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Aula 09 Fontes e Integração do Direito

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CCJ0003 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
Aula 09: Fontes e Integração do Direito 
Introdução ao Estudo do Direito 
Conteúdo desta aula 
AULA 09: FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO 
CONCEITO DE 
FONTES DO DIREITO 
1 
A CLASSIFICAÇÃO 
DAS FONTES 
2 
A LEI E SEU PROCESSO 
DE PRODUÇÃO 
3 
OS COSTUMES 
4 
PRÓXIMOS 
PASSOS 
Introdução ao Estudo do Direito 
Conceito de Fontes do Direito 
AULA 09: FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO 
A expressão fonte vem do latim fons, fontis, nascente, significando tudo aquilo 
que origina, que produz algo. Desse modo, a expressão fontes do Direito indica, 
desde logo, as formas pelas quais o Direito se manifesta. 
 
Apresenta, basicamente, três espécies: 
1. Fontes Materiais 2. Fontes Históricas 3. Fontes Formais 
Introdução ao Estudo do Direito 
Conceito de Fontes do Direito 
AULA 09: FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO 
1. Fontes Materiais 2. Fontes Históricas 3. Fontes Formais 
Os fatos sociais são as próprias forças sociais criadoras do Direito. 
 
Constituem a matéria-prima da elaboração do Direito, pois são os valores sociais que 
informam o conteúdo das normas jurídicas. As fontes materiais não são ainda o Direito 
pronto, perfeito, mas para a formação deste concorrem sob a forma de fatos sociais 
econômicos, políticos, religiosos, morais. 
 
São aquelas fontes que criam diretamente as normas jurídicas, representadas pelos órgãos 
legiferantes: fontes materiais diretas ou indiretas e fontes materiais indiretas ou mediatas. 
1.2. Fontes materiais indiretas ou mediatas 
São fatos ou fenômenos sociais que ocorrem 
em determinada sociedade trazendo, como 
consequência, o nascimento de novos valores 
que serão protegidos pela Norma Jurídica. 
1.1. Fontes materiais diretas ou imediatas 
• Poder Legislativo: Quando elabora e faz 
entrar em vigor as leis; 
• Poder Executivo: Quando 
excepcionalmente elabora leis; 
• Poder Judiciário: Quando elabora 
jurisprudência ou quando 
excepcionalmente legisla; 
• Doutrinadores: Quando desenvolve 
trabalhos, elaboram doutrinas utilizadas 
pelo aplicador da lei; 
• Sociedade: Quando consagra determinados 
costumes. 
Introdução ao Estudo do Direito 
Conceito de Fontes do Direito 
AULA 09: FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO 
1. Fontes Materiais 2. Fontes Históricas 3. Fontes Formais 
São os documentos jurídicos e coleções coletivas do passado que continuam a influir nas 
legislações do presente. 
 
Exemplo: A Lei das Doze Tábuas, em Roma; o célebre Código de Hamurabi, na Babilônia; o 
Corpus Juris Civilis, de Justiniano etc. São fontes históricas do Direito brasileiro, por 
exemplo, o Direito Romano, o Direito Canônico, as Ordenações do Reino, o Código de 
Napoleão, a legislação da Itália fascista sobre o trabalho. 
Introdução ao Estudo do Direito 
Conceito de Fontes do Direito 
AULA 09: FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO 
1. Fontes Materiais 2. Fontes Históricas 3. Fontes Formais 
Seriam a lei, os costumes, a jurisprudência e a doutrina. 
O Estado cria a lei e dá, ao costume e à jurisprudência, a força desta. O positivismo jurídico 
defende a ideia de que fora do Estado não há Direito, sendo aquele a única fonte deste. 
As forças sociais, os fatos sociais seriam tão somente causa material do Direito, a matéria-
prima de sua elaboração, ficando esta sempre a cargo do próprio Estado, como causa 
eficiente. 
A lei seria causa formal do Direito, a forma de 
manifestação deste – Fonte formal imediata. 
As fontes formais vêm a ser as artérias por onde 
correm e se manifestam as fontes materiais. 
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Quadro sinótico das fontes do Direito 
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Fontes 
do 
Direito 
De produção (materiais) Estado 
De conhecimento 
(formais) 
Imediata 
Lei 
Costumes 
Mediata 
Doutrina 
Jurisprudência 
A lei e seu processo de produção 
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AULA 09: FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO 
A lei e seu processo de produção 
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AULA 09: FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO 
Lei em sentido amplo ou em sentido lato 
Indica o jus scriptum (direito escrito). Referência genérica que inclui a 
lei propriamente dita (ordinária ou complementar), a medida 
provisória e o decreto. 
Lei em sentido estrito 
É a lei comum e obrigatória, emanada do Poder Legislativo, no âmbito de 
sua competência. 
Processo de Elaboração Legislativa 
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AULA 09: FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO 
O processo de elaboração de uma lei consiste em 
uma sucessão de fases e de atos que vão desde a 
apresentação de seu projeto até sua efetiva 
concretização, tornando-se obrigatória. Assim temos: 
Iniciativa 
Discussão-votação-aprovação 
Promulgação 
Sanção-veto 
Entrada em vigor 
Publicação 
Atos do Processo Legislativo 
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O processo legislativo é o conjunto de atos preordenados visando à 
criação de normas de Direito, com previsão constitucional. São eles: 
1. INICIATIVA LEGISLATIVA 
 
É a faculdade que se atribui a alguém ou a um órgão para 
apresentar projetos de lei ao Legislativo (art. 60, 61 e seu 
parágrafo 2º). 
Atos do Processo Legislativo 
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O processo legislativo é o conjunto de atos preordenados visando à 
criação de normas de Direito, com previsão constitucional. São eles: 
2. VOTAÇÃO 
 
Constitui ato coletivo das Casas do Congresso. Geralmente é 
precedida de estudos e pareceres de comissões técnicas 
(permanentes ou especiais) e de debates em plenário. 
É ato de decisão (art. 65 e 66), que se toma por 
maioria de votos: 
a) Maioria simples (art. 47) para aprovação de 
lei ordinária; 
b) Maioria absoluta dos membros das Câmaras, 
para aprovação de lei complementar (art. 69); 
c) Maioria de três quintos dos membros das 
Casas do Congresso, para aprovação de 
emendas Constitucionais (art.60, § 2º). 
Atos do Processo Legislativo 
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O processo legislativo é o conjunto de atos preordenados visando à 
criação de normas de Direito, com previsão constitucional. São eles: 
3. SANÇÃO 
 
É a adesão do Chefe do Poder Executivo ao projeto de lei 
aprovado pelo Legislativo. 
Pode ser expressa (art. 66, caput) ou tácita (art. 66, 
parágrafo 3º). 
Atos do Processo Legislativo 
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O processo legislativo é o conjunto de atos preordenados visando à 
criação de normas de Direito, com previsão constitucional. São eles: 
4. VETO 
 
É o modo pelo qual o Chefe do Executivo exprime sua 
discordância com o projeto aprovado, por entendê-lo 
inconstitucional ou contrário ao interesse público (art. 66, 
parágrafo 1º). 
• O veto pode ser total, recaindo sobre todo o projeto, ou 
parcial, quando atingir somente parte dele. 
 
• O veto é relativo, não trancando de modo absoluto o 
andamento do projeto (art. 66, parágrafos 1º e 4º da CF). 
 
Atenção! Caso o veto seja rejeitado por votação da maioria 
absoluta dos Deputados e Senadores, em escrutínio secreto, o 
projeto se transforma em lei, sem sanção, que deverá ser 
promulgada. Não se alcançando a maioria mencionada, o veto 
ficará mantido, arquivando-se o projeto. 
Atos do Processo Legislativo 
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AULA 09: FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO 
O processo legislativo é o conjunto de atos preordenados visando à 
criação de normas de Direito, com previsão constitucional. São eles: 
5. PROMULGAÇÃO E PUBLICAÇÃO 
 
Promulga-se e publica-se a lei, que já existe desde a sançãoou veto rejeitado. É errado falar em promulgação de projeto 
de lei. Promulgação é a declaração da existência da lei. É 
meio de se constatar a existência da lei. A lei é perfeita 
antes de ser promulgada; a promulgação não faz lei, mas os 
efeitos da lei só se produzirão depois dela. 
Publicação da lei 
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AULA 09: FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO 
Diferença entre promulgar e outorgar uma norma 
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AULA 09: FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO 
Norma promulgada, democrática ou popular 
(votada ou convencional): 
Tem um processo de positivação proveniente 
de acordo ou votação. 
Exemplo: A Constituição de 1988. 
 
Norma outorgada: 
É imposta por um grupo ou por uma pessoa, 
sem um processo regular de escolha do 
legislador, ou seja, sem a participação popular. 
Exemplo: AI-5. 
Técnica Legislativa 
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AULA 09: FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO 
A elaboração legislativa exige, acima de tudo, bom senso e responsabilidade, pois as leis 
interferem, direta ou indiretamente, na vida das pessoas. 
DEFINIÇÃO DA MATÉRIA 
A SER NORMATIZADA 
1 
VERIFICAÇÃO DA 
POSSIBILIDADE JURÍDICA 
2 
 
 
Verificar sempre se existe lei preexistente ou consolidação acerca da matéria. 
ESTUDO DA MATÉRIA, 
PESQUISA DA LEGISLAÇÃO E 
JURISPRUDÊNCIA 
3 
ELABORAÇÃO DE 
ANTEPROJETO 
4 5 6 
REDAÇÃO FINAL 
REVISÃO DO 
ANTEPROJETO 
1 2 3 
Partes da Proposição Legislativa 
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AULA 09: FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO 
• Parte preliminar 
• Indica o tipo da proposição: Projeto de lei, Projeto de lei 
complementar, Projeto de resolução, Proposta de emenda à 
Constituição, Projeto de decreto legislativo. 
Epígrafe: 
• Deve resumir com clareza o conteúdo do ato, para efeito de arquivo 
e, principalmente, da pesquisa, devendo, caso altere norma em vigor, 
fazer referência ao número e ao objeto desta. 
Ementa: 
• Deve indicar a autoridade ou o órgão legiferante (ex: A Assembleia 
Legislativa”) e descrever a ordem de execução, traduzida pelas 
formas verbais "decreta", "resolve" e "promulga". 
Fórmula de promulgação: 
Exemplos: 
 
• A Mesa da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, 
nos termos do §3º do artigo 22 da Constituição do 
Estado, promulga a seguinte Emenda ao texto 
constitucional: 
• O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS: Faço 
saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu promulgo 
a seguinte lei complementar.: 
1 2 3 
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Partes da Proposição Legislativa 
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• Parte normativa 
Ordenação do texto legal 
I. Artigo 
 Frase que encerra um comando normativo; 
 Tem numeração ordinal até o 9º e cardinal a partir do 10; 
 Quando se tratar de um só artigo, deve ser grafado como “artigo 
único”; 
 Deve conter um único comando normativo, fixado em seu caput; 
 As exceções ou os complementos devem ser fixadas em suas divisões 
(parágrafos e incisos); 
 As palavras em língua estrangeira devem ser destacadas (itálico, 
negrito, aspas); 
 Suas frases iniciam-se com letras maiúsculas e terminam com ponto 
final. 
Atenção! 
 
 Os artigos se desdobram em parágrafos ou em incisos; 
 Os parágrafos de desdobram em incisos; 
 Os incisos se desdobram em alíneas; 
 As alíneas se desdobram em itens. 
CAPUT é a ideia principal, é o Artigo: 
São pequenos núcleos com comandos da lei. 
 
Por exemplo: 
 
Art. 1º É proibido usar camisa amarela nos 
domingos. (Caput) 
1 2 3 
AULA 09: FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO 
Partes da Proposição Legislativa 
Introdução ao Estudo do Direito 
• Parte normativa 
Ordenação do texto legal 
II. Parágrafo 
 É a fórmula de umas das divisões do artigo; 
 Deve completar o sentido ou abrir exceções à norma 
contemplada no caput do artigo; 
 É representado com numeração ordinal, após o símbolo §; 
 Se houver um só parágrafo, será grafado como “Parágrafo 
único”; 
 Pode desdobrar-se em incisos. 
Parágrafos são ressalvas ou desdobramentos do 
que diz o caput (artigo). 
 
Exemplo: 
Art. 1º É proibido usar camisa amarela aos 
domingos. 
 
§1º A camisa poderá ter detalhes vermelhos. 
 
§2º Será permitido o uso de camisa amarela 
no domingo de Páscoa. 
1 2 3 
AULA 09: FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO 
Partes da Proposição Legislativa 
Introdução ao Estudo do Direito 
• Parte normativa 
Ordenação do texto legal 
III. INCISO 
 
 É usado para exprimir enumerações relacionadas ao caput do 
artigo ou ao parágrafo; 
 É expresso em algarismo romano; 
 É iniciado com letra minúscula e termina com ponto e vírgula (;), 
salvo o último inciso do artigo, que termina com ponto final; 
 Pode desdobrar-se em alíneas. 
Incisos são enumerações ou subdivisões que podem 
ser feitas dentro de artigos ou parágrafos. 
 
Exemplo: 
 
Art. 1º É proibido usar camisa amarela aos domingos. 
 
§1º A camisa poderá ter detalhes vermelhos. 
 
I – O detalhe não poderá ultrapassar 30% da camisa. 
II – Não poderá ter nenhum detalhe vermelho na 
parte de trás da camisa. 
 
§2º Será permitido o uso de camisa amarela no 
domingo de Páscoa. 
 
I – Desde que o domingo não caia no dia 01 do mês. 
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AULA 09: FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO 
Partes da Proposição Legislativa 
Introdução ao Estudo do Direito 
• Parte normativa 
Ordenação do texto legal 
IV. Alínea 
 
 É usada para enumerações relativas ao texto do inciso; 
 É grafada em letra minúscula, seguida de parênteses; 
 Seu texto inicia-se com letra minúscula e termina com ponto e 
vírgula, com exceção da última alínea do inciso; 
 Pode desdobrar-se em item (ex: art. 12 CF). 
Alíneas são usadas para enumeração. 
 
Exemplo: 
 
Art. 6º São cariocas: 
a) aqueles que nascem no município do Rio de Janeiro; 
b) aqueles que nascem na Ilha de Paquetá; 
c) aqueles que nascem em cima da Ponte Rio-Niterói. 
AULA 09: FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO 
Partes da Proposição Legislativa 
Introdução ao Estudo do Direito 
• Parte normativa 
Ordenação do texto legal 
V. Item 
 
 É usado para enumerações relativas ao texto da alínea; 
 É grafado por algarismos arábicos, na forma cardinal, seguido de 
ponto; 
 O texto do item inicia-se com letra minúscula e termina em 
ponto e vírgula, com exceção do último item da alínea. 
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AULA 09: FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO 
Partes da Proposição Legislativa 
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• “(...) esta lei entra em vigor na data de sua publicação” ou “(...) entra em 
vigor “x” dias após sua publicação”. Na ausência da cláusula revogatória, 
vale a regra da Lei de Introdução ao Código Civil, ou seja, entra em vigor 45 
dias após sua publicação. É errado dizer que a lei “entrará” em vigor. 
Cláusula de vigência: 
• Deve indicar expressamente as leis ou os dispositivos legais revogados. Em 
caso de consolidação de leis, utiliza-se a fórmula: "são formalmente 
revogados, por consolidação e sem interrupção de sua força normativa...”. 
Cláusula revogatória: 
• Possui numeração própria, iniciando-se por artigo 1º, no final do texto legal. 
Disposições transitórias: 
• Parte final da lei 
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AULA 09: FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO 
Costumes 
Introdução ao Estudo do Direito 
O termo costume deriva do latim consuetudine, de 
consuetumine, hábito, uso. 
É a prática social reiterada e 
considerada obrigatória. 
 
O costume demonstra o princípio ou a 
regra não escrita que se introduziu 
pelo uso, com o consentimento tácito 
de todas as pessoas que admitiram 
sua força como norma a seguir na 
prática de determinados atos. 
 O externo é o objetivo, de natureza 
material,é o uso constante e 
prolongado; 
 
 O interno é de natureza psicológica 
ou subjetiva, que é o reconhecimento 
geral de sua obrigatoriedade. 
AULA 09: FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO 
Costumes 
Introdução ao Estudo do Direito 
Hermes Lima afirma que os costumes 
apresentam dois elementos constitutivos, um é 
externo e o outro é interno: 
Embora alguns autores não façam distinção entre costume e 
uso, outros advertem que o costume se distingue dos usos 
sociais em geral porque a comunidade o considera obrigatório 
para todos, e sua violação acarreta uma responsabilidade 
jurídica e não apenas uma reprovação social. 
 
O costume não se confunde, então, com as demais normas 
sociais ou de cortesia, desprovidas de coercitividade. 
 
O costume é a mais antiga e autêntica fonte de direito. 
AULA 09: FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO 
Direito Consuetudinário ou Costumeiro 
Introdução ao Estudo do Direito 
Ao conjunto das normas costumeiras em vigor 
em um Estado, convencionou-se chamar 
direito costumeiro, também denominado 
direito não escrito, expressão esta que não tem 
caráter absoluto, visto que, às vezes, normas 
costumeiras são consolidadas, como, por 
exemplo, a publicação intitulada 
"Assentamentos de Usos e Costumes da Praça 
de São Paulo", elaborada pela Junta Comercial 
e publicada no Diário Oficial do Estado. 
AULA 09: FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO 
Direito Consuetudinário ou Costumeiro 
Introdução ao Estudo do Direito 
Os costumes podem ser: 
PRAETER LEGEM 
São utilizáveis quando a lei for omissa para preencher a lacuna existente. São os costumes 
considerados como subsidiários do direito. 
CONTRA LEGEM 
Por se oporem à lei, não têm admissibilidade em nosso direito. 
SECUNDUM LEGEM 
Por estarem de acordo com a lei, servem de interpretação; é o costume que esclarece a lei por 
estar em perfeita sintonia com ela. 
AULA 09: FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO 
Como se prova a existência dos costumes? 
Introdução ao Estudo do Direito 
A prova se fará dos mais diversos modos: 
Documentos Testemunhas Vistorias 
Em matéria comercial, porém, devem ser provados 
por meio de certidões fornecidas pelas juntas 
comerciais que possuem fichários organizados para 
este fim. 
Art. 337 do Código de Processo Civil — “A 
parte que alegar direito municipal, 
estadual, estrangeiro ou consuetudinário, 
provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim 
determinar o juiz”. 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO. 
VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? 
 
Ler o capítulo 8 – Conceitos de 
Fontes do Direito, páginas 149 
a 155, do Livro Didático de 
Introdução ao Estudo do 
Direito. 
 
Resolver o caso concreto e a 
questão objetiva da aula 10 e 
postar os resultados no SAVA. 
 
Navegar pelos demais itens 
das trilhas de conhecimento 
do SAVA.

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