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Metodologia_RELATÓRIO UM

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2 Metodologia
2.1 ETE
	Todo o esgoto doméstico produzido em São Carlos chega à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) por gravidade, já que a ETE se localiza num nível abaixo ao da cidade. A água de chuva também é recolhida na rede de esgoto, mas esta é desviada antes de entrar no tratamento. Por ser água limpa, vai direto ao rio.
	Primeiramente, o esgoto passa por um tratamento preliminar, onde são retirados objetos e resíduos sólidos que a população descartou na rede de esgoto, como panos, plásticos, cigarros, entre outros. Os maiores são retidos na grade grossa, e os menores na grade fina. Estes resíduos coletados são levados para o aterro sanitário.
	Ao passar por uma Calha Parshall, onde é medida a vazão, soda cáustica é adicionada para aumentar o pH do esgoto até que fique neutro, ou levemente alcalino (a decomposição da matéria orgânica faz o pH ficar entre 6,0 e 6,5). Posteriormente, esta soda adicionada ajuda na formação do gás metano. 
	Em seguida, o esgoto passa pela caixa de areia e gordura, onde a areia é decantada e a gordura fica sobrenadante. A porção líquida é encaminhada para o Reator UASB, reator anaeróbico, no qual permanece cerca de 8 horas. 	
	No reator, o esgoto é distribuído igualmente entre 4 caixas, as quais contêm camada de lodo com arqueobactérias metanogênicas, que realizam a degradação da matéria orgânica, reduzindo assim a carga de DBO.
	O volume de lodo é controlado, precisando ser retirado diariamente. Este lodo, bem como a escuma resultante da primeira etapa (gordura, espuma e sólidos suspensos) passam por desidratação mecânica, e o sólido resultante é encaminhado ao aterro sanitário. O metano produzido é recolhido e queimado constantemente, transformando-se em gás carbônico.
	A próxima etapa é a floculação, necessária para remoção do fósforo e dos sólidos suspensos. Neste momento são adicionados agentes coagulantes, como PAC e alguns polímeros, que promovem a formação de flocos. Estes flocos são removidos através do tanque flotador.
	A última etapa é a desinfecção para evitar o despejo de microorganismos patogênicos no leito do rio. Para isso, o esgoto passa por câmaras com luz ultravioleta. Antes de ser despejado no Rio Monjolinho, o esgoto tratado passa por uma escada hidráulica, o que promove maior oxigenação. A eficiência do tratamento garante melhores qualidades do que é exigido para o Rio Monjolinho, que é classificado como classe 2.
	 
2.2 ETA
	A água chega do Rio Monjolinho e do Ribeirão do Feijão com certa turbidez, a qual precisa ser removida pelo tratamento de água, bem como deve ser adicionado compostos químicos que promovem a morte de patógenos e auxiliam na saúde pública. A água recém-chegada à estação passa por análises microbiológicas, químicas e físicas (contagem de bactérias totais, de coliformes, turbidez, vazão, oxigênio dissolvido, entre outros) para a verificação de que esta apresenta boa qualidade e para que possa ser calculada a dosagem necessária dos agentes químicos utilizados. No final do tratamento as medições são novamente realizadas, obtendo-se, assim, a eficiência do tratamento submetido.
	Primeiramente, é adicionado o agente floculante Sulfato de Alumínio Ferroso e alcalinizante Cal, que promovem a formação de flocos com as partículas suspensas. Depois de bem misturados, a água passa por uma zona de repouso, que consiste na passagem lenta por um grande tanque para que ocorra a decantação dos flocos formados. Ao fina deste tanque, a água passa por vertedores, para remover ao máximo os sólidos maiores antes de passar pelos filtros de areia. 
	Os filtros são tanques preenchidos com areia em uma escala de granulação, onde a água passa da camada de areia grossa até areias mais finas, no sentido contrário ao da gravidade. Nesta etapa muitas impurezas ficam retidas, por isso os filtros precisam ser limpos diariamente. 
	Depois de retirados todas as partículas e sólidos presentes na água, são adicionados produtos químicos para finalizar o tratamento. O controle da dosagem dos químicos é realizado eletronicamente. O controle das bactérias é realizado com a adição de hipoclorito de sódio e gás cloro e o controle do pH, com cal hidratada. Poliortofosfato de sódio é também adicionado para evitar a corrosão das tubulações da rede de distribuição. O flúor é adicionado no final do processo, antes de ser distribuído para a população.

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