Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 2 2 FILOSOFIA E EDUCAÇÃO ......................................................................... 4 3 ALGUNS FILÓSOFOS DA EDUCAÇÃO ..................................................... 6 3.1 ALEXANDER SUTHERLAND NEILL .................................................... 6 3.2 DELFIM SANTOS............................................................................... 10 3.3 DERMEVAL SAVIANI ......................................................................... 14 3.4 ERASMO DE ROTERDÃ ................................................................... 17 3.5 IMMANUEL KANT .............................................................................. 20 3.6 JEAN PIAGET .................................................................................... 23 3.7 JEAN-JACQUES ROUSEAU ............................................................. 26 3.8 JOHN DEWEY.................................................................................... 28 3.9 KARL JASPERS ................................................................................. 30 3.10 MARIA MONTESSORI .................................................................... 31 3.11 MARTIN BUBER ............................................................................. 34 3.12 MARTIN HEIDEGGER .................................................................... 36 3.13 MICHEL FOUCAULT ...................................................................... 40 3.14 PAULO FREIRE .............................................................................. 42 3.15 PLATÃO .......................................................................................... 44 3.16 RUDOF STEINER ........................................................................... 47 4 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 50 2 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 3 As associações entre Filosofia e Educação são tão inerentes que John Dewey chegou a afirmar que as Filosofias são, em essência, Teorias Gerais de Educação. (TEIXEIRA, 1959). É preciso compreender que Dewey se referia à Filosofia como filosofia de vida. Estando a Educação como o procedimento pelo qual os jovens obtêm ou desenvolvem "as atitudes e disposições fundamentais, não só intelectuais como emocionais, para com a natureza e o homem", ficando manifesto que a Educação compõe a área de aplicação das Filosofias, e, também de sua composição e atualização. Antes mesmo que as Filosofias se tornassem explicitamente formuladas em sistemas, a educação já existia, como metodologia de perpetuamento da cultura, sendo então, o meio de se comunicar a visão do mundo e do homem. E, para confirmação, não deixa de ser relevante o fato que a primeira grande formulação filosófica, no Ocidente, se iniciou com os mais evidentes propósitos educativos. Os primeiros filósofos são igualmente os primeiros mestres, buscando reestruturar os valores da sociedade e, na realidade, reformar a educação corrente. Para Teixeira (1959), “eram, pois, filósofos e reformadores. Os estudos filosóficos formais nascem, assim, como estudos de educação. Os sofistas foram os "primeiros educadores profissionais" da civilização ocidental”. A linha característica dessa civilização, na frase de André Siegfried, apud Teixeira (1959), desde então consistiu no "hábito de tratar os problemas à luz da razão, liberta do mágico, do supersticioso e do irracional ". Desde então, a mentalidade ocidental manteve essa tradição, procurando subordinar a própria religião à razão e, “na realidade, toda a vida humana é um esquema coerente de ideias, compreendendo teorias do homem, do conhecimento, da sociedade e do mundo. ” (TEIXEIRA, 1959). O autor Teixeira, ainda acrescentou, “Como tais teorias são, todas elas, fundadas na teoria do conhecimento, faz-se esta a teoria-chave, não só para iluminar e esclarecer as demais, como, sobretudo, para comandar as consequências da filosofia, como um todo, sobre o processo educativo. ” (TEIXEIRA, 1959). 4 2 FILOSOFIA E EDUCAÇÃO O termo Filosofia apresenta vários conceitos e definições. Diariamente, é possível perceber uma infinidade de pessoas utilizando este termo, sem mesmo saber o seu verdadeiro significado. Mediante conceitos complexos apresentados pelos teóricos, a maioria das pessoas não prestam importância a isto. Silva Júnior apresenta um conceito básico para a Filosofia: “Conjunto de informações vindo de um esforço feito por parte dos seres humanos para a compreensão do mundo que os rodeia, e dar-lhe sentido, um significado compreensível”. Ao depararmos com um texto filosófico, nos apropriamos do conhecimento que o autor adquire do momento que o norteia, dando ênfase aos valores que dão sentido a esse mundo. (SILVA JUNIOR, 2014). A Filosofia, se manifesta então, como um entendimento e que oferece um direcionamento para a ação do ser humano, ou seja, somente é possível agir a partir de uma concisa ou prolixa elucidação do mundo e da realidade. Mediante esse esclarecimento de como se dá o processo de filosofar, fica perceptível que não apenas pessoas donas de um grande e extenso conhecimento poderá praticar a Filosofia. Para Silva Júnior (2014) “quando não filosofamos, não temos um conjunto que nos oriente sobre o mundo, com isso, passamos a assumir o que é hegemônico na sociedade cotidiana, onde passamos a viver em ‘senso comum’, adquirindo conhecimentos aleatórios, sem a devida orientação sobre o mundo. Esse autor ainda acrescenta: O processo de filosofar, dar-se primeiro por inventariar valores, os quais serviram para orientar a sociedade sobre a prática humana, valores estes que são desvendados pela crítica, contudo, vê-se que o exercício de filosofar nada mais é que um esforço o qual é imaginado, ou inventário, possuindo o auxílio da crítica para a construção de conceitos. (SILVA JUNIOR, 2014). Por Educação, entende-se: “Uma tipologia de atividade a qual é caracterizada inteiramente por uma preocupação em relação a uma meta a ser atingida, a relação entre Filosofia e Educação possuem uma semelhança pelo fato de que a Educação tem o intuito de trabalhar com o processo de desenvoltura de novas gerações com a sociedade, e a Filosofia reflete como isto irá ocorrer na sociedade, com isso, a Filosofia acaba fornecendo uma reflexão referente à sociedade que a mesma está situada.” (SILVA JUNIOR, 2014). 5 Silva Júnior (2014) explana que existem três tendências filosóficas políticas que abarcar a Educação, que se fundamentaram ao longo da prática educacional. Tais tendências podem ser compreendidas a partir destes conceitos: educação como redenção; educação como reprodutora; educação como um meio de transformaçãoda sociedade. A Filosofia e Educação permanecem ligadas seja no tempo ou espaço isto jamais poderá ser mudado, por simplesmente está na existência do ser humano. Uma Pedagogia precisa ser instituída por subsídios voltados a Filosofia da Educação, estes em forma de processos socioculturais, forma de organização educacional e etc. É a partir desses pressupostos que poderá ser estabelecida uma pedagogia. Conforme Silva Júnior, A educação é concebida devido a três concepções, o que se pode questionar é a relação de sentido e valor o qual a educação se torna responsável pelo andamento que se tem a sociedade, no entanto, outros afirmam que a educação de alguma forma reproduz a sociedade, outro conceito que se pode citar, é que a educação é uma instância mediadora de uma forma de entender e viver na sociedade. (SILVA JÚNIOR, 2014). A educação vista sob a ótica da tendência redentora que busca idealizar a sociedade como um grupamento de indivíduos que existem e resistem em um organismo harmonioso, com desvios de grupos, estando algumas pessoas a margem de um todo. Dessa forma, a educação é percebida como um âmbito social a serviço da formação social do indivíduo. Ainda pode ser percebida como uma educação composta de forma integral e determinada parte da sociedade a repete em seu modo de vigência, abordando a educação como uma área dentro da sociedade, e assim continuada. De forma divergente da tendência redentora, a tendência reprodutora procura considera a sociedade como um componente dela própria. Essa tendência busca na educação algum entendimento que funcionará como intermédio a um projeto social, projeto conservador ou transformador, que serão utilizados na sociedade cotidiana. Esta tendência não se aplica ao serviço conservador, mas busca demonstrar que a educação é compreensível dentro da sociedade. Os teóricos da terceira tendência sustentam “que a educação não tem, e nunca terá um papel realmente ativo perante sociedade apenas considera a possibilidade de uma ação feita a partir de seus condicionantes históricos. ” Silva Júnior (2014). Mediante isto é possível entender que a terceira tendência pode ser entendida como 6 “crítica” tendo em vista ser uma área social por lutar por uma transformação coerente na sociedade. 3 ALGUNS FILÓSOFOS DA EDUCAÇÃO As contribuições dos filósofos para a Educação começam por ajudar na compreensão dos papéis do professor e no desenvolvimento dos alunos, os limites e as potencialidades de sua atuação, além de o que fazer para melhorar suas práticas educacionais e pedagógicas. 3.1 ALEXANDER SUTHERLAND NEILL Fonte: infoescola.com A.S. Neill foi um educador e escritor escocês, fundador da escola Summerhill. Tornou-se conhecido por defender a liberdade das crianças na Educação Escolar e também por ser pioneiro na aplicação teórica da Gestão Democrática nas escolas. No campo da Educação, Neill desconstrói as supostas “verdades” que formavam parte do quadro de valores da época quando despreza a visão cientificista de 7 origem positivista que exalta a primazia do(s) método(s) de ensino cartesiano na formação do indivíduo por este esquecer-se de dar valor à sensibilidade e aos afetos, condutores da felicidade do individuo enquanto aprendiz Neill fazia parte de uma numerosa família. Seu pai, um professor de Ensino Primário na zona rural, que usava um bastão de ferro para disciplinar a classe. Embora inserido nesse contexto, não fez o curso secundário no período regular como seus sete irmãos. Era uma pessoa tímida e pouco amigo dos livros, seu prazer era o trabalho com as mãos, mas resolveu trabalhar um tempo como auxiliar do seu pai e aos 25 anos de idade foi para a Universidade de Edimburgo onde se graduou em Inglês, e foi editor de arte de uma revista em Londres. Em 1914, se tornou diretor de uma pequena escola em Gretna Greem e lá escreveu seu primeiro livro: A Dominie Log (Diário de um Mestre-Escola). Nessa publicação, já manifestou sua insatisfação com a escola tradicional. Em 1917 ao visitar Little Commonwealth, uma instituição para jovens delinquentes que funcionava com base no princípio do autogoverno ou autogestão, Neill teve acesso a esses dois elementos que foram essenciais em sua prática pedagógica: o autogoverno e a importância do bem-estar emocional das crianças. Com o término da Primeira Guerra Mundial, deu aulas em King's Alfred, um colégio londrino considerado progressista, porém lá não foi possível fazer grandes transformações no ensino. Em Agosto de 1921 resolveu fundar a International School, que se estabeleceu num casarão de estilo vitoriano em Leiston, condado de Suffolk, a 160 quilômetros de Londres, passando então a se chamar definitivamente até hoje Summerhill School. Casou-se duas vezes. Sua segunda mulher, Ena Wood Neill, administrou Summerhill junto com ele por algumas décadas até que a filha do casal, Zoe Readhead, assumiu o cargo. Na área da Educação, teve no educador britânico Homer Lane, sua principal influência. Era também era amigo e um grande admirador do psicanalista Wilhelm Reich e se dedicava aos estudos da teoria freudiana. O autor acreditava que a felicidade é primordial para o bom desenvolvimento das crianças e que essa felicidade origina de um sensode liberdade das mesmas. Para ele, as escolas tradicionais ao privar a liberdade de seus alunos tem como consequências a infelicidade vivenciada pelas crianças, que reprimidas dão arigem a problemas psicológicos da vida adulta. 8 Com a fundação de Summerhill, Neill deu formato a suas propostas pedagógicas, que eram distintas da linha hegemônica daquela época, sustentando a ideia de que os jovens devem ser estimulados a aprender em um ambiente de liberdade e de responsabilidade. Suas concepções era opostas até às propostas da Escola Nova, considerada de vanguarda, pois, para ele, ela propunha mudanças didáticas porém, não fazia ainda referência a modificações na sociedade como gostaria que acontecesse. Isso é devido o autor pensar que os representantes do referido novo movimento escolar foram equivocados ao desenvolver métodos qvoltados primordialmente ao desenvolvimento cognitivo do ser humano, sem dar importância ao que para ele era o mais importante, ou seja, a dimensão afetiva. Portanto, ele não só rompeu com a divisão cartesiana corpo e mente, intelecto e emoções, como ele desprezou os métodos (da maneira como eram concebidos teoricamente) por completo em sua escola. Segundo Neill, a única maneira de se conceber a educação era pensá-la como uma etapa essencial e favorável à formação de seres humanos felizes. Influenciado pelo pós- I Guerra Mundial, o autor parte do princípio de que a humanidade está doente e essa doença decorre do tratamento repressivo que as crianças recebem. Responde a isso afirmando que toda criança tem direito à liberdade e que um grupo de crianças se autorregula, estabelecendo em conjunto as próprias normas. "Para resumir, meu ponto de vista é que a educação sem liberdade resulta numa vida que não pode ser integralmente vivida. Tal educação ignora quase inteiramente as emoções da vida, e porque essas emoções são dinâmicas, a falta de oportunidade de expressão deve resultar, e resulta, em insignificância, em fealdade, em hostilidade. Apenas a cabeça é instruída. Se as emoções tivessem livre expansão, o intelecto saberia cuidar de si próprio." (NEILL, 1963). Em Summerhill, as crianças não possuem obrigações de assistir as aulas e, quando necessárias, as decisões da escola são definidas em assembléias onde todos participam com voz e voto, tanto os professores como os alunos e funcionários. Para o autor, esta experiência na Summerhil mostrou que, sem a coerção das escolas tradicionais, os estudantes norteiam sua aprendizagem através do seu próprio interesse e não pelo que lhe é imposto. Neill acreditava que as crianças eramnaturalmente sensatas, realistas, boas e criativa e por isso quando educadas sem 9 interferências dos mais velhos, se tornariam capazes de se desenvolver de acordo com sua capacidade, seus limites e seus interesses, sem nenhum tipo de trauma. "Toda e qualquer interferência por parte dos adultos só as torna robôs", afirmava. As intervenções, segundo ele, roubavam a alegria da descoberta e a autoconfiança necessária para a superação de obstáculos, causando sentimentos de inferioridade e dependência, duas fortes barreiras para a felicidade completa. Mediante tais ideias, na escola Summerhill, todos tem direitos iguais e nenhum adulto tem mais direitos que uma criança. É nesse sentido que o autor aponta a diferença entre os conceitos de liberdade e liçença, onde ninguém deverá sentir-se sobre licença para interferir no espaço de outra pessoa e, mesmo assim todos devam ter a liberdade para fazerem o que quiser com respeito a si próprio. Por isso que ninguém deve determinar quais aulas uma criança deve frequentar. Mas, ao mesmo tempo, ninguém tem direito de atrapalhar uma atividade coletiva. Para Neill todos devem ser livres, porém isso não implica numa liberdade sem limites. Liberdade não pode significar direito de fazer o que bem quiser a hora que quiser. Excesso de liberdade se transforma em licenciosidade. Neill fez críticas a escola tradicional por entender que enfatizava demais o lado racional das pessoas, em detrimento do lado emocional. Em sua escola o teatro, a dança, os trabalhos manuais, eram destacada frente às disciplinas tradicionais. As aulas das matérias convencionais, embora existentes, não se tornarvam centrais na escola. Como diretor, ele deu aulas de Álgebra, Geometria e Trabalhos Manuais. Expressava admiração mairo queles que possuíam habilidades para o trabalho manual do que aqueles que se restringiam ao trabalho intelectual. Durante determinado tempo trabalhou de forma individual com alguns alunos numa espécie de sessão de terapia, porém algum tempo depois abandonou esse trabalho individual, pois determinou que independente das sessões os alunos solucionavam seus problemas de qualquer forma, pois a liberdade se responsabilizava por isso. 10 3.2 DELFIM SANTOS Fonte: wikipedia.org Delfim Pinto dos Santos masceu no Porto, na freguesia da Sé. Começou a trabalhar aos onze anos de idade, como ajudante de seu pai, Arnaldo Pinto, em sua oficina de ourivesaria. Pouco após a morte de seu pai, em 1922, Delfim com apenas quinze anos, entendeu que a sua vocação seriam os estudos e inscreveu-se no ensino liceal noturno, concluindo em 1927 o Curso Complementar de Ciências e o de Letras. Foi um participante empenhado nas atividades culturais e desportivas da Associação Cristã da Mocidade, de caráter protestante. Em 1931 licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Teve como professor e amigo, Leonardo Coimbra, tornando-se seu admirador, mas não discípulo. Outros professores ifluenciadores foram Teixeira Rego, Newton de Macedo, Luís Cardim e Aarão de Lacerda e foram seus condiscípulos Agostinho da Silva, Álvaro Ribeiro, Adolfo Casais Monteiro, Sant'Anna Dionísio e José Marinho, entre outros. Após o curso iniciou estágio no Liceu Nacional José Falcão, em Coimbra, porém interrompeu a docência no ano letivo seguinte para completar as cadeiras pedagógicas na Universidade de Coimbra, concluindo o segundo e último ano do estágio já em Lisboa, no Liceu Normal de Pedro Nunes onde fez o Exame de Estado para habilitação à docência liceal no ensino oficial. Prosseguiu a carreira em https://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_da_Silva https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81lvaro_Ribeiro_(fil%C3%B3sofo) https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81lvaro_Ribeiro_(fil%C3%B3sofo) https://pt.wikipedia.org/wiki/Adolfo_Casais_Monteiro https://pt.wikipedia.org/wiki/Sant%27Anna_Dion%C3%ADsio https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Marinho http://www.uc.pt/rualarga/anteriores/19/11 https://pt.wikipedia.org/wiki/Coimbra https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Coimbra https://pt.wikipedia.org/wiki/Lisboa https://pt.wikipedia.org/wiki/Liceu_Pedro_Nunes https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Delfim_Santos_01.jpg 11 Lisboa como Professor Associado no Liceu Gil Vicente até 1935. No ano de 1935 partiu para Viena por dois anos, como bolseiro do Instituto para a Alta Cultura (IAC) para estudar com os filósofos Moritz Schlick, Karl Bühler e Othmar Spann, sendo um dos poucos alunos estrangeiros convidados a assistir aos seminários do célebre Círculo de Viena. Escreveu então uma obra crítica sobre o Neopositivismo, intitulada Situação valorativa do positivismo, que apresentou como relatório final de bolsa de estudo ao IAC. Em 1937 foi enviado pelo IAC a Alemanha como leitor de língua portuguesa na Universidade de Berlim, onde frequentou novamente os seminários de Nicolai Hartmann e familiarizou-se com o pensamento de Martin Heidegger, de cuja obra se tornou atento leitor e comentador. Recebeu em 1940 o grau de doutor pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra com uma dissertação versando sobre Conhecimento e Realidade, voltando novamente para Berlim até 1942, data em que regressou definitivamente a Portugal. Após uma breve passagem pelo Liceu Camões foi convidado a integrar o quadro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa onde ingressou no início de 1943 na Seção de Ciências Pedagógicas com a categoria de primeiro assistente e aí iniciou uma brilhante carreira de professor. Em 1950 torna-se o primeiro professor catedrático de Pedagogia em Portugal. Regeu as cadeiras de História da Educação, Organização e Administração Escolar; Moral; e História da Filosofia Antiga bem como, desde 1948, o curso de Pedagogia e Didática. Também foi professor de Psicologia e Sociologia no Instituto de Altos Estudos Militares em diversos anos letivos entre 1955 e 1962. Participou em numerosos congressos internacionais de filosofia na Europa e em 1949 integrou a delegação oficial portuguesa ao Congresso Nacional de Filosofia em Mendoza, Argentina; em 1954 tomou parte, com outros intelectuais portugueses, na representação oficial portuguesa às comemorações do IV Centenário da Fundação da Cidade de São Paulo, que então decorreram na capital paulista, sendo convidado para orador na sessão plenária inaugural do Congresso Internacional de Filosofia. Idêntica distinção lhe foi conferida no Primeiro Congresso Nacional de Filosofia em Portugal, realizado em Braga em 1955. Mediante ao seu destaque devido sua abordagem filosófica aos temas pedagógicos, em 1962 foi convidado pela Fundação Calouste Gulbenkian a apresentar uma proposta para a criação do Centro de Investigação Pedagógica dessa https://web.archive.org/web/20131225095109/http:/www2.esec-gil-vicente.rcts.pt/ https://pt.wikipedia.org/wiki/1935 https://pt.wikipedia.org/wiki/1935 https://pt.wikipedia.org/wiki/Viena https://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_de_Alta_Cultura https://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_de_Alta_Cultura https://pt.wikipedia.org/wiki/Moritz_Schlick https://de.wikipedia.org/wiki/Karl_B%C3%BChler https://en.wikipedia.org/wiki/Othmar_Spann https://en.wikipedia.org/wiki/Othmar_Spann https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%ADrculo_de_Viena https://pt.wikipedia.org/wiki/Neopositivismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Berlim https://pt.wikipedia.org/wiki/Nicolai_Hartmann https://pt.wikipedia.org/wiki/Martin_Heidegger https://pt.wikipedia.org/wiki/Faculdade_de_Letras_da_Universidade_de_Coimbra https://pt.wikipedia.org/wiki/Liceu_Cam%C3%B5es https://pt.wikipedia.org/wiki/Faculdade_de_Letras_da_Universidade_de_Lisboa https://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_de_Altos_Estudos_Militares https://pt.wikipedia.org/wiki/Funda%C3%A7%C3%A3o_Calouste_Gulbenkian 12 Fundação, sendo seu diretor desde 1963 até à sua morte ocorrida em 1966.Foi um dos pioneiros na adoção dos meios audiovisuais na Educação e por isso convidado a presidir o Conselho Pedagógico do Instituto de Meios Audiovisuais de Ensino (IMAVE), criado em dezembro de 1964 pelo Ministério da Educação Nacional para dar que no mês seguinte iniciou com à Telescola, vigente até 2003. Delfim Santos foi membro efetivo da Academia das Ciências de Lisboa, onde ocupou a cadeira n.º 37, precedido por Aquilino Ribeiro e sucedido por Domingos Monteiro, bem como Presidente da Sociedade Portuguesa de Escritores (SPE) em 1962. Colaborou em grandes revistas nacionais e internacionais, foi diretor da Revista A Águia, durante quinze anos manteve a sua principal tribuna pública no lisboeta Diário Popular, contribuindo com a sua reflexão para os grandes debates públicos, tendo também colaborado na revista Litoral e ainda na revista luso-brasileira Atlântico. Sendo um professor carismático, com genuina habilidade maiêutica, ficou renomado devido suas aulas que atraiam ouvintes como alunos regulares. Mediante seu empenho como educador além de atuar na extensão universitária este filósofo apoiou, promoveu e participou de inúmeras iniciativas como debates, ciclos de conferências, palestras, principalmente estudantil bem como o teatro universitário. Manteve contato com personalidades europeias e sul-americanas, estando entre os seus correspondentes estrangeiros Sigmund Freud, Mircea Eliade e especialmente Hermann Hessee. Recebeu uma homenagem, tendo seu nome atribuído a uma escola em Lisboa e a diversas ruas em Portugal. Em 2016, devido o Cinquentenário de sua morte, o Município de Cascais conferiur o seu nome à nova Rotunda Prof. Delfim Santos que remata a A5. No mesmo ano a Biblioteca Nacional de Portugal promoveu uma ampla exposição evocativa, intitulada “Delfim Santos, O Filósofo do Diálogo”, acompanhada de um ciclo de conferências. Sua obra filosófica, pedagógica, crítica e epistolar foi publicada em 4 volumes pela Fundação Calouste Gulbenkian, com 3 edições já disponibilizadas. Com sua sensibilidade ao valor pedagógico do cinema e às suas potencialidades didáticas, realizou comentários e palestras voltadas a vários filmes, entre eles O Filho Pródigo (Luis Trenker, Alemanha 1934), O Terceiro Homem (Carol Reed, USA 1949) e Umberto D. (Vittorio de Sica, Itália 1952). Os aspectos filosóficos de suas obras foram especialmente influenciados pela filosofia alemã no século XX. Inicialmente sua https://pt.wikipedia.org/wiki/Academia_das_Ci%C3%AAncias_de_Lisboa https://pt.wikipedia.org/wiki/Aquilino_Ribeiro https://pt.wikipedia.org/wiki/Domingos_Monteiro https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_Portuguesa_de_Escritores https://pt.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A1rio_Popular_(Portugal) https://pt.wikipedia.org/wiki/Litoral_(revista) https://pt.wikipedia.org/wiki/Atl%C3%A2ntico:_revista_luso-brasileira https://pt.wikipedia.org/wiki/Sigmund_Freud https://pt.wikipedia.org/wiki/Mircea_Eliade https://pt.wikipedia.org/wiki/Hermann_Hesse https://pt.wikipedia.org/wiki/Cascais http://www.delfimsantos.net/2016/11/18/inaugurada-a-rotunda-prof-delfim-santos-em-cascais/ https://pt.wikipedia.org/wiki/A5_(autoestrada) https://pt.wikipedia.org/wiki/Biblioteca_Nacional_de_Portugal https://pt.wikipedia.org/wiki/Funda%C3%A7%C3%A3o_Calouste_Gulbenkian https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Terceiro_Homem https://en.wikipedia.org/wiki/Umberto_D. 13 pesquisa centrou-se na inconveniência da aplicação dos métodos matemáticos ou das ciências naturais à filosofia e ao estudo das humanidades, onde realizou críticas as teses dos neopositivistas de Viena. Posteriormente intereseou-se pela ontofenomenologia de Nicolai Hartmann, seu orientador de dissertação de doutorado em Berlim, influenciador na caraterização do real não como unidade, mas como multiplicidade, ideia que desenvolveu com reflexão própria, foi em Hartmann que aderiu a "filosofia dos problemas", aporética, e não à via sistémica e solucionista. No ciclo final de sua obra explorou as possibilidades de uma antropologia filosófica de cunho existencial e a sua aplicação à pedagogia, onde ocupou-se de temas da filosofia das ciências, em particular da física. Ao buscar um condensação existencial entre Filosofia e Pedagogia, elaborou um importante trabalho de atualização e de renovação do pensamento pedagógico português, apresentou diversas propostas de orgânica escolar e curricular desde o jardim de infância à universidade. Creditou sua especial reflexão as questões do ensino técnico-profissional, da orientação vocacional. Publicou estudos sobre a paidea grega vinculada a História da Educação e ainda publicou sobre educadores estrangeiros como Pestalozzi e Maria Montessori e o português Adolpho Coelho, entre tantos outros. Estudou também a história do pensamento filosófico português e brasileiro. Santos foi entusiasta da relação portuguesa com o Brasil, realizou visitas e manteve contatos com intelectuais brasileiros como os filósofos Vicente Ferreira da Silva, Miguel Reale e Luís Washington Vita. Delfim Santos, ainda caminhou na literatura, colaborando com revistas literárias e culturais buscando falar sobre o valor do elemento espiritual para a vida humana, nas possibilidades da criação individual e na consciência da transitoriedade. Demonstrou-se um crítico literário à poesia e ao ensaio de autores portugueses. Interviu na imprensa periódica com temas da cultura e da literatura portuguesas, assuntos de atualidade e questões pedagógicas, para além da reflexão sobre um tempo ameaçado por crescentes instâncias de desumanização. Foi um filósofo, pedagogo, escritor e professor universitário português, autor de uma extensa obra abrangendo os géneros do tratado filosófico, do ensaio, do memorialismo, da oratória, da crítica (literária e alguma cinematográfica) e da crónica, difundida em numerosas publicações da imprensa periódica, científica, cultural e da especialidade. https://pt.wikipedia.org/wiki/Nicolai_Hartmann https://pt.wikipedia.org/wiki/Pestalozzi https://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Montessori https://pt.wikipedia.org/wiki/Adolpho_Coelho https://pt.wikipedia.org/wiki/Miguel_Reale 14 3.3 DERMEVAL SAVIANI Fonte: fe.unicamp.br Dermeval Saviani nasceu em Santo Antônio de Posse/SP em 25 de dezembro de 1943. É um filósofo e pedagogo brasileiro. Neto de imigrantes italianos e filho de trabalhadores rurais. Em 1948 mudou-se para a cidade de São Paulo, juntamente com os seus pais que se tornaram operários industriais. Em 1966, terminou o curso de bacharel em Filosofia. Em 1967 atuou como professor do curso de Pedagogia da PUCSP e lecionou filosofia e história da arte num colégio estadual e História e Filosofia da Educação na Escola Normal do Colégio Sion. Tendo concluído o Doutorado na área de Ciências Humanas: Filosofia da Educação, na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de São Bento da PUCSP, ajudou a criar o programa de mestrado em Filosofia da Educação nessa instituição. Em 1975 foi lecionar na recém-criada Universidade Federal de São Carlos onde ajudou a implantar o mestrado em Educação, em convênio com a Fundação Carlos Chagas. Em 1978 retornou como professor da PUCSP e ajudou a consolidar o doutorado em Educação nesta instituição. Em 1979 participou da fundação da Associação Nacional de Educação (ANDE) tendo sido, também, sócio-fundador da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED) criada e do Centro de Estudos https://pt.wikipedia.org/wiki/Santo_Ant%C3%B4nio_de_Posse https://pt.wikipedia.org/wiki/25_de_dezembro https://pt.wikipedia.org/wiki/25_de_dezembro https://pt.wikipedia.org/wiki/1943 https://pt.wikipedia.org/wiki/Fil%C3%B3sofo https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedagogo https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasileiro https://pt.wikipedia.org/wiki/Imigra%C3%A7%C3%A3o_italiana_no_Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Imigra%C3%A7%C3%A3o_italiana_no_Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulohttps://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulo https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%A9gio_Sion https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_Federal_de_S%C3%A3o_Carlos 15 Educação e Sociedade (CEDES). Em 1986 concluiu a livre docência na área de História da Educação na Faculdade de Educação da UNICAMP. Também em 1986 criou o Grupo de Estudos e Pesquisas "História, Sociedade e Educação no Brasil" que se consolidou como um Grupo Nacional com grupos de trabalho na maioria dos estados brasileiros. Coordenou o programa de Pós-Graduação em Educação da UNICAMP. Considerado filósofo da educação e/ou pedagogo lato sensu, é fundador de uma pedagogia dialética, que denominou Pedagogia Histórico-Crítica. Saviani vivenciou um período de mudanças no país, como exemplo a mudança na educação durante a solidificação do período democrático. Este filósofo tem uma visão progressista sobre a educação. É icentivador da teoria histórico-crítica que tem o intuito de transmitir conhecimentos significativos que possam contribuir para a formação de indivíduos críticos e emancipados assegurando a inclusão social dos educandos. Na obra Educação e Democracia, escrita em 1987, com muita transparência e veracidade em sua ideologia e pressupostos, o autor retratou variadas falhas e problemas no sistema educacional brasileiro em diversos momentos históricos, onde afirmou que esta fortaleceu as desigualdades e privilegiou a classe dominante. Ele também versou sobre a relação entre política, sociedade e educação, apresentando um análogo entre as teorias da educação. É nesta fração que Saviani trouxe para a discussão temas como a exclusão e marginalidade, sinalizando que a educação é um importante instrumento para retificar estes desvios. Conforme Saviani: Nesse quadro, a causa da marginalidade é identificada com a ignorância. É marginalizado da nova sociedade quem não é esclarecido. A escola surge como um antídoto à ignorância, logo, um instrumento para equacionar o problema da marginalidade. Seu papel é difundir a instrução, transmitir os conhecimentos acumulados pela humanidade e sistematizados logicamente. (SAVIANI, 2001). Para que isso ocorra é fundamental a elaboração de políticas públicas que venha garantir a qualidade da educação. Estas necessitam da participação de todos aqueles que estão envolvidos nesse processo, a fim de que possam buscar alternativas combatentes a estas falhas com o propósito da promoção do bem-estar individual e coletivo, resultante de um desenvolvimento social. O autor denotou duas linhas teóricas: As teorias não-críticas (pedagogia tradicional, pedagogia tecnicista e a pedagogia nova) que recebeu maior ênfase de https://pt.wikipedia.org/wiki/Livre_doc%C3%AAncia https://pt.wikipedia.org/wiki/UNICAMP https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Teoria_hist%C3%B3rico-cr%C3%ADtica&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Inclus%C3%A3o_social 16 sua parte e as teorias crítico-reprodutivistas (teoria do sistema de ensino como violência simbólica, teoria da escola como aparelho Ideológico de estado (AIE) e teoria da escola dualista). Saviani faz uso de uma metáfora para explicar suas afirmações no que diz respeito às tentativas de correções dos desvios do sistema de educação: “A Teoria da Curvatura da Vara”, onde expressou que a vara estando torta, ela fica curva de um lado e para que possa endireitá-la, não basta apenas colocá-la na posição correta, sendo necessário curvá-la para o lado oposto. E partindo deste princípio dentre outras teses citadas na obra, Saviani chama atenção para a reflexão quanto ao processo de tentativas de correção das falhas e desvios da educação brasileira, enfatizando a necessidade da valorização da reflexão quanto aos conteúdos e disciplinas estabelecidos para a escola. Nessa obra, o autor menciona alguns assuntos sobre a educação e a política e nestes assegura que apesar de possuírem conceitos diferentes, são indissociáveis e interagem entre si. Pois, uma vez que a educação quanto a política existem, podem conviver em harmonia, não precisando uma estar subordinada à outra. Saviani concluiu que o ensino não se limita à disseminação do conhecimento, mas, mais importante, é uma ferramenta que deve ser utilizada com sabedoria e que propõe atividades problematizadoras, pois por meio dessas atividades o aluno pode assumir suas próprias responsabilidades e capacidade de pensamento. 17 3.4 ERASMO DE ROTERDÃ Fonte: aulazen.com Erasmo de Roterdão foi um teólogo e filósofo humanista neerlandês que viajou por toda a Europa, como Portugual, Espanha, Croácia, Bulgária, Dinamarca e outros. Cursou o seminário com os monges agostinianos e realizou os votos monásticos aos 25 anos, vivendo como tal, sendo um grande crítico da vida monástica e das características que julgava negativas na Igreja Católica. Frequentou o Collège Montaigu, em Paris, e continuou seus estudos na Universidade de Paris. Erasmo escolheu por ter uma vida acadêmica independente, livre de restrições do estado, conexões acadêmicas, lealdade religiosa e todas as influências que possam interferir em sua liberdade intelectual e expressão literária. Ele foi professor de Teologia na Universidade de Cambridge e, embora tenha conquistado muitos cargos honoríficos e lucrativos no mundo acadêmico, rejeitou. Desidério Erasmo nasceu em 28 de outubro da década de 1460 por diferenças na data de nascimento. Apesar de seus laços com Rotterdam, ele só viveu lá por quatro anos e nunca mais voltou. As informações sobre sua família e o início da vida vêm principalmente de referências vagas em seu trabalho. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_de_Santo_Agostinho https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Cat%C3%B3lica https://pt.wikipedia.org/wiki/Paris https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Paris 18 Apesar de ser um clérigo e um cristão profundo, o filósofo holandês entrou para a história por causa de sua oposição às regras da Igreja na educação, cultura e ciência. Ao longo da Idade Média, a influência religiosa dificilmente foi contestada e, mesmo na era de Erasmo, uma oposição corajosa foi necessária. Em todo caso, a coragem pessoal fez parte da atitude de vários intelectuais que começaram a ser enfatizada durante a transição para a era moderna, incluindo o filósofo holandês. O novo pensamento defendeu a liberação da criatividade e da vontade humanas, ao contrário do pensamento acadêmico, onde todas as coisas terrenas deveriam estar sujeitas à religião. O antropocentrismo - a superioridade dos seres humanos sobre o transcendente - é o eixo dessa nova filosofia, que mais tarde foi chamada de humanismo. Esta palavra é derivada da expressão latina "studia humanitatis", que se refere ao estudo de poética, retórica, história, ética e filosofia na universidade. Eles são chamados de artes liberais porque as pessoas acreditavam que eles forneceriam aos humanos, ferramentas para exercer sua liberdade pessoal. A cultura humanística mais típica se desenvolveu nas cidades do norte da Itália, mas o mesmo espírito se espalhou pela Europa. Entre os não italianos, Erasmo é o representante mais influente dessa tendência de pensamento. A fonte original de todo humanismo é a literatura clássica. Esta era é uma das redescobertas e reinterpretações dos produtos da antiga cultura greco-romana. O interesse por este período da história foi acompanhado por uma série de mudanças profundas na vida europeia: o renascimento das cidades, a formação de redes comerciais entre centros distantes, a consolidação de classes de negócios muito ricas, o estabelecimento de bancos e a centralização do poder político em torno de cidades e reinos. Tudo isso levou ao surgimento de brechas na autoridade da igreja, que antes existiam em toda parte. Por razões óbvias, esse importante período de transição na história é chamado de Renascimento,que produziu o produto cultural mais rico e fecundo de todos os tempos. Erasmo se insere no panorama cultural como um símbolo da nova era. Quando o papa lançou guerras e acumulou riqueza, e o clero mostrou sinais de ostentação, hipocrisia e arrogância, Erasmo pregou os valores cristãos primitivos que começavam com a paz. Sua obra mais famosa " Elogio da Loucura" é uma sátira da inversão de valores que ele encontrou na sociedade daquela época. A moralidade é o centro das 19 atenções dos filósofos, que acredita que a moralidade deve ser a fonte e o objetivo final da educação. Erasmo criticava as escolas de seu tempo, que geralmente eram dirigidas pelo clero, e sua pedagogia era baseada em manuais rígidos, conceitos repetitivos e princípios disciplinares e abusividade. O filósofo viu um grande tesouro cultural no livro, que deveria ser usado como base de ensino. Para ele, não era apenas uma questão de alfabetização, mas também de interpretação crítica dos textos, prática adotada por humanistas e reformadores religiosos na história da pedagogia. Ele acreditava que um bom estudo das artes liberais até os 18 anos pode fazer com que os jovens entendam tudo facilmente. Como qualquer humanista, os pensadores holandeses defenderam a possibilidade da perfeição pelo conhecimento. Para o filósofo, ao ensinar, é necessário levar em consideração a idade da criança - e, portanto, cuidar especialmente dela - e a natureza de cada criança. Segundo ele, só a educação religiosa é adequada a todos, e o estudo das artes liberais se limitará aos filhos das elites, que futuramente terão cargos de decisão. No campo propriamente pedagógico, o interesse de Erasmo pelo conhecimento de línguas antigas lançou a base para os primeiros pensadores que estudaram o passado, especialmente o Novo Testamento e a fé cristã. A ênfase na história humana e no estudo dos eventos passados propuseram um dos principais pilares da educação moderna. Pelo contrário, a cultura medieval é baseada em ideais eternos. Com a invenção da impressora pelo alemão Johannes Gutenberg, Erasmo ficou entusiasmado devido a promessa de ampla circulação de textos da literatura clássica. Ele percebia o conhecimento dos livros como alternativa saudável à educação religiosa que recebera. Para ele, o ensino que havia conhecido "tentava ensinar humildade destruindo o espírito das crianças". Outros valores do Renascimento, como a beleza sublime e o prazer, são abundantemente encontrados nos clássicos greco-romanos. Para Erasmo, esses princípios são mais interessantes do que as abstrações da filosofia acadêmica. Além disso, ele disse que o prazer físico e o senso de humor não conflitam com o Cristianismo. Apesar de sua notoriedade ao longo de sua vida, Erasmo foi desprezado por gerações seguintes. Cerca de um século depois, o educador tcheco João Comênio adotou suas ideias e é considerado o pai da didática moderna. 20 3.5 IMMANUEL KANT Fonte: saladefilosofiaunisal.blogspot.com Immanuel Kant nasceu, viveu e morreu em Königsberg, atual Kaliningrado, na altura pertencente ao Reino da Prússia. Ele foi o quarto de nove filhos do fabricante de correias, compontente de carroças daquela época, Johann Georg Kant, e sua esposa Regina. Nascido no seio de família protestante luterana, recebeu uma educação rigorosa na escola poetista, que frequentou por intervenção de um pastor. No entanto, embora mantivesse sua fé em Deus, ele era muito cético em relação à religião organizada quando adulto. Foi estudante durante a maior parte da adolescência, sólido mas discreto, preferia bilhar a estudar. Tinha convicção que uma pessoa só pode tomar decisões firmes sobre a vida depois dos 39 anos. Nessa idade, era apenas metafísico em uma universidade prussiana, mas devido a uma breve crise existencial teve sua direção de certa forma influenciada. Depois de um longo período de trabalho como professor secundário de geografia, Kant passou a estudar filosofia, física e matemática na Universidade de Königsberg e, em 1755, começou a ensinar ciências naturais. Em 1770, tornou-se professor da Universidade de Königsberg, cidade da qual nunca saiu, levando uma vida monotonamente pontual e dedicada exclusivamente ao estudo da filosofia. Ele conduziu vários trabalhos no campo das ciências naturais e exatas. Ele foi um https://pt.wikipedia.org/wiki/K%C3%B6nigsberg https://pt.wikipedia.org/wiki/Kaliningrado https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_da_Pr%C3%BAssia 21 professor universitário competente durante a maior parte de sua vida, mas nada do que fez antes dos cinquenta anos lhe rendeu qualquer reputação histórica.. O filósofo é conhecido principlamente pela criação do assim chamado idealismo transcendental: todos nós trazemos formas e conceitos transcendentais (aqueles que não são derivados da experiência) para a experiência concreta do mundo, caso contrário, não podemos ter certeza. A filosofia da natureza e da humanidade de Kant sempre foi uma das principais fontes da relatividade conceitual dominante da vida intelectual no século XX. Kant também é famoso por sua filosofia moral e pela primeira proposta sobre a formação do sistema solar, esta é a hipótese de Kant-Laplace. Kant falou sobre a ideia de educação, que pode promover todas as condições para o amadurecimento e desenvolvimento da natureza humana entre as pessoas. O primeiro exemplo de disciplina e orientação é para os pais, mas essa educação é limitada porque as crianças precisam de outros exemplos. Para Kant (1996), a “educação é uma arte, cuja prática necessita ser aperfeiçoada por várias gerações”. Assim, afirmava que: Com a educação presente, o homem não atinge plenamente a finalidade da sua existência. Na verdade, quanta diversidade no modo de viver ocorre entre os homens! Entre eles não pode acontecer uma uniformidade de vida, a não ser na medida em que ajam segundo os mesmos princípios, e seria necessário que estes princípios se tornassem como que uma outra natureza para eles. Podemos trabalhar num esboço de uma educação mais conveniente e deixar indicações aos pósteros, os quais poderão pô-las em prática pouco a pouco (KANT, 1996). Ele compreendia educação como o cuidado da infância, ou seja, “a conservação, o trato, a disciplina e a instrução com a formação” (KANT, 1996). Desse movo, o ser humano está em processo de aprendizado e desenvolvimento. Para ele cuidado com a infância indicava “as preocupações que os pais tomam para impedir que as crianças façam uso nocivo de suas forças” (KANT, 1996). Kant dividia a pedagogia em física e prática. A educação física está relacionada ao cuidado com o corpo e com a vida. Por outro lado, a educação prática ou moral é a educação relacionada à construção humana ou física para que as pessoas possam viver livremente em um ambiente social. Kant entendia a moral como uma “prática no sentido objetivo, enquanto totalidade de leis que ordenam incondicionalmente, de acordo com as quais devemos agir...” (KANT, 2009) 22 Além disso, ele acredita que a educação é privada e pública. A educação pública deve combinar instrução e a formação moral. Por outro lado, a educação privada é ministrada em casa por meio dos pais ou pessoas que os auxiliam no cumprimento dessa tarefa. Kant perguntou que tipo de educação os pais deveriam repassar aos filhos. Ele responde dizendo que: (...) em geral, a educação pública parece mais vantajosa que a doméstica, não somente em relação à habilidade, mas também com respeito ao verdadeiro caráter do cidadão. A educação doméstica, além de engendrar defeitos do âmbito familiar, os propaga. (KANT, 1996). Para Kant, a disciplina é a base da educação. Os seres humanos precisam formar conceitos sobre comportamento, moralidade, comportamento, etc. Para isso, é necessária outra pessoa que o auxilie nesse treinamento. Kant afirmava que: A (...) disciplinaé o que impede ao homem de desviar-se do seu destino, de desviar-se da humanidade, através das suas inclinações animais [...] Mas, a disciplina é puramente negativa, porque é o tratamento através do qual se tira do homem a sua selvageria; a instrução, pelo contrário, é a parte positiva da educação. (KANT, 1996). A disciplina e a educação devem começar cedo na vida da criança para que ela possa se tornar um adulto disciplinado e bem-educado. Essa tensão entre a disciplina como parte negativa e a orientação como parte positiva irá promover a formação da pessoa e emancipar a educação, ou seja, a formação de um sujeito autônomo. Além destes, Kant inclui o tema da religião, quando afirma que “a religião que estiver fundamentada unicamente na Teologia nada pode conter da moralidade” (KANT, 1996) e “se a religião não vem acompanhada pela consciência moral, permanece ineficaz” (KANT, 1996). Kant sugere como parte positiva da educação física a cultura, pois é através dela “que o homem se distingue dos animais” (KANT,1996). Ele dividiu essa cultura (fruto da educação física) em dois tipos: gratuita e acadêmica. A liberdade é como a alegria de aprender quando uma criança está brincando. O trabalho escolar é o resultado da obrigação da criança. Ele afirma: “a educação deve ser impositiva; mas nem por isso deve ser escravizante” (KANT, 1996). É importante ressaltar que, para Kant, a característica da educação é cuidar da vida das crianças, mas também o desenvolvimento e cultivar os bons costumes e 23 hábitos. Depois, há períodos em que o assunto requer a atenção dos pais e educadores em termos de instrução, a fim de aprender a controlar os impulsos e distinguir os humanos dos animais. Além da disciplina, a pedagogia também deve ser dedicada à educação moral ou à formação das pessoas, que é a condição básica da vida familiar e social. 3.6 JEAN PIAGET Fonte: todamateria.com.br Jean William Fritz Piaget foi um biólogo, psicólogo e epistemólogo suíço, considerado um dos mais importantes pensadores do século XX. Ele defendeu o método interdisciplinar de pesquisa epistemológica e fundou a genética epistemológica, uma teoria do conhecimento baseada no estudo da origem psicológica do pensamento humano. Ele primeiro estudou biologia na Universidade de Neuchâtel e obteve o doutorado, e depois se dedicou às áreas de Psicologia, epidemiologia e educação. De 1929 a 1984, foi professor de Psicologia na Universidade de Genebra e ficou conhecido mundialmente por sua revolução epistemológica. Escreveu mais de 50 livros e centenas de artigos em sua vida. https://pt.wikipedia.org/wiki/Bi%C3%B3logo https://pt.wikipedia.org/wiki/Psic%C3%B3logo_cl%C3%ADnico https://pt.wikipedia.org/wiki/Epistem%C3%B3logo https://pt.wikipedia.org/wiki/Su%C3%AD%C3%A7a https://pt.wikipedia.org/wiki/Pensamento https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XX 24 Piaget também teve uma influência considerável no campo da ciência da computação. Seymour Papert usou o trabalho de Piaget como base para o desenvolvimento da linguagem de programação de logo. Alan Kay usou a teoria de Piaget como base para o sistema de programação conceitual Dynabook, que foi inicialmente discutido no Xerox PARC. Essas discussões levaram ao desenvolvimento do protótipo Alto, que primeiro explorou os elementos da GUI ou interface gráfica de usuário e influenciou a criação de interfaces de usuário na década de 1980. O trabalho de Jean Piaget foi criado ao longo de mais de 50 anos de pesquisa, e sua vida foi dedicada a analisar o processo de aquisição do conhecimento humano. Ele se formou com especialização em ciências naturais e criou um campo de pesquisa baseado no crescimento das crianças para explicar como os humanos alcançam um nível superior de conhecimento. Para alcançar o pensamento adulto, Piaget recorreu à origem do pensamento infantil para acompanhar seu desenvolvimento até a idade adulta, quando a compreensão do pensamento das pessoas se tornou cada vez mais profunda. Segundo ele, antes de atingir habilidades de raciocínio suficientes no início da adolescência, as crianças passam por quatro estágios de desenvolvimento, sendo: ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR (0 a 2 ANOS) – O bebê começa a construir esquemas de ação a partir de reflexos neurológicos básicos. A inteligência é prática e as noções de tempo e espaço são construídas pela ação direta com o meio como, por exemplo, pegar objetos e levá- los a boca. ESTÁGIO PRÉ-OPERATÓRIO (2 a 7 ANOS) – Estágio da inteligência simbólica, caracterizado pela interiorização dos esquemas de ação elaborados a partir do estágio sensório-motor e pela aquisição da linguagem como forma de expressão. ESTÁGIO OPERATÓRIO CONCRETO (7 a 11 ANOS) - Desenvolvimento da noção de tempo e espaço e capacidade de abstração da realidade. A criança já não se limita a uma representação imediata, mas ainda depende muito do mundo concreto para chegar à abstração. ESTÁGIO OPERATÓRIO FORMAL (12 ANOS EM DIANTE) – Nesta fase a criança amplia as capacidades conquistadas na fase anterior e é 25 capaz de pensar em todas as relações possíveis a partir de hipóteses que não dependam necessariamente da observação da realidade. A representação permite, portanto, a abstração total e o organismo atingem assim seu equilíbrio. O autor descobriu então características singulares do desenvolvimento humano, concluindo que a inteligência é específica da adaptação biológica aonde, à medida que os sujeitos desenvolvem sua capacidade de se adaptar às condições ambientais, os sujeitos continuam a progredir, criando ferramentas para superar os obstáculos encontrados no processo de maturação. Dessa forma, o desenvolvimento psicológico e o desenvolvimento orgânico estão orientados para o equilíbrio, pois o processo de desenvolvimento representa uma transição contínua de um estado de equilíbrio inferior para um estado de equilíbrio superior, sempre em direção ao equilíbrio final. Desta forma, os organismos usam a interação entre dois mecanismos importantes: assimilação e adaptação. Por um lado, a assimilação é responsável por incorporar a informação aos programas que o indivíduo já possui; pelo contrário, a adaptação facilitará a modificação dos programas individuais a partir da resistência imposta ao alvo pelo objeto assimilado. E o resultado dessa dinâmica é que no processo de enfrentamento ao meio ambiente, a adaptação e o equilíbrio entre os processos de assimilação e adaptação vão gerar sabedoria. Portanto, quando um novo desafio é colocado à prova, o desequilíbrio por ele causado coloca o aparelho mental novamente em funcionamento. Portanto, nas palavras de Piaget, o conhecimento é o resultado da interação constante entre a bagagem hereditária e a experiência adquirida. 26 3.7 JEAN-JACQUES ROUSEAU Fonte: usjt.br Jean-Jacques Rousseau, foi um importante filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata genebrino. Ele é considerado um dos principais filósofos do Iluminismo e um pioneiro do Romantismo. Na verdade, sua filosofia política influenciou todos os aspectos do Iluminismo em toda a Europa, a Revolução Francesa e o desenvolvimento moderno da economia, da política e do pensamento educacional. Para ele, as instituições educacionais tradicionais corromperam as pessoas e o privaram de liberdade. Para construir um novo homem e uma nova sociedade, é necessário educar as crianças de acordo com a natureza e desenvolver gradualmente seus sentidos e racionalidade para ganhar liberdade e julgamento. Autor suíço, nascido em Genebra no século XVIII, foi um dos mais importantes escritores do Iluminismo francês, precursor das ideias socialistas e do romantismo, contestador da propriedade privada. Foi considerado o grande teórico da educação, um marco na Pedagogia Contemporânea, seus pensamentos influenciaram a Revolução Francesa.(ARANHA,1989). Rousseau apresentou uma nova proposta educacional, enfatizando a necessidade de educar as crianças para se tornarem autônomas, ou seja, para se tornarem sujeitos e donos de seu próprio destino e começarem a pensar por si https://pt.wikipedia.org/wiki/Rep%C3%BAblica_de_Genebra 27 mesmas. Para isso criou um personagem, o Emílio, que redefine o princípio da educação no contexto de sua época, expondo um método de ensino libertador, na Pedagogia natural, o Emílio é totalmente livre, que brinca, as vezes cai e até se machuca, argumentando assim que a educação é ensinar as crianças a viver, aprender e exercer a liberdade (ROUSSEAU, 1999). Para Rousseau, o princípio básico da boa educação é cultivar o divertimento da ciência e seus métodos entre as crianças. E os professores devem incitar esses sentimentos. Rousseau acredita que a educação não se pauta pelo sagrado ou pelo destino, mas pela razão. Ele propôs uma educação baseada no conhecimento humano e na moralidade ao mesmo tempo, ou seja, uma pessoa ideal para a sociedade. Já no século XVIII, o autor propunha que as crianças brincassem e se exercitassem primeiro, pois, brincando, ela aprenderia a linguagem, o canto, a aritmética e a geometria, estabelecendo assim os princípios da autonomia. Rousseau acredita que o ser humano não está fixo em um solo único, e que a educação permite que as crianças tenham contato com o mundo maior, não apenas com quartos, cidades ou mesmo países. Rousseau tem outras obras importantes, além de Emílio ou da Educação, como a nova Heloísa, era um romance que ressaltava a vida familiar, a moral, criticando a sociedade da época. Na obra o Contrato Social, Rousseau propagou sua opinião sobre o governo. Ele revolucionou a educação, com suas concepções de infância, influenciou e influencia pessoas com seus conceitos de Governo, de Estado, senso de liberdade, de justiça, e de democracia. 28 3.8 JOHN DEWEY https:comunidadeculturaearte.com John Dewey foi um filósofo e pedagogista norte-americano. Dewey nasceu em 20 de outubro de 1859 em Burlington, Vermont, em uma família de comerciantes religiosos protestantes, e ele estava mais preocupado em educá-lo para realizar tarefas diárias, trabalho e trabalho. Valores comunitários e religiosos, ao invés de oferecer educação escolar considerada excelente na época. Mesmo assim, ainda se ingressou na Universidade Estadual de Vermont aos 15 anos. Aos 20 anos, já havia recebido treinamento em seu país de origem e iniciado sua carreira docente, ao mesmo tempo em que era também um praticante ativo de atividades religiosas cristãs, o que o levou a escrever muitos artigos e discutir a Bíblia e muitos temas religiosos. Foi um professor universitário, produziu muito. Estudou Filosofia e Educação e teve interesse principalmente pela Pedagogia, além de política, movimentos sociais, religião, Psicologia e Sociologia. O movimento Escola Nova no Brasil em meados da década de 1930, também conhecido como Escola Progressista, teve forte influência de Dewey, no campo da educação. Várias dessas ideias atualizaram o ensino e, assim, defenderam a combinação entre teoria e prática. Para este autor o conteúdo ministrado em sala de aula é mais facilmente absorvido quando relacionado às tarefas realizadas pelos alunos. Desta forma, o seu https://pt.wikipedia.org/wiki/Fil%C3%B3sofo https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedagogista https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos 29 pensamento sobre a educação recaiu no campo da educação progressiva, que entende que a educação dos filhos deve ser feita de forma integral, entende o desenvolvimento do corpo, da emoção e da inteligência, ou seja, a educação deve incluir o desenvolvimento geral da criança. Sua contribuição para a educação de adultos é valorizar a capacidade de pensar e estimulá-los a pensar, principalmente nas discussões em grupo, pois isso pode facilitar o acúmulo de conhecimentos. Essa nova concepção de ensino tem preconceitos progressistas e visa romper com o modelo tradicional de educação vertical, onde o professor é o dono do conhecimento e continua o fato de que os alunos também têm a capacidade de pensar pode gerar conhecimento individual ou coletivamente, seja um adulto ou uma criança. Portanto, John Dewey impactou a educação na teoria e na prática, e acredita que o espaço escolar é um ambiente democrático de compartilhamento e geração de experiência. Para este filósofo, a educação é uma experiência compartilhada de compartilhamento de novos conhecimentos. Dewey é um dos principais representantes da tendência pragmática que Charles Sanders Pierce, Josiah Royce e William James propuseram pela primeira vez. Ele também escreveu extensivamente sobre pedagogia, que é um livro de referência no campo da educação moderna. Dewey tem fortes compromissos políticos e sociais, muitas vezes expressos em publicações da Nova República. John Dewey é um defensor ferrenho de uma sociedade democrática. A sua teoria educacional é entendida como a reconstrução e reorganização contínua da experiência, e está ligada à teoria da investigação, teoria dos valores e teoria democrática, a fim de melhorar a consciência das pessoas sobre as atividades atuais, passadas e futuras, a conexão entre nossas atividades e outras atividades, e para melhorar a capacidade dos indivíduos de guiar o processo de sobrevivência (Reale; Antiseri, 1991). 30 3.9 KARL JASPERS https:pinterest.com Karl Theodor Jaspers, nascido em 1883 foi um filósofo e psiquiatra alemão. Estudou medicina e, posterior ao seu trabalho no Hospital Psiquiátrico da Universidade de Heidelberg, tornou-se professor de Psicologia da Faculdade de Letras dessa instituição. Foi desligado de seu cargo pelo regime nazista em 1937 e readmitido em 1945. Três anos depois, passou a lecionar filosofia na Universidade de Basileia. O pensamento de Jasper foi influenciado por seu conhecimento de psicopatologia e, em parte, pelo pensamento de Kilkegaard, Nietzsche e Max Weber. Ele sempre se interessou por integrar a ciência ao pensamento filosófico, porque para Jasper, a ciência em si não é suficiente e requer uma inspeção crítica, que só pode ser feita pela filosofia. Por sua vez, isso deve se basear na elucidação mais completa possível da existência de pessoas reais ao invés de pessoas abstratas. O resultado dessas reflexões foi a primeira formulação de sua filosofia existencial, se tornando autor do livro de dois volumes: "Psicopatologia Geral" , grande marco em sua carreira e na evolução da psicopatologia. De acordo com Jasper (1973), o existencialismo ou filosofia existencial, constitui o escopo de todos os conhecimentos e descobertas possíveis. É por isso que a filosofia existencial se tornou metafísica. A existência é o oposto de "objeto" em qualquer aspecto, porque pode ser definida como "o que é para si encaminhada". A https://pt.wikipedia.org/wiki/1883 https://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia https://pt.wikipedia.org/wiki/Psiquiatria https://pt.wikipedia.org/wiki/Alemanha https://pt.wikipedia.org/wiki/Medicina https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Heidelberg https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Nazismo https://pt.wikipedia.org/wiki/1937 https://pt.wikipedia.org/wiki/1945 https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Basileia https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Basileia 31 questão central é como pensar sobre a existência sem fazer da existência um objeto. Entende-se que a existência das pessoas está intimamente ligada ao conceito de história e de situação: existência é a transcendência da liberdade, que abre caminho para uma série de situações históricas específicas. Jaspers preocupou-se em estabelecer as relações entre existência e razão, o que levou-o a investigar em profundidade o conceito de verdade.Para ele, a verdade não é entendida como característica de nenhum enunciado particular: é antes uma espécie de ambiente que envolve todo o conhecimento. 3.10 MARIA MONTESSORI Fonte: smilingdimplespreschool.com Maria Tecla Artemisia Montessori Montessori nasceu em 31 de agosto de 1870 em Chiaravalle, Itália. Seu pai, Alessandro Montessori era funcionário do Ministério das Finanças, trabalhava em uma fábrica de tabaco estatal. Sua mãe Renilde Stoppani era bem-educada na época. Desde muito jovem se interessou por disciplinas científicas, principalmente matemática e biologia, ocasionando atrito com os pais, que queriam que ela se dedicasse ao ensino. Contrariando às expectativas da família, https://pt.wikipedia.org/wiki/Raz%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Maria_Montessori.jpg 32 ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade de Roma, escolha que a tornou uma das primeiras mulheres italianas a formar-se em medicina em 1896. Após a formatura, ela não poderia ser médica porque nenhuma mulher tinha permissão para examinar o corpo de um homem. Então começou a trabalhar com crianças com necessidades especiais na clínica da universidade, e mais tarde se dedicou a fazer experiências com crianças sem qualquer compromisso para educá- las sobre o uso de pessoas com deficiência. Também observou crianças brincando na rua e criou um espaço educacional para essas crianças - a Casa dei Bambini. Foi uma educadora, médica e pedagoga italiana. Ficou conhecida devido ao método educativo que desenvolveu e que ainda é utilizado até o dia de hoje em escolas públicas e privadas mundo afora. Ela enfatizou a importância da liberdade, da atividade e do incentivo ao desenvolvimento físico e mental das crianças. Para ela, liberdade e disciplina estão em equilíbrio e não se pode conquistar uma sem a outra. Adotou o princípio da autoeducação, que inclui a intervenção mínima do professor, pois a aprendizagem será baseada no espaço da escola e nos materiais didáticos. A idealizadora do Método Montessori de Aprendizagem, se interessou pelos mecanismos de desenvolvimento do aprendizado infantil. Igualmente se interessou pelos estudos de Ittard sobre o Menino Selvagem (Selvagem de Aveyron) e ainda pelos trabalhos de Édouard Séguin sobre a educação dos anormais. Ao ser convidada para acompanhar uma turma de crianças com deficientes mentais, aplicou o material de Séguin obtendo ótimos resultados. Quando testou a aplicabilidade deste material em crianças normais, estabeleceu o ponto de partida para a criação de seu próprio método. Na era da educação rígida e até mesmo do castigo físico severo, Montessori mudou a direção da educação tradicional, incentivando o desenvolvimento do potencial criativo da primeira infância, desenvolvendo e aperfeiçoando técnicas de aprendizagem destinadas a correlacionar e coordenar atividades, liberdade e personalidade. Em 1907 criou a primeira “Casa dei Bambini” e nos anos 1940 seu método se propagou pelo mundo. O método Montessori tem como foco o desenvolvimento das crianças na primeira infância e é amplamente utilizado, pressupondo que todas as crianças tenham a capacidade de aprender por meio do processo de desenvolvimento 33 espontâneo que deve ser aprendido com a experiência no ambiente, organizar-se para expressar os interesses naturais da criança e estimular o lado infantil , estimulando sua capacidade de aprender fazendo e aprendizagem experimental, respeitando fatores como tempo e ritmo, individualidade, liberdade dos alunos. A autora defende a realização de atividades propícias ao movimento e ao tato, pois acredita que, nessa fase, o caminho da inteligência se faz pelas mãos, desde a experimentação do concreto à compreensão da abstração, buscando constantemente explorar e compreender pelas características. O mundo existe em diferentes atividades em objetos selecionados: tamanho, forma, cor, textura, peso, cheiro, ruído, etc. Além de propiciar um ambiente adequado de estímulo e preparar os adultos para ajudar no desenvolvimento das crianças sem interferir ou afetar suas escolhas, esse método também é reconhecido pela utilização de materiais que podem proporcionar experiências concretas e a abstração é realizada gradativamente. Os materiais usados neste método incluem: jogos sensoriais que ajudam a formar atividades mentais e sensoriais; cilindros com inserções sólidas para melhorar o desenvolvimento motor, visão, raciocínio, associação e atenção; plug-ins planos para formas associadas e reconhecimento formas geométricas; atividades do dia a dia para ajudar as crianças a adquirir conhecimentos sobre cuidados pessoais e meio ambiente; materiais dourados, especialmente desenvolvidos para o trabalho matemático. As escolas Montessori estão localizadas em quase todos os países do mundo, e algumas atividades educacionais foram realizadas sob a orientação da descoberta de Maria Montessori. O método Montessori é conhecido como o antecessor da "Pedagogia das Ciências", colocando as crianças no centro de um processo educacional que respeita as necessidades individuais dos pais e destaca a capacidade natural de aprendizagem dos filhos. Além disso, também fornece recursos científicos para a educação a partir de observações empíricas e pressupostos sobre o processo de ensino, pois, ao observar as crianças, os educadores podem refletir sobre métodos que as auxiliem no seu desenvolvimento. 34 3.11 MARTIN BUBER Fonte: paxonbothhouses.blogspot.com Martin Buber é um filósofo, escritor e educador austríaco e naturalizado israelita, nascido em uma família judia ortodoxa sionista. Buber é um falante multilíngue. Em casa, ele aprendeu ídiche e alemão. Na escola judaica, ele estudou hebraico, francês e polonês / polaco. Sua educação universitária ocorreu em Viena. Martin Mordechai Buber nasceu em Viena em 8 de fevereiro de 1878. Ele vinha de uma família judia de observadores. Uma crise pessoal o levou a romper com as práticas religiosas judaicas e se engajar na pesquisa de filosofia secular. Começou a ler Immanuel Kant, Søren Kierkegaard e Friedrich Nietzsche, inspirando-se especialmente nos dois últimos. Em 1896, Buber vai estudar em Viena, dedicando-se a filosofia, história da arte, estudos germânicos e filologia. Em 1896, Buber foi estudar em Viena, dedicando-se à filosofia, história da arte, estudos germânicos e linguística. Em 1898, juntou-se ao movimento sionista e participou do congresso e atividades do movimento organizacional. Em 1899, enquanto estudava em Zurique, Buber conheceu sua futura esposa Paula Winkler, uma escritora sionista e não judia em Munique. Mais tarde, ela teria seguido o judaísmo. Em 1902, tornou-se editor do semanário Die Welt, órgão central do movimento sionista, posteriormente abandonou as atividades de organização do movimento. Em https://pt.wikipedia.org/wiki/Immanuel_Kant https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%B8ren_Kierkegaard https://pt.wikipedia.org/wiki/Friedrich_Nietzsche https://pt.wikipedia.org/wiki/Viena https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_arte https://pt.wikipedia.org/wiki/Estudos_germ%C3%A2nicos https://pt.wikipedia.org/wiki/Filologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_sionista https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_sionista 35 1923, escreveu seu famoso ensaio sobre a existência, Ich und Du (Eu e Tu). Em 1925, inicia a tradução da Bíblia Hebraica para o idioma alemão. Em 1930, se tonou um professor honorário da Disciplina de Ética e Religião da Universidade de Frankfurt , porém se demitiu seguidamente a ascensão de Adolf Hitler ao poder, em 1933. Em 1935, foi excluído da “Câmara de Cultura do Reich". Em seguida, Buber criou o Gabinete Central para a Educação de Adultos Judeus, que veio a se tornar muito relevante quando o governo alemão proibiu aos judeus frequentaremo ensino público. Em 1938, Buber deixou a Alemanha se estabelecendo em Jerusalém e ingressou na Universidade Hebraica - onde lecionou antropologia e sociologia até 1951. Nesse mesmo período aproximou intimamente de alguns intelectuais sionistas, como o filósofo Felix Weltsch, o escritor Max Brod e políticos como Chaim Weizmann e Hugo Bergman, que havia ainda conhcido na Europa. As publicações filosóficas foi enfática à sua ideia de que não é possível existir sem comunicação e diálogo, e que os objetos necessitam de interação entre eles oara existirem. As palavras-princípio, Eu-Tu (relação), Eu-Isso (experiência), revelam as duas dimensões da filosofia do diálogo que, segundo Buber, dizem respeito à própria existência. Buber declara que o homem nasce com a a intersubjetividade, ou seja com a capacidade de interrelacionar com seu semelhante. Intersubjetividade é a relação entre sujeito e sujeito e/ou sujeito e objeto. O relacionamento, segundo o filósofo Martin Buber, acontece entre o Eu e o Tu, e denomina-se relacionamento Eu-Tu. A interrelação segundo Martin Buber, envolve o diálogo, o encontro e a responsabilidade, entre dois sujeitos e/ou a relação que existe entre o sujeito e o objeto. Intersubjetividade é umas das áreas que envolve a vida do homem e, por isso, precisa ser refletida e analisada pela filosofia, em especial pela Antropologia Filosófica. https://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%ADblia_Hebraica https://pt.wikipedia.org/wiki/Idioma_alem%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Frankfurt https://pt.wikipedia.org/wiki/Adolf_Hitler https://pt.wikipedia.org/wiki/Jerusal%C3%A9m https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_Hebraica https://pt.wikipedia.org/wiki/Antropologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Sionistas https://pt.wikipedia.org/wiki/Max_Brod https://pt.wikipedia.org/wiki/Chaim_Weizmann https://pt.wikipedia.org/wiki/Chaim_Weizmann https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunica%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Homem https://pt.wikipedia.org/wiki/Intersubjetividade https://pt.wikipedia.org/wiki/Sujeito https://pt.wikipedia.org/wiki/Objeto https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Relacionamento&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A1logo https://pt.wikipedia.org/wiki/Responsabilidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia https://pt.wikipedia.org/wiki/Antropologia_Filos%C3%B3fica https://pt.wikipedia.org/wiki/Antropologia_Filos%C3%B3fica 36 3.12 MARTIN HEIDEGGER Fonte: folha.uol.com.br Martin Heidegger foi um filósofo, escritor, professor universitário e reitor alemão. Foi um pensador produtivo na tradição continental e hermenêutica filosófica, e foi amplamente reconhecido como um dos filósofos mais originais e importantes do século XX. Seu maior reconhecimento está relacioando a suas contribuições para a Fenomenologa e Exstencialismo, embora, como a Enciclopédia de Stanford de Filosofia adverte, "seu pensamento deve ser identificado como parte de tais movimentos filosóficos apenas com extremo cuidado e qualificação"( WHEELER, 2012). Nasceu na pequena cidade de Meßkirch, distrito de Kaden, no interior da Alemanha. A princípio quis ser padre, chegando a estudar teologia na Universidade de Freiburg. Depois, estudou filosofia na mesma Universidade, com Edmund Husserl, o fundador da Fenomenologia. Em 1913, doutorou-se em Filosofia. Por estudar os clássicos protestantes de Martinho Lutero, João Calvino, entre outros, enfrentou uma crise espiritual e rompeu com o catolicismo. Em 1917 se casa com a Luterana Elfrid Petri. No ano de 1916, publicou A Doutrina das Categorias e do Significado em Duns Escoto como tese de habilitação ao ensino universitário. Posteriormente foi descoberto que as obras de Escoto consideradas por Heidegger, ou seja, a gramática especulativa, não são de Duns Escoto. Mas isso não tem nada a ver com os https://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia https://pt.wikipedia.org/wiki/Escritor https://pt.wikipedia.org/wiki/Professor_universit%C3%A1rio https://pt.wikipedia.org/wiki/Hermen%C3%AAutica https://pt.wikipedia.org/wiki/The_Stanford_Encyclopedia_of_Philosophy https://pt.wikipedia.org/wiki/The_Stanford_Encyclopedia_of_Philosophy https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Freiburg https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Freiburg https://pt.wikipedia.org/wiki/Edmund_Husserl https://pt.wikipedia.org/wiki/Martinho_Lutero https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Calvino 37 pensamentos de Heidegger, porque as obras de Heidegger têm grandes interesses metafísicos e teológicos e são mais importantes na teoria do que na história. Durante este período, Husser foi convidado a lecionar em Friburgo e Heidegger o acompanhou como assistente. Em 1929, Heidegger serviu como professor na Universidade de Marburg, sucedendo Husserl como professor de filosofia em Friburgo, e abriu o primeiro curso sobre "O que é metafísica?". No mesmo ano publicou o artigo "A Essência do Fundamento" e o livro "Kant e o Problema da Metafísica ". No entanto, em 1927, o trabalho básico de Heidegger "Ser e Tempo" foi lançado. Este trabalho foi seguido pela segunda parte, mas como os resultados alcançados na primeira parte dificultaram o seu desenvolvimento, a segunda parte não apareceu. "Ser e Tempo" foi dedicado a Husserl, que mais tarde se recusou a aprovar o trabalho, o que causou uma ruptura entre os dois. No entanto, Heidegger afirmava trabalhar com métodos fenomenológicos. Heidegger considera seu método a fenomenologia e a hermenêutico. Ambos os conceitos referem-se a orientar a atenção (a circunvisão) para fazer as pessoas entenderem a intenção da maior parte do conteúdo oculto no conteúdo exibido, mas é exatamente isso que é exibido no conteúdo exibido. Portanto, o propósito da hermenêutica é explicar o que é mostrado, revelando o que ali é mostrado, mas não é visível no início e na maioria das vezes. Esse método analisa diretamente o fenômeno e esclarece sua manifestação. Heidegger apontou que essa metodologia corresponde ao modelo kantiano ou copernicano de colocar ou projetar vistas em perspectiva. Nesse sentido, sua metodologia é uma abordagem tortuosa do ponto de vista, pois o foco deve mudar do Dasein para a Existência. Esta mudança centra-se na existência de entidades, o que corresponde à inversão da ontologia tradicional. Além da relação com a fenomenologia, a influência de Heidegger é igualmente importante para o existencialismo e o desconstrucionismo. O ponto de partida do pensamento de Heidegger, principal representante da filosofia existencial alemã, é a questão do sentido existencial. Heidegger usa o homem como exemplo para resolver esse problema. A característica do homem é perguntar a si mesmo. O homem é especialmente mediado por seu passado: a existência do homem é uma "ser que caminha para a morte" e sua relação com o mundo é formada a partir dos conceitos de preocupação, angústia, conhecimento e complexo de culpa. 38 O homem deve tentar "saltar" e escapar de sua situação cotidiana para chegar ao seu verdadeiro "eu". A base de sua filosofia de existência foi exposta no livro inacabado "Ser e Tempo" de 1928 (publicado em Marburg em 1927), que o tornou famoso fora da universidade. Heidegger veio de uma família humilde, recebeu mesada religiosa e concluiu o ensino fundamental, o que também lhe permitiu iniciar estudos teológicos e filosóficos. Sob a profunda influência do estudioso fenomenológico Edmund Husserl, ele permaneceu seu assistente após a Primeira Guerra Mundial (até 1923), e então começou a realizar pesquisas sob a tendência atual do existencialismo. Em seu livro livro Ser e Tempo (2001), o filósofo Martin Heidegger, descreve sobre conceitos como ser, mundo, dasein, ente e existecnciais. Heidegger afirma que o ser seria a essência humana, porém, verdadeiramente, não pode ter uma definição exata, pois
Compartilhar