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12201750 programacao e execucao orcamentaria e financeira

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PREPARAÇÃO
IMPARÁVEL
rumo ao mpu
NOÇÕES DE AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
MANUEL PIÑON
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da 
Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado 
para a área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – 
AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, 
Auditor Federal de Finanças e Controle) da Con-
troladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministé-
rio da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN 
(Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 
1998.
MANUEL PIÑON
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da 
Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado 
para a área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – 
AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, 
Auditor Federal de Finanças e Controle) da Con-
troladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministé-
rio da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN 
(Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 
1998.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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NOÇÕES DE AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Programação e Execução Orçamentária e Financeira
Prof. Manuel Piñon
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SUMÁRIO
1. Programação e Controle de Recursos Orçamentários e Financeiros .................5
Execução Financeira ..................................................................................16
Programação Financeira ............................................................................17
O Controle ...............................................................................................22
2. Ordenador de Despesa ..........................................................................29
3. Sistemas de Informações .......................................................................32
Resumo ...................................................................................................65
Questões Comentadas em Aula ..................................................................72
Questões de Concursos .............................................................................78
Gabarito ..................................................................................................89
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NOÇÕES DE AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Programação e Execução Orçamentária e Financeira
Prof. Manuel Piñon
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Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo hoje nesta aula é explorar mais diretamente os tópicos relati-
vos à execução orçamentária e financeira do nosso edital, bem como conhecer um 
pouco acerca dos sistemas de informações.
PPA
LDO
Orçamento
Contábil
Prestação de 
Contas do TCE
Geração
Integração
RH e Folha de 
Pagamentos
Receitas 
Municipais
Compras e 
Licitações
Administração 
de Materiais
Controle de 
Frotas
Execução Orçamentária
P
la
n
ej
am
en
to
Patrimônio
Eventos
Programação
Financeira
Reserva de
Dotação
Empenhamento Liquidação
Ordens de 
Pagamento
Cronograma de 
Desembolso
Arrecadação
Como disse o jornalista David Brinkley: “Um homem de sucesso é aquele que 
cria uma parede com os tijolos que jogaram nele”.
Prof. Manuel Piñon
E-mail: manuelpinon@hotmail.com
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NOÇÕES DE AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Programação e Execução Orçamentária e Financeira
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1. Programação e Controle de Recursos Orçamentários e Finan-
ceiros
A etapa do planejamento, que ocorre antes da execução orçamentária, 
compreende a fixação da despesa orçamentária, a descentralização/movi-
mentação de créditos, a programação orçamentária e financeira e o pro-
cesso de licitação e contratação.
Hoje vamos conhecer a programação orçamentária e financeira e a des-
centralização/movimentação de créditos e recursos.
É importante ter em mente que os recursos orçamentários seguem o ciclo 
orçamentário em sentido amplo, que abrange as etapas do planejamento ao 
controle, passando pela elaboração e a própria execução da Lei Orçamentária Anual.
Em verdade, o ciclo orçamentário, também chamado de processo orçamentário, 
pode ser definido como um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual 
se elaboram, aprovam, executam, controlam e avaliam os programas do setor pú-
blico nos aspectos físico e financeiro. É o período de tempo em que se processam 
as atividades típicas do orçamento público.
Graficamente, o ciclo orçamentário tem a seguinte forma:
Planejamento
Execução
Controle Elaboração
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
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Em apertada síntese, o planejamento reflete a tentativa do administrador públi-
co de receber e compreender corretamente as demandas da sociedade, estimar a 
capacidade de recolhimento de recursos financeiros e alocar os recursos limitados 
às ações prioritárias. Numa última etapa, o Poder Público fiscalizaria e controlaria 
os gastos efetuados, a fim de verificar a acuidade da programação.
A própria Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) destaca a importância da inte-
gração entre o planejamento e a execução orçamentário-financeira ao es-
tabelecer, no art. 5º, que o projeto de Lei Orçamentária Anual deve ser elaborado 
de forma compatível com o Plano Plurianual, com a Lei de Diretrizes Orçamentárias 
e com a própria LRF, e deverá conter, em anexo próprio, demonstrativo da compa-
tibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e metas constantes do 
Anexo de Metas Fiscais.
Assim, a execução orçamentária deve estar atrelada a um processo eficaz de 
planejamento e não deixa de ser um instrumento de políticas públicas.
Nesse sentido, em um contexto de recursos escassos e necessidades humanas 
ilimitadas, ou seja, em ambiente de restrições é fundamental otimizar o uso dos re-
cursos por meio de boas práticas de planejamento integradas ao acompanhamento 
e controle da execução financeiro-fiscal.
Assim, a integração do planejamento à execução orçamentário-financei-
ra, em especial por meio da programação financeira de gastos e arrecada-
ções ganha enorme importância, de modo a atender à necessidade de se controlar 
a execução financeira por meio de sistema de informações como forma de incre-
mentar a transparência pública.
As informações obtidas pela fiscalização e controle dos gastos públicos, nas 
quais estarão destacadas as falhas e os méritos do planejamento vigente, irão 
orientar o planejamento para o exercício subsequente.
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Tenha em mente que a programação orçamentária e financeira nada 
mais é do que a adaptação do fluxo dos pagamentos ao fluxo dos recebimentos, 
de modo que a despesa fixada seja “adaptada” ao resultado da arrecadação do 
ente.
Nessa linha de raciocínio, a mencionada programação visa customizar a 
velocidade de execução do orçamento ao fluxo de recursos financeiros, 
de modo a garantir a execução dos programas anuais de trabalho, rea-
lizados por meio do Sistema Integrado de Administração Financeira do 
Governo Federal – Siafi, com base nas diretrizes e regras estabelecidas 
pela legislação vigente. Guarde que as diretrizes gerais da programa-
ção financeira da despesa autorizada na LOA são fixadas em decreto.
Já o Siafi nada mais é do que o principal instrumento de registro, 
acompanhamento e controle da execução orçamentária, financeira e 
patrimonial do Governo Federal.
Guarde que as diretrizes gerais da programação financeira da despesa auto-
rizada na LOA são fixadas em decreto.
Nesse contexto, merece menção destacada a previsão no artigo 47 da Lei n. 
4.320/1964, que, logo depois de promulgada a LOA, com base nos limites nela 
fixados, o Poder Executivo deve aprovar um quadro de cotas trimestrais 
da despesa que cada unidade orçamentária pode usar, sendo que essas co-
tas trimestrais podem ser modificadas durante o ano em função, por exemplo, 
das oscilações na receita pública.
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A LRF melhorou ainda mais essa ferramenta orçamentária ao determinar que 
a elaboração da programação financeira e do cronograma mensal de desembolso 
ocorram no prazo de 30 dias após a publicação da LOA. Veja o seu artigo 8º com 
grifos nossos:
Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dis-
puser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso 
I do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o crono-
grama de execução mensal de desembolso.
1. (CESPE/DPU/ANALISTA/2016) Julgue a assertiva a seguir:
Após a sanção presidencial à LOA aprovada pelo Congresso Nacional, o Poder Exe-
cutivo, mediante decreto, deve estabelecer, em até sessenta dias, a programação 
financeira e o cronograma de desembolso mensal por órgãos.
Errado.
A resposta da questão está na literalidade do artigo 8º da LRF. Confira com grifos 
nossos:
Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dis-
puser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso 
I do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o crono-
grama de execução mensal de desembolso.
Logo não são 60, mas sim 30 dias!!!
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Aqui entra em cena aquela ferramenta usada para limitação dos gastos do Go-
verno Federal: o famoso “Decreto de Contingenciamento dos Gastos”, que 
nada mais é do que o Decreto de Programação Orçamentária e Financeira com a 
Portaria Interministerial que detalha os valores autorizados para movimentação e 
empenho e para pagamentos no decorrer do exercício.
É importante destacar ainda que, além daqueles créditos orçamentários previs-
tos na LOA, a programação da despesa orçamentária precisa levar em conta tam-
bém os créditos adicionais e as operações extraorçamentárias.
Execução do orçamento
A execução orçamentária completa-se com a execução financeira. Esta 
passa pela programação dos recursos financeiros de forma a garantir o 
atendimento à demanda de recursos aos órgãos e entidades da Adminis-
tração Pública direta e indireta.
A correta gestão pública, pautada em uma execução orçamentária e financeira 
eficiente, advém da integração coerente entre o que foi planejado e o que será real-
mente realizado. Sendo assim, não há que se falar na alocação de recurso sem ter 
o entendimento dos conceitos de Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias 
e Lei Orçamentária Anual.
A fim de se evitar o comprometimento de recursos orçamentários que poderiam 
ficar sem o correspondente financeiro em virtude de frustração na arrecadação da 
receita, anualmente, o Presidente da República tem publicado um decreto de con-
tingenciamento, bloqueando recursos, que passam a não estar disponíveis para 
empenho até segunda ordem.
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Na prática, a execução orçamentária e a execução financeira ocor-
rem, concomitantemente, por estarem atreladas uma a outra. Se existir 
orçamento e não houver o financeiro, não poderá ocorrer a despesa. De outra 
parte, pode haver recurso financeiro, mas não se poderá gastá-lo, caso não 
exista disponibilidade orçamentária.
Visando estabelecer, de forma objetiva, inter-relacionamento entre a exe-
cução orçamentária e a execução financeira, existe forte integração entre as 
etapas que compõem os fluxos e processos pertinentes.
Do lado orçamentário, temos a descentralização de crédito; do financeiro, a 
movimentação de recursos.
Dessa forma, em nível federal, o Ministério do Planejamento, via Secretaria 
de Orçamento Federal – SOF é o órgão central responsável pelo orçamento, 
enquanto o Ministério da Fazenda, via Secretaria do tesouro Nacional – STN é 
o órgão central responsável pelo financeiro. Registre-se que tanto os créditos 
orçamentários quanto os recursos financeiros podem ser movimentados entre 
unidades gestoras.
Vale destacar que a movimentação de créditos do órgão central de orçamento 
para os órgãos setoriais chama-se dotação, enquanto a movimentação de re-
cursos do órgão central de programação financeira para os órgãos setoriais é 
chamada cota.
A movimentação de crédito entre órgãos distintos denomina-se descentraliza-
ção externa ou destaque. Já a movimentação de recursos é conhecida como 
repasse.
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
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2. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Julgue a assertiva a seguir:
Denomina-se repasse a transferênciade parte do crédito orçamentário de uma uni-
dade gestora para entidade integrante da estrutura administrativa de órgão público 
diverso.
Errado.
Na verdade, o destaque é que consiste na transferência de parte do crédito or-
çamentário de uma unidade gestora para entidade integrante da estrutura admi-
nistrativa de órgão público diverso. Já o repasse é a movimentação de recursos 
financeiros.
A movimentação de crédito de um órgão para as unidades a ele vinculadas, bem 
como entre elas, denomina-se descentralização interna ou provisão, ao passo que 
a movimentação de recursos é chamada de sub-repasse.
Registre-se ainda que essas movimentações ocorrem em tempo real no âmbito do 
Siafi.
3. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Julgue a assertiva a seguir:
O destaque consiste na descentralização ou na movimentação de créditos realiza-
das no âmbito de um mesmo órgão.
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Errado.
Na verdade, é a provisão que consiste na descentralização ou na movimentação de 
créditos orçamentários realizadas no âmbito de um mesmo órgão. Já o repasse é a 
movimentação de recursos financeiros.
Execução orçamentária
A execução orçamentária pode ser definida simplesmente como a utilização dos 
créditos consignados na Lei Orçamentária Anual – LOA, ou seja, a execução orça-
mentária é a utilização dos CRÉDITOS consignados no orçamento.
Por seu turno, a execução financeira, de modo distinto, representa a uti-
lização de recursos financeiros, visando atender à realização dos projetos e/ou 
atividades atribuídas às unidades orçamentárias pelo orçamento.
4. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Acerca da programação e execução orçamen-
tária e financeira, julgue o item subsecutivo.
Considerando-se a definição dos termos crédito e recurso no contexto da técnica 
orçamentária, é correto afirmar que a execução financeira trata da utilização dos 
créditos consignados na LOA.
Errado.
Os créditos orçamentários em tela, na verdade, referem-se às dotações orçamen-
tárias, enquanto os recursos referem-se ao lado financeiro.
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Lembre-se de que é na execução orçamentária que ocorre a utilização dos créditos 
consignados da LOA, enquanto a execução financeira só acontece depois execução 
orçamentária, ou seja, depois das fases de empenho e de liquidação da despesa.
5. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Acerca da programação e execução orçamen-
tária e financeira, julgue o item subsecutivo.
Descentralização financeira corresponde ao repasse, em caráter emergencial, de 
recursos da União para os estados, o Distrito Federal e os municípios.
Errado.
Opa, o repasse ocorre quando a liberação de recursos vai do órgão setorial de pro-
gramação financeira para entidades da Administração indireta. Entre essas e da 
entidade da Administração indireta para órgão da Administração direta, ou entre 
esses, se de outro órgão ou Ministério.
Lembre-se de que todo o processo orçamentário tem seu rito precípuo estabe-
lecido no artigo 165 da CF/1988 que determina a necessidade do planejamento das 
ações de governo por meio do:
• Plano Plurianual de Investimentos – PPA;
• Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO;
• Lei Orçamentária Anual – LOA.
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Em nível federal, as etapas seguintes à publicação da LOA devem estar em con-
sonância com as normas de execução orçamentária e de programação financeira 
da União.
Nessa pegada, após a LOA ter sido aprovada e sancionada, o Quadro de Detalha-
mento da Despesa (QDD) será definido como um instrumento que detalha, em 
nível operacional, os subprojetos e subatividades constantes da Lei Orçamentária 
Anual, especificando as unidades orçamentárias de cada órgão, fundo ou entidades 
dos orçamentos fiscal e da seguridade social, especificando, para cada categoria, a 
fonte de recursos, a categoria econômica, o grupo de despesa e a modalidade de 
aplicação. É o ponto de partida para a execução orçamentária.
De acordo com a Portaria MPOG n. 42/1999, projeto é um instrumento de pro-
gramação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de 
operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a 
expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo.
Ainda, a mesma portaria define como atividade um instrumento de programa-
ção para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de opera-
ções que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um pro-
duto necessário à manutenção da ação de governo.
Em termos de União, os valores previstos no orçamento público têm as infor-
mações orçamentárias, fornecidas pela Secretaria de Orçamento Federal, lançadas 
no Siafi, por intermédio da geração automática do documento Nota de Dotação – 
ND, criando-se, assim, o crédito orçamentário. A partir daí, tem-se o início 
da execução orçamentária propriamente dita.
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Nesse sentido, existe no Siafi uma tabela que vincula cada unidade orça-
mentária existente no QDD com uma unidade gestora do Siafi. Essa uni-
dade gestora será responsável pela descentralização e/ou pela execução 
desses créditos recebidos.
O Siafi é o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo 
Federal, que consiste no principal instrumento utilizado para registro, acompanha-
mento e controle da execução orçamentária, financeira e patrimonial do Governo 
Federal. 
Já o Siafem – Sistema Integrado de Administração Financeira para Es-
tados e Municípios é um sistema desenvolvido pelo Serviço Federal de Proces-
samento de Dados – Serpro, com base no Sistema Integrado de Administração 
Financeira do Governo Federal (Siafi), customizado para atender aos Estados e 
Municípios. É utilizado para otimizar e uniformizar a execução orçamentária, finan-
ceira, patrimonial e contábil, de forma integrada, minimizando os custos, propor-
cionando maior transparência, eficiência e eficácia na gestão dos recursos públicos, 
facilitando, assim, a apreciação de contas do Governo pelos Órgãos de Controle 
Interno do Poder Executivo e de Controle Externo representados pela Assembleia 
Legislativa e Tribunal de Contas.
Seguindo adiante, a próxima etapa é a do detalhamento do crédito orça-
mentário. Esse procedimento normalmenteé efetuado pela unidade gestora res-
ponsável pela supervisão funcional dos atos de execução orçamentária. Existem 
quatro tipos de detalhamento de crédito no Siafi: de Fonte de Recursos – FR; de 
Natureza da Despesa – ND; de Unidade Gestora responsável – UGR e de plano in-
terno – PI, formando em seguida a chamada “célula orçamentária”.
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É importante guardar que executar o orçamento é, em verdade, realizar as 
despesas públicas nele previstas, seguindo aqueles três estágios da execução das 
despesas previstos na Lei n. 4.320/1964: empenho, liquidação e pagamento.
Execução Financeira
A FASE INICIAL da execução financeira ocorre por meio da programação finan-
ceira, adiante comentada.
Tenha em mente que a execução financeira representa o fluxo de recursos fi-
nanceiros necessários à efetiva realização dos gastos dos recursos públicos para 
a realização dos programas de trabalho definidos, ou seja, a execução financeira 
representa a utilização dos RECURSOS financeiros para atender à realização dos 
projetos e atividades atribuídos a cada unidade.
É importante destacar que, em termos de execução financeira, quando falamos em 
RECURSO, estamos falando de dinheiro ou saldo de disponibilidade bancária (en-
foque da execução financeira), que tem sentido diferente do termo CRÉDITO, que 
é dotação ou autorização de gasto ou sua descentralização (enfoque da execução 
orçamentária).
Lembrando que, nos termos da Lei n. 4.320/1964, o exercício financeiro é o tem-
po compreendido entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de cada ano, no qual a 
administração promove a execução orçamentária e demais fatos relacionados com 
as variações qualitativas e quantitativas que tocam os elementos patrimoniais da 
entidade ou órgão público.
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Programação Financeira
É importante registrar ainda que, como a entrada das receitas arrecadadas 
dos contribuintes nem sempre coincide, temporalmente, com as necessidades de 
realização de despesas públicas, existe um conjunto de atividades que têm o 
objetivo de ajustar o ritmo da execução do orçamento ao fluxo provável 
de entrada de recursos financeiros que vão assegurar a realização dos 
programas anuais de trabalho e, consequentemente, impedir eventuais in-
suficiências de tesouraria. A esse conjunto de atividades chamamos de 
programação financeira.
Para que seja bem elaborada, a programação financeira exige profundo conhe-
cimento técnico de finanças e do comportamento da arrecadação dos tributos que 
compõem a receita, além, é claro, da própria estrutura do Estado.
Após a LRF e seu foco nas metas fiscais e do maior controle sobre os gastos 
públicos, tanto para equilibrar os orçamentos como para indicar transparência dos 
compromissos governamentais com a dívida pública, de modo a fomentar e manter 
expectativas claras e objetivas, a administração pública buscou programar finan-
ceiramente a execução das suas despesas.
Esse processo atende a dispositivos legais que exigem o pronto conhecimento e 
correção das discrepâncias entre receita e despesas primárias, bem como monitora 
o cumprimento das metas de resultado estabelecidas para determinado exercício, 
projetando ainda seu comportamento para os dois subsequentes.
Infelizmente, a programação financeira é usualmente submetida à vontade po-
lítica do Governo, já que o orçamento é uma lei autorizativa (não obriga, apenas 
autoriza a execução dos programas de trabalho nela contidos).
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6. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) No que diz respeito à programação financeira e à 
programação orçamentária, julgue o item subsecutivo.
 A programação orçamentária e financeira consiste na compatibilização do fluxo dos 
pagamentos com o fluxo dos recebimentos, visando o ajuste da despesa fixada às 
novas projeções de resultados e da arrecadação.
Certo.
Exato! Basicamente, em apertada síntese, podemos dizer que a programação or-
çamentária e financeira consiste na compatibilização do fluxo dos pagamentos com 
o fluxo dos recebimentos, visando ajustar a despesa fixada às novas projeções de 
resultados e de arrecadação de recursos.
É importante destacar que, para cumprir os resultados fiscais estabelecidos na 
LDO e controlar melhor os gastos, o gestor público, para atendimento aos artigos 
8º, 9º e 13º da LRF, precisa fazer a programação orçamentária e financeira da exe-
cução das despesas públicas, além do monitoramento do cumprimento das metas 
de superavit primário.
Na prática, a execução do orçamento deve estar atrelada ao real ingresso de 
recursos, ou seja, à medida que os recursos financeiros vão ingressando nos cofres 
do Governo, eles são liberados para os órgãos setoriais das secretarias, com base 
na programação financeira desses, para a execução dos seus programas de traba-
lho. Nessa pegada, acaba ficando a critério do Governo executar esse ou aquele 
projeto, sem obedecer a qualquer hierarquia orçamentária.
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É importante informar ainda que, como cada secretaria ou órgão tem um prazo 
determinado para a elaboração de seu próprio cronograma de desembolsos, que 
reflete as saídas de recursos financeiros, a Secretaria de Tesouro, ou correspon-
dente Estadual, Distrital ou Municipal, deve consolidar e aprovar toda a programa-
ção financeira de desembolso para o Governo, procurando ajustar as necessidades 
da execução do orçamento ao fluxo de caixa do Tesouro (despesas e receitas), a 
fim de obter um fluxo de caixa mais de acordo com a política fiscal e monetária do 
Governo.
Na prática, todo esse processo ocorre dentro de sistema informatizado, sendo 
tarefa de cada Unidade Gestora (UG) elaborar sua programação financeira e sub-
metê-la ao seu órgão setorial de programação. O órgão, por sua vez, deve conso-
lidá-la e submetê-la ao órgão central de programação financeira. Dessa forma, o 
sistema permite um acompanhamento preciso do cronograma de desembolso dos 
recursos financeiros de cada UG e sua execução.
O cronograma de desembolso é parte da programação financeira de desem-
bolso, já que representa somente as despesas decorrentes da execução física dos 
projetos e atividades a cargo dos ministérios ou órgãos, ou seja, espelha a neces-sidade de recursos financeiros para pagamento dessas despesas.
Assim, podemos dizer que a programação financeira é mais abrangente do 
que o cronograma de desembolso, pois ela engloba não só as despesas, 
mas também os ingressos de receitas no caixa do Tesouro.
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A movimentação de recursos financeiros é feita de três formas: cota, repasse e 
sub-repasse.
1) Cota: movimentação de recursos financeiros do órgão central para os setoriais 
de programação financeira. Está relacionada com os créditos orçamentários e adi-
cionais, da perspectiva orçamentária.
2) Repasse: movimentação de recursos financeiros dos órgãos setoriais de pro-
gramação financeira para entidades da administração indireta, e entre essas; e 
de entidades da administração indireta para órgãos da administração direta. Está 
relacionada com os destaques de crédito (movimentação externa), da perspectiva 
orçamentária.
3) Sub-repasse: movimentação de recursos financeiros entre unidades gestoras 
pertencentes ao mesmo ministério ou órgão. Está relacionada com a provisão de 
crédito (movimentação interna), da perspectiva orçamentária.
Procedidas as demais fases em que as responsabilidades são compartilhadas, en-
cerra-se o último passo do estágio da despesa, que compreende o pagamento. Ele 
só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.
Quando falamos em dispêndio de recursos financeiros oriundos do Orçamento 
Geral da União, é importante frisar que se faz exclusivamente por meio de Ordem 
Bancária – OB, via Conta Única do Governo Federal, e se destina ao pagamento de 
compromissos, bem como a transferência de recursos entre as Unidades Gestoras, 
tais como liberação de recursos para fins de adiantamento, suprimento de fundos, 
cota, repasse, sub-repasse e afins.
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Guarde, portanto, que a Ordem Bancária é o único documento de trans-
ferência de recursos financeiros.
Em contraste, do lado da entrada dos recursos financeiros, o seu ingresso acon-
tece, normalmente, quando o contribuinte efetua o pagamento de seus tributos por 
meio de DARF OU DAE, junto à rede bancária, que deve efetuar o recolhimento dos 
recursos arrecadados, ao Bacen, no prazo de um dia.
Atualmente, por meio do DARF ou DAE Eletrônico e da GRPS Eletrônica, os usu-
ários do sistema podem efetuar o recolhimento dos tributos federais e contribui-
ções previdenciárias diretamente à Conta Única, sem trânsito pela rede bancária.
Seguindo essa linha, uma vez tendo recursos em caixa, começa a fase de saída 
desses recursos, para pagamentos diversos. O pagamento entre Unidades Gestoras 
ocorre mediante a transferência de limite de saque, que é a disponibilidade finan-
ceira da UG online, existente na Conta Única.
7. (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) Julgue a assertiva a seguir:
Nos casos em que a descentralização dos recursos financeiros aconteça entre ór-
gãos de mesma estrutura administrativa, por exemplo, ambos no âmbito do Minis-
tério da Educação, essa movimentação interna configura um repasse de recursos.
Errado.
Na verdade, descentralização dos recursos financeiros entre órgãos de mesma es-
trutura administrativa configura um sub-repasse de recursos.
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O Controle
O tema controle dos recursos públicos, face à sua relevância, é resumido a se-
guir, podendo ser usado para sua revisão.
Superada a fase de execução, cabe agora ao Poder Executivo a obri-
gação de dar publicidade à execução orçamentária até trinta dias após o 
encerramento de cada bimestre, submetendo todo o processo à avaliação da 
sociedade.
Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que uti-
lize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens ou valores públicos, 
ou sobre os quais a União responda, ou que, em nome dessa, assuma obrigações 
de natureza pecuniária. A mesma ideia é válida para Estados, DF e Municípios.
Em termos de União, o Presidente deverá prestar contas ao Congresso Nacional, 
anualmente, até sessenta dias após o início da sessão legislativa. Se as contas do 
Presidente da República não forem apresentadas ao Congresso Nacional até ses-
senta dias após a abertura da sessão legislativa, a Câmara dos Deputados deverá 
proceder à tomada de contas.
Quer as contas do Presidente da República sejam apresentadas espontanea-
mente no prazo constitucional, quer sejam tomadas pela Câmara dos Deputados, 
dentro de sessenta dias após o seu recebimento, o Tribunal de Contas da União 
deverá apreciá-las mediante parecer prévio. O parecer prévio será encaminhado de 
volta ao Congresso Nacional.
Em seguida, a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização 
examinará e emitirá parecer sobre as contas, e o Plenário do Congresso Nacional 
deliberará sobre sua aprovação. Não há prazo legal para apreciação das contas pelo 
Congresso.
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As contas podem ser aprovadas ou rejeitadas. Se forem rejeitadas, o Senado 
Federal irá processar e julgar o Presidente da República, funcionando como presi-
dente o do Supremo Tribunal Federal, exigindo-se quórum de dois terços dos votos 
do Senado.
De acordo com o próprio site do Ministério do Planejamento e Orçamento,
a fiscalização do Orçamento Público é realizada oficialmente de duas formas: 
pelos controles interno e externo.
Pelo Controle Interno, quando o controle é feito pelos órgãos do próprio Poder Exe-
cutivo, especialmente pela Controladoria-Geral da União – CGU e, ainda, cada Ministério 
possui um Assessor de Controle Interno, vinculado tecnicamente à CGU.
O Controle Externo é exercido pelo Poder Legislativo, com o auxílio do Tribunal de 
Contas da União – TCU.
Existe também o Controle Social, que é realizado pela sociedade, tanto nos espaços 
institucionais de participação, como Conselhos e Conferências, quanto nos espaços de 
articulação da própria sociedade, como nas Redes e Fóruns.
Na verdade, a fiscalização financeira e orçamentária do Estado possui 
caráter político no sentido de impedir que o Poder Executivo exceda os créditos 
que lhe foram concedidos, o desperdício dos recursos públicos e a dilapidação do 
patrimônio público, mas sem atrasar/parar a execução orçamentária para não pre-
judicar vida da populaçãoe do próprio Estado.
Nessa mesma linha, o Doutrinador Kiyoshi Harada afirma: “a fiscalização e con-
trole orçamentário serve justamente para coibir abusos do Poder Público no que 
se refere ao dinheiro público e sua destinação dentro da melhor destinação e com 
responsabilidade”.
A fundamentação legal da fiscalização dos Controles Interno e Externo 
tem sede no artigo 70 da CF/1988, cujo objeto de análise tem três elemen-
tos distintos: legalidade, legitimidade e economicidade no que diz respeito 
à despesa pública.
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Vale destacar que o foco dessa fiscalização é contábil, financeiro, or-
çamentário, operacional e patrimonial da Fazenda Pública do Estado, nas 
três esferas: federal, estadual e municipal.
A fiscalização com foco no aspecto da legalidade visa verificar se a despesa 
está acordo com as normas previstas na Constituição, na Lei n. 4.320/1964 e na 
Lei de Responsabilidade Fiscal.
A fiscalização operacional é relacionada ao procedimento de arrecadação e 
liberação de verbas.
Vale destacar, na fiscalização financeira, a verificação da entrada e da saída 
de dinheiro, enquanto a orçamentária fiscaliza a correta execução do orçamento.
Já a fiscalização patrimonial está relacionada à própria execução orçamentária 
no sentido de mudanças patrimoniais, sendo que as alterações patrimoniais devem 
ser fiscalizadas permanentemente pelo Estado.
Sob o ponto de vista da legitimidade, verifica-se se houve eficiência do gasto 
em atender às necessidades públicas, conferindo se a despesa atingiu o bem jurí-
dico valorado pela norma ao autorizá-la.
Quando a fiscalização é feita para a avaliar o nível de economicidade alcança-
do, confere-se se a despesa foi realizada com o menor custo possível, se houve a 
melhor relação custo/benefício para alcançar a finalidade pretendida.
Do Controle Interno
O controle interno tem previsão constitucional no artigo 74, § 1º da 
CF/1988 e consiste em um sistema integrado de fiscalização dos três Poderes com 
o objetivo de apoiar o controle externo em sua missão institucional.
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Nessa toada, ao tomar conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, 
o responsável pelo controle interno deve comunicar o TCU, sob pena de responsa-
bilidade solidária do chefe do Poder que se omitiu a esse respeito.
De acordo com Tathiane Piscitelli, deverão ser verificados:
a) o cumprimento das metas previstas pelo Plano Plurianual, a execução dos 
programas de Governo e dos orçamentos da União;
b) a legalidade e os resultados, quanto à eficácia e à eficiência, relativos aos 
gastos públicos realizados por órgãos e entidades federais e também referentes à 
aplicação de recursos provenientes de subvenções; e
c) o cumprimento dos limites e condições de operações de crédito, avais e ga-
rantias, além de direitos e deveres da União.
O controle da execução orçamentária, previsto na Lei n. 4.320/1964, estabelece 
três tipos de controle orçamentário:
1) o de legalidade dos atos (prévio, concomitante ou subsequente);
2) da fidelidade funcional dos agentes públicos; e
3) o cumprimento do programa orçamentário.
Do Controle Externo
Nós já temos consciência de que é do Poder Legislativo a responsabilidade pela 
realização do controle externo, com o auxílio do Tribunal de Contas da União, cujas 
funções estão delineadas no artigo 71 e 49, X da CF/1988.
A fiscalização externa por parte do Congresso Nacional se dá especialmente por 
uma comissão mista permanente de Senadores e Deputados, que nos termos do 
artigo 166 § 1º da CF/1988, é constituída para examinar e emitir pareceres sobre 
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os projetos das leis orçamentárias, as contas apresentadas pelo Presidente da Re-
pública e acerca dos planos e programas previstos na Magna Carta, com acompa-
nhamento e fiscalização das gestões orçamentárias respectivas.
Vale destacar essa Comissão Mista, no exercício de suas atividades, poderá veri-
ficar indícios de despesas não autorizadas e, nessa situação, de acordo com o artigo 
72, caput da CF/1988, poderá solicitar esclarecimentos à autoridade responsável.
Entretanto, caso os esclarecimentos solicitados não sejam prestados, ou consi-
derados insuficientes, a Comissão Mista encaminha o caso para o TCU, a quem será 
solicitado que, no prazo de 30 dias, se pronuncie conclusivamente sobre o assunto. 
Caso o TCU entenda que a despesa é irregular, a Comissão Mista poderá propor 
ao Congresso Nacional sua sustação, desde que possa causar “dano irreparável ou 
grave lesão à economia pública”, como consta o artigo 72, § 1º, § 2 º da CF/1988.
O Tribunal de Contas da União – TCU
O TCU é um órgão técnico auxiliar do Poder Legislativo, cuja competência é 
fiscalizar as despesas da administração pública, com o objetivo de eventualmente 
reconhecer e apurar irregularidades. Nessa pegada, o TCU julga contas, elabora 
pareceres e realiza auditorias e inspeções.
De acordo com o artigo 71 da CF/1988, o TCU possui basicamente duas funções: 
a de fiscalização e a de jurisdição, já que pode julgar as contas dos administrado-
res e demais responsáveis por dinheiro, bens e valores públicos da administração 
direta e indireta, incluindo sociedades de economia mista e empresas públicas. As 
decisões tomadas pelo TCU são estritamente técnicas, não julgando pessoas, mas 
somente contas.
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Como no Brasil temos a jurisdição ÚNICA, o TCU não opera coisa julgada. Por 
isso, seus acórdãos podem ser reapreciados pelo Poder Judiciário face ao artigo 5º, 
XXXV da Constituição Federal de 1988.
Nesse sentido, segundo Piscitelli, inexiste controle de constitucionalidade exer-
cido em relação ao que decide o TCU, dado que não possui tal competência consti-
tucional. Assim vem decidindo o Supremo Tribunal Federal, não se podendo aplicar 
nesse sentido a Súmula n. 347 do mesmo órgão.
É importante informar que as regras relativas à organização, composição e fis-
calização do TCU aplicam-se paralelamente aos Tribunais de Contas Estaduais e 
Municipais, conforme o artigo 75 da CF/1988, fundamentando-se pelo princípio 
federativo.
Em relação às atribuições constitucionais do Tribunal de Contas da União, há a 
divisão em três blocos distintosa partir da leitura do artigo 71 da Carta Magna:
a) atividades de fiscalização em sentido estrito (incisos I, II, IV, V, VI e VII, 
dividindo-se entre fiscalização de contas e a realização de inspeções e auditorias – 
elaboração de pareceres prévios);
b) controle da legalidade dos atos (em relação a empresas supranacionais, 
deve-se atentar para acordos internacionais, bem como fiscalizar contas dos Es-
tados-Membros e Municípios quando houver transferência da União);
c) providências práticas diante de ilegalidades ou irregularidades.
O Controle Social
Podemos dizer que controle social é a integração da sociedade com a adminis-
tração pública, com a finalidade de solucionar problemas e as deficiências sociais 
com mais eficiência.
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Assim, sendo o controle social a efetiva participação do cidadão na gestão pú-
blica, acaba atuando como um mecanismo de prevenção da corrupção e de forta-
lecimento da cidadania.
No Brasil, a preocupação em se estabelecer um controle social forte e atuante 
torna-se ainda maior, em razão da sua extensão territorial e do grande número de 
municípios que possui.
Nessa toada, o controle social revela-se como complemento indispensável ao 
controle institucional, exercido pelos órgãos fiscalizadores.
Entretanto, para que os cidadãos possam desempenhá-lo de maneira eficaz, é 
necessário que sejam mobilizados e recebam orientações sobre como podem ser 
fiscais dos gastos públicos.
Além da grande extensão territorial do nosso país, a descentralização geográfica 
dos órgãos públicos integrantes dos diversos níveis federativos – União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios também requer atenção especial, e por isso, a fiscali-
zação da aplicação dos recursos públicos precisa ser feita com o apoio da sociedade.
Essa participação é importante porque contribui para a boa e correta aplicação 
dos recursos públicos, fazendo com que as necessidades da sociedade sejam aten-
didas de forma eficiente.
Em termos orçamentários, o controle social deve ocorrer tanto no planejamento 
como na execução orçamentária.
Registre-se que a sociedade deve participar não apenas da elaboração dos ins-
trumentos de planejamento (PPA, LDO e LOA), mas, inclusive, do processo de 
apreciação e votação nas casas legislativas.
Encerrada a fase de elaboração, apreciação, votação e aprovação das peças or-
çamentárias, inicia-se a fase de execução.
A sociedade deve se organizar para participar da gestão desses recursos, em 
conjunto com os agentes públicos.
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Nosso ordenamento jurídico estabelece algumas regras para que as despe-
sas não se realizem arbitrariamente. Essas regras estão contidas, principalmente, 
na Lei das Finanças Públicas, a Lei n. 4.320/1964, na Lei das Licitações, Lei n. 
8.666/1993, e na Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei Complementar n. 101/2000.
Por isso, após participar da elaboração das peças orçamentárias, a sociedade 
deve acompanhar de perto a execução das despesas públicas, para evitar desvio e 
desperdício dos recursos públicos.
 
2. Ordenador de Despesa
O ordenador de despesas é aquela autoridade responsável pela emissão 
de empenho, autorização de pagamento, suprimento ou dispêndio, confor-
me dispõe o § 1º do artigo 80 do Decreto-Lei n. 200/1967. Em outras palavras, o 
ordenador de despesas tem como atribuições movimentar créditos orçamentários, 
empenhar despesa e efetuar pagamentos.
Trata-se de profissional com elevado nível de responsabilidade, com capaci-
tação em áreas como administração financeira e orçamentária, licitações e con-
tratos, obras, recursos humanos, contabilidade pública, transparência, controle 
patrimonial etc.
Pode-se dizer ainda que o ordenador de despesas acaba por centralizar as 
decisões finais sobre diversas áreas administrativas, exercendo um papel de lide-
rança na gestão de uma entidade pública.
É interessante destacar que não existe o cargo “ordenador de despesas”, 
sendo esse papel exercido, por exemplo, por um Diretor-Financeiro, um Dire-
tor-Executivo ou até mesmo por um Presidente de órgão ou entidade.
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Entretanto, em função da natureza inerente a essa função, O ordenador de 
despesa é registrado com esse título no rol de responsáveis junto aos órgãos 
que gerem o sistema financeiro da entidade e junto aos Tribunais de Contas. 
Com entrada em vigor da LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal, a im-
portância do Ordenador de Despesas aumentou ainda mais.
Deve-se destacar ainda que o ordenador de despesa necessariamente pre-
cisa ser um servidor público, seja ocupante de cargo público, titular de cargo 
de confiança com ou sem vínculo efetivo, ou mesmo empregado público, sendo, 
em regra, o responsável pelo recebimento, verificação, guarda ou aplicação de 
dinheiros, valores e outros bens públicos, respondendo, assim, pelos prejuízos 
que eventualmente acarretar à Fazenda pública.
É importante ressaltar que a atividade do ordenador de despesas guarda 
íntima relação com o princípio da legalidade, pois boa parte do seu tempo 
deve ser gasto com a verificação da existência ou não de norma que o autorize 
a proceder dessa ou daquela forma, de modo que todas as despesas tenham 
respaldo na lei.
A LRF, com o objetivo de tornar efetiva a transparência das finanças públi-
cas, tornou obrigatória, nos casos especificados, a chamada “Declaração do Or-
denador de Despesa”, documento em que o ordenador de despesa declara que a 
despesa tem adequação orçamentária e financeira com a LOA e compatibilidade 
com a LDO e com o PPA.
Uma das atividades mais importantes do ordenador de despesa ocorre na fase 
do empenho da despesa, quando ele necessariamente precisa confirmar a existên-
cia de dotação orçamentária, necessária e suficiente. Existem situações em que 
existe a dotação orçamentária, mas ainda não estão disponíveis os recursos finan-
ceiros para cumprir a obrigação. Nesses casos, ele precisa fazer a adequação finan-
ceira, verificando a sua compatibilidade com a programação financeira.
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Deve-se destacar ainda que os ordenadores de despesa podem ser classifica-
dos em ordenadores primários e ordenadores secundários.
Os ordenadoresde despesas primários ou principais são os profissionais 
que assumem a gestão da execução orçamentária em macroáreas de atuação, 
sendo, na prática, uma tarefa muito difícil para que uma pessoa sozinha como 
responsável cumprir adequadamente de realizada de modo centralizado.
Para solucionar essa excessiva centralização inerente à função de ordenador 
primário de despesa, existe o instituto da delegação de competências no 
Decreto-Lei n. 200/1967, um instrumento de descentralização administrativa 
capaz de proporcionar maior celeridade e eficácia às decisões, já que o ordenador 
de despesa secundário está mais próximo dos atos e fatos sobre os quais precisa 
decidir. Confira os artigos 11 e 12 com grifos nossos:
Art. 11. A delegação de competência será utilizada como instrumento de descen-
tralização administrativa, com o objetivo de assegurar maior rapidez e objetivida-
de às decisões, situando-as na proximidade dos fatos, pessoas ou problemas a atender.
Art. 12. É facultado ao Presidente da República, aos Ministros de Estado e, em geral, 
às autoridades da Administração Federal delegar competência para a prática de atos 
administrativos, conforme se dispuser em regulamento.
Parágrafo único. O ato de delegação indicará com precisão a autoridade delegante, 
a autoridade delegada e as atribuições objeto de delegação.
Nessa pegada, usando de seu poder discricionário, um ordenador de des-
pesas primário pode delegar competência, designando um agente adminis-
trativo, por meio de portaria, como ordenador secundário de despesa.
Assim, por delegação de competência, o ordenador secundário ou de-
rivado de despesa torna-se revestido de autoridade para realizar despesas 
orçamentárias em áreas especificadas, nos limites da vontade do ordenador 
principal.
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O artigo 84 do Decreto-Lei n. 200/1967 deixa claro que que se o ordenador de 
despesa secundário ultrapassar os limites das ordens recebidas ou praticar des-
vio ou qualquer irregularidade causadora de prejuízo ao erário, será diretamente 
responsabilizado pelo ato praticado:
Art. 84. Quando se verificar que determinada conta não foi prestada, ou que ocorreu 
desfalque, desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo para a Fa-
zenda Pública, as autoridades administrativas, sob pena de corresponsabilidade e sem 
embargo dos procedimentos disciplinares, deverão tomar imediatas providências para 
assegurar o respectivo ressarcimento e instaurar a tomada de contas, fazendo-se as 
comunicações a respeito ao Tribunal de Contas.
3. Sistemas de Informações
No âmbito federal, existem alguns sistemas de informações fundamentais em 
nossa gestão pública. A seguir podemos ver o papel ocupado pelo Siafi e pelo Siop 
no âmbito orçamentário e financeiro.
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Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – 
Siafi
O Siafi é um sistema de informações usado para fins de registro, acompanha-
mento e controle da execução orçamentária, financeira e patrimonial do Governo 
Federal, sendo o Tesouro Nacional o seu órgão responsável.
Nos primórdios, o Siafi era usado apenas pelo Poder Executivo, mas hoje em dia 
é um sistema informatizado que processa e controla, por meio de terminais insta-
lados em todo o território nacional, a execução orçamentária, financeira, patrimo-
nial e contábil dos órgãos da Administração Pública direta federal, das autarquias, 
fundações e empresas estatais dependentes.
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Por meio de convênio ou de termo de cooperação técnica entre interessados e o 
Tesouro Nacional, entidades de caráter privado também podem utilizar o Siafi.
8. (CESPE/TCE-PR/AUDITOR/2016-adaptada) Julgue a assertiva a seguir:
Como forma de garantir a segurança do sistema, as entidades de caráter privado 
estão impedidas de usar o Siafi.
Errado.
Por meio de convênio ou de termo de cooperação técnica entre interessados e o 
Tesouro Nacional, entidades de caráter privado também podem utilizar o Siafi.
Segundo o próprio site da STN – Secretaria do Tesouro Nacional, os objetivos 
do Siafi são os seguintes:
a) prover mecanismos adequados ao controle diário da execução orçamentária, finan-
ceira e patrimonial aos órgãos da Administração Pública;
b) fornecer meios para agilizar a programação financeira, otimizando a utilização dos 
recursos do Tesouro Nacional, através da unificação dos recursos de caixa do Governo 
Federal;
c) permitir que a contabilidade pública seja fonte segura e tempestiva de informações 
gerenciais destinadas a todos os níveis da Administração Pública Federal;
d) padronizar métodos e rotinas de trabalho relativas à gestão dos recursos públicos, 
sem implicar rigidez ou restrição a essa atividade, uma vez que ele permanece sob total 
controle do ordenador de despesa de cada unidade gestora;
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e) permitir o registro contábil dos balancetes dos estados e municípios e de suas super-
visionadas;
f) permitir o controle da dívida interna e externa, bem como o das transferências ne-
gociadas;
g) integrar e compatibilizar as informações no âmbito do Governo Federal;
h) permitir o acompanhamento e a avaliação do uso dos recursos públicos; e
i) proporcionar a transparência dos gastos do Governo Federal.
Ainda segundo o próprio site da STN, o Siafi trouxe as seguintes vantagens 
para a administração financeira, orçamentária e patrimonial pública:
Contabilidade: o gestor ganha rapidez na informação, qualidade e precisão em seu 
trabalho;
Finanças: agilização da programação financeira, otimizando a utilização dos recursos 
do Tesouro Nacional, por meio da unificação dos recursos de caixa do Governo Federal 
na Conta Única no Banco Central;
Orçamento: a execução orçamentária passou a ser realizada dentro do prazo e com 
transparência, completamente integrada a execução patrimonial e financeira;
Visão clara de quantos e quais são os gestores que executam o orçamento: são 
mais de 4.000 gestores cadastrados, que executam seus gastos através do sistema de 
forma “online”;
Desconto na fonte de impostos: no momento do pagamento, já é recolhido o impos-
to devido;
Auditoria: facilidade na apuração de irregularidades com o dinheiro público;
Transparência: detalhamento total do emprego dos gastos públicos disponível emre-
latórios publicados no site.
Fim da multiplicidade de contas bancárias: os números da época indicavam 3.700 
contas bancárias e o registro de aproximadamente 9.000 documentos por dia. Com a 
implantação do Siafi, constatou-se que existiam em torno de 12.000 contas bancárias e 
se registravam em média 33.000 documentos diariamente. Hoje, 98% dos pagamentos 
são identificados de modo instantâneo na Conta Única e 2% deles com uma defasagem 
de, no máximo, cinco dias.
Além disso, segundo a STN, o Siafi apresenta ainda inúmeras vantagens que o 
distinguem de outros sistemas em uso no âmbito do Governo Federal:
• sistema disponível 100% do tempo e online;
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• sistema centralizado, o que permite a padronização de métodos e rotinas de 
trabalho;
• interligação em todo o território nacional;
• utilização por todos os órgãos da Administração Direta (poderes Executivo, 
Legislativo e Judiciário);
• utilização por grande parte da Administração Indireta; e
• integração periódica dos saldos contábeis das entidades que ainda não utili-
zam o Siafi, para efeito de consolidação das informações econômico-financei-
ras do Governo Federal – à exceção das Sociedades de Economia Mista, que 
têm registrada apenas a participação acionária do Governo – e para propor-
cionar transparência sobre o total dos recursos movimentados.
Vamos conhecer agora os principais documentos do Siafi.
A entrada dos dados necessários à execução orçamentária, financeira e contábil 
é efetuada por meio dos seguintes documentos:
1) DARF ou DF – Documento de Arrecadação de Receitas Federais – 
DARF Eletrônico: documento que permite registrar a arrecadação de receitas fe-
derais efetivadas pelos órgãos e entidades, por meio de transferências de recursos 
intra-Siafi entre a UG recolhedora e a Conta Única do Tesouro Nacional;
2) GPS ou GP – Guia da Previdência Social – GPS Eletrônica: documento 
que permite registrar o recolhimento das contribuições para a Seguridade Social 
por meio de transferências de recursos intra-Siafi entre a UG recolhedora e a Conta 
Única do Tesouro Nacional;
3) NC – Nota de Movimentação de Crédito: documento que permite regis-
trar a movimentação de créditos interna e externa e suas anulações;
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4) ND – Nota de Dotação: documento que permite registrar as informações 
orçamentárias elaboradas pela SOF, ou seja, dos créditos previstos na LOA. Tam-
bém permite a inclusão no orçamento de créditos não previstos inicialmente e o 
registro do desdobramento do plano interno e do detalhamento da fonte de recur-
sos. O plano interno é um instrumento de planejamento e de acompanhamento da 
ação planejada, usado como forma de detalhamento do projeto/atividade, de uso 
exclusivo de cada ministério/órgão;
5) NE – Nota de Empenho: documento que permite registrar as operações 
que envolvem despesas orçamentárias realizadas pela Administração Pública Fede-
ral, ou seja, o comprometimento de despesa, seu reforço ou anulação, indicando o 
nome do credor, a especificação e o valor da despesa, bem como a dedução desse 
valor do saldo da dotação própria. Emitida a NE, torna-se o crédito empenhado e 
indisponível para nova aplicação. É, portanto, a forma de comprometimento de re-
cursos orçamentários diretamente dotados no orçamento ou recebidos por meio de 
descentralização externa ou interna;
6) NL – Nota de Lançamento por Evento: documento que permite registrar 
eventos contábeis não vinculados a documentos específicos;
7) NS – Nota de Lançamento de Sistema: documento que permite registrar 
eventos contábeis de forma automática, como: acertos contábeis; extinção, incor-
poração, transferência e integração de saldos;
8) OB – Ordem Bancária: documento que permite registrar o pagamento 
de compromissos, bem como a transferência de recursos entre UGs, liberação de 
recursos para fins de adiantamento (suprimento de fundos) e de transferências 
financeiras por meio de cota, repasse, sub-repasse e afins. Qualquer que seja a 
sua modalidade, a OB deverá conter no campo conta corrente da UG emitente a 
expressão “ÚNICA” ou a conta bancária do agente financeiro que a acatará;
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9) PE – Pré-Empenho: documento que permite registrar créditos orçamen-
tários pré-compromissados, para atender a objetivos específicos, nos casos em 
que a despesa a ser realizada, por suas características, cumpre etapas com in-
tervalos de tempo desde a decisão administrativa até a efetivação da emissão 
da Nota de Empenho.
Guarde que o Siafi é um sistema informatizado que processa e controla, por 
meio de terminais instalados em todo o território nacional, a execução orça-
mentária, financeira, patrimonial e contábil dos órgãos da Administração Pública 
Direta federal, das autarquias, fundações e empresas públicas federais e das 
sociedades de economia mista que estiverem contempladas no Orçamento Fiscal 
e/ou no Orçamento da Seguridade Social da União.
O sistema pode ser utilizado pelas Entidades Públicas Federais, Estaduais e 
Municipais apenas para receberem, pela Conta Única do Governo Federal, suas 
receitas (taxas de água, energia elétrica, telefone etc.) dos órgãos que utilizam 
o sistema. Entidades de caráter privado também podem utilizar o Siafi, desde 
que autorizadas pela STN. No entanto, essa utilização depende da celebração de 
convênio ou assinatura de termo de cooperação técnica entre os interessados e 
a STN, que é o órgão gestor do Siafi.
Muitas são as facilidades que o Siafi oferece a toda Administração Pública 
que faz uso dele, mas podemos dizer que essas facilidades foram desenvolvidas 
para registrar as informações pertinentes a tarefas básicas da gestão pública 
federal dos recursos arrecadados legalmente da sociedade que são a execução 
orçamentária, a execução financeira, a programação financeira e o balanço geral 
da União.
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O Siafi é um sistema de informações centralizado em Brasília, ligado por 
teleprocessamento aos órgãos do Governo Federal distribuídos no país e no ex-
terior. Essa ligação, que é feita pela rede de telecomunicações do Serpro e pela 
conexão a outras inúmeras redes externas, é que garante o acesso ao sistema 
às quase 17.874Unidades Gestoras ativas no Siafi.
Para facilitar o trabalho de todas essas Unidades Gestoras, o Siafi foi conce-
bido para se estruturar por exercícios: cada ano equivale a um sistema diferen-
te, ou seja, a regra de formação do nome do sistema é a sigla Siafi acrescida de 
quatro dígitos referentes ao ano do sistema que se deseja acessar: Siafi2000, 
Siafi2001, Siafi2002 etc.
Existe uma forte preocupação com a segurança do sistema. Assim, para 
utilizar o Siafi, os usuários são habilitados formalmente, por meio do cadastra-
mento de uma senha, quando são especificados os perfis e os níveis de acesso 
de cada usuário.
Perfil é o conjunto de determinadas transações atribuídas a cada operador, 
para atender às necessidades de execução e consulta ao sistema.
O nível de acesso determina o grau de inclusão de dados e a abrangência 
das consultas feitas pelo usuário no sistema Siafi. O usuário responde integral-
mente pelo uso do sistema sob a sua senha e obriga-se a cumprir os requisitos 
de segurança instituídos pela STN, sujeitando-se às consequências das sanções 
penais ou administrativas cabíveis em decorrência do mau uso.
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Assim, quando um usuário qualquer acessa o Siafi, automaticamente são 
registrados o seu CPF, a hora e de qual terminal foi feito o acesso. Essa medida 
tem o objetivo de monitorar as ações danosas ou fraudulentas executadas uti-
lizando-se o sistema. Da mesma forma, a inclusão ou modificação de dados no 
sistema também são registradas com a identificação do CPF, a hora e o nome 
do autor da operação.
A Conformidade de Registros de Gestão consiste na certificação diária 
dos registros dos atos e fatos de execução orçamentária, financeira e patrimo-
nial incluídos no Siafi e da existência de documentos hábeis que comprovem as 
operações, de modo a verificar se os registros dos atos e fatos de execução or-
çamentária, financeira e patrimonial efetuados pela Unidade Gestora Executora 
foram realizados em observância às normas vigentes e também a existência de 
documentação que suporte as operações registradas.
A Conformidade Contábil dos atos e fatos da gestão orçamentária, finan-
ceira e patrimonial consiste na certificação dos demonstrativos contábeis ge-
rados pelo Siafi, tendo como base os Princípios e Normas Contábeis aplicáveis 
ao setor público, o Plano de Contas da União, a Conformidade dos Registros 
de Gestão, o Manual Siafi e outros instrumentos que subsidiem o processo de 
análise realizada pelo responsável pelo seu registro.
Por sua vez, cada sistema está organizado por subsistemas – atualmente 
são 21 – e esses, por módulos. Dentro de cada módulo, estão agregadas inú-
meras transações, que guardam entre si características em comum. Nesse ní-
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vel de transação é que são efetivamente executadas as diversas operações do 
Siafi, desde a entrada de dados até consultas.
Plano de contas
O Siafi promove, de forma automática, os lançamentos contábeis correspon-
dentes aos registros dos atos e fatos praticados pelos gestores públicos quando do 
exercício de suas atividades. Assim, foi possível utilizar a contabilidade como fonte 
de informações confiáveis e instantâneas, pois os registros são lançados no mesmo 
momento em que os fatos ocorrem e não é necessária a existência de um contador 
em cada Unidade Gestora para efetuar a classificação contábil de cada ato ou fato 
realizado.
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A execução contábil relativa aos atos e fatos de gestão financeira, orçamentária 
e patrimonial da União obedece ao Plano de Contas elaborado e mantido de acordo 
com os padrões estabelecidos, tendo como partes integrantes a relação das con-
tas agrupadas segundo suas funções, a tabela de eventos (conjunto de todos os 
eventos existentes) e a indicação do mecanismo de débito e crédito de cada conta. 
Trata-se, portanto, de um conjunto das contas utilizáveis em toda a Administração 
Pública federal, organizadas e codificadas com o propósito de sistematizar e unifor-
mizar o registro contábil dos atos e fatos de gestão, e permitir a qualquer momen-
to, com precisão e clareza, a obtenção dos dados relativos ao patrimônio da União.
A estrutura básica do Plano de Contas da União em nível de classe/grupo con-
siste na seguinte disposição:
 
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Como são numerosas as contas do Plano de Contas e muitos gestores públicos 
não têm conhecimentos aprofundados sobre contabilidade pública, foi essencial 
que se criasse um outro mecanismo dentro do Siafi que pudesse facilitar o trabalho 
de registro dos atos e fatos de gestão.
Assim surgiu o evento, que é um código associado a cada tipo de ato ou fato que 
deva ser registrado contabilmente pelo sistema e ao qual se associa, por sua vez, 
um roteiro contábil, ou seja, uma lista das contas de débito e crédito que devam ser 
afetadas, de forma que todos os operadores do Siafi possam efetuar lançamentos 
contábeis, mesmo que absolutamente nada saibam sobre contabilidade.
No âmbito do Siafi merece destaque ainda o CPR – Contas a Pagar e a Re-
ceber, um subsistema do Siafi que faz parte do grupo Recursos Complementares 
com Aplicação Específica.
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A seguir, apresento alguns conceitos básicos presentes no manual do Siafi acer-
ca do CPR.
O CPR – Contas a Pagar e a Receber é um subsistema do Siafi-web que permite 
o gerenciamento de compromissos de pagamento e recebimento, a partir do regis-
tro dos documentos que os originam, tais como notas fiscais, recibos, autorizações 
de diárias e suprimentos de fundos. O CPR possibilita ainda a emissão automática 
das ordens bancárias e dos documentos de recolhimento de tributos e contribuições 
correspondentes aos compromissos.
O CPR permite o cadastramento de contratos, notas fiscais, recibos e outros 
documentos origem, cuja