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Nietzsche - EDUCAÇÃO E CULTURA SEGUNDO NIETZSCHE

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______________________________________ 
* Acadêmicos de Pedagogia da Universidade Federal do Espírito Santo, Centro Universitário Norte do 
Espírito Santo, São Mateus-ES, Brasil. 
EDUCAÇÃO E CULTURA SEGUNDO NIETZSCHE 
 
 
Isaque Correia Rocha* 
Katia Ferreira* 
Letícia Vallentin Porto* 
Nayara Da Silva Santos* 
 
 
RESUMO 
Este artigo menciona a abrangência que Nietzsche tem do sistema educacional de 
sua época. Confirma que para esse autor educação e cultura são inseparáveis, 
sendo indispensável pensar em novas perspectivas para a educação de tal forma 
sirva de embasamento para uma cultura proveitosa. 
 
Palavras-chave: Nietzsche, Educação, Cultura, Professor, Ensino. 
 
O presente artigo tem por objetivo pensar sobre alguns aspectos de educação e 
cultura na concepção de Nietzsche. Parte da conjectura de que toda a reflexão se 
quiser encontrar-se sobre a realidade, é necessário levar em consideração o 
conjunto em que está inserida; assim, falar sobre educação e cultura se organiza 
atualmente em uma das áreas dos pensar e do fazer educacional que se tornou 
mais imprescindível e proeminente nos tempos de transição que se vivencia na 
sociedade moderna. 
Com objetivo de contribuir para as estudos, diálogos, reflexões e críticas que vêm 
sendo entrelaçada com o tema Educação e Cultura, tomamos como referencial 
teórico a obra de Rosa Maria Dias (1991), que expõe a preocupação do filósofo 
alemão Friedrich Nietzsche, 
[...] como se ensina, como se transmite aos jovens o método de uma 
ciência. Também me esforcei em aprender como deve ser um mestre, e não 
estudar apenas o que se estuda na universidade. Meu objetivo é tornar-me 
um mestre verdadeiramente prático e, antes de tudo, despertar nos jovens a 
reflexão e a capacidade crítica pessoal. Indispensável para que eles não 
2 
 
percam de vista o porquê, o quê e o como de uma ciência" (NIETZSCHE, 
1967). 
Por entendermos que as ideias nelas contidas são de fundamental relevância para 
se pensar de maneira mais reflexiva o atual contexto da educação. Num primeiro 
momento pode-se causar certa estranheza e ocasionar, o seguinte questionamento: 
Diante das considerações levantadas, quais as contribuições de Nietzsche para o 
campo educacional? 
Certamente os escritos de Nietzsche em questão pertencem ao passado, porém, a 
sua impaciência e relevância pertencem ao presente e ao futuro, ou seja, estão 
presentes no cotidiano. Assim sendo, o que nos interessa é podemos ser capazes 
de pensar e transformar a partir de Nietzsche. 
Destinaremos o primeiro momento desta reflexão a apresentar a sua vida e obra, 
como educador das gerações mais jovens e seu projeto educativo, os interesses e 
as motivações ocultas, e não valores absolutistas, em conceitos como verdade, bem 
e mal, manifestando seu lado rebelde e provocador. Num segundo momento, 
apresentaremos Nietzsche como filósofo que criticou o sistema escola e de levar 
seus alunos a pensar por si mesmos. Conhecido com a frase “Deus está morto”, não 
trata da ideia de ateísmo, mas da uma necessidade de romper a “moral de rebanho”. 
Concluiremos, demonstrando a atualidade do pensamento de Nietzsche como 
ferramenta de trabalho insubstituível para um pensar de maneira mais crítica a 
nossa realidade educacional atual. Frente a sua relevância de seus pensamentos 
para a atualidade, onde não se pode ficar sereno, indiferente. Ele provoca, 
questiona, influência e fornece uma forma diferente do tradicional do olhar a 
realidade que nos cerca, o que o faz um pensador extraordinária, excitante e 
contemporâneo. 
Friedrich Wilhelm Nietzsche nasceu em 15 de outubro de 1844, em Röcken, 
Alemanha, filho e neto de protestantes. Estudou filosofia nas universidades de Bonn 
e Leipzig, disciplina que lecionou na Universidade da Basiléia, na Suíça. Com a 
publicação de sua primeira obra, sua vida universitária começou a desvalorizar, O 
Nascimento da Tragédia no Espírito da Música (1872). Com uma saúde debilitada, 
chegando a ficar quase cego, devido a esses fatores, se aposentou em 1879. 
Publicou outros livros entre 1883 e 1888, dentre eles Assim Falou Zaratustra e 
3 
 
outros dois obras para explicá-lo Genealogia da Moral e Além do Bem e do Mal. 
Nietzsche passou os últimos onze anos de sua vida em loucura profunda, em 1900 
morre de paralisia geral, na cidade Weimar, na Alemanha. 
Com proposito de desmascarar as fundações da cultura ocidental, Nietzsche mostra 
que há interesses e motivações ocultas, e não valores absolutistas, em conceitos 
como verdade, bem e mal, manifestando seu lado rebelde e provocador. Com isso, 
Nietzsche criticou os sistemas filosóficos, morais e religiosos. Em sua frase mais 
conhecida "Deus está morto" não trata somente de ateísmo, mas de uma 
necessidade do rompimento da "moral de rebanho" – as verdades tidas como 
incontestáveis e o que é aceito por determinação – para viver as potencialidades 
humanas em sua perfeição. 
Como professor universitário, ele escreveu textos específicos sobre Educação. “A 
máxima tornar-se aquilo que se é orienta seu pensamento nessa área”, segundo 
Rosa Maria Dias, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. "Com essa frase, 
ele indica a tarefa do educador de levar seus alunos a pensar por si mesmos." 
O filósofo desprezou o sistema educacional da época por ser um reforço da moral de 
rebanho: o professor fica trancafiado juntamente com seus alunos na sala de aula e 
ser indiferente com o ambiente externo, uniformização do conhecimento e dos 
próprios alunos, a instituição se curva às exigências externas do mercado de 
trabalho e do Estado. Na Educação de seu país, ele via o avanço do ensino técnico 
sobre todos os níveis educacionais com a intenção de preparar profissionais e 
servidores competentes. Em lugar da massificação e do utilitarismo, Nietzsche 
propunha que a educação e a cultura deve ser associada de interesses e formação, 
conduzindo a formar uma humanidade rica e transbordante de vida, com cita Rosa 
Maria Dias (1991). Um ensino por votação de ser considerado para a formação do 
indivíduo com homem. 
[...] acerca da educação e da cultura; é com argúcia que refaz sua crítica ao 
ensino secundário e superior. E, ao retomar dados biográficos do filósofo, à 
luz do projeto que nutre enquanto educador, certamente inspira-se em 
declarações do próprio Nietzsche. “Ignoro o que sejam problemas 
puramente espirituais...” -afirma o filósofo num fragmento póstumo. “Todas 
as verdades são, para mim, verdades sangrentas” (DIAS, 1991, p.8). 
4 
 
Nietzsche manifestou sua preocupação com a educação no seu primeiro ano como 
professor, quando se deparou com problemas no ensino superior e secundário. O 
sistema de ensino era voltado para o amadurecimento e tornar o homem úteis e 
rentáveis. Um sistema humanista de educação, que era uma contradição ao sistema 
cientifico na qual Nietzsche defendia. 
Com esse pensamento, Nietzsche começa e se preocupar com sistema educacional 
para os jovens, e sobre os métodos didáticos, para incentivar os educandos a busca 
do conhecimento além da universidade. “É preciso agir e viver para aprender e 
compreender – eis o preceito segundo o qual Nietzsche pretendia educar seus 
alunos” (DIAS, 1991, p. 27). 
Para Nietzsche, despreza o sistema educacional, trancafiados junto com seus 
alunos na sala de aula e ser indiferente com o ambiente externo. A cultura deve ser 
associada de interesses e formação, conduzindo a formar uma humanidade rica e 
transbordante de vida, com cita Rosa Dias, p.26. Um ensino por vocação deve ser 
considerado para a formação do indivíduo com homem. 
[...] acerca da educação e da cultura; é com argúcia que refaz sua crítica ao 
ensino secundário e superior.E, ao retomar dados biográficos do filósofo, à 
luz do projeto que nutre enquanto educador, certamente inspira-se em 
declarações do próprio Nietzsche. “Ignoro o que sejam problemas 
puramente espirituais...” -afirma o filósofo num fragmento póstumo. “Todas 
as verdades são, para mim, verdades sangrentas” (DIAS, 1991, p.8). 
Conforme Rosa Dias (1991, p. 17), no primeiro capítulo, veremos a expectativa de 
Nietzsche como educador, suas esperanças na renovação cultural da Alemanha e 
suas decepções com o ambiente universitário de seu tempo. No segundo capítulo, 
Nietzsche faz uma crítica a educação e a cultura, onde as duas no sistema 
educacional são inseparáveis. “Não existe cultura sem um projeto educativo, nem 
educação sem uma cultura que a apoie”, (DIAS, 1991, p. 17). 
No terceiro capítulo, Nietzsche faz sua crítica ao ensino secundário, superior e 
apresenta sua proposta nas etapas de formação escolar. Crítica o “método 
acroamático” que caracteriza pela exposição oral do professor e a pouca 
participação dos alunos. 
A grande questão para Nietzsche era, 
5 
 
[...] como se ensina, como se transmite aos jovens o método de uma 
ciência. Também me esforcei em aprender como deve ser um mestre, e não 
estudar apenas o que se estuda na universidade. Meu objetivo é tornar-me 
um mestre verdadeiramente prático e, antes de tudo, despertar nos jovens a 
reflexão e a capacidade crítica pessoal. Indispensável para que eles não 
percam de vista o porquê, o quê e o como de uma ciência" (NIETZSCHE, 
1967). 
Conclui-se que para Nietzsche, a cultura e o Estado são adversários, partindo de um 
antagonismo existente na sociedade moderna para poder se manter no poder a 
classe dominante. Nietzsche criticar de um modo radical o sistema educacional de 
sua época, que era uma forma de transformação do indivíduo para o sistema fabril, 
deixando de lado a formação de críticos e pensadores. 
Fazendo necessário uma separação entre Educação/Cultura dos sistema religioso e 
político, evitando a influência entre as partes, que algo acontece com a liberdade 
interior e ter uma disciplina rigorosa, para se ter a formação de uma cultura 
desenvolvida. Como consequência, essa liberdade interior poderá conduzir uma 
revolta contra toda crença e a qualquer autoridade, uma disciplina rigorosa para tirar 
as comodidades e rotinas do dia-a-dia. 
Conforme assegura Vicente Zatti (2005), “O pensamento de Nietzsche é também 
para a educação uma provocação, por lançar suspeita nos fundamentos 
pedagógicos e um alerta, já que os sistemas de ideias não são neutros, são 
expressão de vontade de poder”. 
Contudo, ainda há muito para se acrescentar ao sistema educacional que 
conhecemos, de forma que Nietzsche ainda contribui em muitos aspectos na 
atualidade. 
 
REFERÊNCIAS 
DIAS, Rosa Maria, Nietzsche Educador, São Paulo, 1991, Editora Scipione. 
ZATTI, Vicente. Nietzsche e a Educação. Educação Online, 2005. Disponível 
em:<http://educacaoonline.pro.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2
1:nietzsche-e-a-educacao&catid=4:educacao&Itemid=15 >. Acesso em: 12 
dezembro de 2014.

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