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* Alex e Alan Teixeira da Cunha. Eles se inscreveram no vestibular, em 2007, e, depois de analisadas fotos dos dois, Alan foi aceito na seleção das cotas e Alex não. Depois, a UnB voltou atrás. * Ações afirmativas: conjunto de medidas do governo ou da iniciativa privada que visa a abrir oportunidades sociais, econômicas, educacionais e culturais a grupos que sofrem algum tipo de discriminação, para compensar desigualdades. Em 16 de junho de 2011, o Congresso Nacional aprovou sua versão final do Estatuto da Igualdade Racial. LEI 12.288/2010 - Art. 1o Esta Lei institui o Estatuto da Igualdade Racial, destinado a garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica. * O que muda: O poder público passa a ser obrigado a tratar de programas e medidas específicos para a redução da desigualdade racial. Os agentes financeiros devem promover ações para viabilizar o acesso da população negra a financiamentos habitacionais. A capoeira passa a ser considerada esporte. Fica garantido o direito da crença e de cultos de matriz africana. É confirmada a obrigatoriedade do ensino da história geral da África e da história da população negra no Brasil, em todas as escolas públicas e privadas. * Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) validou nesta quinta-feira (26/04/12) a adoção de políticas de reserva de vagas para garantir o acesso de negros e índios a instituições de ensino superior em todo o país. O tribunal decidiu que as políticas de cotas raciais nas universidades estão de acordo com a Constituição e são necessárias para corrigir o histórico de discriminação racial no Brasil. A decisão do STF não proíbe outras ações em relação a cotas para ingresso no ensino superior, uma vez que as universidades têm autonomia para definir suas políticas. * Cor da pele: a população brasileira passou a se declarar mais preta e parda,e, pela primeira vez, desde o início do século XX, os brancos deixaram de ser a maioria da população. Branca: 47,7% Parda: 43,1% Preta: 7,6% Amarela:1,1% Indígena: 0,4% "O Brasil está mais preto, algo mais próximo da realidade. É a chamada desejabilidade social. Historicamente, pretos e pardos eram desvalorizados socialmente, o que fazia com que pretos desejassem ser pardos e pardos, brancos. Agora, pretos e pardos quiseram se identificar assim". Demétrio Magnoli * As "raças" e o racismo são uma invenção recente na história da humanidade. O conceito de que existem diferentes "raças humanas" foi criado pelo próprio homem e ganhou força com base em interesses de determinados grupos, que necessitavam de justificativas para a dominação sobre outros grupos. A afirmação é do geneticista Sérgio Pena, autor do livro "Humanidade Sem Raças?" (Publifolha, 2008). * É possível alguém ser considerado negro, com características físicas mais africanas, ter uma composição genética majoritariamente europeia? Por quê? Sim. Porque os genes que determinam o nível de pigmentação da pele (e outras características como textura de cabelo, formato de nariz etc.) são uma parcela ínfima dos cerca de 25 mil genes que compõem o genoma humano. Em tese, uma pessoa considerada de origem africana meramente pela cor da sua pele pode ter percentual igual ou maior de genes europeus do que uma pessoa “branca”. A biologia já comprovou que o conceito de raça não se aplica à espécie humana. Vários estudos indicam que as diferenças genéticas entre um negro africano e um loiro escandinavo podem ser menores do que entre dois irmãos da mesma cor. * * * A ONG Educafro lançou a edição mais atualizada de seu mapa interativo de ações afirmativas nas instituições de ensino superior no Brasil Ver site * Política racial, mesmo de boa-fé, é terapia estatal para uma doença inexistente: não temos identidade racial. A diversidade racial significa o Estado conferindo validade à tese racista da classificação racial, que nós repudiamos. Não é mera casualidade o fato de jamais ter havido qualquer questionamento quanto à adoção de cotas para quaisquer outros segmentos, mas, no momento em que este mesmo princípio jurídico passa a ser invocado para favorecer a população negra, emerge uma oposição colérica e incapaz de enfrentar o contraditório, o debate público, aberto. * LEI É A MANEIRA QUE O ESTADO TEM DE IMPOR O QUE NÃO É JUSTO. Millor Fernandes
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