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AVA2 - Direitos Humanos

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
VALDIR DA SILVA JUNIOR
MATRÍCULA 20221308733
AVA2 - DIREITOS HUMANOS
1. CAPA
2. OBJETIVO
3. INTRODUÇÃO
4. DESENVOLVIMENTO
5. CONCLUSÃO
6. REFERÊNCIAS
OBJETIVO
Direito à diferença
Racismo é tema que desafia crenças, emoções, revolta, medo
e tantos outros sentimentos. Ao realizar esta atividade, você terá oportunidade de
conhecer os fundamentos do Direito à Diferença como um dos pressupostos do
direito à igualdade, podendo perceber o tema do racismo a partir das providências
nacionais e internacionais, que há vários anos, buscam reduzir as desigualdades em
decorrência de critérios raciais.   
 A Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as
formas de Discriminação Racial afirma que qualquer "doutrina de superioridade
baseada em diferenças raciais é cientificamente falsa, moralmente condenável,
socialmente injusta e perigosa, inexistindo justificativa para a discriminação racial,
em teoria ou prática, em lugar algum". O mesmo documento internacional repudia
teorias que hierarquizam indivíduos, classificando-os em superiores ou inferiores,
em virtude de diferenças raciais.  
Em 20 de novembro de 2020, o então Vice-presidente da
República Federativa do Brasil afirmou que “...no Brasil não existe racismo. Isso é
uma coisa que querem importar aqui para o Brasil. Isso não existe aqui". Diversos
setores da sociedade brasileira saíram em defesa da opinião daquela autoridade,
enquanto outros condenaram a fala, por reconhecerem nela a negação de uma
estrutura social excludente em relação à população negra.   
A declaração foi dada após jornalistas questionarem o
administrador público sobre a morte de um homem negro por seguranças brancos
em um supermercado de Porto Alegre (RS), um dia antes. O Vice-presidente não
comentou nem anunciou qualquer medida governamental para a promoção da
igualdade racial, ainda que naquela data se comemorasse o dia nacional da
consciência negra.
Tendo por base a Convenção Internacional sobre a Eliminação
de todas as formas de Discriminação Racial, o objeto dos Direitos Humanos e as
políticas de igualdade racial vigentes no país, responda fundamentadamente, ao
seguinte questionamento:   
O Brasil já conseguiu superar sua histórica desigualdade
racial? 
2
INTRODUÇÃO
O racismo no Brasil tem sido um grande problema desde a era
colonial e escravocrata, imposto pelos colonizadores portugueses. Uma pesquisa
publicada em 2011 indica que 63,7% dos brasileiros consideram que a raça interfere
na qualidade de vida dos cidadãos. Para a maioria dos 15 mil entrevistados, a
diferença entre a vida dos brancos e de não brancos é evidente no trabalho (71%),
em questões relacionadas à justiça e à polícia (68,3%) e em relações sociais (65%).
O termo apartheid social tem sido utilizado para descrever diversos aspectos da
desigualdade econômica, entre outros no Brasil, traçando um paralelo com a
separação de brancos e negros na sociedade sul-africana, sob o regime do
apartheid.
De acordo com dados da Pesquisa Mensal do Emprego de
2015, os trabalhadores negros ganharam, em média, 59,2% do rendimento que os
brancos ganham, o que também pode ser explicado pela diferença de educação
entre esses dois grupos. Além disso, de acordo com um estudo realizado pelo
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o percentual de negros
assassinados no país é 132% maior que o de brancos. Apesar de comporem
metade da população brasileira, os negros e pardos elegeram pouco mais do que
24% dos 513 representantes escolhidos nas eleições parlamentares no Brasil em
2018.
Dentre aqueles que ganham menos de um salário mínimo,
63% são negros/pardos e 34% são brancos. Dos brasileiros mais ricos, 11% são
negros/pardos e 85% são brancos. Em uma pesquisa realizada em 2000, 93% dos
entrevistados reconheceram que existe preconceito racial no Brasil, mas 87% dos
entrevistados afirmaram que mesmo assim nunca sentiram tal discriminação. Isto
indica que os brasileiros reconhecem que há desigualdade racial, mas que o
preconceito não é uma questão atual, mas algo remanescente da escravidão,
apesar da ordem institucional e estrutural também serem partícipes nesta questão.
De acordo com Ivanir dos Santos (ex-especialista do Ministério da Justiça para
assuntos raciais), "há uma hierarquia de cor da pele onde os negros parecem saber
seu lugar.” Para a advogada Margarida Pressburger, membro do Subcomitê de
Prevenção da Tortura da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil ainda é
"um país racista e homofóbico."
DESENVOLVIMENTO
Apesar de todos os esforços feitos desde 1888, quando a
escravatura foi abolida no Brasil, a segregação e o preconceito raciais ainda estão
bastante presentes em nossa sociedade. Os casos se multiplicam e, com a internet,
fica ainda mais fácil percebê-los. Poucas pessoas efetivamente procuram entender o
3
racismo institucional sofrido por negros diariamente no país, mas existem diversos
fatos que comprovam esse cenário. Confira algumas situações que comprovam a
existência e a persistência do racismo no Brasil:
- Quantidade de líderes políticos negros
Pare um pouco para refletir: quantos líderes políticos você
conhece? Para ser mais exato, apenas 3% dos políticos eleitos no ano de 2014 se
declararam negros, segundo pesquisa da Revista Congresso em Foco. O que isso
quer dizer? Que a política nacional, especialmente o poder legislativo, ainda é
bastante dominado por indivíduos brancos. Isso é preocupante do ponto de vista
institucional, porque sua atuação ignora algumas vivências para as quais somente a
população negra poderia se atentar. Assim como há um esforço no sentido de
aumentar a participação feminina na política, como na campanha do TSE em 2016,
também deveria haver maior incentivo à democratização racial nesses ambientes de
representação legislativa. Afinal, se há apenas 3% de negros na política, essa não é
uma porcentagem que efetivamente representa a sociedade, de acordo com os
dados do IBGE. Nas eleições atuais, já vemos alguma mudança na quantidade de
pessoas interessadas em algum cargo eletivo, que se declaram negras/pardas.
Porém, ainda está muito aquém do ideal, bem como sabemos que não terão ainda a
votação de forma expressiva como deveria.
- Recortes raciais no censo do IBGE
Segundo o censo populacional do IBGE, a população brasileira
é composta por quase 46% de pretos e pardos. Esse censo é auto-declaratório, ou
seja, praticamente metade da população não se vê como sendo branca. Esses
dados são ainda mais significativos quando cruzados com dados econômicos, já que
a população que se declara preta ou parda é também a que tem uma renda menor,
em número de salários, se comparada relativamente. Na prática, o Brasil ainda é um
país de muita concentração de renda, e essa desigualdade também ocorre por meio
de recortes raciais. É possível perceber, a partir desses dados, que há um
favorecimento maior de brancos para acessarem o mercado de trabalho, seja devido
à educação que receberam, os históricos familiares e sociais, bem como as
oportunidades de emprego às quais tiveram acesso em vida.
- Academia e racismo no Brasil: quantos
pesquisadores negros você conhece?
Outro fato que evidencia o racismo no Brasil é a falta de
pesquisadores negros nos quadros das principais universidades públicas e centros
de pesquisa do país. Para atestar esse fato, basta observar a maioria dos
professores que você teve ao longo da vida e tem atualmente. Quanto maior o grau
do ensino, menor a quantidade de professores negros. Isso evidencia que há menos
4
incentivos e oportunidades para pessoas negras ingressarem não apenas no ensino
superior, como também em programas de pós-graduação, mestrado e doutorado.
Isso corrobora a concentração do ensino nas mãos de pesquisadores brancos, que
nem sempre estão atentos para todas as temáticas raciais pertinentes para a
sociedade brasileira.
- Cotas e acesso ao ensino superior
A falta de alunos, pesquisadores e professores negros nos
quadros públicos federais contribuiu para a lei nacional de cotas, nº 12.711/2012,que estabelece a obrigatoriedade de reserva de, no mínimo, 50% das vagas em
universidades federais e para estudantes que tenham cursado a integralidade do
ensino médio em instituições públicas de ensino. Além disso, a mesma lei prevê que
essas vagas serão preenchidas de acordo com a distribuição de pretos, pardos,
indígenas e pessoas com deficiência nas diferentes unidades da federação. Por
exemplo, se o IBGE determinar que 40% da população em Minas Gerais é preta ou
parda, essa deve ser a porcentagem de vagas a pretos e pardos na reserva de
vagas. Essa é uma forma de adequar à realidade social e etnográfica os meios de
acesso ao ensino superior público no Brasil. Afinal, as instituições de ensino também
devem refletir a sociedade.
- Preconceito e injúria racial nas redes sociais
Se você tem acesso às redes sociais, provavelmente já
acompanhou diversas discussões e postagens com conteúdos ofensivos e
discriminatórios. Por ser online, muitas pessoas acreditam que estão livres de
responsabilização criminal e cível por essas ações, mas isso não é verdade. Até
mesmo usuários “fakes” podem ter seus perfis e endereços de IP identificados, para
posteriormente serem acionados na justiça.
CONCLUSÃO
Como é possível mudar essa situação?
- Alteridade e empatia
Pensando de forma mais pragmática, uma das maneiras mais
simples de se lidar com o racismo em seu dia a dia é exercer mais simpatia pelo
próximo, independentemente da cor da pele ou gênero. Essa é uma forma de se
atentar para as negligências e sofrimentos vivenciados pelo outro, e então refletir
sobre suas próprias atitudes.
- Atenção ao racismo institucional
5
Vai contratar alguém? Prestar serviço? Verificar o histórico de
crédito de um cliente? Participar de um processo seletivo profissional? Em muitas
dessas situações é que colocamos em prática diversas formas de racismo
institucional, mesmo sem perceber. Pessoas negras são preteridas sem motivos
racionais para que isso ocorra. Deve-se atentar para isso em nosso dia a dia para
que também não cometamos nenhum ato de racismo institucional.
Por fim, concluo com uma citação que resume todo esse
trabalho, e que me deixou bastante reflexivo; enquanto homem negro, cidadão e
brasileiro:
“Negro continuará sendo oprimido enquanto o Brasil não
se assumir racista, dizem especialistas.”
Fonte: Agência Senado
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
● https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Racismo_no_Brasil#:~:text=O%20preconceito%20racial%
20persiste%20na,maiores%20v%C3%ADtimas%20da%20viol%C3%AAncia%20policial
● https://www.usjt.br/blog/5-fatos-que-comprovam-que-ainda-ha-racismo-no-brasil/
● https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2020/06/negro-continuara-sendo-opri
mido-enquanto-o-brasil-nao-se-assumir-racista-dizem-especialistas
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https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Racismo_no_Brasil#:~:text=O%20preconceito%20racial%20persiste%20na,maiores%20v%C3%ADtimas%20da%20viol%C3%AAncia%20policial
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Racismo_no_Brasil#:~:text=O%20preconceito%20racial%20persiste%20na,maiores%20v%C3%ADtimas%20da%20viol%C3%AAncia%20policial
https://www.usjt.br/blog/5-fatos-que-comprovam-que-ainda-ha-racismo-no-brasil/
https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2020/06/negro-continuara-sendo-oprimido-enquanto-o-brasil-nao-se-assumir-racista-dizem-especialistas
https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2020/06/negro-continuara-sendo-oprimido-enquanto-o-brasil-nao-se-assumir-racista-dizem-especialistas

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