Buscar

PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 1 
 
Problemas Ambientais 
Globais 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 2 
Problemas Ambientais Globais 
 
1. Aula 01 
 
Nesta aula, iremos analisar as principais bases científicas das questões que envolvem 
as mudanças climáticas verificadas atualmente em escala global. Dessa forma, 
abordaremos como o efeito estufa e o aquecimento do planeta estão relacionados e 
de que forma influenciam no controle climatoambiental da Terra. 
 
1.1 Mudanças climáticas 
 
O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC - Intergovernmental 
Panel on Climate Change) foi criado em 1988 com o objetivo de acessar informações 
científicas, técnicas e socioeconômicas relevantes para melhor entendimento dos 
riscos globais associados às mudanças climáticas. 
 
De acordo com o IPCC, o termo “mudanças climáticas” pode ser definido como as 
mudanças no estado do clima que podem ser identificadas (p. ex,. usando testes 
estatísticos) através das alterações na média e/ou na variabilidade de suas 
propriedades, e que persistem por um extenso período, tipicamente décadas ou 
mais. Mudanças climáticas podem ser verificadas devido a processos naturais 
internos do planeta, forçantes externos ou ainda devido a mudanças persistentes, 
causadas por ações antropogênicas, na composição da atmosfera ou no uso da terra 
(SOLOMON et al., 2007). 
 
O efeito estufa é um fenômeno natural que ocorre em virtude das concentrações de 
alguns gases na atmosfera, tais como: dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e 
óxido nitroso (N2O), entre outros, os quais são responsáveis por absorver uma 
quantidade maior de radiação infravermelha, provocando o aumento na temperatura 
da Terra (ALMEIDA, 2007). De acordo com o IPCC, as concentrações atmosféricas 
dos principais gases de efeito estufa aumentaram consideravelmente em 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 3 
consequência das atividades humanas desde 1750 e agora ultrapassam muito os 
valores pré-industriais. 
 
O ozônio é uma molécula que se encontra presente em toda atmosfera com maior 
concentração entre 25 e 35 km de altitude ao redor do planeta, na região 
denominada camada de ozônio. Essa camada absorve a radiação solar, 
principalmente na faixa do ultravioleta tipo UV-B, que é prejudicial à vida no planeta 
e a principal causadora do câncer de pele. 
 
1.2 Efeito estufa e aquecimento global 
 
O Sol transmite constantemente energia para o sistema climático terrestre através da 
energia radiativa em comprimentos de ondas muito curtas, predominantemente na 
faixa do visível ou próximo ao visível no espectro (p. ex., ultravioleta). Cerca de 1/3 
da energia solar que atinge o topo da atmosfera terrestre é refletida diretamente de 
volta para o espaço. Os 2/3 restantes são absorvidos pela superfície da Terra e em 
menor intensidade pela atmosfera. A energia absorvida do Sol causa um 
desequilíbrio no sistema energético terrestre; para retornar ao equilíbrio, a Terra 
precisa irradiar, em média, a mesma quantidade de energia absorvida para o espaço. 
 
A Terra realiza essa irradiação através de comprimentos de ondas muito longos, 
principalmente na faixa infravermelha do espectro. Parte dessa radiação 
infravermelha atravessa a atmosfera e segue em direção ao espaço. Entretanto, uma 
parte considerável dessa radiação termal emitida pelos continentes e oceanos é 
absorvida pela atmosfera, incluindo as nuvens, e irradiada novamente para a Terra. 
Esse processo é conhecido como “efeito estufa”, devido a uma analogia com o 
processo de funcionamento de uma estufa biológica verdadeira, onde as paredes de 
vidro reduzem a troca de ar e aumentam a temperatura ambiental. Analogamente, 
mas através de diferentes processos físicos, o efeito estufa terrestre aquece a 
superfície do planeta. 
 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 4 
O efeito estufa natural torna possível a vida na Terra, uma vez que sem ele a 
temperatura média da superfície terrestre seria aproximadamente -18oC (Fig. 1.1). 
Entretanto, a ação humana, principalmente através da queima de combustíveis 
fósseis e do desmatamento das florestas, tem intensificado fortemente o efeito 
estufa natural, aumentando a concentração de gases na atmosfera e assim levando 
a um maior aquecimento do sistema climático global (DIAS, 2011). 
 
O efeito estufa quase não é influenciado pelos dois gases mais abundantes na 
atmosfera, o nitrogênio e o oxigênio, representando 78% e 21% da atmosfera, 
respectivamente. Em vez disso, o efeito é controlado por moléculas mais complexas 
e muito menos comuns. 
 
Os mais importantes integrantes do efeito estufa são o vapor d’água e o dióxido de 
carbono (CO2). Outros gases, como o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O), o ozônio 
(O3) e muitos outros presentes em menor concentração na atmosfera também 
contribuem fortemente para o efeito estufa. 
Figura 1.1 – Diagrama ilustrando a ação do efeito estufa sobre a temperatura global (Fonte: 
http://www.inpe.br). 
 
 
 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 5 
1.3 Conclusão 
 
Nesta aula, analisamos as principais bases científicas que envolvem as mudanças 
climáticas verificadas atualmente em escala global. E como a ação antrópica, 
principalmente através da queima de combustíveis fósseis realizada ao longo das 
últimas décadas, tem provocado a liberação anual de bilhões de toneladas de 
compostos químicos para a atmosfera, causando a alteração no efeito estufa natural. 
As consequências dessa alteração na composição da atmosfera terrestre já estão 
sendo sentidas em diferentes regiões do planeta, e suas consequências futuras são 
ainda algo de grande incerteza. As alterações antrópicas na composição do efeito 
estufa natural vêm proporcionando um aumento significativo na temperatura média 
do planeta. 
 
Aula 2 
 
Nesta aula, iremos analisar as principais questões que envolvem as emissões de CO2 
para a nossa atmosfera, realizadas principalmente por ações antrópicas, e como 
essas emissões estão contribuindo para as mudanças climáticas. Além disso, vamos 
discutir qual o papel da camada de ozônio no controle climático global. 
 
2.1 Emissões de CO2 
 
De acordo com o IV Relatório do Grupo de Trabalho 1 do IPCC, as concentrações 
atmosféricas do dióxido de carbono (CO2) (Fig. 2.1), o principal gás do efeito estufa 
antropogênico, aumentaram em consequência das atividades humanas desde 1750 e 
agora ultrapassam muito os valores pré-industriais. O aumento global da 
concentração de CO2 se deve principalmente ao uso de combustíveis fósseis e à 
mudança no uso da terra, o que vem alterando consideravelmente o ciclo 
biogeoquímico desse elemento no planeta (SOLOMON, 2007). Oceanos, solos, 
plantas, animais e vulcões são as principais fontes naturais de emissões de CO2 para 
a atmosfera. Dessa forma, antes da influência antrópica, a enorme quantidade de 
CO2 produzido por fontes naturais era completamente compensada pela ação dos 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 6 
sumidouros naturais de carbono, mantendo assim o equilíbrio natural do ciclo 
biogeoquímico desse elemento (PBMC, 2014). 
 
 
Figura 2.1 – Ilustração representando molécula de dióxido de carbono (CO2). 
 
A seguir, são apresentadas algumas características das principais fontes naturais de 
CO2 para a atmosfera (Fig. 2.2): 
 
a) Oceanos: Armazenando enormes concentrações de CO2, os oceanos globais 
são responsáveis por cerca de 40% do CO2 emitido para a atmosfera, por 
meio de difusão. Esse movimento pode ser verificado em ambos os sentidos. 
b) Respiração animal e vegetal: Plantas e animais que realizam o processo de 
respiração para a produção da energia utilizadaem seu metabolismo 
apresentam o CO2 como um dos seus subprodutos. 
c) Respiração no solo e decomposição: Diversos organismos que vivem no solo 
realizam a respiração para produzir energia. Entre eles estão os 
decompositores que decompõem a matéria orgânica morta. Ambos os 
processos produzem CO2. 
 
d) Erupções vulcânicas: A atividade vulcânica libera para a atmosfera, de 
profundidade abaixo da superfície terrestre: magma, cinzas, poeira e gases, 
entre eles o CO2. 
 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 7 
 
Figura 2.2 – Imagens de duas das principais fontes naturais de CO2 para a 
atmosfera: oceanos (esq.) e vulcões (dir.). 
 
Diversos estudos realizados sobre a composição da atmosfera comprovam que nos 
últimos duzentos anos a concentração de CO2 atmosférico já aumentou 
aproximadamente 27%, em grande parte em virtude de ações antrópicas, tais como: 
queima de combustíveis fósseis, desmatamento das florestas e mudanças no uso do 
solo (Fig. 2.3). A queima de combustíveis fósseis, o carbono armazenado durante 
milhares de anos na Terra, é oxidado e liberado para a atmosfera em forma de CO2 
(PACHECO; HELENE, 1990). 
 
 
 
 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 8 
Figura 2.3 – Imagens das principais fontes antropogênicas de CO2 para a atmosfera. 
Da esquerda para a direita: queima de combustíveis fósseis (no alto); desmatamento 
das florestas; mudanças no uso do solo. 
 
2.2 Preservação da camada de ozônio 
 
A molécula de ozônio (O3) é formada na estratosfera (camada da atmosfera 
localizada aproximadamente entre 10 e 50 km de altitude), principalmente por ação 
da radiação ultravioleta. Dessa forma, quando os raios ultravioleta de alta energia 
incidem sobre as moléculas de oxigênio (O2), eles dividem a molécula em dois 
átomos de oxigênio, conhecidos como oxigênio atômico. Em seguida, um dos átomos 
de oxigênio libertado combina-se com outra molécula de oxigênio (O2) para formar 
uma molécula de ozônio. 
 
A camada de ozônio é encontrada na estratosfera, onde atua como um escudo para 
proteger a superfície da Terra da radiação ultravioleta proveniente do Sol, altamente 
prejudicial à vida no planeta. O enfraquecimento dessa camada pode gerar uma 
séria de problemas para a população mundial, tais como: maior suscetibilidade ao 
câncer de pele e ao surgimento de catarata, e um severo comprometimento do 
sistema imune. 
 
O ozônio estratosférico (encontrado na estratosfera) é chamado de “bom” ozônio. Já 
o ozônio encontrado mais próximo à Terra, distribuído na troposfera (camada da 
atmosfera localizada da superfície até cerca de 10 km de altitude), é um poluente 
extremamente nocivo que pode causar danos, principalmente, às plantas e ao tecido 
pulmonar. O ozônio troposférico (encontrado na troposfera) é chamado de “mau” 
ozônio. 
 
Em 1985, pesquisadores britânicos descobriram que os valores de ozônio total sobre 
a Antártica, principalmente durante o período que compreende a primavera austral, 
estavam diminuindo desde 1970. Observações subsequentes mostraram que em 
alguns anos na década de 1990 a camada de ozônio sobre a Antártica chegou a ser 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 9 
reduzida a 1/3 da camada original. Esse fenômeno ficou conhecido como “buraco” na 
camada de ozônio (Fig. 2.4). Diferentes estudos realizados sobre o assunto 
mostraram uma consistente associação dessa redução com a emissão mundial 
generalizada, para a atmosfera, de clorofluorcarbonos (CFCs). O buraco na camada 
de ozônio é formado em virtude da ação da química de gases reativos de cloro e 
bromo originados da quebra dos CFS e halogênio. Estes, por sua vez, foram 
liberados na baixa troposfera pela ação humana através do uso de latas de spray, 
produtos e sistemas de refrigeração, extintores de incêndio, entre outras fontes. Os 
gases responsáveis pela destruição do ozônio troposférico são liberados em escala 
global e possuem tempo de vida estimado na atmosfera entre cinquenta e cem anos 
(GOLDEMBERG et al., 2011). Entretanto, as condições climatoambientais da 
estratosfera antártica favorecem a destruição da camada de ozônio, possibilitando, 
assim, o surgimento do buraco na camada de ozônio. 
 
 
 
 
Figura 2.4 – Evolução do buraco na camada de ozônio sobre a Antártica entre 1981 e 
2010. 
 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 10 
A descoberta da relação entre as emissões dos gases CFCs e a ocorrência do buraco 
na camada de ozônio sobre a região da Antártica levaram à realização de diversas 
discussões mundiais, que resultaram na determinação da redução do uso desses 
gases em escala global. 
 
2.3 Conclusão 
 
Nesta aula, vimos que o homem, através principalmente da queima de combustíveis 
fósseis e do desmatamento realizado ao longo das últimas décadas, tem provocado a 
liberação anual de bilhões de toneladas de CO2 para a atmosfera. Uma parte dessas 
emissões é absorvida pelo maior reservatório de carbono no planeta: os oceanos. 
Estima-se que outra parte esteja sendo absorvida pela biomassa terrestre através de 
um processo ainda pouco conhecido: o efeito de fertilização das plantas por CO2. 
Analisamos também o papel fundamental da camada de ozônio para o controle do 
sistema climatoambiental terrestre e como o “buraco” na camada de ozônio sobre a 
Antártica teve origem. 
 
Aula 3 
 
Nesta aula, abordaremos como as mudanças climáticas globais estão ampliando o 
desmatamento das florestas em diferentes regiões do planeta, consequentemente 
elevando o risco de extinção de diversas espécies (animais e vegetais) e ocasionando 
a diminuição da biodiversidade mundial. Também analisaremos quais as principais 
consequências para o meio ambiente em virtude da ocorrência de uma contaminação 
radioativa. 
 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 11 
3.1. Introdução 
 
Em diversas regiões do planeta, mudanças no uso da terra e o desmatamento 
florestal realizado, principalmente, para atividades de agricultura produzem 
alterações significativas no sistema climatoambiental terrestre. São consideradas as 
ações antrópicas mais antigas responsáveis pelo aumento das concentrações 
atmosféricas dos principais gases componentes do efeito estufa (p. ex., CO2, CH4 e 
N2O), bem como contribuem fortemente para a perturbação de diferentes ciclos 
biogeoquímicos em escala global (PBMC, 2014). As mudanças no uso da terra e 
desmatamento florestal também vêm contribuindo fortemente para um impacto 
sobre a biodiversidade global. Nesse contexto, cabe destacar que a Convenção sobre 
diversidade biológica define “diversidade biológica” (ou biodiversidade) como 
 
[...] a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, 
compreendendo a totalidade dos genes, espécies, variedades, 
ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e 
complexos ecológicos de que fazem parte, compreendendo, ainda, a 
diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistema. 
(INTER-RELAÇÕES, 2007). 
 
3.2. Extinção de espécies e desmatamento (perda de biodiversidade) 
 
Ao longo das últimas décadas, temos evidenciado diversas mudanças climáticas no 
planeta que têm afetado, direta e indiretamente, as diferentes matrizes ambientais 
ocasionando uma série de alterações. Dessa forma, é necessário considerar como 
tais mudanças climatoambientais verificadas no planeta podem interferir na 
biodiversidade global. 
 
Assim, as seguintes questões devem ser abordadas: 
 
a) Como a biodiversidade global tem sido afetada pelas mudanças do clima no 
passado? E quais as implicações para essa biodiversidade devido às mudanças 
no clima, as atuais e as projetadas para o futuro? 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAISGLOBAIS 12 
b) Quais são os principais impactos humanos contemporâneos sobre a 
biodiversidade? 
c) Como as atuais alterações na biodiversidade global podem afetar o 
funcionamento dos diferentes ecossistemas e quais as principais ações de 
manejo relacionadas ao clima? 
 
Hotspots 
 
Criado em 1988 pelo ecólogo inglês Norman Myers, o conceito de hotspots 
representa as regiões do planeta que concentram os mais altos níveis de 
biodiversidade e onde as ações de conservação seriam mais urgentes. 
 
Uma determinada área é considerada um hotspot quando apresenta pelo menos 
1.500 espécies de plantas vasculares endêmicas (não são encontradas em nenhum 
outro local do planeta). Além disso, deve ter 30% ou menos de sua vegetação 
original. Em todo o mundo, existem aproximadamente 34 áreas (Fig. 3.1) 
classificadas como hotspots que representam apenas 2,3% da superfície terrestre, 
mas suportam mais da metade das espécies de plantas endêmicas e quase 43% das 
aves, mamíferos, répteis e anfíbios endêmicos. 
 
 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 13 
Figura 3.1 – Localização geográficas global das áreas consideradas hotspots no 
planeta. 
 
3.3. Contaminação radioativa: isótopos radioativos de meia-vida longa 
 
Isótopos radioativos ou radioisótopos são compostos dotados do fenômeno da 
radioatividade. A emissão radioativa altera profundamente a estrutura atômica do 
elemento emissor, pois modifica a composição, bem como o balanço energético de 
seu núcleo. Os núcleos instáveis dissipam o excesso de energia que possuem 
emitindo diferentes tipos de radiações. Como a origem do fenômeno radioativo é 
nuclear (isto é, ocorre no núcleo do elemento), os isótopos que possuem a 
capacidade de emitir radiação também são chamados de radionuclídeos (GARCIA, 
2002). 
 
Meia-vida de um radionuclídeo 
 
Cada elemento radioativo, seja ele natural ou artificial, se desintegra a uma 
determinada velocidade característica. Assim, para acompanhar a duração (ou 
“vida”) de um radionuclídeo, foi necessário estabelecer uma forma de comparação 
temporal. Formulou-se, então, o conceito de “meia-vida”. 
 
A meia-vida representa o tempo necessário para que a atividade apresentada por um 
elemento radioativo seja reduzida à metade da sua atividade inicial. Isso significa 
que, para cada meia-vida que passa de um radionuclídeo, a atividade do mesmo vai 
sendo reduzida à metade da anterior, até atingir um valor considerado insignificante, 
não permitindo mais distinguir sua radiação daquela proveniente do meio ambiente 
(TAUHATA et al., 2003). 
 
A presença de elementos radioativos, principalmente artificiais, em grandes 
concentrações nas diferentes matrizes ambientais pode ocasionar a contaminação 
radioativa da fauna e da flora locais (Fig. 3.2). A “contaminação radioativa” ocorre 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 14 
quando um material radioativo é absorvido pelo corpo de um indivíduo ou por uma 
matriz ambiental de forma indesejável. 
 
 
 
Figura 3.2 – Imagem de uma área apresentando contaminação radioativa (esq.). Ao 
lado, o símbolo da radioatividade. 
 
3.4. Conclusão 
 
Nesta aula, analisamos como a diversidade biológica ou biodiversidade dos diferentes 
ecossistemas globais está sendo alterada em função de ações antrópicas. Vimos que 
ações de desmatamento vêm ocasionado uma crescente perda de hábitats naturais, 
causando a diminuição da biodiversidade local e até mesmo a extinção de diferentes 
espécies da fauna e da flora da região afetada. Nesse contexto, os hotspots, 
localizados em diferentes regiões do planeta, representam áreas de especial atenção 
em virtude de suas características relacionadas à biodiversidade de determinada 
região. Além disso, vimos como a contaminação radioativa pode levar a uma 
diminuição da qualidade do meio ambiente nas regiões onde são verificadas a 
ocorrência desses acidentes. 
 
Aula 04 
 
Nas últimas décadas, as mudanças climáticas verificadas em escala global vêm 
proporcionando um aumento, sem precedentes na história da humanidade, de 
alguns dos principais problemas ambientais observados em diferentes regiões do 
planeta, tais como: processos de desertificação e de erosão do solo, esgotamento de 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 15 
água e solos, entre outros (MARENGO, 2006). Além disso, no atual cenário global, 
são crescentes os problemas ambientais relacionados ao aumento da concentração 
de compostos não biodegradáveis no meio ambiente, contaminando solo e água em 
diferentes regiões e dificultando ainda mais o processo de preservação ambiental da 
Terra. 
 
4.1. Compostos não biodegradáveis 
 
Compostos biodegradáveis são aqueles que se decompõem facilmente pela ação de 
microrganismos na natureza. Por sua vez, os compostos não biodegradáveis são, em 
geral, compostos que contêm anéis aromáticos ou polímeros sintéticos, cuja 
eletroxidação faz com que se transformem em moléculas biodegradáveis (DE 
ANGELIS et al., 1998). 
 
Esses compostos são caracterizados como resíduos altamente nocivos ao meio 
ambiente e por isso são considerados perigosos, no presente e no futuro, à saúde 
dos seres humanos, bem como de outros organismos e ao meio ambiente em geral. 
São caracterizados dessa forma os compostos que: 
 
 podem causar ou contribuir significativamente para o aumento da 
mortalidade ou para o aumento de doenças sérias irreversíveis ou 
reversíveis incapacitantes; 
 podem significar um perigo presente ou potencial para a saúde 
humana ou meio ambiente, quando tratado, armazenado, 
transportado, disposto ou usado de maneira incorreta. (BRAGA et al., 
2005). 
 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 16 
 
4.2 Esgotamento de água e solo agrícola 
 
As mudanças climáticas observadas atualmente em escala global estão ocasionando 
um acelerado esgotamento de importantes corpos de água, bem como de solos 
agrícolas em diferentes regiões do planeta (Fig. 4.1). Esse pode ser considerado um 
dos maiores problemas ocasionados por tais mudanças, uma vez que a água é um 
recurso natural essencial à vida, seja como principal componente dos seres, seja 
como meio de vida de diferentes espécies vegetais e animais. Ou, ainda, como 
elemento representativo de valores socioculturais e como fator de produção de bens 
e produtos agrícolas. 
 
A água é o constituinte inorgânico mais abundante na matéria viva, representando 
no homem cerca de 60% de seu peso; nas plantas, pode atingir 90%; em certos 
animais aquáticos, esse percentual pode chegar à 98% (PHILLIPI JR.; ROMÉRO; 
BRUNA, 2004). Dessa forma, a água também desempenha papel essencial para a 
manutenção da biodiversidade do planeta. 
 
Assim como a água, os solos agrícolas também vêm, ao longo das últimas décadas, 
sofrendo esgotamento, principalmente, em função de atividades antrópicas 
relacionadas ao uso da terra. A perda de elementos nutrientes essenciais ao 
desenvolvimento vegetal provoca a diminuição da fertilidade dos solos, fenômeno 
denominado “esgotamento do solo”. O uso excessivo de solos em diversas regiões 
do planeta favorece o esgotamento, o que também pode ser causado por processos 
de erosão e desertificação. 
 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 17 
 
 
Figura 4.1 – Imagens representando os processos de esgotamento de águas 
(esq.) e solos cultiváveis (dir.). 
 
4.3 Erosão e desertificação 
 
A definição de solo pode variar, de acordo com o objetivo mais imediato de sua 
utilização. Sendo assim, as definições podem ser diferentes para agrônomos, 
produtores agrícolas, engenheiros civis, economistas, ecologistas, entre outros 
profissionais que utilizamessa matriz ambiental. Mas, de um modo geral, o solo pode 
ser conceituado como um manto superficial formado por rocha degradada e, 
eventualmente, cinzas vulcânicas misturadas com matéria orgânica em 
decomposição, que contém, ainda, água e ar em proporções variáveis, bem como 
organismos vivos (BRAGA et al., 2005). 
 
Processos de erosão e desertificação do solo (Fig. 4.2) já eram motivos de interesse 
muito antes do início das discussões sobre as mudanças climáticas globais verificadas 
atualmente. Já na década de 1930, o governo dos Estados Unidos estabeleceu o 
Serviço de Conservação de Solos (SCS) com o objetivo de combater a erosão de 
solos que estava arruinando milhares de hectares de terras agrícolas e florestais. 
Também naquela época, a desertificação observada em algumas regiões, devido à 
realização de algumas práticas inadequadas, estava causando enormes prejuízos nas 
planícies ocidentais (ODUM, 1988). 
 
 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 18 
4.3.1 Erosão 
 
Os processos de erosão podem ser classificados de diferentes maneiras. Em uma 
delas, a erosão é classificada como erosão geológica (ou lenta) e erosão acelerada. 
No primeiro caso, a erosão processa-se de modo inexorável, sob a ação dos agentes 
naturais, enquanto no segundo caso a erosão ocorre como uma consequência da 
ação antrópica sobre o solo. Partículas do solo são carreadas pela água na proporção 
da pluviosidade e da declividade do terreno local, conforme o tempo de replantio ou 
rebrota, assim como rarefação do cultivo de substituição utilizado (BRAGA et al., 
2005). 
 
4.3.2 Desertificação 
 
A desertificação é um processo que consiste na degradação e no esgotamento dos 
solos, e ocorre principalmente em regiões de clima árido e semiárido, nos quais a 
pluviosidade não alcança valores de 1.400 mm anuais. Dessa forma, a evaporação é 
maior do que a infiltração. 
 
Figura 4.2 – Imagens representando processos de erosão (esq.) e 
desertificação dos solos (dir.). 
 
 
 
 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 19 
4.4 Conclusão 
 
Nesta aula, entendemos por que os compostos não biodegradáveis são altamente 
nocivos ao meio ambiente e, portanto, considerados resíduos perigosos à saúde dos 
seres vivos, tanto no presente como no futuro. Analisamos também por que o 
esgotamento da água e do solo agrícola é considerado atualmente um grave 
problema ambiental. Além disso, estudamos como os processos supracitados estão 
influenciando uma maior ocorrência mundial de fenômenos de erosão e 
desertificação, ocasionando a perda de áreas importantes para o cultivo/criação de 
produtos necessários para a alimentação humana e animal. 
 
Aula 5 
 
Nesta aula, veremos como as questões relacionadas aos principais problemas 
ambientais verificados em escala global estão sendo tratados por diferentes órgãos 
internacionais. Discutiremos, ainda, como a previsão de déficit energético pode 
influenciar na escolha das políticas ambientais de cada país. Analisaremos também 
quais as principais opções de uso de biocombustíveis e como podem auxiliar na 
resolução de algumas questões relacionadas aos problemas ambientais. 
 
5.1 Introdução 
 
Atualmente, um dos principais problemas ambientais está relacionado à crescente 
população mundial e o consequente esgotamento das reservas energéticas no 
planeta (DIAS, 2011). De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudança 
do Clima (IPCC – Intergovernmental Panel on Climate Change), o uso de 
combustíveis fósseis (p. ex., petróleo, carvão mineral e gás natural) está provocando 
dramáticas mudanças no sistema climatoambiental da Terra. 
 
Enormes esforços estão sendo realizados na procura de novas fontes sustentáveis 
para a produção da energia mundial. A crescente procura por fontes de energia de 
base biológica é motivada pela crise de energia verificada nos últimos anos, devido 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 20 
principalmente ao esgotamento das reservas de petróleo em escala global (IPCC, 
2007). 
 
Nesse contexto, os biocombustíveis desempenham um papel de destaque no cenário 
global, como fontes de energia limpa. A seguir, são descritas as bases científicas dos 
biocombustíveis, bem como são discutidos alguns dos principais aspectos positivos e 
negativos do seu uso e a influência sobre o sistema climatoambiental terrestre. 
 
5.2 Previsão de déficit energético 
 
A análise do déficit energético global passa pela abordagem sobre o pico da 
produção mundial de petróleo. Isso representa a concepção na qual a produção 
mundial do petróleo segue, ao longo do tempo, uma curva aproximadamente normal 
(Fig. 5.1). Tal conceito, estabelecido em 1956 pelo dr. M. King Hubbert, ficou 
conhecido como "pico do Petróleo" ou “pico de Hubbert”. 
 
 
Figura 5.1 – Ilustração mostrando gráfico com o “pico de Hubbert”. 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 21 
5.3 Biocombustíveis 
 
Os biocombustíveis podem ser caracterizados por elementos combustíveis originados 
de espécies biológicas que não tenham passado por processo de fossilização. Sendo 
derivados de biomassa renovável, os biocombustíveis permitem a ciclagem da 
matéria usada na natureza. São, portanto, considerados uma fonte de energia 
“limpa” que pode substituir, parcial ou totalmente, o uso de combustíveis fósseis em 
motores à combustão ou em outro tipo de geração de energia. 
 
Os biocombustíveis podem receber diferentes nomenclaturas, em virtude de seu 
produto de origem ou método de produção, tais como: biodiesel, etanol, biogás, 
biometanol, entre outros. Atualmente, diversas espécies vegetais (Fig. 5.2) são 
utilizadas para a produção de biocombustíveis. 
 
Alguns produtos agrícolas são usados para a produção do chamado biocombustível, 
pois são ricos em hidratos de carbono, devido a um elevado teor de amido, tais 
como o milho, o trigo, a soja, a batata e a mandioca. Outros são utilizados devido a 
um elevado teor de açúcar, tais como a cana-de-açúcar e a beterraba. Esses tipos de 
biomassa podem ser convertidos em etanol por meio de fermentação dos açúcares 
ou depois da hidrólise do amido em açúcares fermentáveis. 
 
 
 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 22 
 
Figura 5.2 – Imagens mostrando diferentes produtos agrícolas (a partir da 
esquerda, no alto, girassol, mamona, milho e soja) utilizados na produção de 
biocombustíveis. 
 
A substituição do uso de combustíveis fósseis por biocombustíveis tem se tornado 
uma das principais bandeiras de um movimento verificado em escala global, para 
redução das emissões dos gases responsáveis pelo efeito estufa. 
 
Atualmente, os biocombustíveis vêm sendo utilizados em diferentes escalas, por 
vários países. Alguns, como Alemanha, França, Brasil, Estados Unidos, Itália, 
Argentina, Malásia, entre outros, já produzem biodiesel comercialmente, estimulando 
o desenvolvimento em escala industrial. 
 
Em países como Quênia, Índia e Brasil (e outros mais da África, da Ásia e da América 
do Sul), o uso de biomassa tem significativa participação na matriz energética 
nacional. Em escala global, a participação dos biocombustíveis na matriz energética 
está em torno de 13% (REIS, 2011). 
 
5.4 Conclusão 
 
Nesta aula, discutimos como a revisão do déficit energético mundial tem influenciado 
nas políticas de utilização de fontes de energia em escala global, bem como quais as 
implicações para as principais matrizes energéticas atualmente em uso. Além disso, 
abordamos as principais bases científicas dos biocombustíveis, suas principais fontes, 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 23 
seu uso em escala global e suas relações com alguns dos principaisconceitos 
relacionados às mudanças climáticas verificadas em todo o planeta. 
 
Aula 6 
 
Nesta aula, veremos como as questões relacionadas aos principais problemas 
ambientais verificados em escala global estão sendo tratados por diferentes órgãos 
internacionais. Discutiremos também quais são os principais acordos internacionais 
para minimizar os impactos de uma crescente população. Abordaremos, por fim, as 
atuais perspectivas do ponto de vista legal, social e econômico que envolvem as 
questões ligadas aos problemas ambientais. 
 
6.1 Introdução 
 
Alguns trabalhos acadêmicos já vinham identificando diversas alterações no sistema 
climatoambiental do planeta. Entretanto, foi apenas na década de 1980 que o alerta 
foi realmente ouvido. A partir de então, várias organizações governamentais e não 
governamentais, em todo o mundo, começaram a discutir de forma mais enfática os 
riscos para o planeta em função da elevação da temperatura global (DIAS, 2011). A 
partir dessas discussões iniciais, diversos acordos internacionais foram assinados ao 
longo das últimas décadas, com o objetivo de enfrentar o que se configura como um 
dos principais problemas ambientais da atualidade. Assim, a elaboração de diferentes 
acordos internacionais deve, necessariamente, levar em consideração as principais 
perspectivas do ponto de vista legal, social e econômico dos diferentes países 
envolvidos na assinatura de acordos. 
 
6.2 Acordos globais 
 
Em 1988, o físico da NASA (National Aeronautics and Space Administration) James 
Edward Hansen fez um dos primeiros alertas ao Congresso norte-americano sobre as 
evidências científicas que apontavam para o aumento do aquecimento global e como 
as ações antrópicas estavam influenciando tais mudanças no clima (DIAS, 2011). 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 24 
Desde então, diversas iniciativas e encontros internacionais foram realizados a fim de 
promover discussões e apresentar soluções para o problema identificado. 
 
6.2.3 Breve histórico das negociações mundiais sobre as mudanças 
climáticas 
 
1988: Foi realizada em Toronto, no Canadá, a primeira reunião com líderes de 
países e a classe científica para discutir sobre as mudanças climáticas. 
 
1988: Foi criado o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC – 
Intergovernmental Panel on Climate Change), por iniciativa da Organização 
Meteorológica Mundial (WMO – World Meteorological Organization) e pelo Programa 
Ambiental das Nações Unidas (UNEP – United Nations Environment Programme), 
com o objetivo de acessar informações científicas, técnicas e socioeconômicas 
relevantes para entender melhor os riscos globais associados às mudanças 
climáticas. 
 
1992: Em junho 1992, no Rio de Janeiro, foi realizada a Conferência das Nações 
Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), conhecida também 
como ECO-92, Rio-92 (Fig. 6.1), Cúpula ou Cimeira da Terra. Participaram do 
encontro mais de 160 líderes de Estado que assinaram a Convenção Marco Sobre 
Mudanças Climáticas (Fig. 6.2). 
 
 
Figura 6.1 – Logomarca da Rio-92. 
 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 25 
 
Figura 6.2 – Foto oficial com chefes e representantes de Estado durante a realização 
da Rio-92. 
 
1997: Em dezembro de 1997, foi realizada em Kyoto, no Japão, a III Conferência 
das Partes. Considerada um marco do entendimento internacional sobre as questões 
que envolvem as mudanças climáticas, a conferência permitiu a assinatura do 
Protocolo de Kyoto. O Protocolo firmou o compromisso, por parte dos países 
industrializados, de reduzir a emissão de gases do efeito estufa. No entanto, ainda 
não estavam concretos os meios pelos quais seriam colocadas em prática as medidas 
de redução e se realmente todos os envolvidos iriam aderir. 
 
2009: Em dezembro de 2009, foi realizada em Copenhague, na Dinamarca, a 
Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, Conferência de 
Copenhague ou United Nations Climate Change Conference – COP-15 (Fig. 6.3). 
 
 
Figura 6.3 – Banner de divulgação da Conferência das Nações Unidas sobre as 
Mudanças Climáticas (COP-15). 
 
2012: Em junho de 2012, foi realizada no Rio de Janeiro a Conferência das Nações 
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (CNUDS), RIO+20 (Fig. 6.4). O principal 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 26 
objetivo dessa conferência mundial foi discutir a renovação do compromisso político 
com o desenvolvimento sustentável. Considerado o maior evento já realizado pelas 
Nações Unidas, reuniu 190 chefes de Estado (Fig. 6.5), que propuseram mudanças, 
sobretudo, no modo como estavam sendo utilizados os recursos naturais do planeta. 
 
 
Figura 6.4 – Logomarca da Rio+20. 
 
Figura 6.5 – Foto oficial com chefes e representantes de Estado durante a realização 
da Rio+20. 
 
6.3 Perspectiva legal, social e econômica 
 
As perspectivas legais, sociais e econômicas relacionadas aos principais problemas 
ambientais discutidos nas diversas conferências internacionais realizadas sobre o 
assunto, ao longo das últimas décadas, podem ser exemplificadas através de 
algumas das proposições apresentadas a seguir. 
 
 
 
 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 27 
Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB) 
 
A CDB, estabelecida durante a ECO-92, é um tratado da Organização das Nações 
Unidas e um dos mais importantes instrumentos internacionais relacionados ao meio 
ambiente. Desde seu estabelecimento, mais de 160 países já assinaram o acordo, 
que entrou em vigor em dezembro de 1993. A Convenção está estruturada sobre 
três bases principais: I) A conservação da diversidade biológica, II) O uso 
sustentável da biodiversidade e III) A repartição justa e equitativa dos benefícios 
provenientes da utilização dos recursos genéticos. Refere-se à biodiversidade em três 
níveis: ecossistemas, espécies e recursos genéticos (BRASIL, 2000). Em seus artigos 
1 e 3, a CDB destaca, respectivamente, seus objetivos e princípio: 
 
Artigo 1 – Objetivos: Os objetivos dessa Convenção, a serem cumpridos de acordo 
com as disposições pertinentes, são a conservação da diversidade biológica, a 
utilização sustentável de seus componentes e a repartição justa e equitativa dos 
benefícios derivados da utilização dos recursos genéticos, mediante, inclusive, o 
acesso adequado aos recursos genéticos e a transferência adequada de tecnologias 
pertinentes, levando em conta todos os direitos sobre tais recursos e tecnologias, e 
mediante financiamento adequado. 
 
Artigo 3 – Princípio: Os Estados, em conformidade com a Carta das Nações Unidas 
e com os princípios de Direito internacional, têm o direito soberano de explorar seus 
próprios recursos segundo suas políticas ambientais, e a responsabilidade de 
assegurar que atividades sob sua jurisdição ou controle não causem dano ao meio 
ambiente de outros Estados ou de áreas além dos limites da jurisdição nacional. 
 
- Convenção sobre Mudança do Clima (CMC) 
A CMC, estabelecida durante a ECO-92, foi assinada por 154 Estados e uma 
organização de integração econômica regional. Entre seus principais 
fundamentos, a preocupação de como as atividades humanas têm causado 
alterações nas concentrações atmosféricas dos gases de efeito estufa (BRASIL, 
1992). Em seu artigo 2, a CMC destaca seus objetivos: 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 28 
 
Artigo 2 – Objetivos: O objetivo final desta Convenção e de quaisquer 
instrumentos jurídicos com ela relacionados que adotem a Conferência das Partes é o 
de alcançar, em conformidade com as disposições pertinentes desta Convenção, a 
estabilização das concentrações de gases de efeito estufa naatmosfera num nível 
que impeça uma interferência antrópica perigosa no sistema climático. Esse nível 
deverá ser alcançado num prazo suficiente que permita aos ecossistemas adaptarem-
se naturalmente à mudança do clima, que assegure que a produção de alimentos 
não seja ameaçada e que permita ao desenvolvimento econômico prosseguir de 
maneira sustentável. 
 
6.4 Conclusão 
 
Nesta aula, discutimos quais os principais acordos internacionais assinados nas 
últimas décadas têm por objetivo principal minimizar os problemas ambientais 
gerados por ações antrópicas e suas consequentes alterações no sistema 
climatoambiental do planeta. Também abordamos um breve histórico de assinatura 
desses acordos e suas principais consequências para o meio ambiente global. Além 
disso, discutimos brevemente as bases conceituais das principais perspectivas legais, 
sociais e econômicas que envolvem a assinatura desses acordos. 
 
Aula 7 
 
Nesta aula, discutiremos sobre as mais recentes tendências globais que envolvem as 
principais soluções para os diferentes problemas ambientais do planeta. Veremos 
também como a solução desses problemas passa por ações emergenciais que na 
maioria das vezes têm significativo impacto no estilo de vida dos habitantes dos 
diferentes países envolvidos no processo. 
 
 
 
 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 29 
7.1 Introdução 
 
Na última década, principalmente, as discussões sobre os principais problemas 
ambientais observados hoje em escala global deixaram de ser realizadas apenas por 
integrantes da comunidade científica mundial para fazer parte do assunto comum à 
grande parte da população mundial. A importância de encontrar novas soluções para 
tais problemas pode ser medida através do crescente número de trabalhos, 
publicações e fóruns de discussão realizados em todo o planeta. 
 
Encontros internacionais, com a participação de representantes da comunidade 
científica, dos governos e dos diferentes setores da sociedade, vêm permitindo a 
realização de amplas discussões sobre o tema. Resultados de diversos trabalhos 
científicos publicados no fim da década de 1980 já apontavam as ações antrópicas 
como principais responsáveis pela mudança climática do planeta. As discussões sobre 
esses trabalhos contribuíram para o estabelecimento, em novembro de 1998, do 
Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC – Intergovernmental Panel 
on Climate Change), que tinha como um dos objetivos principais reunir evidências 
científicas sobre o assunto (DIAS, 2011). 
 
Ao longo das últimas décadas, os esforços para a realização de diversos fóruns de 
discussão sobre os problemas ambientais globais – tais como a Conferencia das 
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), realizada em 
junho de 1992, e seus “desdobramentos”, como a terceira Conferência das Partes, 
realizada em Kyoto, em 1997 – podem ser considerados marcos do entendimento 
mundial sobre as discussões que envolvem os principais problemas ambientais e a 
busca por soluções viáveis do ponto de vista socioeconômico e ambiental. 
 
7.2 Tendências de solução de problemas ambientais globais 
 
No contexto nacional, diferentes iniciativas têm sido realizadas com o objetivo de 
propor soluções viáveis para os problemas ambientais observados atualmente. Em 
um documento lançado em 26 de junho de 2015, o Observatório do Clima 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 30 
apresentou um conjunto de propostas que demonstrou como o Brasil pode chegar a 
2030 limitando suas emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa equivalente a 
1 bilhão de toneladas de gás carbônico. 
 
Esse importante documento sugere diversas ações que, a longo prazo, poderão levar 
à neutralidade das emissões do Brasil e dos demais países em 2050, reduzindo 
consideravelmente o risco que o aquecimento global representa para o planeta 
Terra. 
 
O referido documento está sendo chamado de INDC da sociedade civil. As INDCs 
(sigla em inglês para Contribuições Nacionalmente Determinadas Pretendidas) 
consistem em um conjunto de metas que todos os países deveriam apresentar até 1o 
de outubro de 2015 para o novo acordo a ser assinado na Conferência das Partes 
(COP-21), em Paris no mês de dezembro do mesmo ano. 
 
Em 27 de setembro de 2015, o governo brasileiro apresentou ao Secretariado da 
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) a 
pretendida contribuição nacionalmente determinada do Brasil para o novo acordo sob 
a Convenção (BRASIL, 2015), adotado na COP-21 (Fig. 7.1). 
 
 
Figura 7.1 – Banner de divulgação da Conferência das Partes (COP-21). 
 
 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 31 
7.3 Conclusão 
 
Nesta aula, discutimos brevemente quais as mais recentes tendências internacionais 
e nacionais voltadas para a solução dos principais problemas ambientais verificados 
atualmente em escala global. Além disso, também vimos como essas tendências 
estão sendo abordados pelo atual governo brasileiro e algumas de suas 
consequências para o desenvolvimento de nossa sociedade. 
 
Aula 8 
 
Nesta aula, avaliaremos quais são as principais ações emergenciais que devem ser 
realizadas para minimizar os impactos socioeconômico e ambientais gerados no 
planeta em virtude das mudanças climáticas observadas em escala global. Além 
disso, discutiremos como ações de educação sistêmica podem auxiliar na resolução 
de problemas ambientais verificados atualmente em todo o planeta. 
 
8.1 Educação sistêmica: ciência, tecnologia e cultura 
 
Um dos resultados mais frequentes nas diferentes conferências internacionais, 
realizadas para discutir os principais problemas mundiais, é a constatação de que 
ações sistêmicas de educação, envolvendo diferentes esferas das ciências, 
tecnologias e culturas são necessárias para ajudar a resolver tais problemas. 
Entretanto, a elaboração de políticas públicas direcionadas a essa difícil tarefa ainda 
é alvo de frequentes discussões por parte dos governos, autoridades científicas e 
representantes da sociedade em geral. 
 
Cabe ainda destacar que ações de educação sistêmica relacionadas aos problemas 
ambientais verificados em escala global devem ser pensadas para os diferentes 
níveis de formação, identificando, dessa forma, as principais ferramentas 
educacionais para permitir uma melhor discussão sobre os temas em questão. 
 
 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 32 
8.2 Avaliação emergencial 
 
Ao longo das últimas décadas a população mundial tem convivido com diferentes 
problemas. Recentemente, diversas organizações internacionais têm voltado seus 
esforços para encontrar as melhores soluções para tais problemas. Dentre os 
exemplos desses esforços podemos destacar a iniciativa denominada Consenso de 
Copenhague. A ideia central dessa iniciativa foi reunir grandes economistas e 
especialistas, das mais diversas áreas do conhecimento relacionadas aos principais 
problemas mundiais, com o objetivo de identificar quais as prioridades entre os 
diversos desafios em escala global. O primeiro desses encontros, realizado em 2004, 
identificou diversos problemas enfrentados na época e os apresentou por meio da 
seguinte lista (com valores estimados): 
 
 800 milhões de pessoas estão passando fome; 
 1 bilhão não possuem água potável para beber; 
 2 bilhões sofrem com a falta de saneamento básico; 
 2 milhões morrem de HIV/AIDS a cada ano; 
 175 milhões são considerados migrantes internacionais; 
 940 milhões são considerados analfabetos; 
 2 bilhões serão gravemente afetados pela mudança climática verificada em 
escala global. 
 
Em um “mundo ideal”, todosos problemas deveriam ser resolvidos. Entretanto, “no 
mundo real”, devemos nos perguntar: Quais problemas devemos resolver primeiro? 
Pensando nessa questão, os integrantes do Consenso identificaram os dez maiores 
desafios mundiais, apresentados na seguinte lista: 
 
 mudanças climáticas; 
 doenças transmissíveis; 
 conflitos regionais; 
 educação; 
 estabilidade financeira; 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 33 
 governança e corrupção; 
 desnutrição e fome; 
 migração da população; 
 saneamento básico e água; 
 subsídios e barreiras comerciais. 
 
Os resultados do encontro de 2004 indicaram que a prioridade seria o controle da 
mortalidade relacionada à disseminação do HIV/AIDS. Esses resultados ajudaram a 
moldar os gastos de desenvolvimento no exterior e as decisões filantrópicas para os 
próximos anos, direcionando significativamente mais dinheiro para esse problema. 
 
Enquanto o Consenso de Copenhague, realizado em 2008, identificou como principal 
prioridade o controle da mau-nutrição global, através do fornecimento de 
micronutrientes. Uma vez que, cerca de metade da população mundial sobre com a 
falta de ferro, zinco, iodo e vitaminas. 
 
Em seu último encontro, realizado em maio de 2012, o III Consenso de Copenhague 
(Fig. 8.1) reuniu mentes brilhantes de todo o planeta para analisar os custos e 
benefícios de diferentes abordagens para enfrentar os maiores problemas mundiais 
da atualidade. O objetivo foi fornecer uma resposta para a seguinte pergunta: “Se 
você tivesse 75 bilhões de dólares para gastar com problemas mundiais, por onde 
deveria começar?” 
 
Os resultados dessa conferência indicaram como prioridades os seguintes temas: 
 
 Realizar intervenções mundiais com pacotes de micronutrientes para 
combater a fome e melhorar a educação; 
 Expandir os subsídios para o tratamento combinado da malária em escala 
global. 
 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 34 
 
Figura 8.1 – Banner de divulgação do Consenso de Copenhague realizado em 
2012. 
 
8.3 Conclusão 
 
Um verdadeiro consenso global sobre quais problemas mundiais devem ser 
resolvidos primeiro ainda está longe de ser alcançado. Entretanto, as diferentes 
iniciativas realizadas nessa direção permitem uma melhor discussão sobre tais 
problemas e as potenciais soluções, seja a curto, médio ou longo prazo. Além disso, 
a abordagem de tais problemas passa, necessariamente, por ações de educação 
sistêmicas envolvendo diferentes esferas das ciências, tecnologias e culturas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 35 
Referências Bibliográficas: 
 
ALMEIDA, D. H. C. Mudanças climáticas: premissas e situação futura. 1. ed. São 
Paulo: LCTE, 2007. 150p. 
 
DIAS, R. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. 2. ed. São 
Paulo: Editora Atlas, 2011. 220p. 
 
SOLOMON, S. et al. Climate Change 2007: The Physical Science Basis. 
Contribution of Working Group I to the Fourth Assessment Report of the 
Intergovernmental Panel on Climate Change. Cambridge; Nova York: 
Cambridge University Press, 2007. 996p. 
 
GOLDEMBERG, J. (Coord.) et al. Antártica e as mudanças globais: um desafio 
para a humanidade. São Paulo: Editora Blucher, 2011. 
 
PACHECO, M. R. P. S.; HELENE, M. E. M. Atmosfera, fluxos de carbono e fertilização 
por CO2. Estudos Avançados, São Paulo, v. 4, n. 9, p. 204-220, ago. 1990. 
 
PBMC, 2014. Base científica das mudanças climáticas. Contribuição do Grupo 
de Trabalho 1 do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas ao Primeiro Relatório 
da Avaliação Nacional sobre Mudanças Climáticas [Ambrizzi, T., Araujo, M. 
(eds.)]. COPPE. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, 
Brasil, 464 pp. 
 
GARCIA, E. A. C. 2002. Biofísica. 1. ed. São Paulo: Sarvier Editora, 2002. 387p. 
 
INTER-RELAÇÕES entre biodiversidade e mudanças climáticas: 
recomendações para a integração das considerações sobre biodiversidade na 
implementação da convenção-quadro das Nações Unidas sobre mudança do 
clima e seu Protocolo de Kyoto. Brasília: Secretaria de Biodiversidade e 
Florestas, 2007. 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 36 
 
MARENGO, José A. Mudanças climáticas globais e seus efeitos sobre a 
biodiversidade: caracterização do clima atual e definição das alterações 
climáticas para o território brasileiro ao longo do século XXI. Brasília: MMA, 
2006. 212p. 
 
PBMC, 2014. Base científica das mudanças climáticas. Contribuição do Grupo de 
Trabalho 1 do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas ao Primeiro Relatório da 
Avaliação Nacional sobre Mudanças Climáticas [Ambrizzi, T., Araujo, M. (eds.)]. 
COPPE. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 464 
pp. 
 
TAUHATA, L. et al. Radioproteção e dosimetria: fundamentos. Rio de Janeiro: 
IRD/CNEN, 2003. 242p. 
 
BRAGA, B. et al. Introdução à engenharia ambiental. 2. ed. São Paulo: Pearson 
Prentice Hall, 2005. 318p. 
 
DE ANGELIS, D. F. et al. Eletrólise de resíduos poluidores. Efluentes de uma indústria 
liofilizadora de condimentos. Química Nova, n. 21, v. 1, p. 20-24, 1998. 
 
ODUM, E. P. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988. 434p. 
 
PHILLIPI JR., A.; ROMÉRO, M. A.; BRUNA, G. C. Curso de gestão ambiental. São 
Paulo: Editora Manole, 2004. 1045p. 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 37 
 
DIAS, R. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. 2. ed. São 
Paulo: Editora Atlas, 2011. 220p. 
 
IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) - AR4, 2007. Climate Change 
2007: Physical Science Basis. Contribution of Working Group I to the Fourth 
Assessment Report (AR4) of Intergovernmental Panel on Climate Change 
[Solomon, S., D. Qin, M. Manning, Z. Chen, M. Marquis, K.B. Averyt, M. Tignor 
& H.L. Miller (Eds.)]. Cambridge, UK & New York, NY, USA: Cambridge 
University Press, 996pp. 
 
REIS, L. B. dos. Matrizes energéticas: conceitos e usos em gestão e 
planejamento. São Paulo: Manole, 2011. 187p. 
 
BRASIL. Ministério da Ciência e Tecnologia. Convenção sobre mudança do clima. 
Brasília: Ministério da Ciência e Tecnologia, 1992. 27p. 
 
______. Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Biodiversidade e Florestas 
Programa Nacional de Conservação da Biodiversidade. Convenção sobre 
diversidade biológica. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2000. 
Disponível em: 
<http://www.mma.gov.br/estruturas/sbf_chm_rbbio/_arquivos/cdbport_72.pdf>. 
 
DIAS, R. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. 2. ed. São 
Paulo: Editora Atlas, 2011. 220p. 
 
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Pretendida contribuição nacionalmente 
determinada para consecução do objetivo da convenção-quatro das 
Nações Unidas sobre mudanças do clima. Brasília, DF: Ministério do Meio 
Ambiente, 2015. 10p. Disponível em: 
<http://www.itamaraty.gov.br/images/ed_desenvsust/BRASIL-iNDC-portugues.pdf>. 
 
 PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS 38 
DIAS, R. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. 2. ed. São 
Paulo: Editora Atlas: 2011. 220p. 
 
[CONFERÊNCIA no] Technology, Entertainment and Design (TED). Disponível em: 
<https://www.ted.com/talks/bjorn_lomborg_sets_global_priorities>. Acesso 
em: 14 out. 2015. 
 
COPENHAGEN Consensus III. Disponível em: 
<http://www.copenhagenconsensus.com/copenhagen-consensus-iii>.

Continue navegando