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RESUMO capitulos 1,2 e 3- NEUROANATOMIA FUNCIONAL Angelo Machado

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Resumo cap. 1,2,3 Neuroanatomia Funcional
Capítulo 1
neurônios SENSITIVOS ou AFERENTES: situados na superfície, são especializados em receber estímulos e conduzir os impulsos ao SNC. É o que “entra” no SNC 
neurônios MOTORES ou EFERENTES: situados no gânglio e especializados na condução do impulso do SNC até o efetuador, no caso, o músculo ou a glândula (contração ou secreção). É o que “sai” do SNC
neurônios eferentes que inervam musculo liso, cardíaco ou glândulas tem seus corpos fora do SNC, em estruturas que são os gânglios viscerais. Estes pertencem ao SNA e são chamados de neurônios pós-ganglionares 
já neurônios eferentes que inervam músculos estriados esqueléticos têm seu corpo sempre dentro do SNC 
A conexão no neurônio sensitivo com o motor se faz através de uma sinapse localizada no gânglio. 
NEURÔNIO DE ASSOCIAÇÃO (ou interneurônio ou internuncial): é aquele que faz sinapse com o axônio do neurônio sensitivo (aferente) de um determinado segmento do animal, passando pela corda ventral do animal e fazendo sinapse com o neurônio motor do segmento vizinho, permitindo que um estímulo recebido em um segmento provoque resposta em outro. 
Trouxe o aumento no numero de sinapses, aumentando a complexidade do SNC, chegando ao ápice da evolução do SNC do homem
Podem ser: axônios longos que fazem sinapse em locais distantes; axônios curtos que se ligam a neurônios vizinhos. 
ARCO REFLEXO PATELAR: martelo produz estiramento do tendão, que estimula receptores dos quadríceps, dando origem a impulsos nervosos que seguem pelo neurônio sensitivo. O prolongamento central destes neurônios penetra na medula e termina fazendo sinapse com neurônios motores ai situados. O impulso sai pelo axônio do neurônio motor e volta para o membro inferior, onde estimula as fibras do quadríceps, fazendo com que a perna se projete para frente. 
- É um reflexo INTRASEGMENTAR, pois a parte aferente do arco reflexo se liga à parte eferente no mesmo segmento ou em segmentos adjacentes na medula espinal. 
- reflexo INTERSEGMENTAR: impulso aferente chega a medula em um segmento e a resposta eferente se origina em segmentos as vezes muito distantes. Ex: reflexo de coçar do cachorro. 
Capítulo 2 
Ectoderma (está em contato com o meio externo) dá origem ao SN, que se espessa acima da notocorda, formando a placa neural por volta do 20º dia de gestação
A placa neural cresce e torna-se mais espessa, adquirindo um sulco longitudinal chamado sulco neural, que se aprofunda, formando a goteira neural.
O ectoderma não diferenciado se fecha sobre o tubo neural, isolando-o do meio externo. No ponto que este ectoderma encontra os lábios da goteira, desenvolve-se uma lâmina longitudinal de cada lado chamada crista neural. 
O tubo neural da origem a elementos do SNC e a crista dá origem a elementos do SNP, além de elementos não pertencentes ao sistema nervoso
Cristas neurais: após sua formação, as cristas neurais são contínuas no sentido craniocaudal. Elas se dividem, dando origem a diversos fragmentos que vão formar os gânglios espinhais, situados na raiz dorsal dos nervos espinhais. Neles se diferenciam os neurônios sensitivos, pseudounipolares, cujos prolongamentos centrais se ligam ao tubo neural, enquanto os prolongamentos periféricos se ligam aos dermátomos dos somitos. Várias células da crista neural migram e vão dar origem a células em tecidos situados longe do sistema nervoso central. 
Os elementos derivados tia crista neural são os seguintes: gânglios sensitivos; gânglios do sistema nervoso autônomo (viscerais); medula da glândula supra-renal; paragânglios; melanócitos; células de Schwann: anfícitos; células C da tireóide, odontoblastos. Entretanto, pesquisas mais recentes demonstraram que algumas estruturas tidas como derivadas do ectoderma na realidade se originam da crista neural, como a dura-máter, a aracnóide e algumas partes do crânio.
Tubo neural: O fechamento da goteira neural e, concomitantemente, a fusão do ectoderma não diferenciado é um processo que se inicia no meio da goteira neural e é mais lento nas suas extremidades. Assim, em uma determinada idade, temos tubo neural no meio do embrião e goteira nas extremidades. Mesmo em fases mais adiantadas, permanecem nas extremidades cranial e caudal do embrião dois pequenos orifícios, que são denominados, respectivamente, neuróporo rostral c neuróporo caudal. Estas: são as últimas partes do sistema nervoso a se fecharem.
Paredes do tubo neural: dão origem as estruturas: 
a) duas lâminas alares;
b) duas lâminas basais;
c) uma lâmina do assoalho;
d) uma lâmina do tecto.
Separando, de cada lado, as lâminas alares das lâminas basais há o chamado sulco limitante. O conhecimento destas formações é importante porque os seus derivados, no adulto, obedecem a uma certa disposição topográfica e funcional. Assim, das lâminas alares e basais derivam neurônios e grupos de neurônios (núcleos) ligados, respectivamente, à sensibilidade e a motricidade, situados na medula e no tronco encefálico. Nas lâminas basais diferenciam-se os neurônios motores, e nas lâminas alares fazem
conexão os prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos situados nos gânglios espinhais.
O sulco limitante pode ser identificado mesmo no sistema nervoso do adulto e separa
formações motoras dc formações sensitivas. As áreas situadas próximo ao sulco limitante relacionam- se com a inervação das vísceras; as mais afastadas inervam territórios somáticos (músculos esqueléticos e formações cutâneas). A lâmina do tecto, em algumas áreas do sistema nervoso, permanece muito fina e dá origem ao epêndima da tela corióide e dos plexos corióides, que serão estudados a propósito dos ventrículos encefálicos. A lâmina do assoalho, em algumas áreas, permanece no adulto, formando um sulco, como o sulco mediano do assoalho do IV ventrículo. 
Dilatações do tubo neural:
Cavidades do tubo neural: 
A luz do tubo neural permanece no adulto sofrendo modificações em algumas partes
A luz da medula primitiva forma, no adulto, o canal central da medula ou canal do epêndima
a cavidade dilatada do rombencéfalo forma o IV ventrículo
as cavidades do diencéfalo e da parte mediana do telencéfalo formam o III ventrículo. A luz do mesencéfalo permanece estreita e constitui o aqueduto cerebral que une o III ao IV ventrículo 
a luz das vesículas telencefalicas laterais forma, de cada lado, os ventrículos laterais, unidos ao III ventrículo pelos dois forames interventriculares. 
Todas essas cavidades são revestidas por um epitélio cuboidal chamado epêndima e, com exceção da medula, contêm o liquor ou liquido cérebro espinhal. 
...
Divisões do sistema nervoso: critério anatômicos, embriológicos e funcionais
Critérios anatômicos: 
SNC: se localiza dentro do esqueleto axial (cavidade craniana e canal vertebral); sistema nervoso periférico se encontra fora deste esqueleto. 
Encéfalo: é a parte do SNC localizada dentro do crânio. O Cérebro, cerebelo e tronco encefálico fazem parte do encéfalo. A ponte separa o bulbo (caudal ao mesencéfalo). Dorsalmente a ponte e bulbo, localiza-se o cerebelo 
medula: se localiza dentro do canal vertebral. Os dois constituem o SNC 
Nervos: cordões esbranquiçados que unem o SNC aos órgão periféricos
- se a união se faz com o encéfalo, são chamados de nervos cranianos; se feito com a medula, espinhais.
- as dilatações constituidas de corpos de neurônio são chamadas de gânglios. Existem gânglios sensitivos e gânglios motores viscerais (do SNA) 
- na extremidade das fibras que constituem os nervos situam-se as terminações nervosas que podem ser sensitivas (aferentes) ou motoras (eferentes) 
Divisão do sistema nervoso com base em critérios embriológicos 
Divisão do sistema nervoso com base em critérios funcionais 
- Sistema nervoso da vida de relação (Somático) e sistema nervoso da vida vegetativa, ou visceral
Sistema nervoso somático: 
- componente aferente: conduz aos centros nervosos impulsos originados em receptores periféricos, informando-os o que se passa nomeio ambiente; 
- componente eferente: leva o comando dos centros nervosos aos músculos estríados esqueléticos, resultando em movimentos voluntários. 
Sistema nervoso visceral: 
- componente aferente: conduz os impulsos das vísceras (visceroceptores) a áreas especificas do SNC
- componente eferente: leva os impulsos gerados pelas áreas especificas dos centros nervosos até as vísceras, ou seja, em glândulas, músculos lisos e músculo cardíaco. 
- É denominado SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO e se subdivide em simpático e parassimpático
4- Segmentação ou metameria: 
Sistema nervoso segmentar: faz parte deste todo o sistema nervoso periférico e estruturas que estão em relação direta com nervos típicos, ou seja, a medula espinhal e o tronco encefálico. Não há córtex nos órgãos desse sistema e a substancia cinzenta pode localizar-se dentro da branca, como ocorre na medula. Surgiu antes do suprassegmentar e lhe é subordinado funcionalmente
Sistema nervoso suprassegmentar: cérebro e cerebelo. Nesses órgãos existe córtex (fina camada de substancia cinzenta situada fora da substancia branca)
As comunicações entre os órgãos do sist. Suprassegmentar e os órgãos periféricos/receptores/efetuadores se faz através do sistema nervoso segmentar. 
Arco reflexo suprassegmentar: ocorre quando o componente aferente se liga ao eferente no sist. Nervoso suprassegmentar; e segmentar quando isso ocorre no sist. Nervoso segmentar. 
ORGANIZAÇÃO GERAL DO SISTEMA NERVOSO 
Os neurônios sensitivos, cujos corpos estão nos gânglios sensitivos, conduzem à medula ou ao tronco encefálico (sistema nervoso segmentar) impulsos nervosos originados em receptores situados na superfície (por exemplo, na pele) ou no interior (vísceras, músculos e tendões) do animal. Os prolongamentos centrais destes neurônios ligam-se diretamente (reflexo simples) ou por meio de neurônios de associação aos neurônios motores (somáticos ou viscerais), os quais levam o impulso a músculo ou a glândulas, formando-se, assim, arcos reflexos mono ou polissinápticos. Por este mecanismo podemos rápida e involuntariamente retirar a mão quando tocamos em uma chapa quente. Neste caso, entretanto, é conveniente que o sistema nervoso supra-segmentar seja "informado" do ocorrido. Para isto, os neurônios sensitivos ligam-se a neurônios de associação situados no sistema nervoso segmentar. Estes levam o impulso ao cérebro, onde o mesmo é interpretado, tornando-se consciente e manifestando-se como dor. Convém lembrar que, no exemplo dado, a retirada reflexa da mão é automática e independe da sensação de dor. Na realidade o movimento reflexo se faz mesmo quando a medula está seccionada, o que, obviamente, impede qualquer sensação abaixo do nível da lesão.
As fibras que levam ao sistema nervoso supra-segmentar as informações recebidas no sistema nervoso segmentar constituem as grandes vias ascendentes do sistema nervoso. No exemplo anterior, tornando-se consciente do que ocorreu, o indivíduo poderá tomar um série de providências, como, por exemplo, cuidar de sua mão queimada ou desligar a chapa quente. Qualquer dessas ações envolverá a execução de um ato motor voluntário. Para isto, os neurônios do seu córtex cerebral enviam uma "ordem" por meio de fibras descendentes aos neurônios motores situados no sistema nervoso segmentar. Estes "retransmitem" a ordem aos músculos estriados, de modo que os movimentos necessários ao ato sejam realizados.
A coordenação destes movimentos é feita pelo cerebelo, que recebe por meio do sistema nervoso segmentar informações sobre o grau de contração dos músculos e envia, por meio de vias descendentes complexas, impulsos capazes de coordenar a resposta motora. 
Capítulo 3- TECIDO NERVOSO 
Compreende dois tipos celulares: neurônios e neuroglia/células gliais. 
Neurônio: recebe, processa e envia informações 
Neuroglia: compreende células que ocupam espaços entre neurônios, com funções de sustentação, revestimento ou isolamente, modulação da atividade neuronal e de defesa. 
Após o nascimento, não são produzidos novos neurônios. Exceto neurônios do bulbo olfatório e hipocampo, em que neurônios novos são formados diariamente. 
Neurônios: células altamente excitáveis que se comunicam entre si ou com células efetuadoras utilizando modificações no potencial de membrana. 
Corpo celular: núcleo e citoplasma, com as organelas citoplasmáticas encontradas em outras células.
- Núcleo vesiculoso ou denso; 
- o citoplasma denomina-se pericário, rico em ribossomas (agrupam-se e formam corpúsculos de Nissl na microscopia), RER e REG e complexo de Golgi (organelas envolvidas na síntese de proteínas), além de mitocôndria, e neurofilamentos, microtúbulos e actina. 
- É o centro metabólico do neurônio pois produz todas as proteínas neuronais e participa dos processos de degradação e renovação dos constituintes celulares. (rico em lisossomas, entre os quais os chamados grânulos de lipofuccina que aumentam com a idade). 
- possui forma e tamanhos variados, piriformes, esferoidais, estrelados e piramidais, 
- local de recepção de estímulos, através de contatos sinápticos
- nas áreas da MP do corpo celular em que não se recebem sinapses, estão os elementos gliais. 
Dendritos: geralmente curtos, ramificam-se para formar dendritos de menor diâmetro e apresentam as mesmas organelas do pericárdio.
- golgi limita-se a porções mais calibrosas...
- recebem os estímulos, traduzindo-os em alterações do potencial de repouso da membrana que se propagam em direção ao corpo do neurônio, e deste em direção ao corpo de implantação do neurônio 
- o ambiente pode modificar espinhas dendríticas, com o aparecimento ou desaparecimento de novas arborizações dendríticas e, portanto, das sinapses no SNC. Esse fenômeno é chamado de PLASTICIDADE, que está relacionada aos processos de memória e aprendizado. 
Axônio: prolongamento longo e fino que se origina do corpo ou de um dendrito principal, em região denominada cone de implantação. 
- apresenta comprimento variável podendo ter mm ou metros (ex: axônios que inervam a medula até o musculo do pé)
- podem emitir ramificações laterais até a arborização terminal. É nessa porção terminal que estabele conexão com outros neurônios ou com células efetuadoras, músculos e glândulas. Alguns neurônios se especializam em secreção (neurônios secretores), então seus axônios são próximos de capilares sanguíneos que captam o produto da secreção liberado. Neurônios desse tipo ocorrem no hipotálamo. 
Atividade elétrica dos neurônios: 
- Membrana celular separa o ambiente intracelular do extracelular
- intra (citoplasma): predomínio de íons orgânicos com cargas NEGATIVAS e potássio (K+) 
- extra: sódio e cloro. 
- as cargas dentro e fora da célula são responsáveis pelo potencial elétrico de membrana. 
- pot elétrico de membrana em REPOUSO= -60mV a -70mV com excesso de cargas negativas dentro da célula
- movimento de íons através da membrana permitem a alteração desse potencial, obedecendo aos gradientes de concentração e elétricos. Os canais iônicos são seletivos e podem fechar-se ou abrir-se; podem ser sensíveis a: voltagem, neurotransmissores, fosforilação, estimulo mecânico (distensão e pressão)
- dendritos recebem os estímulos e os traduzem em alterações do pot de membrana, fazendo com que os íons entrem ou saiam, causando a despolarização ou hiperpolarização
- despolarização: é excitatória e significa a REDUÇÃO da carga negativa do lado citoplasmático da membrana. 
- hiperpolarização é inibitória; significa AUMENTO da carga negativa do lado de dentro da célula, ou aumento da positiva do lado de fora. 
- os potenciais de propagam em direção ao corpo -> cone de implantação -> zona de disparo (ou de gatilho)-> na zona existem canais Na+ e K+ sensíveis a voltagem -> abertura de canais Na+ altera o pot de membrana, fenômeno chamado pot ação ou impulso nervoso, ou seja, ocorre despolarização da membrana de grande amplitude (70mV a 110mV), do tipo “tudo ou nada” -> capaz de repetir-se ao longo do axônio, conservando sua amplitudeaté atingir a terminação axônica. 
- portanto, o axônio é especializado em GERAR e CONDUZIR o pot. de ação. Constitui o local onde o primeiro pot. de ação é gerado e a zona de disparo na qual concentram-se os canais de sódio e potássio sensíveis a voltagem, isto é, canais iônicos que ficam fechados no pot. de repouso e se abrem quando despolarizações de pequena amplitude os atingem
- a despolarização deve-se a grande entrada de sódio; segue-se a repolarização por saída de potássio, através dos canais de k+ dependentes de voltagem que se abrem mais lentamente. A volta do repouso depende da bomba de sódio e potássio. 
Classificação dos neurônios quanto a seus prolongamentos:
- multipolares: a maioria dos neurônios possuem vários dendritos e um axônio
- bipolares: dois prolongamentos deixam o corpo celular, um dendrito e um axônio. Ex: retina e ouvido.
- pseudounipolares: os corpos celulares localizam-se nos gânglios sensitivos, apenas um prolongamento deixa o corpo celular, e divide-se em um ramo periférico e outro central. O ramo periférico dirige-se a periferia, onde forma a terminação nervosa sensitiva; o central dirige-se ao SNC, onde estabelece conexão com neurônios. A zona de gatilho fica perto da terminação nervosa sensitiva. Potencial de ação passa diretamente do prolongamento periférico ao prolongamento central. 
Fluxo axoplasmático: 
- Por não conter ribossomos, os axônios são incapazes de sintetizar proteínas. Portanto, toda proteína necessária à manutenção da integridade axônica, bem como às funções das terminações axônicas, deriva do pericário. Por outro lado, as terminações axônicas necessitam também de organelas como mitocôndrias e reticulo endoplasmático agranular. Assim, é necessário um fluxo continuo de substâncias solúveis e de organelas do pericário à terminação axônica. 
- Para renovação dos componentes das terminações, é imprescindível o fluxo de substâncias e organelas em sentido oposto, ou seja, em direção ao pericário. Esse movimento de organelas e substâncias solúvel através do axoplasma, é denominado fluxo axoplasmático. Há dois tipos de fluxo que correm paralelamente: fluxo axoplasmático anterógrado, em direção à terminação axônica, e o fluxo axoplasmático retrogrado, em direção ao pericário.
Sinapses: os neurônios, através das terminações axônicas, entram em contato com outros neurônios em locais chamados sinapses, ou mais precisamente, sinapses interneuronais. No SNP os neurônios podem se comunicar com outras células não neuronais ou efetuadoras (células musculares e secretoras). Esse contato chama-se sinapse ou junções neuroefetoras. 
Sinapses elétricas: raro em vertebrados. 
- acoplamento iônico: comunicação entre dois neurônios através de canais iônicos concentrados em cada uma das membranas de contato. Ocorre passagem direta de íons do citoplasma de uma célula para outra. 
- existem no centro respiratório do bulbo. 
Sinapses químicas: maioria nos vertebrados. 
- liberação de substâncias químicas chamadas NEUROTRANSMISSORES:
	- acetilcolina 
	- glicina
	- glutamato
	- gaba
	- monoaminas: dopamina, noradrenalina, adrenalina, serotonina e histamina. 
	- subtancia P 
- caracterizam-se por serem polarizadas, ou seja, apenas um dos dois elementos em contato, o chamado elemento pré-sináptico, que contem o NT. 
sinapses químicas interneuronais: o NT fica armazenado em vesículas sinápticas, que podem ter diversas formas- agranulares, granulares pequenas, granulares grandes, opacas grandes. O tipo de vesícula varia de acordo com o NT que o caracteriza. 
- as sinapses podem ser axodendríticas, axossomaticas ou axoaxonicas, dependendo de onde o terminal axônico do neurônio entra em contato com o outro neurônio. 
- o elemento pré-sináptico armazena e libera o NT, o pós sináptico apresenta receptores para esse NT e eles são separados por uma fenda sináptica 
sinapses químicas neuroefetuadoras: são chamadas também de junções neuroefetuadoras 
- junção neuroefetuadora somática: conexão nervos periféricos e células musculares esqueléticas 
- junção neuroefetuadora visceral: 
Mecanismo de transmissão sináptica: 
NEURÓGLIA: capazes de se multiplicarem por mitose. no SNC compreende: astrócitos, oligodendrócitos, microgliócitos, cél ependimárias. 
MACROGLIA: astrócitos e oligodendrócitos. Função: suporte; Origem: ectoderme
- Divide-se em: 
Oligodendroglia -> oligodendrócitos -> bainha de mielina
Ependimoglia -> formada por ependimócitos -> produz liquor cefalorraquidiano
Astroglia -> formado por astrócitos -> é uma fonte de crescimento neuronal
Astrócitos: funções:
- Estruturais: junto com o oligod. da estrutura física ao SN 
- Vesiculares: formação da barreira hematoencefálica; pega os nutrientes do sistema vascular e fornece ao neurônio, regulando a microcirculação. 
- Sobrevivência neuronal: suporte metabólico, defesa antioxidante, crescimento neuronal, neurogênese. Principal sitio de armazenamento de glicogênio no SNC, liberando glicose para os neurônios. Secretam fatores neutrofilicos para a sobrevivência do neurônio 
- Plasticidade sináptica: liberação da plasticidade, regulação de íons do meio extracelular, controle do glutamato (excitatório, catabólico- causa lise e morte celular. O astrócito controla o excesso do glutamato, fazendo uma “limpeza catabólica”) extracelular. 
- Funcionamento da sinapse: recaptação de glutamato (seu excesso é tóxico); manutenção de potássio extraneuronal; 
- forma de estrela
- inúmeros prolongamentos, com uma pequena massa citoplasmática ao redor do núcleo 
- astrócitos PROTOPLASMATICOS: localizam-se na subst. cinzenta. Morfologia mais estrelada e bem definida, com prolongamentos mais longos.
- astrócitos fibrosos: localizam-se na subst. branca. Ramificação mais grosseira e curta. 
Oligodendrócitos: possuem poucos prolongamentos e são menores que os astrócitos. 
- Emite prolongamento em direção ao neurônio, enrola-se nele, formando a bainha de mielina. 
MICROGLIA: formada por microgliócitos. Função: fagocítica (é um tipo de macrófago, remove células mortas, microorganismos e detritos), imunológica; origem: mesoderme. 
- células pequenas e alongadas, com núcleo denso e também alongado e de contorno irregular.
- Encontradas tanto na subst. branca quanto cinzenta 
Células ependimárias: células cuboidais que forram, como epitélio de revestimento simples, as paredes dos ventrículos, dos aquedutos cerebrais e do canal central da medula. 
- nos ventrículos, um tipo de célula ependimaria modificada rica em capilares sanguíneos constitui os plexos corioideos= formam o LCR. 
Neuroglia do SNP: compreende as células de Schwann, células satélites 
- A própria célula se enrola no neurônio, não emite prolongamentos
- em caso de injuria de nervos, a cél. de schwann exerce papel de regeneração das fibras nervosas, fornecendo substrato que permite apoio e crescimento dos axônios em regeneração. Apresentam capacidade fagocítica e podem secretar fatores tróficos para completar o processo de regeneração. 
Fibras nervosas mielínicas e amielinicas 
Bainha de mielina: isolante elétrico; 
Ambas ocorrem no snc (formada por oligodendrócitos) e snp (formada pelas células de Schwann)
Subt. Branca= fibras nervosas mielínicas+neuroglia. As fibras nervosas se reúnem em feixes chamados TRATOS ou FASCICULOS 
Subst.. cinza= corpos de neurônios+fibras amielinicas+neuroglia. As fibras nervosas agrupam-se em feixes formando os NERVOS. 
Nódulos de ranvier em fibras mielinizadas= condução saltatória pois a mielina é isolante elétrico = aumenta a velocidade de propagação (pot de ação ocorre no nódulo e saltam em direção ao próximo nódulo) 
Fibras amielinicas: conduzem o impulso mais lentamente, pois não há a bainha funcionando como isolante para que a condução seja saltatória
Nervos: 
 - fibras nervosas motoras e sensitivas saem do tronco encefálico/medula espinhal/ gânglios sensitivos, se reúnem em feixes que se associam a estruturas conjuntivas, constituindo os nervos espinhais e cranianos.