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MARCIA RELATÓRIO DE PRÁTICA II PRONTO PARA TRASFORMAR EM PDF (1) (1)

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RELATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO E 
 ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE PORTUGUÊS II 
 
 
 
 
 A dinâmica de sala de aula em escolas da rede estadual 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cleonice oliveira dos santos 
 
 
 
 
 
 
 Belo Horizonte 
 2018 
 
 
 
 
 Cleonice Oliveira dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 RELATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE PORTUGUÊS II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A dinâmica de sala de aula em escolas da rede estadual 
 
 
 
 
 
Este trabalho é pré-requisito para aprovação 
na disciplina Prática de Ensino e Estágio 
Supervisionado de Português lI, do Curso de 
Letras (modalidade EAD), ministrada pela 
professora MARCIA DOAS LIMA DA SILVA 
da Universidade Estácio de Sá. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 BELO HORIZONTE 
 2018 
 
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................4 
2. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTODAESCOLA........................................................5 
2.1. ASPECTOSFÍSICO, HUMANOEMATERIALDAESCOLA.......................................6 
 
2.2 O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA...............................................10 
 
2.2.1COLEGIADOESCOLAR.............................................................................................11 
 
2.3. A ESCOLA COMO GRUPO SOCIAL..........................................................................12 
 
2.4. AS ATIVIDADES DOCENTESEDISCENTES.............................................................15 
 
3. CONSIDERAÇÕESFINAIS...............................................................................................18 
 
4. REFERÊNCIAS............................................................................................................... ...21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O relatório de observação de estágio de Língua Portuguesa tem como objetivo: 
tratar de descrever a realidade educacional da escola a que me propus a realizar o estágio, 
compreender a construção do ensino e consequentemente a da aprendizagem nos 
ambientes escolares observados, descrever através de observação as metodologias 
aplicadas na sala de aula, bem como as práticas educativas que fazem parte do cotidiano 
da escola. 
O estágio é um período necessário para o processo de formação profissional, pois 
possibilita a nós estudantes ter a vivência com os conhecimentos aprendidos em nossa 
formação superior, pois é o espaço, no qual como acadêmicos poderemos compartilhar 
conhecimentos, fazendo relação entre a teoria e a prática, cooperando para a construção de 
uma melhor educação através dos seus apontamentos baseados em experiências múltiplas. 
No estágio de observação foi necessário observar e analisar diversas aulas do 
ensino Médio, considerando o seu funcionamento, conjugando-as com os outros 
componentes que compõem o processo. O estágio teve e tem como objetivo proporcionar 
meu contato como futuro professor licenciado em Língua e Literatura com a sala de aula, 
ambiente em que é preciso se habituar para que meu desempenho como educador seja 
eficaz. 
 O estágio do Ensino fundamental foi realizado na Escola Estadual Bolívar Tinoco 
mineiro. As observações aconteceram no período diurno, entre os dias 06\09\18 e 
18\10\18. O cunho principal deste relatório é apresentar a realidade vista como tal e após 
desenvolver uma análise critica sobre o que foi presenciado. Este relatório está dividido 
de modo geral em cinco partes: primeiro estrutura e funcionamento da escola, seguidos 
dos aspectos físico, humano e material da escola, também será contemplado o projeto 
político-pedagógico e como um dos últimos temas, será feita uma análise do papel da 
escola como grupo social, por fim será abordado o assunto: atividades discentes e 
docentes. 
A análise crítica dos resultados trabalhará uma reflexão acerca do que foi visto, os 
pontos positivos e negativos da experiência do estágio, utilizando teóricos que trabalham 
na área de ensino-aprendizagem, como também pensadores da área da filosofia, alguns 
estudados durante os períodos de estudo anteriores ao contato com a sala de aula. Em 
seguida, o relatório apresentará as referências que sustentam argumentação. 
 
 
 
5 
 
 
 
2. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DAESCOLA 
 
A Unidade Escolar pertence à rede estadual ensino, está situada no município de 
Belo Horizonte em Minas gerais, numa comunidade carente conhecida como: ribeiro 
de Areu. Durante a observação, consta-se que a escola é de fácil acesso, acesso a mesma 
as rua são calçadas, há disponível de varias linhas de ônibus, espaço físico compreende: 
várias salas de aula amplas e arejadas, sala da direção, sala da supervisão, espaço para 
biblioteca, sala de vídeo, sala de recursos, 3 secretarias, bem como sala dos professores, 
dois banheiros (um masculino e um feminino), são três dispensa, sendo uma para 
guardar merenda, outro para guardar material escolar e outra para utensílios de cozinha, 
uma cozinha ampla, refeitório, corredores que dão acesso às salas de aula do segundo 
andar da escola. Jardim e horta 
Podemos ainda destacar que o piso e o teto encontram-se em boas condições; 
sendo atelhas de cerâmica e o madeiramento do telhado estando também em boas 
condições, 
asparedesestãoemótimascondições,poisasmesmasforampintadasrecentemente;asportaseasj
anelassãodeferroeestãoemboascondiçõesdeuso.Quantoàsinstalações:aelétricaestáem bom 
estado de conservação, já as hidráulicas precisam de reparos. A escola foi construída em 
1971 e conta com uma quadra de esportes coberta. 
A escola funciona em três turnos: manhã (07 às 11h25min), tarde (13 às 17h25min)e 
(18h30 min. às 22h20 min.), a noite funciona ENSINO MEDIO, a EJA, e curso de 
EMFERMAGEM. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
2.1 APECTOS FÍSICO, HUMANO E MATERIAL DAESCOLA. 
 
A ESCOLA ESTADUAL BOLIVAR TINOCO deve se orgulhar por ser a primeira 
da comunidade em que está situada. Atualmente, a escola atende alunos da comunidade, e 
também de bairros vizinhos próximos ou mais distante devido à qualidade do ensino. 
A ESCOLA ESTADUAL BOLIVAR TINOCO, funciona em três turnos: manhã, 
tarde e noite atende cerca de 2.100 alunos do ensino fundamental I, fundamental II, médio 
E CURSO DE TECNICO DE ENFERMAGEM, têm cerca de 40 funcionários e de 198 
professores, efetivos e contratados, quanto ao ensino médio, podemos mencionar que é 
oferecido só no manha e noite. 
Como importante característica física da escola podemos mencionar o fato de a 
escola possuir uma quadra coberta, várias salas de aula, um laboratório de informática, 
sala dos professores, dois banheiros e os recursos didáticos e técnicos diversos (sala com 
mesas e cadeiras), quadro, aparelho de TV e DVD, Retro projetor, computadores, material 
teórico, coletâneas: revistas, jornais, livros para- didáticos textos variados e materiais 
enviados pelo MEC há uma biblioteca com múltiplos livros disponíveis aos professores e 
alunos. 
Atualmente, atende alunos de todos os anos da educação básica. Os critériosde 
seleção que a escola utiliza é buscar atender a todos os alunos fornecendo a todos a 
oportunidade de ter acesso aos processos de escolarização, e para alunos com 
Necessidades Educacionais Especiais, a escola busca aproveitar-se da formação de 
professores pós-graduados que numa sala de aula à parte ou no espaço da biblioteca em 
horário em que esta não esteja em uso para ajudá-los de acordo com o grau de dificuldade 
de cada um. 
Ao aluno com deficiência intelectual ou educacionais são oferecidos serviços de 
apoio especializado e adaptação curricular de acordo com a necessidade de cada 
educando, a escola conta também com adaptação arquitetônica não possui rapa de acesso 
para salas do segundo andar para deficientes físicos temporárias ou permanentes, vale 
ressaltar que a deficiência intelectual é o maior problema da escola, há muitos alunos com 
dificuldade de aprendizagem, alguns fatores podem ser apontados como causa: muitos 
passam ou já passaram fome, outros sofrem muitos traumas emocionais por ter os pais 
envolvidos com as droga se ainda outros têm problemas psicológicos de causa genética. 
 
 
7 
 
De modo geral a estrutura física da escola é boa, os portões da escola estão em boas 
condições, bem pintados, os muros são altos e estão em bom estado de conservação, 
podemos observar outros aspectos do espaço físico como o pátio que está sempre limpo, é 
bastante amplo, o que permite que os alunos possam brincar e aproveitar o espaço para se 
socializar, assim percebemos no intervalo para o lanche as crianças e adolescentes 
brincando e (ou) conversando entre si. Tenho buscado em alguns momentos do recreio 
comer o lanche servido aos alunos junto com eles, no espaço reservado para isso, tem sido 
muito proveitoso adotar essa prática, pois permite observar mais de perto o dia a dia dos 
alunos e perceber que há boa interatividade entre os educandos 
Há ainda três bebedouros que permite a todos os alunos ter acesso a água potável, 
pode- se observar uma ampla e bem cuidada quadra de esportes que é usada não apenas 
pelos alunos, a quadra é coberta com excelente piso de concreto o que oferece conforto e 
segurança a todos, nela são realizados a maioria dos eventos da escola, como aniversário 
da mesma, apresentações de teatro por parte dos alunos, festa junina e outras. 
Podemos mencionar a existência de um refeitório bem amplo para que todos possa 
se acomodar e comer, a comida servida é bastante variada e nutritiva, sendo que o 
cardápio. Enriquecido por uma horta que a escola possui e que é mantida por funcionários, 
alunos do projeto, observa-se também que não são vendidos alimentos gordurosos ou de 
baixo valor nutritivo dentro da escola. Como está localizada na parte alta da comunidade a 
escola conta com uma visão privilegiada, dela pode-se contemplar os muitos recursos 
naturais que a cercam, de outro ângulo vemos quase toda a comunidade. Embora seja uma 
comunidade carente, é muito bom perceber que a escola está sendo bem cuidada e 
protegida por todos, menciona-se ainda que o sistema de iluminação esta em boas 
condições, isso é um ponto muito positivo, pois no noturno os alunos já estão cansados 
e precisam de boa iluminação como estímulo para se manterem acordados e despertos, 
bem como para poderem ler e compreender com facilidade os conteúdos, atividades e 
leituras apresentados pelos professores. 
Ainda se usa quadro negro em que se precisa fazer uso do giz, não se utiliza o 
quadro branco com pincel. As carteiras estão em novas, há carteiras suficientes para todos 
os alunos poderem se sentar, por se tratar de uma escola que está na parte alta da 
comunidade a ventilação é excelente. Além da localização que proporciona um clima mais 
agradável, a escola tem grandes janelas nas salas de aula, sala dos professores, biblioteca, 
sala de vídeo e outros espaços, todos os ventiladores em perfeito estados uma comprados 
a menos de um mês. A pintura não é nova, mas ainda não desbotou, enfim, é um 
ambiente harmônico. 
8 
 
Na biblioteca da escola podemos encontrar vários livros didáticos que nos 
permitem fazer pesquisas e preparar aulas baseando-nos em diversos autores, os livros 
podem ser retirados da biblioteca e levados para a sala de aula para serem usados pelos 
alunos, esse aspecto é extremamente positivo, já que nem todos os alunos, especialmente 
os do noturno possuem livros didáticos, assim eles podem entrar em contato com uma 
variedade de autores e conhecimentos tirando maior proveito da instrução escolar, há 
muitos dicionários disponíveis e o mais importante é que estes estão em bom estado de 
conservação, pudemos fazer um bom uso dos mesmos em sala de aula como apoio para as 
aulas de língua portuguesa, a biblioteca conta também com vários livros destinados às 
várias fachas etárias, pode-se encontrar alguns clássicos da literatura permitindo que os 
alunos conheçam nossa história literária, gostaria de ressaltar que o espaço destinado a 
biblioteca é bastante amplo o que permite que os professores levem os alunos para a 
mesma, afim de haver uma interação com os livros e para realizar atividades voltadas para 
a leitura e pesquisa. 
Há uma sala específica em que o material de apoio para os professores fica 
guardado, nessa sala a escola possui bastante material disponível e de fácil acesso, o 
material é bem diversificado e está em bom estado de conservação, esta sala está bem 
localizada e permite que os professores não precisem se deslocar a grandes distâncias 
para pegá-los, os professores do primeiro ao quinto ano bem como os de arte são muito 
beneficiados com esta disposição do material. Um recurso (que a maioria dos 
professores usa é o data show retroprojetor multimídia), trata-se de um projetor bem 
moderno com notebook acoplado, permitindo que professores mostrem filmes, slides, 
vídeos e outros aos alunos, tornando as aulas mais ricas e interessantes. Observa-se que 
os professores buscam dar aulas teóricas e práticas e buscam consolidar o ensino por usar 
variados métodos como fazer uso da sala de vídeo e dos recursos multimídia os 
funcionários que trabalham na limpeza do ambiente o fazem após o término de cada turno. 
Há uma harmonia geral entre os professores a direção e a supervisão da escola, por 
se tratar de uma comunidade carente, embora bastante violenta, há um espírito de 
cooperação, um desejo de que a educação vá mudar aquela realidade, por isso todos estão 
bem comprometidos com ensino, são realizadas reuniões entre direção e professores com 
certa regularidade, essas reuniões permitem discutir novas formas de alcançar o objetivo 
desejado: educar para a vida, as mesmas cumprem também o papel de fornecer sugestões 
e de se avaliar até que ponto os métodos utilizados para ensinar estão alcançando os 
objetivos. 
Embora a sala dos professores seja ampla e comporte os professores, podemos 
relatar um aspecto negativo, o espaço não permite que os professores estudem ou 
9 
 
desenvolvam outras atividades, pois há muita conversa no ambiente, talvez por causa da 
interação que existe entre os mesmos. 
Vale destacar ainda dentro dos aspectos físicos, humanos e materiais dessa escola 
que a população é predominantemente pobre. As necessidades dessa comunidade 
apresentam características que os enquadram em “carência de rendimento” e em “carência 
social”. Nestes termos, entendi da á primeira como falta de recursos econômicos e a 
segunda como exclusão. 
 
Social, dependência e incapacidade de participar na sociedade, o que inclui o acesso à 
educação e à informação.” 
Se pensarmos que a comunidade possui um bom número de pais analfabetos e 
outros ainda com ensino fundamental incompleto,fica evidente a carência ligada à 
educação, o que impossibilita e (ou) inibe a participação social. Portanto acredito ser 
muito importante destacar dentro dos aspectos, especialmente humanos que muitas 
crianças veem nessa escola uma forma de se refugiar das dificuldades encontradas dentro 
de suas famílias e de alcançar dias melhores. 
Podemos destacar o importante papel da gestora da escola, que muito tem 
contribuído para que a escola tenha um bom aspecto físico, a mesma tem se empenhado 
em organizar os servidores que zelam e limpam a escola com muita regularidade. 
 Diretora sempre se empenha em promover um ambiente pacífico e ordeiro, limpo, 
fornecendo sempre orientações e suporte pedagógico a todos os professores, embora a 
escola esteja situada numa comunidade carente com alto índice de violência, a diretora 
consegue com muito esforço e perseverança preservar a integridade física dos alunos e 
funcionários por manter um relacionamento amigável com todos na comunidade, ao 
mesmo tempo em que demonstra forte coragem e determinação em prol de uma educação 
para todos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
2.2 O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DAESCOLA 
 
A importância do projeto político-pedagógico está no fato de que ele passa a ser 
uma direção, um rumo para as ações da escola, o mesmo pode ser entendido como um 
padrão que garante uma maior qualidade do ensino. É uma ação intencional que deve ser 
definida coletivamente, com consequente compromisso coletivo. 
Pensando na função social da Educação e no valor formativo e simbólico que a 
instituição Escola sempre representou para as sociedades e ainda, nos ideais dialéticos, 
construtivistas e sócio-históricos que regem a Escola atualmente, compreendendo à 
importância do papel da educação no desenvolvimento dos seres humanos, baseada no 
desenvolvimento integral, no enfoque construtivista e na importância do contexto social e 
das relações estabelecidas, a fim de se efetivar a formação do aprendiz na cidadania e para 
a cidadania é que o projeto político pedagógico da escola estadual Juscelino Kubitschek 
de Oliveira foi criado. 
Apesar de se constituir enquanto exigência normativa, o Projeto Político-
Pedagógico visa acima de qualquer coisa, a gestão dos resultados de aprendizagem, 
através da projeção, da organização, e acompanhamento de todo o universo escolar. De 
acordo com funções administrativas. Portanto, o projeto político-pedagógico faz parte do 
planejamento e da gestão escolar. A questão principal do planejamento é então, expressar 
a capacidade de se transferir o planejado para a ação, pode-se observar que apesar das 
múltiplas dificuldades envolvidas em se colocar em prática os ideais do projeto político-
pedagógico, esta escola tem buscado aplicar o que se propôs neste documento. 
A análise do projeto político dessa escola revela que, buscou-se criar um clima 
escolar que priorize a tolerância, o cotidiano escolar na cidadania e em prol dela, além da 
alta expectativa na aprendizagem dos alunos, pois se acredita que todos podem aprender 
eque todos são iguais nas diferenças, por isso precisam de tratamentos pedagógicos 
específicos, bem planejados e a acompanhados. 
Um aspecto que vale a pena ressaltar é que se leva em conta a situação de carência 
da maioria dos alunos da escola, entre os quais podemos citar as seguintes situações: 
 Alguns empregados, além do salário mínimo recebem cestas básicas. 
 A alimentação oferecida pela Escola. 
 Os produtos colhidos nas casas com quintais. 
 O Programa Social Bolsa Família, que beneficia a maioria das famílias dos alunos. 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
2.2.1 COLEGIADO ESCOLAR 
 
A escola possui um colegiado que tem peso de decisão enquanto órgão máximo da 
instituição, de caráter deliberativo, consultivo e normativo no referente a quaisquer 
assuntos relacionados à escola. 
O Conselho é composto pelo diretor, supervisor pedagógico e por professores 
representantes de cada fase do ensino, (seja um representante da Educação Infantil, um 
dos anos iniciais e um dos anos finais do Ensino Fundamental), um servidor, um auxiliar, 
alguns pais e alunos, o Colegiado tem sido bastante atuante visando os melhores 
interesses dos alunos, professores, enfim de todos. 
Conforme análise realizada na reunião interna e posteriormente com a 
Comunidade Escolar e com o Colegiado Escolar, para os fins de se discutir a construção 
do Projeto Político-Pedagógico, concluiu-se que existem bastantes pontos fortes e algumas 
questões que poderiam ser melhoradas e (ou) conquistadas, à medida que metas e planos 
de ação sejam projetados para estes fins. De todos os pontos levantados, os mais 
marcantes e aqueles que o grupo acredita ser o diferencial da escola são pontos que se 
voltam para a alta expectativa na aprendizagem do aluno. 
Quero aproveitar para destacar os pontos fortes do projeto político dessa escola: 
 A Escola pauta a aprendizagem dos alunos por projetos e atividades, 
 A boa limpeza e manutenção da mesma, 
 Prontidão e eficiência da equipe de Auxiliares de Serviços Diversos, 
 Reestruturação da biblioteca e aquisição de novo acervos, 
 Levantamento de todo acervo bibliográfico e controle do empréstimo de livros aos 
alunos e comunidade, 
 Interação do grupo de professores, 
 Eficiência e prontidão das funcionárias da secretaria, 
 Boa aceitação de grupo e liberdade de se expressar, 
 Maior acompanhamento das aprendizagens dos alunos do ensino médio, 
 Rotina escolar e de turmas bem definidas, 
 Alimentação de qualidade, 
O ponto que requer atenção também pode ser mencionado: 
 Demanda por internet. 
Todos estes pontos mencionados acima promovem uma reflexão acerca do que já 
foi realizado nessa escola e o ainda precisa ser feito. Fica evidente que o projeto político 
pedagógico é essencial para que as práticas educativas sigam um rumo e possam 
contribuir de forma positiva para o bem e progresso de todos. 
12 
 
2.3 A ESCOLA COMO GRUPO SOCIAL 
 
Ao longo da história sabemos que existiam os pequenos grupos humanos e as 
sociedades primitivas, a aprendizagem dos seres como membros de um grupo social e a 
educação dos novos membros da comunidade aconteciam como socialização direta da 
geração jovem, mediante a participação cotidiana das crianças nas atividades da vida 
adulta. Contudo, à aceleração do desenvolvimento das comunidades humanas, as 
complexidades das estruturas, a diversificação de funções e tarefas da vida nas sociedades, 
tornaram ineficaz esse processo. 
Surgiram, então, ao longo da história diferentes formas de especialização no 
processo de educação ou socialização secundária (tutor, preceptor, academia, escola 
religiosa, escola laica...), chegando aos sistemas de escolarização obrigatória para todas as 
camadas da população nas sociedades industriais contemporâneas. Nestas sociedades a 
preparação das novas gerações para sua participação no mundo do trabalho e na vida 
pública requer a intervenção de instâncias específicas como a escola, que tem como 
função atender e direcionar o processo de socialização. Esta função da escola aparece em 
muitos casos de forma conservadora, ou seja, para garantir a reprodução social e cultural 
para a sobrevivência da sociedade. 
Outras instâncias primárias de convivência e intercâmbios, como a família, os 
grupos sociais, os meios de comunicação exercem de modo direto sua influência. 
No entanto, a escola, por seus conteúdos, por suas formas e sistemas de 
organização, introduz progressivamente, as ideias, os conhecimentos, as concepções, as 
disposições e os modos de conduta que a sociedade adulta requer. Assim, a contribuição 
da escola é decisivae possibilita à sociedade como um todo substituir os mecanismos 
externos de controle da conduta por disposições mais ou menos aceitas de autocontrole. 
Vale ressaltar que a tendência conservadora lógica, vai de encontro com a 
tendência, também lógica, que busca modificar aspectos dessa formação que se mostram 
desfavoráveis para alguns indivíduos ou grupos que compõem o complexo e conflitante 
contexto social. Para que haja equilíbrio de convivência nas sociedades, tanto a 
conservação quanto a mudança são necessárias, e o mesmo ocorre em relação ao 
equilíbrio da estrutura social da escola. 
Ainda dentro do papel da escola como grupo social, não podemos deixar de 
mencionar. 
Que a maioria dos autores e correntes da sociologia da educação admite que ao menos, 
desde o surgimento das sociedades industriais, o objetivo básico e prioritário da 
socialização dos alunos na escola é prepará-los para sua futura incorporação no mundo do 
13 
 
trabalho, ou seja, em muitos casos, senão na maioria deles a escola serve aos objetivos do 
mundo capitalista. 
Não podemos deixar de mencionar que outro objetivo do processo de socialização 
na escola é a formação do cidadão para sua intervenção na vida pública, sua formação 
para se tornarem cidadãos críticos e reflexivos do ambiente em que vivem, de modo que 
se possa manter a dinâmica, o equilíbrio nas instituições e as normas de convivência. 
É dever de a escola provocar o desenvolvimento de conhecimentos, ideias, 
atitudes e comportamentos que permitam a incorporação dos indivíduos no mundo civil, 
no âmbito da liberdade de consumo, de escolha e participação política, da liberdade e 
responsabilidade da vida familiar. Por outro lado, ela acaba desenvolvendo características 
bem diferentes dessas, resultando na incorporação submissa e disciplinada da maioria, no 
mundo do trabalho assalariado. 
Assim, a escola na maioria das vezes transmite e consolida o individualismo, a 
competitividade, a falta de solidariedade. Assume-se a ideia de que a escola é igual para 
todos e de que, portanto, cada um chega onde suas capacidades e esforços pessoais lhes 
permitem. Impõe-se a ideologia aparentemente contraditória do individualismo e do 
conformismo social. A estrutura social aparentemente aberta para a mobilidade 
individual, oculta a determinação social do desenvolvimento do sujeito como 
consequência das profundas diferenças de origem que se refletem nas formas de conhecer, 
sentir, esperar e atuar dos indivíduos. Este processo vai minando progressivamente, as 
possibilidades dos mais desfavorecidos social e economicamente. A escola tem sido 
descrita como um processo de inculcação e doutrinamento ideológico, feito através da 
transmissão de ideias e mensagens, seleção e organização de conteúdos de aprendizagem. 
Neste processo de aprendizagem os alunos assimilam ideias e conhecimentos que 
a eles são transmitidos, mas também e principalmente os aprendem como consequência 
das diversas interações sociais que ocorrem na escola e na aula. Além disso, o conteúdo 
oficial do currículo, não cala nem estimula os interesses e preocupações vitais da criança e 
do adolescente. Eles aprendem esse conteúdo para passar nos exame se esquecer depois, 
enquanto que a aprendizagem dos mecanismos, estratégias, normas e valores de 
interação social que lhes possibilitam o êxito pessoal na vida acadêmica e pessoal do 
grupo. 
Os mecanismos da socialização na escola infelizmente se encontram centrados no 
tipo de estrutura de infinitas tarefas acadêmicas ainda voltadas em muitos casos para a 
memorização e não para a prática, para a realidade do aluno. A escola é um cenário 
permanente de conflitos, o que acontece na aula é o resultado de um processo de 
negociação informal, entre o que o professor ou a instituição escolar querem que os 
14 
 
alunos façam e o que estes estão dispostos a fazer, encontrar um ponto de equilíbrio neste 
sentido é de fato um desafio. 
A função educativa da escola ultrapassa a função reprodutora do processo de 
socialização, já que se apoia no conhecimento público (ciência, filosofia, cultura, arte...) 
para provocar o desenvolvimento do conhecimento particular de cada um de seus alunos. 
A utilização do conhecimento público, da experiência e da reflexão da comunidade social 
ao longo da história introduz um instrumento que pode quebrar o processo reprodutor. 
Essa vinculação exige da escola e dos que nela trabalham que identifiquem e 
desmascarem seu caráter reprodutor. 
Assim, as inevitáveis influências que a comunidade exerce sobre a escola e os 
processos de socialização sistemáticos das novas gerações devem sofrer a mediação crítica 
da utilização do conhecimento, o mesmo sendo encontrado no ambiente escolar, afinal, 
sabemos que a escola recebe influência direta das modificações externas e ainda sim tem o 
poder de modificar, transformar todo o conhecimento e influência recebida. 
Deve-se analisar na escola a complexidade que o processo de socialização adquire 
em cada época, comunidade e grupo social, assim como os poderoso se diferenciados 
mecanismos de imposição da ideologia dominante da igualdade de oportunidades numa 
sociedade marcada pela discriminação. De fato, é função de a escola provocar e facilitar a 
reconstrução dos conhecimentos, atitudes e formas de conduta que os alunos assimilam 
direta e acriticamente nas práticas sociais de sua vida anterior e paralela à escola. 
O princípio básico que norteia a escola nesses objetivos e funções é facilitar e 
estimular a participação ativa e crítica dos alunos nas diferentes tarefas que se 
desenvolvem na aula e que constituem modo de viver da comunidade democrática de 
aprendizagem. 
Portanto fica claro que é dever do Estado, da sociedade, família, dos gestores 
escolares, professores, alunos, enfim, de todos criarem uma escola que não apenas sirva 
como reprodutora dos modelos sociais estabelecidos, mas formar cidadãos críticos, 
reflexivos e donos de sua própria história. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
2.3 AS ATIVIDADES DOCENTES E DISCENTES 
 
Em relação à dinâmica do processo educativo, não podemos deixar de mencionar a 
impossibilidade de unilateralidade da ação. Não é possível existir uma escola onde o 
aluno não se responsabilize por sua aprendizagem ou o professor não se responsabilize 
por seu ensino. Entretanto, esse discurso está presente na maioria das instituições, os 
atores da educação culpam uns aos outros por seus insucessos, reconhece-se, porém, que 
educar é uma via de mão dupla. 
Quando os objetivos não são alcançados satisfatoriamente, cabe uma reflexão 
crítica sobre os aspectos que contribuíram para esse resultado, mais do que levantar 
possíveis culpados, deve-se analisar todo o percurso, analisar o que saiu errado a fim de 
rever as estruturas e mudar as estratégias, ou seja, os mecanismos de ensino 
aprendizagem. 
Sabendo da realidade da educação no nosso país é necessário pensar que o 
educador precisa pensar em formas de despertar a curiosidade do educando e acompanhar 
seu aprendizado, sem a preocupação de mostrar-se como o único detentor transmissor de 
saberes, mas posicionar-se entre o aluno e o saber, o professor deve ser o mediador de 
todo o processo de aprendizagem escolar. 
Assumir esse papel de intermediário entre o aluno e o conhecimento, facilitará na 
construção de atividades significativas que resultarão em aprendizagem. Cabe ao 
professor ocupar-se de entender como o aluno aprende ser mais racional, intelectual, 
dominar os conteúdos da disciplina que leciona e desenvolver práticas capazes de desvelá-
los aos alunos. Pois a aprendizagem significativa dos conteúdos se dará a partir deatividades desafiadoras que a proporcionem. 
A boa escola é capaz de desenvolver a capacidade intelectual dos alunos, 
permitindo que eles assimilem os conhecimentos e ensinando-os a serem reflexivos, 
críticos e capazes de utilizar os saberes adquiridos para praticá-los ao longo da vida. 
Dentro desta perspectiva de ensino-aprendizagem vale mencionar LevVygotsky, 
ao nos dizer que o conhecimento é construído mediante a ação partilhada, a socialização 
dos saberes se dá quando ocorre uma cooperação e troca de informações entre os sujeitos. 
As conclusões de Vygotsky são demonstradas em seus estudos sobre as funções 
psicológicas superiores, que tratam do modo tipicamente humano de funcionamento 
mental, que se desenvolve ao longo da vida do sujeito, a partir de sua interação com a 
natureza e o meio sociocultural. Vygotsky destaca que os seres humanos, produzem os 
instrumentos necessários à realização do trabalho e são capazes de conservá-los para uso 
posterior. 
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A teoria da atividade formulada por Vygotsky foi bastante difundida nos Estados 
Unidos, sua aplicação se deu na área da engenharia, pois se considera a atividade como a 
ação racionalhumanasobreoobjetocomoobjetivodetransformá-lotendofocoemresultados. 
No âmbito da escola, podemos pensar a atividade como forma estratégica do 
profissional da educação que deseja promover a aprendizagem eficaz, pois tal teoria, parte 
do pressuposto da ação do sujeito (aluno) sobre o objeto (conteúdo) enaltece a importância 
do aprendizado através da ação e das interações, possibilitando o desenvolvimento dos 
envolvidos e da própria atividade. 
A prática docente, sob o ponto de vista da teoria da atividade, propõe a 
transformação do objetivo em resultados, através da ação. A cada nova atividade o 
trabalho é modificado, atualizado e desenvolvido visando à satisfação das necessidades 
dos indivíduos em sociedade. Percebe-se dentro da realidade escolar a necessidade de 
aproximar os conteúdos escolares dos conteúdos da vida, associando a aprendizagem à 
atividade do aluno com a mediação do professor. Essa relação entre o sujeito e o objeto, 
de maneira recíproca, determinará o resultado final da ação. 
É muito importante relatar que há uma boa interação, uma boa troca de saberes 
entre os professores desta escola, os mesmos buscam em todas as oportunidades trocar 
experiências, isso é muito positivo, pois possibilita que se pense em mecanismos 
diferentes para se aprimorar as habilidades de ensino. 
Um aspecto importante desse processo de ensino-aprendizado é o uso das 
diferentes formas de linguagem usadas para atingir o objetivo de ensinar, pode-se dizer 
que a linguagem é o veículo ou meio de comunicação e apropriação do conhecimento, 
portanto através da linguagem ocorre a mediação. Sendo o sujeito constantemente 
estimulado pelo mundo externo, internaliza o conhecimento nas interações estabelecidas, 
fazendo com que suas funções psíquicas se desenvolvam. 
Destaca-se assim, a importância do uso das diversas formas de linguagem (oral, 
escrita, gestual, pictográfica) para que os objetivos sejam alcançados. Bons professores 
são os que conduzem seus alunos na realização de boas atividades, boas escolas são as que 
proporcionam aos seus professores e alunos a possibilidade de realizar suas atividades de 
ensinar e aprender. 
Portanto cabe a todos nós como docentes e discentes entender que o processo de 
ensino-aprendizagem é uma via de mão dupla como já mencionado, o ensino e a 
aprendizagem não podem ser entendidos como algo unilateral, não podemos dizer que o 
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ensino deve estar centrado nas mãos do professor e que seja responsabilidade somente 
dele, também não podemos culpar o aluno pelo fracasso escolar, na verdade todos têm 
sua parcela de contribuição para que a aprendizagem se concretize e venha a criar alunos 
e professores reflexivos e críticos, cidadãos capazes de mudar sua história. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. CONSIDERAÇÕESFINAIS 
 
Para iniciar uma reflexão acerca da prática de ensino e estágio supervisionado de 
português l podemos mencionar que esta disciplina é essencial para a formação do futuro 
professor de língua portuguesa, afinal pudemos observar em primeira mão como funciona a 
prática e o ambiente escolar e como podemos usar diversas estratégias para lidar de forma 
construtiva com a realidade escolar com que os professores se confrontam. 
Dentro dessa análise crítica destacamos ainda o valor da prática da pesquisa para o 
profissional da educação. É necessário pensar o estágio como pesquisa, de nada valeria se 
não pudéssemos pensá-lo numa dimensão maior: a de um projeto coletivo de formação do 
educador. Considerando que ser professor é defrontar-se incessantemente com a 
necessidade de decidir imediatamente no dia a dia da sala de aula, a importância da 
pesquisa se constitui necessária para a melhoria das práticas de ensino e para o 
funcionamento do ensino- aprendizagem, uma vez que o: 
“[...] papel da pesquisa é forjar instrumentos, ferramentas para melhor entender o que está 
acontecendo na sala de aula; é criar inteligibilidade para melhor entender o que está 
acontecendo ali. Depois, o professor vai se virando, no dia a dia, na situação 
contextualizada em que estiver vivendo.” (CHARLOT, 2006p.91) 
Durante o estágio de observação foi constatado que o livro didático se constitui 
para muitos sistemas educacionais observados na maioria dos casos materiais únicos e 
dogmáticos, tornando a educação engessada. 
É pertinente dizer que há profissionais que trabalham o livro didático de maneira 
alternativa e não conservadora, que procuram desconstruir ideologias e guiar seus alunos 
para caminhos de sentidos possíveis, porém mesmo assim é necessário que eles estejam 
atentos, ao fato de que muitos livros didáticos contêm erros graves de conteúdo, que 
reforçam ideologias conservadoras, que subestimam a inteligência de seu leitor/usuário, 
que alienam o professor de sua tarefa docente. 
Na escola em que fiz o estágio os professores têm usado o livro como um dos 
métodos do processo ensino-aprendizagem, mas este não tem sido o único método de 
ensino da língua portuguesa, tem-se buscado usar também as tecnologias apropriadas para 
a consolidação do aprendizado, bem como outros métodos apropriados. 
Assim, é apropriado dizer que o trabalho de desconstrução, da busca da verdade e 
do pensamento crítico é louvável, pois como afirma a filósofa Chauí (1995, p. 96) “se as 
palavras tivessem sentido óbvio e único, não haveria literatura, não haveria mal-entendido 
e controvérsia”, diante desse comentário podemos dizer que é muito importante que o 
professor busque usar o livro didático como uma das ferramentas no processo de ensino, 
mas também busque usar variados métodos para alcançar seus objetivos, é importante usar 
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diferentes linguagens e levar o aluno ao aperfeiçoamento das mesmas para que se torne 
um cidadão crítico e reflexivo. 
Podemos ainda apontar que grande parte dos livros didáticos, estão sempre 
reforçando ideologias conservadoras uma vez que a atitude dogmática é conservadora, isto 
é, sente receio das novidades, do inesperado, do desconhecido e de tudo o que possa 
desequilibrar as crenças e opiniões já constituídas.” (CHAUI, 1995 p.98) 
É claro que o trabalho do professor na maioria das vezes não é desenvolvido num 
ambiente sob condições ideais, uma vez que o meio onde seu trabalho é desenvolvido 
possuí uma historicidade, um desnivelamento na aprendizagem e nas concepções do ato 
da leitura porparte dos alunos. 
É necessário considerar também que o papel da pesquisa, é criar instrumentos, 
ferramentas para melhor entender o que está acontecendo na sala de aula; é criar 
inteligibilidade para melhor entender o que está acontecendo ali. Depois, o professor pode 
refletir e agir no seu dia a dia na situação contextualizada em que estiver vivendo. Não se 
pode simplesmente dizer ao professor o que ele deve ou não deve fazer em sala de aula e 
sim fornecer a ele ferramentas, instrumentos, inclusive instrumentos conceituais para que 
ele analise as situações e realize o trabalho possível, afinal cada momento educativo é 
único e requer adaptações às necessidades que se apresentam. 
Foi muito oportuno perceber que os professores da escola em que estou fazendo o 
estágio utilizam diferentes avariados métodos de avaliação dos alunos, eles não usam 
apenas a prova como forma de avaliação dos alunos, isso é muito positivo do meu ponto 
de vista, afinal uma avaliação que leva em conta o aluno como um todo é o melhor 
modelo de avaliar, percebo que a avaliação dessa escola é qualitativa, formativa e não 
apenas quantitativa, foram aplicadas diversas atividades avaliativas, algumas em grupo, 
outras em dupla e ainda outras de forma individual. 
Como profissionais que lidamos com a língua sabemos que ler não é um costume 
que nasce junto ao ser humano, e, sim algo que se apreende com a prática e vivência. 
Assim, ato de ler é maneira para se entender o mundo, para viver Melhor. 
Ao realizar o estágio pude observar como a professora que acompanhou meu 
estágio buscava usar diferentes métodos para alcançar a aprendizagem dos alunos, seu 
ensino não é focado na gramática, embora este não fosse deixado totalmente de lado, 
afinal ensinar as normas da língua aumenta as possibilidades discursivas dos alunos, 
constatou-se que a professora trabalhava tanto textos clássicos da literatura quanto textos 
voltados para a realidade dos alunos, partindo do estudo e interpretação desses textos 
relacionados a realidade dos educandos. 
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Algo muito positivo foi observar que se promovia na sala de aula não apenas a 
leitura silenciosa como também a leitura em voz alta dos textos, a professora participava 
em tais momentos de leitura dando vida e sentido a mesma, este ato teve bom reflexo nos 
alunos que puderam ver por si mesmos como a leitura pode ser prazerosa, despertar 
sentimentos e emoções e nos levar ao conhecimento, muitas e variadas atividades de 
produção de textos foram realizadas, uma vez que essa é de fato a proposta dos PCN, 
constatar o uso de diversas tecnologias como recursos multimídia, uso de aparelhos 
sonoros e outros tornaram as aulas muito interessantes, instrutivas e construtivas. 
Em vista da atual problemática da educação, das múltiplas diferenças é necessário 
que o professor busque ter uma postura mais centrada na reflexão do ambiente no qual 
está trabalhando para poder se movimentar e, além disso, nunca se distanciar do hábito da 
leitura de obras literárias, lembrando acima de tudo que ele deve ter como ponto de 
partida a leitura de textos ligados à realidade dos alunos e promover a reflexão acerca de 
tudo o que se lê, não se deve ler por ler, afinal todo o ensino deve ser contextualizado e 
ligado à realidade, à prática do aluno, um ensino que o leve a se tornar um cidadão crítico 
e reflexivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. REFERÊNCIAS 
 
CHARLOT, Bernard. Formação de professores: a pesquisa e a política educacional. In: 
PIMENTA, Selma Garrido; GHEDIN, Evandro (Orgs.). Professor reflexivo no Brasil: 
gênese e crítica de um conceito. 3. Ed. São Paulo: Cortez, 2005. 
 
GARRIDO, Selma. Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. 4. 
Ed. São Paulo: Cortez,2006. 
 
KENSKI, Vani Moreira. A vivência escolar dos estagiários e a prática de pesquisa em 
estágios supervisionados. In: FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. A prática de ensino e o 
estágio supervisionado. Campinas: Papirus, 1991. 
 
LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 2000 
 
BAGNO, M. Nada na língua é por acaso: Por uma pedagogia da variação lingüística. 
SãoPaulo: Parábola,2009. 
 
GERALD, J.W. Unidades básicas do ensino de português. In:- ---. O texto na sala de aula. 
3. Ed. São Paulo: Ática,2002. 
 
BRASIL. Ministério da educação. PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS In: 
(Língua portuguesa/ Terceiro e Quarto ciclos do ensino fundamental). disponível em:

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