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AUI-FE (Formação Específica) AULA 05 | Conforto Acústico Professor: Jamilson Sousa 2º Semestre / 2017 ... crescentes preocupações em relação às questões de ruído urbano... conforto acústico conforto acústico ... ... A acústica então transcendeu os teatros, igrejas, cinemas e estúdios, entre outros, passando a incorporar-se em nosso dia-a-dia: salas de aula, escritórios, grupos geradores de energia e até o impacto da chuva no telhado... conforto acústico conforto acústico A acústica arquitetônica ocupa-se de duas áreas específicas: 1. Defesa contra o ruído: Sons indesejáveis devem ser eliminados, ou então amortecidos. Referindo-se tanto à intromissão de ruídos alheios ao local, através de diferentes fechamentos, quanto àqueles produzidos no próprio interior. 2. Controle dos sons no interior do recinto: Nos locais onde é importante a comunicação sonora – salas de aula, teatros, auditórios, outros mais, necessita-se de uma distribuição homogênea que preserve a qualidade e a inteligibilidade da comunicação, evitando defeitos acústicos comuns (ecos, ressonâncias, reverberação excessiva). conforto acústico É fundamental... ... Que se pense na acústica logo no início do projeto atentando-se à problemática do som e à suas diferentes partes, assim, o projeto será concebido de forma coerente e econômica. A intervenção acústica, depois de realizada a construção, pode não permitir soluções tão eficazes como as que se obtêm no momento do projeto, além de encarecer consideravelmente o orçamento das construções. ... a acústica só se torna um dado de projeto a partir do momento em que se entende o que é o fenômeno chamado som e como ele se propaga... conforto acústico o som : conceitos básicos ... o som é toda perturbação mecânica que se propaga nos meios e é capaz de ser detectada pelo ouvido humano... conceitos básicos ... o som é toda perturbação mecânica que se propaga nos meios e é capaz de ser detectada pelo ouvido humano... conceitos básicos ... essa perturbação é gerada por um corpo que vibra, transmitindo suas vibrações ao meio que o rodeia ... conceitos básicos ... as moléculas sofrem, alternadamente, compressões e rarefações acompanhando o movimento do corpo... conceitos básicos ... As moléculas não se deslocam, apenas comunicam seu movimento para as moléculas vizinhas no meio, criando ondas longitudinais de compressão e rarefação que partem do corpo. conceitos básicos ... o som é toda perturbação mecânica que se propaga nos meios e é capaz de ser detectada pelo ouvido humano... ... para a construção civil, esses meios referem-se basicamente ao ar e aos materiais de construção... conceitos básicos ... o som é toda perturbação mecânica que se propaga nos meios e é capaz de ser detectada pelo ouvido humano... ... nem toda vibração é percebida pelo ouvido humano... frequência ( ), amplitude (A) e timbre som PRESSÃO (+) PRESSÃO (-) TEMPO COMPRESSÃO COMPRESSÃO RAREFAÇÃO RAREFAÇÃO CENTRO DE EQUILÍBRIO comprimento de onda PRESSÃO (+) PRESSÃO (-) TEMPO Comprimento de onda (λ) Comprimento de onda (λ) Comprimento de onda (λ) frequência PRESSÃO (+) PRESSÃO (-) TEMPO ... o número de vezes que uma onda completa um ciclo de compressão e rarefação em determinado intervalo de tempo ao redor de seu centro de equilíbrio, ou seja, o número de vezes que que ela passa pela mesma fase de vibração, é denominado frequência... 𝒇 = 𝟏 𝑻 f = frequência T = tempo unidade: c/s ou Hz frequência PRESSÃO (+) PRESSÃO (-) TEMPO frequência PRESSÃO (+) PRESSÃO (-) TEMPO Altura qualidades fisiológicas do som Infrassons – Abaixo de 20Hz Baixas frequências – de 20 a 200Hz Médias frequências – de 200Hz a 2.000Hz Altas frequências – 2.000 a 20.000Hz Ultrassons – Acima de 20.000Hz amplitude PRESSÃO (+) PRESSÃO (-) TEMPO amplitude PRESSÃO (+) PRESSÃO (-) TEMPO amplitude PRESSÃO (+) PRESSÃO (-) TEMPO Intensidade qualidades fisiológicas do som PRESSÃO (+) PRESSÃO (-) TEMPO Forte ou Fraco Intensidade qualidades fisiológicas do som FONTE X 2X 3X Decibel (dB) qualidades fisiológicas do som ... unidade de intensidade física relativa ao som (em homenagem a Alexander Graham Bell)... 𝒊 = 𝟏𝟎 × 𝒍𝒐𝒈 𝑰 𝑰𝟎 i = intensidade física expressa em dB; I = é a intensidade física absoluta do mesmo som; I0 = intensidade do som correspondente ao limiar da percepção (I0 = 10 -12 W/cm²) qualidades fisiológicas do som Timbre qualidades fisiológicas do som propagação do som qualidades fisiológicas do som FONTE X 2X 3X Como se tratam de grandezas logarítmicas, não é possível se fazer uma soma linear de decibéis: Ex.: 70dB + 80dB ≠ 150dB somando decibéis 𝒊 = 𝟏𝟎 × 𝒍𝒐𝒈 𝑰 𝑰𝟎 𝟕𝟎𝒅𝑩 → 𝑰 𝑰𝟎 = 𝟏𝟎𝟕 𝟖𝟎𝒅𝑩 → 𝑰 𝑰𝟎 = 𝟏𝟎𝟖 𝒊 = 𝟏𝟎 × 𝒍𝒐𝒈(𝟏𝟎𝟕 + 𝟏𝟎𝟖) 𝒊 = 𝟏𝟎 × 𝒍𝒐𝒈(𝟏𝟎. 𝟎𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎 + 𝟏𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎) 𝒊 = 𝟏𝟎 × 𝒍𝒐𝒈(𝟏𝟏𝟎. 𝟎𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎) 𝒊 = 𝟖𝟎, 𝟒𝟏 𝐝𝐁 somando decibéis percepção auditiva do som LIMITE DA DOR MÚSICA FALA LIMITE INFERIOR DA AUDIÇÃO LIMITE SUPERIOR DA AUDIÇÃO comportamento acústico dos materiais conceito Na natureza, todo e qualquer material responde acusticamente, de modo que a onda sonora incide sobre um obstáculo e gera três situações distintas: uma parte dela é transmitida através do material, outra parte é absorvida pelo obstáculo e o restante é refletido. conceito conceito Quando a onda de pressões sonoras encontra um obstáculo (por exemplo uma parede), o choque que se segue ao nível molecular faz com que parte da sua energia volte em forma de uma onda de pressões refletida e que o resto produza uma vibração de moléculas do novo meio, o que, visto de fora, é como se a parede “absorvesse” parte do som incidente. conceito ... O som não atravessa a parede. conceito Parte dessa energia de vibração das moléculas da parede será dissipada sob a forma de calor, devido aos atritos que as moléculas enfrentam no seu movimento ondulatório. Outra parte voltará ao primeiro meio, somando-se com a onda refletida, e o resto da energia contida na própria parede produzirá a vibração do ar do lado oposto, funcionando a parede como uma nova fonte sonora que criará uma onda sonora no terceiro meio. conceito conceito Se um material retém uma quantidade maior de ondas sonoras, transformando-as em energia térmica, dizemos que ele tem boa absorção acústica. conceito Se o material reflete grande parte da energia sonora incidente, evitando que ela seja transmitida de um meio para o outro, caracteriza-se como um bom isolante acústico. conceito Portanto... ... Podemos concluir que um material que reflita uma grande parte das ondas sonoras será um bom isolante, e consequentemente, um mau absorvente, valendo do mesmo raciocínio para uma situação inversa: se uma onda sonora for absorvida em grande parte por uma material, pouco restará para ser refletido ou transmitido. conceito Podemos fazer a composição de um material absorvente com um material isolante para conseguirmos ambos efeitos simultaneamente, contudo, isso já deixa de ser apenas um material simples, passando a compor-se um sistema de materiais. efeito massa / mola / massa ... consiste gerarmos espaços vazios ou preenchidos com material absorvente acústico para aumentar o isolamento acústico ...C Â M A R A D E A R A B SO R V EN TE ISOLAMENTO X dB ISOLAMENTO X + (3 a 5) dB ISOLAMENTO X + (6 a 9) dB efeito massa / mola / massa ... quanto maior a massa da mola, maior a capacidade de isolamento acústico do sistema... ... quanto maior o afastamento entre as placas externas, melhor o isolamento acústico obtido às baixas frequências... materiais e sistemas isolantes acústicos Os materiais isolantes são geralmente: - Lisos; - Rígidos; - Compactos; - Pesados. isolantes O processo vibratório que gera, do outro lado da superfície, uma fonte secundária. isolantes Quanto maior for a massa da superfície em questão, menor a probabilidade dela vibrar e, consequentemente, de transmitir. (Lei das Massas) lei de massa ... quanto maior a densidade superficial (δS), maior o isolamento acústico... isolantes lei de massa ... os materiais são melhores isolantes acústicos às frequências mais altas... ... para bloquear integralmente um comprimento de onda, ou seja, interromper totalmente a sua propagação, só se consegue aumentando a espessura da superfície a 1/4 λ... lei de massa 𝝀 = 𝒄 𝒇 ...aumentando a espessura da superfície a 1/4 λ... ...para frequência de 1.000 Hz... 𝝀 = 𝟑𝟒𝟎 𝟏𝟎𝟎𝟎 𝝀 = 𝟑𝟒𝟎 𝟏𝟎𝟎𝟎 𝝀 = 𝟎, 𝟑𝟒 𝒎 = 𝟑𝟒 𝒄𝒎 𝟑𝟒 𝟒 = 𝟖, 𝟓 𝒄𝒎 𝝀 = 𝒄 𝒇 ...para frequência de 125 Hz... 𝝀 = 𝟑𝟒𝟎 𝟏𝟐𝟓 𝝀 = 𝟑𝟒𝟎 𝟏𝟐𝟓 𝝀 = 𝟐, 𝟕𝟐𝒎 = 𝟐𝟕𝟐 𝒄𝒎 𝟐𝟕𝟐 𝟒 = 𝟔𝟖 𝒄𝒎 materiais e sistemas absorventes acústicos absorção sonora Processo por meio do qual o som é atenuado devido às perdas por fricção, na medida em que passa pelos poros do absorvedor. A energia sonora é convertida em calor. absorção sonora absorventes Existem diversos sistemas que podem funcionar como absorvedores sonoros. Considerando que cada material possui absorção sonora em determinado nível, ou seja, podem atenuar a energia incidente com alguma eficácia, os sistemas sonoros de absorção serão diferenciados de acordo com seu funcionamento e características físicas (BISTAFA, 2006). absorventes Gerges (2000) classifica como absorvedores de altas frequências os materiais porosos ou fibrosos, por exemplo as lãs minerais, fibras e outros mais, os quais são mecanismos resistivos; ... os absorvedores de médias frequências são classificados como ressonadores e são fundamentados em um princípio reativo no qual a energia do ruído interage com a ressonância do dispositivo; ... e as membranas ressonantes atuam como absorvedores de baixas frequências funcionando de forma reativa e buscam atenuar a onda sonora incidente por meio da vibração mecânica e amortecimento interno do sistema. absorventes absorventes Esses sistemas absorvedores devem atuar em conjunto para o condicionamento satisfatório do ambiente para determinado uso, pois são dispositivos complementares para o tratamento sonoro no interior de recintos. materiais porosos e fibrosos porosos e fibrosos Os materiais fibrosos e porosos geralmente possuem uma alta absorção acústica em altas frequências e funcionam fundamentalmente com a dissipação de energia sonora pelo atrito, pois as moléculas de ar movimentam-se no interior do material mediante a passagem da onda sonora (BISTAFA, 2006). porosos e fibrosos porosos e fibrosos De acordo com Bistafa (2006), diversos fatores influenciam a capacidade desses materiais de absorver as ondas sonoras, como as variações de densidade, camada de ar, espessura e aplicação de tinta. porosos e fibrosos A variação da espessura influencia diretamente o coeficiente de absorção sonora do material (Figura “a”), pois o aumento dessa característica implica também um aumento significante em suas propriedades absorvedoras, de modo que o material passa a absorver uma gama de frequências mais ampla. porosos e fibrosos porosos e fibrosos Com a diminuição da densidade, o material passa a absorver frequências mais altas (Figura “a”). Com a aplicação de tinta o absorvedor se comporta de forma a apresentar um pico absorção em determinadas frequência (Figura “b”). As principais influencias são a variação de espessura e o efeito da camada de ar, pois modificam significativamente o comportamento acústico desses materiais (BISTAFA, 2006). painéis (membranas) ressonantes painéis ressonantes As membranas ressonantes, também chamadas de painéis ressonantes ou vibrantes, são dispositivos especializados para a absorção acústica da baixas frequências. Segundo Bistafa (2006), esses painéis são constituídos de chapas finas de madeira ou metal fixadas sobre espaçadores nas paredes ou no teto constituindo, assim, uma cavidade com ar em seu interior. painéis ressonantes ... a membrana é um elemento que não possui rigidez suficiente para criar um plano, exigindo que seja fixada em contornos. Logo, se essa fixação for feita paralelamente a uma placa rígida, o espaço de ar que existe entre ambas atuará como elemento de rigidez. Assim, o princípio de funcionamento desses painéis baseia-se na excitação da membrana pela incidência de ondas sonoras na sua frequência de ressonância e, consequentemente, a dissipação da energia acústica por meio do amortecimento interno do sistema. painéis ressonantes painéis ressonantes ... a camada de ar desse tipo de sistema pode, também, ser preenchida com algum material absorvente, poroso ou fibroso, distanciado do painel para que possa também vibrar livremente, o que causará uma diminuição no pico de absorção sonora do sistema e aumento da absorção nas frequências próximas à ressonância. .... a introdução desses materiais na camada de ar diminuirá a eficácia do pico de absorção dimensionado para o sistema, entretanto ampliará a gama de frequências que o dispositivo pode absorver. ressonadores ressonadores Os ressoadores são elementos eficazes para a absorção das médias frequências. Também conhecidos como ressoadores de Helmholtz ou de cavidade, seu funcionamento consiste em uma única abertura cercada por paredes rígidas no qual se forma um gargalo que acarreta o amortecimento da onda sonora incidente. ... se assemelha a um sistema vibratório tipo massa-mola, pois o ar confinado na cavidade funciona como uma mola e o ar no gargalo funciona como a massa, e dessa forma, ocorre a dissipação da energia pelo amortecimento desse sistema e consequentemente a absorção sonora. ressonadores tratamento acústico ... tratar acusticamente um ambiente consiste basicamente em observar os seguintes quesitos: conceito 1. dar-lhe boas condições de audibilidade seja através das absorções acústicas dos revestimentos internos e/ou em função da geometria interna; 2. Bloquear os ruídos externos que porventura possam vir a perturbar a boa audibilidade do recinto; 3. Bloquear os possíveis ruídos produzidos no recinto de forma que não perturbem o seu entorno. ... não se tratam somente os recintos fechados, mas também, na medida do possível, espaços abertos, ao ar livre também são passíveis de tratamento acústico ... conceito 1º Passo: Mapeamento das fontes de ruído 1º passo ... o primeiro passo para evitar ou solucionar os problemas do ruído é identificar e classificar essas fontes... a) identificar as fontes sonoras existentes no entorno do edifício (vias de tráfego, industrias, atividades de lazer...) b) verificar as fontes de ruído que serão criadas pelo próprio projeto (casas de máquina, equipamentos, salões de festa, quadras poliesportivas,refeitórios, prismas de ventilação...) c) classificar as fontes de ruído Classificação quanto ao tipo de fonte 1. Desejável 2. Indiferente 3. Incômoda 1º passo Classificação quanto à direção da fonte 1. Fonte Direcional 2. Fonte Omnidirecional ... o som emitido é mais intenso em determinada direção... ... o som se distribui uniformemente em todas as direções... 1º passo Classificação quanto à dimensão da fonte 1. Fonte Pontual 2. Fonte Linear ... as dimensões da fonte são insignificantes em relação à distância fonte/receptor... ... uma de suas dimensões é significativa em relação à distância fonte/receptor. Exemplo: uma via de tráfego... 3. Fonte de Superfície ... Ambas as dimensões são significativas em relação à distância fonte/receptor... Exemplo: uma quadra no contexto da escola... 1º passo Classificação do Ruído 1. Ruído Aéreo 2. Ruído de Impacto 1.1. Contínuo 1.2. Flutuante 2.1. Impulsivo 1º passo 2º Passo: Qualificação Acústica dos Espaços ... conhecer os níveis de ruído aceitáveis estabelecidos por norma para os ambientes específicos ABNT NBR 10.152/92... 2º passo 2º passo ... nos termos da Legislação de Segurança de Trabalho, verificar os limites impostos para exposição dos funcionários aos níveis de ruído em relação ao tempo... 2º passo ... classificar os ambientes em relação à sensibilidade ao ruído, e também os ambientes ruidosos ... 2º passo 3º Passo: Afastar Espaços Sensíveis das Fontes de Ruído ... evitar sempre que possível, a contiguidade entre espaços sensíveis e as fontes de ruído... 3º passo A proteção do edifício contra o ruído emitido pelas fontes do entorno começam pela implantação... 3º passo Os espaços interiores também podem ser hierarquizados em função do ruído... ... Localizar na fachada voltada para as fontes de ruído os espaços menos sensíveis (acessos, circulações, escadas) reservando a fachada protegida para os ambientes sensíveis ao ruído (quartos, escritórios). Áreas de serviço e cozinhas devem, de preferência, ser afastadas dos quartos de dormir, caso isto não seja possível, evitar a passagem de tubulações de água e esgoto pela parede divisória e isolar contra os ruídos aéreos... 4º Passo: Isolamento dos Ruídos Aéreos 4º passo Como nem sempre é possível afastar fontes de ruído, ou até mesmo espaços ruidosos, de espaços sensíveis, o isolamento sonoro deve ser suficiente para garantir que o ruído de fundo seja compatível com os parâmetros de conforto... 4º passo 4º passo ... quando a diferença entre o ruído da fonte e os índices de conforto forem maiores que o isolamento das paredes e da laje de concreto, o isolamento precisará ser reforçado aumentando-se a espessura da parede, criar uma parede composta com isolante e absorvente, ou usando o princípio da massa/mola/massa ... Fonte de Ruído Quadra poliesportiva 85dB Ambiente (NC) Sala de Aula 45dB Isolamento Parede 35dB Fonte – Isolamento < NC 85 – 35 = 50dB ESQUADRIAS 4º passo As esquadrias geralmente são um dos pontos de fragilidade do isolamento das fachadas por três razões: 1. Usualmente são fabricadas em materiais leves (lei das massas); 2. Muitas vezes possuem elementos vazados (venezianas, grelhas); 3. Pela dificuldade em selar as frestas entre a alvenaria e o caixilho, e entre as folhas móveis (difração). ESQUADRIAS ACÚSTICAS 4º passo Tratam-se de esquadrias com capacidade de isolamento acústico superior ao das esquadrias convencionais. 1. Esquadrias com vidro: Vidro Simples Vidro Laminado ESQUADRIAS ACÚSTICAS 4º passo Tratam-se de esquadrias com capacidade de isolamento acústico superior ao das esquadrias convencionais. 1. Esquadrias com vidro: Vidro Simples Vidro Laminado Vidro Temperado Vidro Insulado (Duplo) ESQUADRIAS ACÚSTICAS 4º passo 1. DOBRADIÇA 2. VIDRO 3. GUARNIÇÃO DE EPDM 4. ESPUMA DE POLIURETANO EXPANDIDO 1 2 3 4 ESQUADRIAS ACÚSTICAS 4º passo Geralmente as esquadrias de abertura em giro promovem melhor isolamento acústico que as corrediças, uma vez que para funcionar, as esquadrias de correr requerem pequenas folgas que comprometem o isolamento acústico do conjunto. ESQUADRIAS ACÚSTICAS 4º passo Nos casos de portas de madeira, por exemplo, além das conexões das folhas com o portal, também a boa resposta ao isolamento se condiciona à utilização de travas retráteis em sua base ou à criação de algum artifício de vedação junto ao piso. 5º Passo: Tratamento dos Ruídos de Impacto 5º passo 1. Lajes de piso 2. Coberturas Metálicas 3. Dutos e tubulações 4. Máquinas e Equipamentos 6º Passo: Condicionamento Acústico 6º passo Teatros, auditórios, estúdios, salas de aula ou qualquer outro espaço destinado à música ou a voz humana devem, necessariamente, ter o tempo de reverberação calculado de modo a garantir sua qualidade acústica. Entretanto, mesmo em espaços menos “nobres”, o arquiteto deve se preocupar com o condicionamento acústico: espaços muito reverberantes são desagradáveis e provocam desconforto por dificultar a inteligibilidade dos sons desejados. 6º Passo: Condicionamento Acústico 6º passo ... em espaços exteriores, os materiais mais constantemente usados (concreto, cerâmica, pedras, asfalto) possuem baixo coeficiente de absorção sonora. A presença de vegetação pode ter um efeito significativo na ambiência sonora dos espaços ao ar livre pelos efeitos da absorção, difusão e do mascaramento. É o intervalo de tempo necessário para que o nível de intensidade de um determinado som decresça 60dB após o término da emissão de sua fonte. tempo de reverberação (tr) Há um tempo de reverberação ideal para cada ambiente, segundo o volume e a finalidade a que o recinto se destina. tempo ótimo de reverberação (tor) • Se o tempo de reverberação for muito longo, haverá sobreposição de sons, o que acabará dificultando sua inteligibilidade; • Se ocorrer o contrário, ou seja, o som desaparecer imediatamente após sua emissão, sua percepção será difícil em pontos mais afastados da fonte. tempo ótimo de reverberação (tor) tempo ótimo de reverberação (tor) 0,6 0,8 tempo ótimo de reverberação (tor) A geometria interna de um recinto responde, conjuntamente à adequação do tempo de reverberação do ambiente, pela busca da melhor audibilidade possível em seu interior: condicionamento acústico adequado. geometria interna dos recintos Cuidados especiais devem ser tomados quando são projetadas superfícies côncavas, circulares e elípticas. Essas superfícies promovem a concentração, a focalização e, consequentemente, a distribuição não uniforme dos sons. geometria interna dos recintos • Superfícies muito próximas, vibrantes e paralelas podem gerar ecos palpitantes; geometria interna dos recintos • Distâncias muito grandes entre as paredes podem propiciar a ocorrência de ecos; geometria interna dos recintos • Afastamentos muito grandes entre o palco e as últimas fileiras da plateia comprometem a boa audibilidade; geometria interna dos recintos • Diferenças de percursos dos sons diretos contra os refletidos via parede e tetos, superiores a 17m, comprometem a boa audibilidade. • A diferenciação das paredes por pequenas inclinações pode solucionar o problema do paralelismo; geometria interna dos recintos Em função da perda de intensidade pela distância e pela absorção da audiência, o afastamento entre a fonte e a última fileira é limitada. Para a palavra falada: • 15 metros inteligibilidade excelente; • 15 a 20 metros inteligibilidade boa; • 20 a 25 metros inteligibilidadesatisfatória; • 30 metros limite máximo sem amplificação eletrônica. geometria interna dos recintos LIMITE DA DOR MÚSICA FALA LIMITE INFERIOR DA AUDIÇÃO LIMITE SUPERIOR DA AUDIÇÃO geometria interna dos recintos geometria interna dos recintos A forma em leque, promove uma boa audibilidade e visibilidade, já que reduz as distâncias ao ouvinte, e evita problemas decorrentes do eco palpitante gerado por superfícies paralelas muito próximas. Algumas considerações sobre esta forma seria a ausência das primeiras reflexões laterais na parte central do recinto, desde a fonte sonora. geometria interna dos recintos A forma de leque invertido se caracteriza por ter uma grande quantidade de primeiras reflexões, quando analisadas desde o ponto onde se localiza a fonte sonora. Por ter a visibilidade comprometida, esta configuração não é adequada como desenho para salas com esta finalidade. geometria interna dos recintos A forma de ferradura é bastante usual para salas com as finalidades de teatro e teatro de opera. As principais características seriam a boa distribuição do som, mesmo que exista uma baixa energia associada às primeiras reflexões. geometria interna dos recintos Algumas considerações: 1. Volumes impróprios às destinações do ambiente dificultam a correção do tempo de reverberação, requerendo o uso substancial de materiais absorventes e/ou refletores. geometria interna dos recintos Algumas considerações: 2. Auditórios e equivalentes de pequeno porte (até 400 pessoas), geometricamente bem resolvidos na forma, em princípio não requerem reposicionamento de forros e paredes que objetivem reforços para os receptores nas regiões mais afastadas da fonte. geometria interna dos recintos Algumas considerações: 3. Auditórios e equivalentes de médio porte (até 800 pessoas), mesmo respeitando o volume per capita, podem requerer reposicionamento de forros e paredes. No entanto, se a geometria contribuir, como em plantas em leque, por exemplo, esse reposicionamento se mostra desnecessário. geometria interna dos recintos Algumas considerações: 4. Auditórios e equivalentes de grande porte (> 800 pessoas), regra geral requerem reposicionamento de forros e paredes (espelhos acústicos). geometria interna dos recintos referências bibliográficas SOUZA, L. C. L.; ALMEIDA, M. G.; BRAGANÇA, L. Bê-á-bá da Acústica Arquitetônica. 1ª Edição. São Carlos: EdUFSCar, 2013. 149p. CARVALHO, R. P. Acústica Arquitetônica. 2ª Edição, Brasília: Thesaurus, 2010. 238p. COSTA, E. C. Acústica Técnica. 1ª Edição. São Paulo: Edgard Blücher, 2003. 127p.