 
fatores, entre os quais: 
- Espaço disponível; 
- Tipos de materiais. 
- Número de itens; 
- Velocidade dos atendimentos necessários; 
- Tipo de embalagem a ser utilizada. 
Entretanto, por mais que as necessidades mudem de uma empresa ou órgão 
público para outro, existem técnicas que são estudadas em quase qualquer livro da 
nossa disciplina (e cobradas em prova também). Veja só: 
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- Carga Unitária (uso de Pallets) 
- Caixas ou Gavetas 
- Prateleiras 
-Raques 
- Empilhamento 
- Contêiner 
Como você pode ver, as técnicas de armazenagem compreendem a forma 
pela qual uma empresa opta por armazenar seus materiais. 
Carga Unitária: estamos falando de embalagens de transporte que podem 
acondicionar uma determinada quantidade de material, para posterior transporte e 
armazenagem. Para fazer isso, usamos o pallet. Um pallet é um estrado de madeira 
com 1,1 metros de lado (é simplesmente um quadradão grande e pesado de 
madeira, sobre o qual eu coloco os itens que desejo armazenar). Veja o jeitão dele: 
 
 
 
Tá vendo esses espaços que fica embaixo do estrado? São ótimos para a 
empilhadeira apoiar suas pás e assim, fica bem mais fácil de carregar o material, 
independente de qual seja ele. 
Aliás, essa é uma das vantagens dD�FKDPDGD�³paletização dos materiais´�
(acondiciona-los sobre pallets): isso gera economia de tempo e esforço, além de 
reduzir a área de armazenagem e tornar a carga e descarga do material bem 
mais rápida. 
2XWUD� YDQWDJHP� p� TXH� D� GH� TXH� SRGHPRV� ³unitizar´ a carga. O que seria 
isso? Significa que podemos transformar uma infinidade de cargas menores em 
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uma única unidade transportável, colocar esse monte de coisas em cima de um 
único pallet e sair por aí com uma empilhadeira, onde quer que esse material seja 
necessário. 
Uma coisa é carregar 1.000 unidades de bonecas, uma por uma, de um lado 
para o outro. Outra coisa, bem diferente, é amarrar tudo isso em um único pallet e 
mover tudo isso em questão de segundos de um lado para o outro. Parece 
sensacional? É porque é sensacional! 
Caixas ou Gavetas:Acho que não preciso comentar o que são caixas nem o 
que são gavetas (aliás, eu nem sei como faria isso ). Melhor mostrar uma foto: 
 
 
 
 
 
 
Caixas e gavetas são ótimas para guardar objetos pequenos, como 
parafusos, arruelas, lápis, borrachas e mesmo materiais em processamento do 
processo produtivo. Vai a gosto do freguês. 
O material de que elas são feitas não é importante, a menos que falemos de 
armazenagem especial. Entretanto, o tamanho da gaveta pode variar conforme a 
necessidade. E, ao contrário do que acontece na minha gaveta, se bem utilizado, 
esse método evita a perda desses itens muito pequenos. 
Prateleiras: Olhe para sua estante cheia de livros de concurso público, e 
contemple a definição de prateleira em sua plenitude e grandeza. Caso não tenha 
uma, aí vai uma foto: 
 
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Prateleiras servem para estocar materiais de tamanhos diversos, além 
de poderem servir de apoio para gavetas ou caixas. O material de que elas são 
feitas não é importante (exceto sempre os casos de armazenagem especial), sendo 
as mais comuns as de metal e madeira. É essencial que os materiais estocados 
em prateleiras fiquem visíveis e sejam corretamente identificados. 
Éa técnica de armazenagem mais simples e econômica, sendo adotada 
para peças pequenas e quando o número de itens do estoque não é muito grande. 
Raques:Talvez seja difícil ver a diferença de um raque e uma prateleira. 
Comecemos pela foto de um, para ajudar na definição: 
 
A diferença entre o raquee a prateleira é o seu comprimento. Veja que na 
linha horizontal não há divisões. Isso é importantíssimo, já que o raque se presta a 
acomodar peças longas e estreitas, como tubos e barras. 
Empilhamento: É uma variante da estocagem de caixas. Serve para 
aproveitar ao máximo o espaço vertical. Tanto caixas como pallets podem ser 
empilhados uns sobre os outros, desde que se preste atenção na distribuição do 
peso. 
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O empilhamento favorece a utilização de pallets, e melhor ainda, das 
empilhadeiras, que como eu já disse, são perfeitas para manusear os pallets. 
Aliás, a técnica de empilhamento tem o mesmo significado comum do termo: 
³FRORFDU�XPD�FRLVD�HP�FLPD�GD�RXWUD´� 
Contêiner (containers): Já viram aquelas enormes caixas de metal que os 
navios costumam trazer. Olha a foto para lembrar: 
 
 
Containerssão caixas retangulares de metal, completamente seladas e que 
se dedicam ao transporte de carga. 
Nada novo até aí. Mas a grande sacada do container é que ele foi criado para 
ser facilmente transportado por quase qualquer meio de transporte. Foi feito para o 
transporte intermodal. 
Umcontainer chega de navio. Uma grua ou um guincho são utilizados para 
coloca-lo em cima de um caminhão. E isso foi feito para encaixar com perfeição. 
Posso ainda coloca-lo em cima de um trem ou até carrega-lo de avião. Tudo 
isso sem mudar o método de armazenagem (o material vai ficar sempre dentro do 
container, sem nunca sair dele). 
O Container flexível é algo mais recente. Ele lembra muito um saco feito de 
tecido resistente e borracha, sendo que seu revestimento interno varia conforme o 
seu uso. 
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Agora deixem o seu professor feliz e digam que já sacaram isso: Cada 
material requer uma técnica de estocagem própria. Moleza né? 
5.6 Embalagens 
As embalagens têm como principal objetivo a proteção dos materiais seja 
durante a sua guarda, seja durante a sua movimentação e o seu transporte. 
Uma embalagem adequadadeve atender os seguintes requisitos: 
- Resistência(química e física) adequada; 
- Tamanhoadequado; 
- Possibilidade de transporte, manuseio e estocagem; 
- Viabilidade de custo (se o custo de embalagem for maior que o custo do 
produto ou processo, utiliza-la deixa de fazer sentido). 
E temos vários exemplos de embalagens: caixas de papelão; tambores 
metálicos(excelentes para guardar líquidos); fardos(utilizados, por exemplo, para 
embalar fumo, lã, algodão), que possibilitam a redução de volume por compressão, 
por meio da utilização de tiras metálicas após a mercadoria ser prensada; 
recipientes plásticos, que têm sido muito utilizados em substituição a recipientes 
de metal ou de vidro. 
Importante: O uso de uma embalagemadequada, embora necessário, 
muitas vezes tem um reflexo significativo no aumento dos custos. 
Aliás, é bom que fique bemclaro: a embalagem também representa custo 
para a empresa (e, por vezes, um custo enorme). 
5.7 Movimentação de Materiais 
Você já sabe que a distribuição de materiais é atividade importantíssima 
dentro da disciplina de Administração de Materiais (se não sabe ainda, ficou 
sabendo agora ). Mas, por trás da ideia de distribuição de materiais está uma ideia 
ainda mais inicial: a movimentação desses materiais. 
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A definição de Chiavenato não poderia ser mais clara: 
³Dá-se o nome de movimentação de materiais a todo o fluxo de 
materiais dentro da empresa´. 
A ideia até pode ser um pouco rudimentar, e talvez você nem ache que a 
distribuição de materiais, é tão importante. Contudo, tenha em mente que a 
distribuição pode responder por 15% a 70% do custo de produção! Tenho sua 
atenção agora? 
Pois bem, estudaremos as finalidades da movimentação de materiais 
mencionadas pela doutrina: 
Em primeiro lugar, encontramos fatores ligados ao aumento da capacidade 
produtiva da empresa: a movimentação eficiente de materiais permite a 
utilização plena da capacidade produtiva da empresa. Os resultados que 
conduzem a esse aumento da capacidade produtiva são os seguintes: 
- Redução do tempo de fabricação dos produtos; 
- Incremento de produção, vez que com um melhor abastecimento, mais 
materiais chegam ao setor produtivo, que pode assim produzir mais; 
- Utilização racional da capacidade de armazenagem, em função do 
aumento da área útil da fábrica, decorrente do melhor aproveitamento do espaço 
disponível. 
Logo em seguida, surgem os fatores ligados àmelhoria das condições de 
trabalho: o empregado também deve ser levado em consideração na Administração 
de Recursos Materiais, pois é ele quem movimenta o material, ou ao menos quem 
opera a máquina que o faz: 
- Redução de Acidentes: a movimentação adequada e planejada dos 
materiais evita acidentes que podem ocorrer durante o manuseio e processamento 
destes. 
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- Redução da Fadiga: a movimentação adequada também envolve o menor 
dispêndio de energia possível na realização desta atividade (falaremos disso logo 
mais). 
- Aumento da produtividade da mão de obra: pelos fatores acima, o 
empregado que participa do processo produtivo torna-se mais produtivo, pois pode 
fazer mais com menos esforço. 
Por fim, a doutrina também menciona osfatores ligados à redução dos 
custos de produção. Aqueles 15% a 70% de custos podem ser reduzidos 
drasticamente, pelas seguintes razões: 
- Redução da mão de obra braçal: convenhamos que carregar os materiais 
no braço, por mais forte que seja o sujeito, é muito menos eficiente. Com a 
utilização de equipamentos adequados (que adivinha, também serão vistos nesta 
aula), é possível avançar muito além dos limites da condição humana ; 
- Redução dos custos de materiais: ao acondicionar os materiais 
corretamente durante sua movimentação, a empresa evita quebras ou perdas. 
Isto se explica pelo fato de que perdas, quando ocorrem, serão rateadas 
entre as unidades que permanecem inteiras (acredite, o dono da empresa não quer 
prejuízo). Quanto menos material quebrar, mais barata a fabricação do material. 
A propósito, esqueça tudo isso quando e se um dia estudarem contabilidade 
de custos na vida (perdas inesperadas são lançadas diretamente à conta de 
resultados, e não integram o custo de materiais). Mas em ARM, a redução dos 
custos dos materiais é uma justificativa válida para estudarmos a movimentação de 
materiais. 
Redução dos custos em despesas gerais: tudo que é feito com eficiência 
precisa ser feito menos vezes, inclusive o transporte dos materiais. 
Além do que, é possível reduzir os níveis de estoques com a otimização da 
movimentação, pois a empresa conseguirá manter seu giro de estoques alto, sem 
prejudicar seu nível de serviço (essa frase já faz sentido pra você!) 
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Com isso, terminamos as finalidades possíveis da movimentação. 
Novamente, quero lembrá-lo do poder da criatividade em concurso 
público: as provas seguem entendimentos 
Esta doutrina, por sua vez, nasce da observação destes autores da realidade, 
e posterior registro em suas obras. 
É isso que eu mostro a vocês nas aulas, pois vocês precisam disso para 
acertar 95% das questões que aparecerem. Mas qualquer pessoa pode observar e 
concluir. INCLUSIVE VOCÊ! 
Se aparecer alguma questão perguntando se a movimentação de materiais 
poderia ter outro objetivo que não os colocados aqui, por favor, façam o seu 
professor feliz, e pensem se aquilo faz sentido. A criatividade do examinador não 
tem limites, nem a sua deve ter. 
Retomando... 
5.8 Equipamentos para Movimentação de Materiais 
Já sabemos que movimentar é importante, já sei para que serve movimentar. 
Mas como devo movimentar os materiais? Em verdade, ninguém pode te dizer 
como fazer uma coisa. Mas pode te dizer o que você deve levar em consideração,ou melhor ainda, quais critérios utilizar . 
(� LVVR�� QD� GRXWULQD�� WHP� YiULRV� QRPHV�� &KLDYHQDWR� FKDPRX� GH� ³SULQFtSLRV�
EiVLFRV´��*RQoDOYHV�SUHIHULX�R�WHUPR�³/HL´�H�HX�JRVWR�GR�WHUPR�³FULWpULR´��7DQWR�Iaz 
como chamamos, o importante é que você saiba o que é. Entretanto, vou ficar com 
o Gonçalves . 
$V� ³/HLV� GD� 0RYLPHQWDomR� GH� 0DWHULDLV´� FRQWpP� UHFRPHQGDo}HV� D� VHUHP�
observadas, que facilitarão a vida de quem tiver de fazer a movimentação. Veja o 
quadro: 
Lei Definição Comentários 
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Lei da Obediência 
do Fluxo das 
Operações 
Consiste em construir 
trajetórias de 
movimentação que 
possam ser mantidas 
em sequência. 
É evitar ao máximo situações de 
interrupção entre uma tarefa de 
transporte e outra. Se a palavra 
"combo" lhe for familiar, acredito 
que seja perfeita aqui 
Lei da Mínima 
Distância 
Percorrer o mínimo de 
espaço possível para 
movimentar os 
materiais, evitando o 
ziguezague. 
Nada de perambular feito um zumbi 
pela empresa. Ande em linha reta. 
Lei da Manipulação 
Mínima 
Dar preferência ao 
transporte mecânico, 
evitando a 
manipulação de dos 
materiais. 
A ideia aqui é evitar o contato 
manual com o equipamento, que é 
menos eficiente e o deixa mais 
suscetível a acidentes. 
Lei da Máxima 
Utilização dos 
Equipamentos 
Explorar ao máximo as 
funcionalidades dos 
equipamentos, tirando 
o máximo proveito de 
sua operação. 
Acho que aqui é tranquilo, o 
objetivo é fazer tudo que o 
equipamento puder fazer para 
auxiliar na movimentação. 
Lei da Máxima 
Utilização do 
Espaço Disponível 
Utilizar o máximo de 
espaço cúbico 
disponível. 
Também é autoexplicativo. Espaços 
vazios é desperdício e desperdício é 
perda. 
Lei da Segurança e 
Satisfação 
Manter a segurança 
dos empregados e 
reduzir a fadiga dos 
mesmos. 
Parte da disciplina de 
movimentação de materiais se volta 
aos operadores dos equipamentos, 
que devem ser respeitados. 
Lei da 
Padronização 
Utilizar o máximo de 
equipamentos 
padronizados (do 
mesmo tipo) 
A ideia de marca pode te ajudar a 
entender este ponto. Utilizar um 
único tipo de empilhadeira, por 
exemplo, ajuda na manutenção da 
mesma, já que as peças serão as 
mesmas o dia que quebrar. 
Lei da Flexibilidade 
Os equipamentos 
utilizados devem, 
preferencialmente, 
servir para transportar 
tipos variados de 
cargas. 
Assim, eu posso utilizar o mesmo 
equipamento para várias tarefas. 
Lei da Máxima 
Utilização da 
Gravidade 
Esta lei recomenda o 
aproveitamento 
máximo da gravidade 
"Para baixo, todo santo ajuda", já 
diria minha vó. 
Lei do Menor Custo 
Total 
Escolher o equipamento de 
transporte com base no 
menor custo total (custo 
inicial + custo operacional + 
custo de manutenção) e o 
tempo de vida útil 
O equipamento deve ser analisado pela 
média destes custos, já que pode seu custo 
de aquisição pode ser barato, mas pela baixa 
qualidade dos componentes, demandar 
manutenção constante. 
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Fonte: Gonçalves, Paulo Sérgio 
Não achei que fosse ficar tão colorido, mas ficou tão legal! 
Enfim, esses são os critérios que pautam a movimentação de materiais. Os 
critérios são intuitivos, então, memorizar, só em último caso. 
e� FRP� EDVH� QHVVDV� ³OHLV´� TXH� GHYR� HVFROKHU� R� WLSR� GH� HTXLSDPHQWR� PDLV�
adequado à movimentação dos materiais da minha empresa. E você ficaria surpreso 
com o número imenso de equipamentos que podem ser utilizados. Vou fazer o 
seguinte: vou dividi-los em modalidades e dar alguns exemplos de seus principais 
representantes. 
Vamos nós: 
1 ± Veículos Industriais; 
2 ± Transportadores Contínuos; 
3 ± Guindastes, talhas e elevadores; 
4 ± Contêineres e estruturas de suporte; 
5 ± Equipamentos diversos e plataformas; 
Veículos Industriais: feitos para movimentação de materiais entre pontos 
que não possuam limites fixos ou predeterminados. A trajetória a ser feita pelos 
materiais é variável. A empilhadeiraé o exemplo por excelência. Veja a figura. 37381476592
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Essa beleza é capaz de levantar pallets com facilidade imensa, mas também 
serve para outros tipos de cargas. Quanto à trajetória variável, estes itens podem 
ser demandados em diversos pontos do processo produtivo, ou até mesmo em 
diversas prateleiras. O importante é que os pontos iniciais e finais da empilhadeira 
nem sempre são os mesmos, e por isso ela é versátil. 
Transportadores Contínuos: Agora os pontos de transporte são fixos. O 
material vai sempre do ponto A ao B, do B ao C e assim por diante. Em troca da 
imobilidade, esses transportadores funcionam ininterruptamente. Como vocês 
devem imaginar, são perfeitos para sistemas de produção contínua, entre os quais, 
as linhas de montagem. A correia transportadora (esteira) é perfeita para ilustrar: 
 
O material é colocado na esteira e vai se movimentando até chegar a seu 
destino. Depois outro, e outro, e outro, sem parar. 
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Guindastes, talhas e elevadores: Aqui vão enquadrados todos os 
equipamentos de manuseio específico para áreas de difícil movimentação, 
movendo as cargas ininterruptamente. 
Normalmente, se prestam também a içar (levantar) o material que se 
pretende, colaborando para que este não ocupe o mesmo plano que outros 
materiais (ou mesmo pessoas). Fala-VH�HP�³não concorrência´�GH�HVSDoR��Mi�TXH�R�
material fica pendurado e as pessoas ficam no chão. 
Aqui não tem jeito, os três são muito diferentes uns dos outros, vai ter foto 
dos três. 
 
Da esquerda para direita, guindaste, talha e elevador. A talha foi feita para 
ser utilizada normalmente em sistema de polias, carregando cargas bastante 
pesadas. 
O elevador eu acredito que você já conhece. Ele se presta ao transporte de 
cargas entre diferentes espaços (andares), em compensação, demanda 
manutenção preventiva cuidadosa. 
O guindaste, frequentemente utilizado em portos, se presta à movimentação 
de cargas muito pesadas entre pontos relativamente próximos, ainda que em alturas 
diferentes. 
Contêineres e estruturas de suporte:Já falamos deles na aula passada. 
Lembre-se, para esta aula, de que são equipamentos sem mobilidade própria, e 
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servem não para movimentarmateriais, mas para contê-los enquanto são 
movimentados. 
E, principalmente, são perfeitos para o transporte intermodal (que você verá 
nessa aula, no tópico de transportes). 
Equipamentos diversos e plataformas: Basicamente, todo o resto, 
incluídos equipamentos de posicionamento, rampas e equipamentos de 
transferência de materiais. Se não estava em nenhuma categoria e serve para 
movimentar alguma coisa, está aqui. O carrinho de carga é um exemplo de como o 
³UHVWR´�WDPEpP�p�LPSRUWDQWH� 
 
 
São úteis para movimentação de pequenas cargas dentro do próprio 
almoxarifado. As distâncias que pode percorrer também são curtas, já que só de 
olhar para foto, você pode ver que é você quem terá de puxá-lo. 
5.9 Drive-in, Drive-thru, Crossdocking e Milk Run 
As expressões acima representam conceitos na Administração de Recursos 
Materiais que não possuem uma tradução direta para nossa língua. Por esta razão, 
o jargão é utilizado no ramo em inglês mesmo. 
Mais do que simplesmente ³WUDGX]L-ODV´�SDUD�YRFr��FDGD�XPD�GHODV�HPEXWH�
uma série de conceitos e considerações a serem feitas pelo gestor de materiais. 
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Comecemos pelo armazenamento drive-in e drive-thru. 
Pense comigo agora: só é possível acessar todos os materiais que estão no 
almoxarifado se parte da área disponível for utilizada como corredor, o que implica 
perda de espaço no armazenamento. 
Visualizando: 
 
Veja que há como acessar qualquer caixa dentro do almoxarifado, entretanto, 
o espaço do corredor não pode ser utilizado como área de armazenamento. Se 
tentássemos, teríamos o seguinte resultado: 
 
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Conseguimos armazenar muito mais caixas com esta disposição, entretanto, 
todas as caixas em vermelho não são diretamente acessíveis ao pessoal do 
almoxarifado. 
Ok, você conhece o dilema: acessibilidade ou aproveitamento do espaço. 
Os métodos de armazenamento drive-in e drive-thru representam uma 
escolha entre essas duas variáveis. 
O armazenamento do tipo drive-in permite melhor aproveitamento do espaço 
de estocagem, contudo, limita o acesso aos materiais. Neste tipo de 
armazenamento, a colocação e retirada de dos materiais é feita pelo mesmo 
corredor, conforme o modelo abaixo: 
 
Este método acaba forçando a rotatividade do estoque para o sistema UEPS 
(último a entrar, primeiro a sair, ou ainda, LIFO, last in, first out), a menos que haja 
intensa movimentação de materiais no almoxarifado. O motivo é simples: sempre 
que uma caixa chega ao almoxarifado e se pretendemos ocupar o maior espaço, 
esta caixa deve ser colocada na parte mais distante do corredor. As novas caixas 
que vão chegando vão sendo colocadas na frente da que chegou antes, até 
preenchermos todo o corredor. 
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Desta forma, a caixa que está mais fácil de ser pega é justamente a última 
que chegou. Isso só é evitado se, a todo o momento, tivermos gente colocando e 
retirando as caixas do almoxarifado. 
O outro tipo de armazenamento é o drive thru. Agora o acesso será feito por 
dois corredores, um para a entrada de materiais e outro para a saída. A disposição 
ficaria assim: 
 
Este tipo permite a adoção do método PEPS para controle de estoques 
(primeiro a entrar, primeiro a sair, ou ainda, FIFO, first in, first out). Entretanto, 
diminui a área disponível para armazenagem. 
Seguindo. Falemos de cross-docking agora. Mas, para começarmos a 
entender suas vantagens, preste atenção no esquema abaixo: 
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Centros de Distribuição funcionam tradicionalmente da forma proposta acima. 
O material dá entrada, vai para a área de recebimento (onde sua entrada é aceita 
no almoxarifado), avança para a área de armazenamento, onde aguarda o momento 
em que for necessário ao processo produtivo e, por fim, vai para área de expedição, 
onde é encaminhado a quem o solicitou. 
Note que os centros de distribuição usualmente não estão fisicamente dentro 
da empresa. Eles apenas cuidam do recebimento e remessa de materiais e 
produtos para quem quer que utilize seus serviços. 
Agora, se você lembrar-VH� GD� DXOD� SDVVDGD�� D� IUDVH� ³HVWRTXH� p� FXVWR´� YDL�
aparecer na sua cabeça. A área de armazenamento, do ponto de vista do centro de 
distribuição, é improdutiva. É um tempo no qual o material fica parado, sem que 
nada seja feito com ele e que gera custos para a empresa. 
Bom, e se eliminássemos a área de armazenamento? Os custos de 
manutenção e operação cairiam, entretanto, nossa margem de segurança para 
variações no suprimento de materiais também seria eliminada. 
Se mesmo ciente desta desvantagem, o galpão elimina a área de 
armazenamento, possuindo apenas as áreas de carga e descarga, ele passa a ser 
um Centro de Consolidação, com funcionamento mais ou menos assim: 
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Como agora não há mais área de armazenamento (ou esta se tornou 
insignificante), os materiais são descarregados e imediatamente redirecionados do 
local do recebimento para os veículos de transporte já convenientemente 
aguardando a carga, sem transitarem pela área de estocagem. 
É este processo de redirecionamento rápido de cargas que é chamado de 
cross-docking. Para funcionar, é importante que o controle de recebimento e 
expedição de materiais seja extremamente apurado, exigindo cálculos precisos das 
necessidades diárias de materiais, bem como confiabilidade na chegada e saída 
dos veículos que farão o transporte. 
3Uy[LPD� H[SUHVVmR�� ³0LON� UXQ´�� $� WUDGXomR� OLWHUDO� GHVWD� H[SUHVVmR� VHULD�
³FRUULGD� GR� OHLWH´�� $� HVFROKD� GR� QRPH� WHP� RULgem nas atividades desempenhadas 
pelas empresas de laticínios que precisavam coletar o leite nas fazendas da área 
rural e leva-lo até as fábricas de processamento. 
Entretanto, o conceito é muito mais amplo que um senhor simpático andando 
de bicicleta com algumas garrafas de leite de uma fazenda para o centro da cidade 
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e depois devolver os recipientes às fazendas, para que possam colocar o leite 
novamente ali. 
2�³PLON�UXQ´�p�XP�³roteiro que parte de um determinado ponto, passa por 
diversos locais intermediários e voltaao ponto de origem. O objetivo dos 
modelos matemáticos que otimizam esta operação é minimizar o tempo gasto 
ou percurso feito pelo condutor de um veículo´2. 
$WXDOPHQWH�� D� H[SUHVVmR� ³milk run´� GHVcreve a operação de coleta dos 
materiais de fornecedores para compor o produto final do cliente. 
Pera ae! Entregar o material é problema do meu fornecedor, certo? Por que é 
que uma empresa se interessaria em elaborar um roteiro de coleta de materiais se 
ela pode simplesmente transferir esta obrigação ao fornecedor (o qual, aliás, tem o 
dever de entregar os materiais no local combinado)? 
Eu diria para você que no modelo tradicional de administração de estoques 
você estaria correto. O problema é que inventaram o just in time :P. 
Quando o just in time surgiu, as empresas passaram a ver os estoques como 
custos e tentaram operar sem eles. Isto significa dizer que elas passaram a 
requisitar apenas a quantidade de materiais necessária para concluir a produção de 
determinado lote de produtos, no preciso momento em que eles eram necessários 
(o pedido podia chegar no ponto de contemplar apenas a produção do dia, sendo 
necessária uma nova entrega para a produção do dia seguinte). 
Ok, agora, ao invés da empresa solicitar materiais para um mês inteiro de 
produção, ela solicita para um único dia 30 vezes. Isto aumenta o número de 
entregas com as quais o almoxarifado tem de lidar. 
Agora vai um dado interessante: um veículo tem aproximadamente 6000 
componentes individuais, os quais, por sua vez, são fabricados por uma média de 
 
2 Franschini, Paulino G. e Gurgel, Floriano do Amaral. Administração de Materiais e 
Patrimônio, ED. Cengage Learning, pag 257. 
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1500 fornecedores. O que é que você acha que aconteceu com as montadoras 
quando elas começaram a adotar o just in time? Elas passaram a receber centenas 
de entregas diárias de pequenos volumes, não dispondo de capacidade para tanto, 
o que implicou em congestionamento dos veículos de entrega e consequente atraso 
na produção (coisa que você já sabe que compromete severamente o just in time 
por conta da ausência de estoques). 
Solução? Tiveram a seguinte ideia: as empresas começaram a evitar que os 
fornecedores de materiais da Classe C (responsáveis pela maior parte do volume de 
materiais entregues e de baixo valor agregado) tivessem de ir até a empresa para 
entregar os componentes e passaram elas mesmas a irem buscar os materiais. 
Opa! Vamos economizar o frete! Sim, houve sensível economia com os 
custos decorrentes do frete, mas as empresas não enfiaram este dinheiro todo no 
bolso. Parte desse dinheiro economizado serviu para a contratação de operadores 
logísticos, os quais assumiram a tarefa de coletar os materiais necessários para as 
montadoras, fazendo isso por meio de roteiros otimizados de coleta e de veículos 
adequados à rota e aos volumes transportados. 
(LV�Dt�D�KLVWyULD�GD�H[SUHVVmR�³PLON�UXQ´� 
Sigamos. 
5.10 Utilização do Espaço - Arranjo físico (leiaute). 
Não achou mesmo que a gente simplesmente ia ficar movimentando 
materiais de um lado para o outro, com brinquedos legais é verdade, sem nenhum 
propósito ou motivação? 
A disciplina dos arranjos físicos diz respeito ao planejamento do espaço físico 
que será utilizado, que será ocupado. Se nos primórdios, o arranjo físico era feito 
intuitivamente (isso fica melhor aqui, isso lá e esse é no uni-duni-tê), com os 
avanços da ciência da Administração da Produção, começou-se a criar técnicas que 
melhorassem esses arranjos. 
Para ser bem sincero, o layout não se limita a materiais. 
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O layout é a disposição física dos equipamentos, pessoas e materiais da 
maneira mais eficiente possível. 
Chiavenato3 cita como objetivos deste arranjo físico: 
Integrarmáquinas, pessoas e materiais para possibilitar uma produção 
eficiente. 
Reduzirtransportese movimentosde materiais. 
Permitir fluxo regular de materiaise produtos ao longo do processo 
produtivo, evitando gargalos de produção. 
Proporcionar utilização eficientedo espaço ocupado. 
Facilitare melhorar as condições de trabalho. 
Permitir flexibilidade, a fim de atender possíveis mudanças. 
 O arranjo físico das máquinas determinará a melhor eficiência do fluxo 
produtivo. O arranjo dependebastante daquilo que é produzido e qual o propósito 
dado pela produção a cada máquina. 
Veja um exemplo de desastre: 
Pense em uma fábrica. 
Esta fabrica alterou totalmente o layout de sua linha de produção. Antes, 
havia três máquinas específicas, uma atrás da outra, e correspondia cada qual a 
uma etapa do processo produtivo em sequencia. E, para melhorar o exemplo, estas 
máquinas só eram capazes de fabricar um único tipo de produto. 
Com a alteração do layout, essas mesmas três máquinas foram alocadas 
bem distantes umas das outras. 
 
3Chiavenato, Idalberto. Administração de Materiais, Ed. Campus, pág. 120. 
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O resultado desta providência, provavelmente será o comprometimento do 
fluxo de produção. 
Pensa só: a empilhadeira agora precisa percorrer um caminho mais longo de 
XPD�PiTXLQD�D�RXWUD��RV�HVWRTXHV�LQWHUPHGLiULRV�ILFDP�³SDVVHDQGR´�GH�XP�ODGR�D�
outro da fábrica, com sério risco de danos e extravios, fora outras calamidades 
inimagináveis que dificultarão a obediência à data de entrega do pedido. 
Tudo porque alguém, em algum momento, resolveu alterar o layout da 
produção para uma disposição inadequada. A empresa vai quebrar porque a 
máquina foi colocada no lugar errado. Percebeu a importância do tema? 
O arranjo físico pode dizer respeito também à melhor disposição de operários 
na linha de produção (quando a operação não é tão automatizada). 
Perceba: ao falarmos de layout não falamos apenas de materiais e máquinas. 
Tudo bem, já sabemos a importância de arranjar (dispor, colocar) os 
materiais dessa ou daquela forma, mas quais considerações devemos fazer, a fim 
de escolher a forma adequada? 
Existem várias razões (sua imaginação também pode ajudar nessa hora, não 
se limite a memorizar), entre as quais: 
¾ Aqueles itens de estoqueque dão saída um grande número de vezes,devem 
ser alocados de forma a facilitar seu manuseio e acesso, o que pode ser 
alcançado se mantidos próximos à saída do almoxarifado. Isto evitaria que o 
coitado do responsável pelo almoxarifado tenha de se deslocar 
desnecessariamente para atender as requisições; 
 
¾ Os corredores de acessoao almoxarifado e ao depósito devem facilitar o 
trânsito de maquinário de transporte (de movimentação dos materiais). Por 
exemplo: os corredores devem ser de largura suficiente para permitir o 
trânsito de duas empilhadeiras ao mesmo tempo, em dois sentidos. Do 
contrário...bom, imagine quão constrangedor seria um engarrafamento de 
empilhadeiras ; 
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¾ O mesmo cuidado que se tem com os corredores deve se ter com as portas 
de acesso. As portas do almoxarifado e do depósito devem ter largura e 
altura adequada, de modo que os equipamentos de manuseio e 
movimentação dos materiais (ex. empilhadeiras) possam circular sem 
dificuldades; 
 
¾ O empilhamento dos materiaise o uso de prateleiras devem respeitar as 
dimensões do estoque de modo que não provoque riscos de acidentes, por 
exemplo, por inviabilizar o acesso a áreas com mangueiras ou alarmes de 
incêndio, ou ainda, que o peso faça com que as caixas de baixo comecem a 
ceder, derrubando as caixas de cima, que nem um enorme dominó; 
 
¾ Locais de armazenagem temporáriadevem ficarpróximos aos locais de 
saída e expedição, auxiliando bastante o processo; 
Um layout adequado proporciona redução nos custos, pelo aumento da 
capacidade produtiva e pela melhor utilização do espaço físico. Por mais que eu dê 
exemplos, a essência da matéria é facilitar a produção. Quanto mais criativo e 
eficiente, melhor. 
Agora vamos aos principais layouts existentes. 
Layout posicional ou de posição fixaou estacionário 
O que caracteriza este layout é o fato de que os materiais que estão sendo 
processados não se movem. 
Este tipo de arranjo é recomendado paraprodutos de grande porte, e, 
portanto, de difícil ou impossível locomoção. 
Assim, são as pessoas, os materiais e as máquinas se deslocam até o 
produto. 
Pense na fabricação de um navio. 
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 Imagine descolar um navio semiacabado de um ponto a outro da fábrica para 
seguir com sua produção. É muito mais fácil fazer com que as pessoas e materiais 
necessários à próxima fase, uma vez acabada a primeira, se dirijam ao navio para 
continuar a fabricá-lo. 
Sua principal vantagem esta na enorme flexibilidade do arranjo (muito 
maior que no layout funcional), permitindo diversas alterações no planejamento, 
sendo preferencial utilizá-lo em sistemas de produção por encomenda. 
Entretanto, como a produção por encomenda acaba sendo muito 
diversificada (cada novo cliente modifica parte considerável das especificações do 
produto para que atenda suas necessidades), o ritmo de produção é irregular, 
gerando, algumas vezes, alta ociosidade no processo. 
Farei isso em todos os arranjos agora, veja as vantagens e desvantagens: 
Vantagens do Layout Posicional: 
- Não há movimentação do produto (isso você deve ter sacado antes ); 
- Possibilidade de terceirização de todo o projeto (podemos chamar uma 
equipe até a unidade produtiva para cuidar de determinada fase do projeto); 
- Desvantagens do Layout Posicional: 
- Complexidade na supervisão; 
- Necessidades de áreas externas (abrigos, casa de ferramentas, etc) para 
atender aos funcionários da produção e à própria produção (lembre-se de que 
são os funcionários e materiais que se deslocam até o produto, e não o contrário); 
- Produção em pequena escala (são produtos tipicamente por encomenda, 
é inviável produzir em lote neste caso); 
- Apresenta grande complexidade na programação dos recursos no 
tempo e organização logística; 
Layout por processo ou funcional 
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Este layout é marcado pela configuração situarprocessos similares 
próximos uns aos outros. 
Assim, as máquinas e pessoas serão dispostas por especialidades, e o 
material se desloca ao longo de sessões, até sua finalização. 
Sua principal vantagem é a flexibilidade, sendo recomendado nas 
situações em que o produto sofre modificações recorrentes, e o volume de 
produção é relativamente baixo. 
É um tipo de layout recomendado para produção em lote (o processo 
produtivo começa e termina uma quantidade determinada de unidades do produto, 
para então começar a próxima). Por outro lado, é natural que haja um intervalo 
entre a produção de um lote e outro, o que provoca ociosidade e pode tornar o 
ritmo de produção irregular. 
Pense em uma fábrica de sapatos: eu tenho um local onde os empregados 
colam a sola do sapato, outro em que costuram o couro, mais outro onde se coloca 
o cadarço, e assim por diante. 
O sapato sofre diversas modificações ao longo do processo produtivo, e vai 
sempre caminhando de uma seção a outra da fábrica até que fique pronto. E lógico 
que eu não vou fazer isso com um sapato só, mas vou produzir vários sapatos de 
uma vez (em lote). 
Simplificando: 
Vantagens do Layout Funcional: 
- Grande flexibilidade para atender a mudanças de mercado; 
- Bom nível de motivação dos operários; 
-Possibilidade de elaboração de produtos diversificados em 
quantidades variadas ao mesmo tempo, tudo ao mesmo tempo; 
- Menor Investimento para instalação do parque industrial; 
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Desvantagens do Layout Funcional: 
- Fluxo longo dentro da fábrica; 
- Diluição prejudicada do custo fixo em função da menor expectativa de 
produção(Produção menor são menos produtos sobre os quais posso ratear meus 
custos fixos); 
- Dificuldade ao elaborar a programação da produção 
- Dependência de mão de obra qualificada 
Layout celular 
Os materiais transformados (já processados de alguma maneira) são 
movimentados para uma parte específica da operação (célula) onde estão todos 
os demais recursos necessários ao processamento. 
Somente em caso de uma imprevisibilidade o produto precisará sair daquela 
célula para ser trabalhado. 
Cada unidade produtiva é uma célula dotada de absolutamente tudo que 
aquele produto (ou material semiacabado) precisará para avançar até a próxima 
fase. 
Ruim é arrumar um exemplo para este modelo, mas vou jogar sujo . Já 
assistiu Fórmula 1 né? Pit Stop? 
Muito bem, o carro chega ao Pit Stop e aquela célula composta de 
funcionários, ferramentas e materiais estão toda concentrada em um Box 5x5, 
contendo de absolutamente tudo para que o carro saia de lá abastecido, com pneus 
novos, e com o visor do capacete do piloto sequinho. 
Ou você já viu o piloto sair de um box que só parafusa pneus para outro que 
só abastece? A ideia é justamente a concentração de recursos em um único espaço 
físico. 
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Outro legal é o da praça de alimentação do shopping. Quando a assunto for 
refeição, todas as opções estão concentradas ali, ou você já sentiu a necessidade 
de ir para outra área do shopping para comer algo diferente? 
Simplificando 
Vantagens do Layout Celular: 
- Aumento da Flexibilidade quanto ao tamanho

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