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12204045 revisao por meio de resolucao de questoes de concursos anteriores do mpu parte ii

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PREPARAÇÃO
IMPARÁVEL
rumo ao mpu
Noções de AFO e Orçamento Público
Revisão Por Meio de Resolução de Questões de Concursos 
Anteriores do MPU – Parte II
MANUEL PIÑON
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da 
Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado 
para a área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – 
AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, 
Auditor Federal de Finanças e Controle) da Con-
troladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministé-
rio da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN 
(Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 
1998.
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NOÇÕES DE AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
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Parte II
Prof. Manuel Piñon
SUMÁRIO
1. Receita Pública .......................................................................................5
1.1. Classificação das Receitas Públicas .........................................................6
2. Despesa Pública....................................................................................13
2.1. Conceito de Despesa Pública ................................................................13
2.2. Estágios/Fases da Despesa Pública .......................................................13
2.3. Classificações da Despesa Pública .........................................................15
3. Programação e Execução Orçamentária e Financeira ..................................23
4. LRF .....................................................................................................28
Questões Comentadas em Aula ................................................................ 108
Gabarito ................................................................................................ 129
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Prof. Manuel Piñon
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo hoje, nesta aula, é revisar os assuntos das aulas 3 a 7 do nosso 
curso, revendo os resumos dessas aulas e, em seguida, resolver questões de con-
cursos anteriores elaboradas pelo CESPE para o MPU.
Assim, a ideia aqui é que você leia o resumo e depois “caia matando” nas ques-
tões! Se precisar, volte na teoria para tirar suas dúvidas.
Como diria Thomas Edison: “Gênio é 1% inspiração e 99% transpiração”. Então, 
vamos TRANSPIRAR e resolver juntos muitas questões!
BOA REVISÃO!
Prof. Manuel Piñon.
E-mail: <manuelpinon@hotmail.com>.
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1. Receita Pública
A Receita Pública, em sentido amplo, abrange todos os ingressos financeiros 
ao patrimônio público, ou seja, o fluxo de recebimentos auferidos pelo Estado.
Já em sentido estrito, que é o conceito que vem sendo considerado pelas 
bancas, a Receita Pública engloba apenas os ingressos de caráter não devolu-
tivo auferidos pelo Estado, compreendendo qualquer ente da Federação ou suas 
entidades, com o fito de atender às despesas públicas.
Muito importante é a distinção entre os termos Ingresso (ou entrada – de 
caixa) e Receita Pública.
A entrada ou ingresso é toda entrada de dinheiro nos cofres públicos de uma 
maneira ampla, geral e irrestrita.
Já a Receita pública é a entrada que se integra ao patrimônio público sem 
quaisquer reservas, condições ou correspondência no passivo, aumentando seu 
vulto, como elemento novo e positivo.
Os Quatro Estágios da Receita Pública
• 1. Previsão: a receita não pode ser fixada, mas prevista, uma vez que não há 
certeza, antecipadamente, do volume de ingressos financeiros ao longo do 
exercício.
• 2. Lançamento: ato da repartição competente, que verifica a procedência do 
crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.
• 3. Arrecadação: se dá no momento em que o contribuinte recolhe, ao agente 
arrecadador, o valor do seu débito.
• 4. Recolhimento: acontece no momento em que o agente arrecadador repas-
sa o produto arrecadado ao Tesouro Nacional, Estadual ou Municipal.
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Previsão
Metodologia Unidade de Caixa
Classificação
Destinação
BancosCaixas
Lançamento Arrecadação Recolhimento
1.1. Classificação das Receitas Públicas
Classificação de acordo com a Lei n. 4.320/1964
Guarde a “estrutura” prevista nessa lei:
RECEITAS CORRENTES
RECEITA TRIBUTÁRIA
Impostos.
Taxas.
Contribuições de Melhoria.
RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES
RECEITA PATRIMONIAL
RECEITA AGROPECUÁRIA
RECEITA INDUSTRIAL
RECEITA DE SERVIÇOS
TRANSFERÊNCIAS CORRENTES
OUTRAS RECEITAS CORRENTES
RECEITAS DE CAPITAL
OPERAÇÕES DE CRÉDITO
ALIENAÇÃO DE BENS
AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS
TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL
OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL
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Guarde também o conceito das receitas correntes e de capital de acordo com a 
letra da Lei n. 4.320/1964:
Art. 11. A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Cor-
rentes e Receitas de Capital.
§ 1º São Receitas Correntes as receitas tributárias, de contribuições, patrimonial, agro-
pecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos finan-
ceiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a 
atender despesas classificáveis em Despesas Correntes.
§ 2º São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros 
oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os 
recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinadas a aten-
der despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superavit do Orçamento 
Corrente.
Classificação quanto à previsão no orçamento (Orçamentárias e Ex-
traorçamentárias)
• Receitas Orçamentárias: são aquelas que podem ser previstas na lei orçamen-
tária anual e que constituem fonte de recursos para fazer frente às despesasorçamentárias. São todos os ingressos financeiros de caráter não transitório 
auferidos pelo Poder Público.
• Receitas Extraorçamentárias: são aquelas que não estão previstas no orça-
mento, que correspondem a fatos de natureza estritamente financeira, de-
correntes da própria gestão das entidades. Correspondem aos valores prove-
nientes de toda e qualquer arrecadação que não figura no orçamento público, 
por não pertencerem de fato ao Governo. Sua realização não se vincula à 
execução do orçamento, nem constitui renda do Estado, que é mero deposi-
tário desses valores. Poderão converter-se em receitas orçamentárias quando 
o Estado se beneficiar das prescrições, insubsistências e decisões administra-
tivas ou judiciais favoráveis.
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Classificação quanto à origem, coercitividade ou procedência
• Receitas Originárias: são aquelas que têm origem no próprio patrimônio pú-
blico. O Estado é o produtor de bens e serviços, praticando atividades típicas 
do setor privado. Independem de autorização legal e podem ocorrer a qual-
quer momento.
• Receitas Derivadas: são obtidas do patrimônio particular, por meio de ativida-
de coercitiva do Estado sobre os particulares, ou seja, são aquelas cobradas 
pelo Estado, por força do seu poder de império, sobre as relações econômicas 
praticadas pelos particulares, pessoas físicas ou jurídicas, ou sobre seus bens.
Temos como exemplos as receitas relativas a tributos, confiscos, apreensões, pena-
lidades pecuniárias etc.
Vamos agora à diferenciação entre taxa e preço público:
Classificação quanto à repercussão/afetação patrimonial
• Receitas Efetivas: são aquelas em que os ingressos de disponibilidades de 
recursos não foram precedidos de registro de reconhecimento do direito e 
não constituem obrigações correspondentes. Por isso mesmo, aumentam a 
situação líquida patrimonial do Estado.
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São exemplos: a Receita Tributária, a Receita Patrimonial e a Receita de Serviços.
• Receitas Não Efetivas: são aquelas em que os ingressos de disponibilidades 
de recursos foram precedidos de registro de reconhecimento do direito. Por 
isso, não alteram a situação líquida patrimonial.
São exemplos: as receitas decorrentes da alienação de bens, de operações de 
crédito, de recebimento de amortização de empréstimo concedido no passado, da 
cobrança de dívida ativa etc.
Classificação da Receita Pública quanto à sua Regularidade
• Receitas Ordinárias: apresentam certa regularidade na sua arrecadação, sen-
do normatizadas pela Constituição ou por leis específicas.
São exemplos de Receitas Ordinárias as receitas com arrecadação de impostos, as 
transferências recebidas do Fundo de Participação dos Estados, entre outras.
• Receitas Extraordinárias: são as que representam ingressos acidentais, tran-
sitórios e, às vezes, até de caráter excepcional, como os impostos por motivo 
de guerra, heranças etc.
Classificação quanto à forma de sua realização
• Receitas Próprias: quando seu ingresso é promovido pela própria entidade, 
diretamente ou por meio de agentes arrecadadores autorizados.
São exemplos os tributos, os aluguéis, os rendimentos de aplicações financeiras, as 
multas e juros de mora recebidos, os valores recebidos por alienação de bens etc.
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• Receitas de Transferências: são aquelas em que a arrecadação se processa 
por meio de outras entidades, em virtude de dispositivos constitucionais ou 
legais, ou mediante acordos ou convênios.
São exemplos os valores recebidos como cota-parte de Tributos Federais aos Esta-
dos e Municípios oriundos do FPE e do FPM, como Cota-parte de Tributos Estaduais 
aos Municípios decorrentes da arrecadação do ICMS e do IPVA, os decorrentes de 
convênios firmados com outros entes, entre outros.
• Receitas de Financiamentos: são as decorrentes de operações de crédito rea-
lizadas com destinação específica, vinculadas à comprovação da aplicação 
dos recursos.
São exemplos de Receitas de Financiamentos os valores recebidos a título de finan-
ciamentos para implantação de parques industriais, para aquisição de bens de con-
sumo duráveis, para realização de obras de saneamento básico etc.
Classificação da Receita Pública por categoria econômica
O objetivo da classificação por categorias econômicas da receita é identificar/
diferenciar as receitas de caráter continuado, que são as correntes, das receitas 
eventuais, que são as de capital. Note que ela segue a mesma linha de raciocínio 
da classificação determinada no artigo 11 da Lei n. 4.320/1964.
• Receitas correntes: são as receitas das quais não resulta contraprestação 
financeira, em qualquer momento, por parte do Estado, e são destinadas a 
atender despesas classificáveis em Despesas Correntes.
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• Receitas de capital: são aquelas provenientes da realização de recursos fi-�
nanceiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de 
bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou 
privado destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital 
e, ainda, o superavit do Orçamento Corrente.
Classificação por fontes de receita
A classificação por fontes ou por destinação de recursos vem atender a neces-
sidade de classificar a receita conforme a destinação legal dos recursos 
arrecadados. É um código de três dígitos, com as seguintes finalidades:
1º dígito – indica o grupo de fontes de recursos;
2º e 3º dígitos – indicam a especificação das fontes de recursos.
O grupo de fontes de recursos identifica se o recurso é ou não originário do 
Tesouro Nacional e se pertence ao exercício corrente ou a exercícios anteriores. 
Confira:
1º DÍGITO: GRUPO DE FONTES DE RECURSOS
1 – Recursos do Tesouro – Exercício Corrente
2 – Recursos de Outras Fontes – Exercício Corrente
3 – Recursos do Tesouro – Exercícios Anteriores
6 – Recursos de Outras Fontes – Exercícios Anteriores
9 – Recursos Condicionados
Classificação por Natureza de Receita
No caso da União, valendo desde 01/01/2016, a classificação se dá con-
formeveremos a seguir, enquanto para os Estados e Municípios só vale a 
partir de 01/01/2018.
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Categoria Econômica – um dígito
Origem – um dígito
Espécie – um dígito
Desdobramentos para identificação de peculiaridades – 4 dígitos
Tipo – um dígito
Para quem gosta de mnemônicos: COEDT!
Perceba, portanto, que a nova estrutura contempla com cinco níveis. Registre 
que, nos três primeiros níveis, nada mudou. O 4º nível tem 4 dígitos e apresenta 
o desdobramento para identificação de peculiaridades da receita. Já o 5º nível tem 
apenas 1 dígito com o tipo de arrecadação.
É importante ter em mente que a estrutura da nova codificação cria possibilida-
de de associar, de forma imediata, a receita principal com aquelas dela originadas: 
Multas e Juros, Dívida Ativa, Multas e Juros da Dívida Ativa.
Nessa toada, a associação é efetuada por meio de um código numérico de oito 
dígitos, cujas posições ordinais passam a ter o seguinte significado:
C O E DDDD T
Categoria econômica Origem Espécie
Desdobramentos 
para identificação 
de peculiaridades da 
receita
Tipo
Já no âmbito dos Estados, DF e Municípios, permanece vigente, até 2018, a 
classificação por natureza formada por um código numérico de oito dígitos, que é 
subdividida em seis níveis – Categoria Econômica, Origem, Espécie, Rubrica, Alínea 
e Subalínea.
Lembre-se do bom e velho mnemônico: COERAASS!
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Veja:
C O E R AA SS
Categoria econô-
mica
Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea
Em geral, um nível detalha o anterior. Destaque para a subalínea que é o nível 
mais analítico da receita.
Classificação por identificador de resultado primário
A ideia é poder identificar quando uma receita é primária (P), ou seja, quando 
seu valor é computado na apuração do resultado (superavit ou deficit) primário, ou não 
primária ou financeira (F), quando não é considerada nesse cálculo.
2. Despesa Pública
2.1. Conceito de Despesa Pública
A Despesa Pública representa o conjunto de dispêndios do Estado, ou de outra 
pessoa de Direito Público, com a finalidade de funcionamento dos serviços públicos 
e de atendimento às necessidades coletivas, aplicando certa quantia dentro de uma 
autorização legislativa, buscando a manutenção das atividades do ente estatal ou 
para a conservação ou construção de bens públicos, com exceção das chamadas 
despesas extraorçamentárias. É importante registrar que os dispêndios, 
assim como os ingressos, são tipificados em orçamentários e extraorça-
mentários.
2.2. Estágios/Fases da Despesa Pública
A execução da despesa orçamentária pública transcorre em três estágios, que 
conforme previsto na Lei n. 4.320/1964: empenho, liquidação e pagamento. No 
entanto, a doutrina majoritária inclui a fixação da despesa como sendo um dos es-
tágios, integrando o Planejamento.
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A etapa do planejamento e contratação abrange, de modo geral, a fixação 
da despesa orçamentária, a descentralização e movimentação de créditos, a pro-
gramação orçamentária e financeira e o processo de licitação.
O empenho é o primeiro estágio da despesa. Nos termos do disposto no art. 
58 da Lei n. 4.320/1964, o empenho de despesa é o ato emanado de autoridade 
competente que cria para o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de 
implemento de condição. O empenho não cria obrigação jurídica de pagar, mas 
destaca das dotações orçamentárias destinadas à satisfação da despesa a quantia 
necessária ao resgate do débito.
Usa-se o empenho ordinário para acudir despesas com montante previamen-
te conhecido e cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez.
Já o empenho global atende às despesas com montante previamente conhe-
cido, mas cujo pagamento seja parcelado.
Por seu turno, para acolher despesas cujo valor não se possa determinar pre-
viamente, usa-se o empenho por estimativa, como nos casos de contas de água, 
luz, telefone, diárias etc.
A liquidação é o segundo estágio da despesa e é caracterizada pela entrega 
dos bens e serviços contratados. Nos termos do disposto no art. 63 da Lei n. 4.320, 
de 17/03/1964, a liquidação da despesa consiste na verificação do direito 
adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comproba-
tórios do respectivo crédito.
O pagamento é o terceiro e último estágio da despesa. Dispositivo constante 
do art. 64 da Lei n. 4.320/1964 define: a ordem de pagamento é o despacho 
exarado por autoridade competente, determinando que a despesa seja 
paga.
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Seguem os estágios da Despesa de acordo com a Doutrina:
2.3. Classificações da Despesa Pública
Classificação da Despesas quanto à presença no orçamento
• Despesas Orçamentárias: as despesas orçamentárias são aquelas que podem 
ser previstas na lei orçamentária anual e que financiam o funcionamento dos 
serviços públicos. Sua realização depende de autorização legislativa.
• Despesas Extraorçamentárias: são despesas extraorçamentárias as que não 
podem ser previstas na lei orçamentária anual e têm caráter transitório. Sua 
realização não se vincula à execução orçamentária.
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Classificação quanto à efetividade/afetação patrimonial
• Despesa Orçamentária Efetiva – é aquela que, no momento de sua realiza-
ção, reduz a situação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil 
modificativo diminutivo.
• Despesa Orçamentária Não Efetiva – é aquela que, no momento da sua rea-
lização, não reduz a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato 
contábil permutativo. Também chamada de despesa “por mutação/mudança 
patrimonial”.
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Classificação institucional da despesa
Classificação funcional da despesa orçamentária
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Classificação programática da despesa orçamentária
Para que servem algumas classificações das despesas:
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Classificação da despesa quanto à natureza econômica
Classificação por categoria econômica
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Classificação por GRUPOS de natureza da despesa
Classificação por Modalidade de aplicação
Classificação quanto ao Elemento de despesa
A Lei n. 4.320/1964, em seu art. 15, estabelece o princípio da discriminação, 
que exige que as despesas sejam discriminadas, no mínimo, por elementos. Em 
seguida, define elementos como “o desdobramento da despesa com pessoal, 
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material, serviços, obras e outros meios de que se serve a administração 
pública para a consecução dos seus fins”.
Classificação da Lei n. 4.320/1964
O artigo 2º da Lei n. 4.320/1964 estabelece que o orçamento terá quadro de-
monstrativo da Receita e Despesa organizado pela Categoria Econômica.
A despesa é classificada nas seguintes categorias econômicas:
• Despesas correntes:
 – despesas de custeio;
 – transferências correntes.
• Despesas de capital:
 – investimentos;
 – inversões financeiras;
 – transferências de capital.
Esquema:
Quanto à 
Lei n. 4.320/1964
Transferências 
correntes
Investimentos
Despesas de 
custeio
Inversões 
financeiras
Transferências 
de capital
Despesas 
correntes
Despesas 
de capital
Restos a Pagar
São classificadas como Restos a Pagar as despesas que já foram empenha-
das, mas que não foram pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se 
as processadas das não processadas.
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Os “processados” são os restos a pagar relativos às despesas cuja execução 
alcançou o estágio da liquidação, enquanto os “não processados” são os restos a 
pagar relativos às despesas cuja execução abrangeu apenas o estágio do empenho.
Despesas de Exercícios Anteriores
Classificam-se como despesas de exercícios anteriores aquelas que podem ser 
atendidas à conta de dotação específica consignada no orçamento anual do Estado 
ou em Créditos Adicionais, desde que reconhecido o direito do requerente, e ainda:
a) as despesas de exercícios JÁ encerrados para as quais o orçamento respec-
tivo consignava crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, MAS 
que, por motivo superveniente, não tenha sido empenhado na época própria, 
DESDE que o fornecimento do material, a prestação do serviço ou execução 
da obra JÁ tenha efetivamente ocorrido;
b) aqueles Restos a Pagar com prescrição interrompida; e
c) os compromissos somente reconhecidos após o encerramento do exercício, 
DESDE QUE tenham decorrido de situação ou fato independente da vontade 
do ordenador da despesa.
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3. Programação e Execução Orçamentária e Financeira
A execução orçamentária e financeira deve estar atrelada a um processo eficaz 
de planejamento e não deixa de ser um instrumento de políticas públicas. A inte-
gração do planejamento à execução orçamentário-financeira deve ser realizada por 
meio da programação financeira de gastos e arrecadações.
Do lado orçamentário, temos a descentralização de crédito; do financeiro, 
a movimentação de recursos.
A movimentação de créditos do órgão central de orçamento para os órgãos se-
toriais chama-se dotação, enquanto que a movimentação de recursos do órgão 
central de programação financeira para os órgãos setoriais é chamada cota.
A movimentação de crédito entre órgãos distintos denomina-se descentrali-
zação externa ou destaque. Já a movimentação de recursos é conhecida como 
repasse.
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A movimentação de crédito de um órgão para as unidades a ele vinculadas, bem 
como entre elas, denomina-se descentralização interna ou provisão, ao passo 
que a movimentação de recursos é chamada de sub-repasse.
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A execução orçamentária pode ser definida simplesmente como a utilização dos 
créditosconsignados na Lei Orçamentária Anual (LOA), ou seja, a execução orça-
mentária é a utilização dos CRÉDITOS consignados no orçamento.
A execução financeira, de modo distinto, representa a utilização de recursos fi-
nanceiros, visando atender à realização dos projetos e/ou atividades atribuídas às 
Unidades Orçamentárias pelo Orçamento.
Após a LOA ter sido aprovada e sancionada, o Quadro de Detalhamento da 
Despesa (QDD) será definido como sendo um instrumento que detalha, em nível 
operacional, os subprojetos e as subatividades constantes da lei orçamentária anual, 
especificando as Unidades Orçamentárias de cada órgão, fundo ou entidade dos or-
çamentos fiscal e da seguridade social, especificando, para cada categoria, a fonte de 
recursos, a categoria econômica, o grupo de despesa e a modalidade de aplicação.
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Em termos de União, os valores previstos no Orçamento Público têm as infor-
mações orçamentárias fornecidas pela Secretaria de Orçamento Federal, lançadas 
no SIAFI, por intermédio da geração automática do documento Nota de Dotação 
(ND), criando-se, assim, o crédito orçamentário e, a partir daí, tem-se o 
início da execução orçamentária propriamente dita.
A Programação Financeira é o conjunto de atividades que têm o objetivo de 
ajustar o ritmo da execução do orçamento ao fluxo provável de entrada de recursos 
financeiros que vão assegurar a realização dos programas anuais de trabalho e, 
consequentemente, impedir eventuais insuficiências de tesouraria.
O cronograma de desembolso é parte da programação financeira de desem-
bolso, visto que representa somente as despesas decorrentes da execução física 
dos projetos e atividades a cargo dos ministérios ou órgãos, ou seja, espelha a ne-
cessidade de recursos financeiros para pagamento dessas despesas.
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Veja o esquema a seguir:
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Veja o esquema a seguir:
4. LRF
Em relação à sua abrangência, guarde que a LRF obriga todos os órgãos, autar-
quias, fundações, entidades de todos os entes federativos e empresas estatais 
dependentes (que recebem recursos do ente para pagamento dos gastos com pes-
soal ou custeio), com exceção apenas das empresas estatais independentes. 
Visualize:
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Os mais importantes princípios inerentes à LRF são o equilíbrio entre 
despesas e receitas, a responsabilidade fiscal, a limitação de empenho (sendo 
necessário avaliar bimestralmente a arrecadação e impedir a realização de des-
pesas caso a arrecadação for menor que o previsto), a antecipação, a transpa-
rência e a exatidão (as previsões de receitas devem ser calculadas com base em 
métodos científicos e próximas da realidade). Além desses, temos os seguintes:
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O embasamento legal das finanças públicas no Brasil, após o advento da LRF, 
pode ser assim visualizado:
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A LRF atribuiu à LDO o papel de dispor sobre o equilíbrio entre receita e 
despesa, critérios e formas de limitação de empenho e condições para transferência 
de recursos. Os seus dois anexos são o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de 
Riscos Fiscais.
Já a LOA deve conter o demonstrativo da compatibilidade da programa-
ção dos orçamentos, com os objetivos e metas do Anexo de Metas Fiscais, o de-
monstrativo regionalizado do efeito das renúncias de receitas, bem como as 
medidas de compensação e a reserva de contingência, obtida com base na receita 
corrente líquida, para o atendimento a passivos contingentes e outros riscos fiscais 
imprevistos.
Amigo(a), guarde que a receita corrente líquida será apurada somando-se as 
receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, excluídas as 
duplicidades (portanto, pode exceder um exercício financeiro).
É importante ter em mente que, após a publicação dos orçamentos, o Executivo 
tem 30 dias para estabelecer a programação financeira e o cronograma de execu-
ção mensal.
Caso seja verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita não irá 
cumprir as metas de resultado definidas no Anexo de Metas, os Poderes e o MP têm 
que fazer a limitação de empenho nos 30 dias subsequentes. Entretanto, se, por 
ventura, os Poderes e o MP não fizerem tal limitação no prazo, o próprio Executivo 
é autorizado a limitar tais valores.
A LRF também determinou que as renúncias de receitas devem ser acompanha-
das de estimativa do impacto financeiro no exercício e nos dois seguintes. 
Além disso, elas devem atender a pelo menos uma dessas condições:
1) demonstração de que tal renúncia foi considerada na estimativa de receita 
da LOA;
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2) medidas de compensação, por meio do aumento de receita (elevação de alí-
quotas, ampliação da base de cálculo, majoração de tributos etc.).
Atenção aos Anexos e Relatórios citados na LRF:
• Anexo de MetasFiscais: avaliação do cumprimento das metas do ano anterior, 
demonstrativo das metas anuais, evolução do patrimônio líquido nos últimos 
três exercícios, avaliação da situação financeira e demonstrativo de estimati-
va e compensação de renúncia de receita.
• Anexo de Riscos Fiscais: avaliação dos passivos contingentes e outros riscos 
capazes de afetar as contas públicas.
• Relatório resumido da Execução Orçamentária: deve ser publicado em 30 dias 
após cada bimestre. Deve conter o balanço orçamentário e o demonstrativo 
de execução das receitas e despesas. Quando for o caso, são apresentadas 
justificativas de limitação de empenho.
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• Relatório de Gestão Fiscal: deve ser emitido ao final de cada quadrimestre, 
contendo comparativos com os limites estabelecidos pela LRF, indicação de 
medidas corretivas (se for o caso) e demonstrativos em geral.
Distribuição dos limites de Despesas de Pessoal entre os Poderes de 
cada ente:
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É importante destacar que os Tribunais de Contas devem alertar os Poderes 
quando constatarem que a despesa com pessoal chegou a 90% do limite, os mon-
tantes de dívida consolidada e mobiliária forem superiores a 90% do limite e quando 
os gastos com inativos e pensionistas esteja acima do limite definido em lei.
Vale ressaltar que, se a despesa com pessoal exceder 95% dos limites esta-
belecidos, o Poder ou órgão NÃO PODE: dar aumento aos servidores – ressalvada 
a revisão anual (inflação); criar cargo, emprego ou função; conceder hora extra; 
fazer alteração na estrutura que gere aumento de despesa; dar provimento de car-
go público (a não ser que haja aposentadoria ou falecimento do servidor nas áreas 
de saúde, educação e segurança).
Em relação aos estouros das despesas com pessoal, a LRF determina que 
deve ser reconduzida ao limite nos próximos dois quadrimestres, sendo de 
pelo menos 1/3 nos primeiros quatro meses.
No tocante à dívida pública, a LRF obriga o ente a reconduzi-la ao limite nos 
próximos três quadrimestres, sendo pelo menos 25% no primeiro.
A LRF reforçou a ideia de que nenhum benefício relativo à seguridade social 
pode ser criado, majorado ou estendido sem que haja a indicação da fonte de cus-
teio total.
A LRF definiu e deu grande importância à gestão da chamada despesa de ca-
ráter continuado, que é aquela que fixa despesas por um período superior a 
dois exercícios, obrigando que estejam acompanhadas da estimativa do im-
pacto financeiro e do demonstrativo da origem dos recursos para o seu custeio.
Em outras palavras, a despesa de caráter continuado deve ser acompanhada de 
comprovação de que não afetará o cumprimento das metas fiscais, devendo seus 
efeitos financeiros ser compensados pelo aumento da receita nos períodos seguin-
tes.
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A LRF também determinou que os recursos destinados a cobrir deficit de pes-
soas físicas e jurídicas (inclusive instituições do Sistema Financeiro) só podem ser 
autorizados mediante lei específica.
Ela reforçou o papel do Senado Federal, no que diz respeito à dívida consolida-
da, e do Congresso Nacional, no tocante à dívida mobiliária federal.
A LRF vedou expressamente a realização de operações de crédito entre um 
ente e outro, com exceção do caso de operações entre instituição financeira esta-
tal e outro ente da Federação, desde que não se trate de financiamento de despesa 
corrente ou refinanciamento de dívidas, sendo, portanto, proibida a operação de 
crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da Federação que a controle.
A lei também proibiu os entes de realizarem operação de crédito por antecipa-
ção de receita no último ano de mandato do Executivo.
A LRF permitiu aos entes conceder garantia em operações de crédito interna ou 
externa, observados os limites definidos pelo Senado. A garantia é condicionada ao 
oferecimento de contragarantia, ressaltando que essa deve ser igual ou superior 
ao valor da garantia.
Também determinou ainda que, no caso do DF, Estados ou Municípios, a União 
pode exigir como garantia a vinculação de receitas provenientes de transferências 
constitucionais.
A lei proibiu ainda que o titular de Poder ou órgão possa contrair, nos últimos 
dois quadrimestres de seu mandato, obrigação de despesa que não possa ser 
cumprida integralmente dentro do mandato.
Visando preservar as aposentadorias e pensões futuras, a LRF determinou que 
as disponibilidades de caixa dos regimes de previdência fiquem em conta separada, 
sendo vedada a sua aplicação em empréstimos ou títulos da dívida pública esta-
dual ou municipal.
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A LRF trouxe, ainda, a proibição da aplicação da receita obtida com alienação de 
bens e direitos para o financiamento de despesa corrente, salvo se for destina-
da por lei aos regimes de previdência.
No que diz respeito à prestação de contas da União, determinou que ela deve 
incluir os demonstrativos do Tesouro Nacional e das agências financeiras oficiais de 
fomento, incluído o BNDES, especificando os empréstimos e financiamentos conce-
didos com recursos oriundos dos orçamentos fiscal e da seguridade social.
A LRF disciplinou ainda que a despesa e a assunção de compromisso sejam 
registradas segundo o regime de competência, apurando-se, em caráter com-
plementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa.
Nessa toada, a LRF facultou aos municípios com população inferior a 50 mil ha-
bitantes optar por divulgar, semestralmente, o relatório de gestão fiscal e estabele-
ceu que os Tribunais de Contas têm 60 dias para emitir parecer prévio conclusivo 
sobre as contas. Veja o resumo:
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Prof. Manuel PiñonA LRF trouxe sanções:
Segue um fluxograma resumindo o processo orçamentário e de prestação de 
contas trazido pela LRF:
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1. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Com relação às classificações e técnicas de exe-
cução do orçamento público, julgue o item que se segue.
É vedado classificar o ingresso de recursos provenientes da alienação de compo-
nentes do ativo permanente como receita patrimonial.
Certo.
A entrada de recursos decorrentes da venda de ativo permanente é uma receita de 
capital. Assim, a assertiva está correta, uma vez que a receita patrimonial é uma 
receita corrente, e não uma receita de capital.
2. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Em relação à receita pública, julgue o item se-
guinte.
Por não ser possível prever no orçamento todos os casos em que o órgão público 
fará a alienação de algum bem do seu patrimônio, a receita proveniente das aliena-
ções pode ser classificada como orçamentária ou extraorçamentária.
Errado.
De acordo com o artigo 57 da Lei n. 4.320/1964, devem ser classificadas como 
receita orçamentária todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de 
operações de crédito, mesmo que não estejam previstas no orçamento.
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3. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Em relação às receitas públicas, julgue o item a 
seguir.
O produto da arrecadação de uma única receita orçamentária pode ser subdividido 
em mais de uma fonte de recursos.
Certo.
É importante deixar registrado que as fontes de recursos são identificadas com três 
dígitos, sendo o primeiro dígito para o grupo e os dois seguintes para a especifica-
ção da fonte. Desse modo, o produto da arrecadação de uma única receita orça-
mentária pode ser subdividido em duas ou mais fontes de recursos.
4. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Em relação às receitas públicas, julgue o item a 
seguir.
A dívida ativa é formada pelo conjunto de obrigações do Tesouro Nacional perante 
terceiros, desde que regularmente constituídas, formalizadas e reconhecidas.
Errado.
Apesar de o tópico Dívida Ativa não ter sido especificado, o entendimento básico 
do seu conceito pode vir a ser colocado na prova, visto que está presente na Lei n. 
4.320/1964.
Basta você saber que, na verdade, a dívida ativa é um DIREITO do Tesouro Nacio-
nal perante terceiros, e não uma obrigação!
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5. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Julgue o item seguinte, que versa acerca de re-
ceita e despesa públicas, à luz do que estabelece a Lei n. 4.320/1964.
A dívida ativa constitui-se dos passivos da fazenda pública, para com terceiros, 
não pagos no vencimento, que são inscritos em registro próprio, após apurada sua 
exigibilidade.
Errado.
A dívida ativa é um DIREITO, ou seja, um ATIVO do Tesouro Nacional perante ter-
ceiros, e não um PASSIVO!
6. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Em relação às classificações da receita pública, 
julgue o item subsequente.
A classificação por fontes inclui-se entre os critérios de classificação das receitas 
públicas.
Certo.
A classificação por fontes de recursos subdivide a classificação econômica das re-
ceitas em mais quatro níveis. Ela foi estabelecida pela Lei n. 4.320/1964.
A nova estrutura permanece em vigor até hoje com permanentes atualizações, 
mediante portarias da Secretaria de Orçamento Federal, do Ministério do Planeja-
mento, Orçamento e Gestão.
7. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Em relação às classificações da receita pública, 
julgue o item subsequente.
A classificação por fontes de recursos é um procedimento que consiste em agrupar 
os recursos extraorçamentários, não sendo aplicado aos recursos orçamentários.
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Errado.
A classificação por fontes de recursos subdivide a classificação econômica das re-
ceitas em mais quatro níveis, estabelecidos pela Lei n. 4.320/1964, abrangendo, 
assim, as receitas orçamentárias.
8. (CESPE/MPU/PROCURADOR/2010) Com relação a despesas e receitas públicas, 
julgue o item.
A caução exigida e arrecadada de um licitante corresponde a ingresso de valores 
aos cofres públicos e, portanto, é receita pública.
Errado.
O CESPE considerou, nesta questão, o conceito de Receita Pública em seu sentido 
estrito, ou seja, apenas os ingressos de caráter não devolutivo auferidos pelo Esta-
do. Como a caução exigida em licitações, EM REGRA, deve ser objeto de devolução, 
não se enquadra nesse conceito.
9. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Em relação às classificações da receita pública, 
julgue o item subsequente.
Impostos, taxas e contribuições são considerados receitas originárias.
Errado.
Quanto à coercitividade, origem ou procedência, as receitas públicas podem ser 
classificadas em originárias e derivadas.
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Receita Originária
As Receitas Originárias são aquelas que têm origem no próprio patri-
mônio público. O Estado é o produtor de bens e serviços, praticando ativi-
dades típicas do setor privado.
Nessa pegada, a receita originária, chamada genericamente também de Pa-
trimonial, de Economia Privada ou de Direito Privado, tem origem na exploração, 
pelo Estado, da atividade econômica, ou seja, resulta da atuação do Estado, sob o 
regime de direito privado, na exploração de atividade econômica.
Oriunda do domínio privado do Estado,não tem caráter coercitivo, atuando sob 
o regime de direito privado, ou seja, o Estado coloca parte do seu patrimônio à dis-
posição de pessoas físicas ou jurídicas, que poderão se beneficiar de bens ou de 
serviços, mediante pagamento de um preço estipulado.
É importante ter em mente que elas independem de autorização legal e 
podem ocorrer a qualquer momento, sendo oriundas da exploração do patrimônio 
mobiliário ou imobiliário, ou do exercício de atividade econômica, industrial, comer-
cial ou de serviços, pelo Estado ou suas entidades.
São exemplos de receitas originárias a percepção de aluguéis, venda de combustí-
veis etc.
Desse modo, são receitas provenientes do capital das empresas estatais, que 
recebem recursos financeiros pela venda de bens e serviços por elas produzidos, 
sem exercer seu poder coercitivo.
Guarde que, na verdade, a Receita Originária tem natureza bilateral, ou 
seja, de livre vontade do Estado e dos particulares.
Vamos ver mais alguns exemplos de Receitas Originárias:
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Rendas provenientes da venda de bens e de empresas comerciais ou industriais.
Rendas obtidas sobre os bens sujeitos a sua propriedade (aluguéis, dividendos, 
aplicações financeiras).
Rendas do exercício de atividades econômicas, ou seja, industriais, comerciais ou 
de serviços.
Segundo o mestre Caio Bartine, a doutrina divide as receitas originárias em dois 
grupos:
• receitas originárias patrimoniais – são as que provêm da alienação de bens do 
domínio público, como as rendas de arrendamento, locação, venda de bens 
públicos móveis ou imóveis;
• receitas originárias empresariais – são as que decorrem da atividade propria-
mente econômica do Estado, relacionada com a produção de bens e serviços. 
São as receitas dos empreendimentos industriais, comerciais, agrícolas (pro-
dução de bens), além dos ligados aos setores de transportes e comunicações 
(produção de serviços).
Vamos conhecer mais alguns exemplos de receitas públicas originárias:
Royalties do petróleo, minerais, gás naturais, energia etc.
Guarde que as receitas de royalties decorrem de compensações financeiras de-
vidas à União em função da exploração de recursos minerais.
Registre-se que, em sua gênese, os royalties são devidos à União, mas, por 
determinação constitucional, a União deve repartir o que recebeu a este título, via 
transferências, com os Estados e Municípios, conforme o artigo 20, parágrafo pri-
meiro, da CF/1988.
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Em relação à classificação da receita de royalties, o STF firmou posição de que 
os royalties são receitas originárias da União, e também para os Estados e Municí-
pios, que os recebem via repasse/transferência, configurando-se em receita origi-
nária própria desses entes federativos.
• Dividendos auferidos pelas empresas públicas e sociedades de economia mista.
• Preços públicos decorrentes da contraprestação pela prestação de serviços 
públicos por concessionários, serviços comerciais e de venda de produtos 
industriais ou agropecuários, tais tarifas têm verdadeira natureza contratual.
• Rendas do patrimônio mobiliário e imobiliário do Estado (receita de aluguel).
Receita Derivada
Já as Receitas Derivadas, por outro lado, são obtidas do patrimônio particular, 
por meio de atividade coercitiva do Estado sobre os particulares.
As Receitas Derivadas, chamadas genericamente também de não patrimo-
niais, de Economia Pública ou de Direito Público, são aquelas cobradas pelo Estado, 
por força do seu poder de império, sobre as relações econômicas praticadas 
pelos particulares, pessoas físicas ou jurídicas, ou sobre seus bens.
Registre-se que o mestre Aliomar Baleeiro inclui, entre as receitas derivadas, as 
multas fiscais, as reparações de guerra e as contribuições parafiscais.
Na atualidade, constitui-se na instituição de tributos, que serão exigidos da 
população, para financiar os gastos da administração pública em geral, ou para 
o custeio de serviços públicos específicos prestados ou colocados à disposição da 
comunidade.
Nesse sentido, são receitas provenientes do capital das pessoas e das empresas 
privadas, às quais são impostos pagamentos de tributos, confiscos, apreensões, 
penalidades pecuniárias etc.
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São, portanto, unilaterais, dependendo do jus imperii do Estado.
Resumindo, temos:
Quanto à Origem
Receitas Originárias Receitas Derivadas
Podemos concluir, portanto, que impostos, taxas e contribuições são considera-
dos receitas DERIVADAS!
10. (CESPE/MPU/PROCURADOR/2013) Relativamente à distinção entre taxa e pre-
ço público, julgue o item seguinte.
Enquanto determinado aeroporto for administrado pela INFRAERO, a taxa de em-
barque que o consumidor pagar classificar-se-á como uma taxa, no sentido de 
espécie tributária; se for transferida a administração do citado aeroporto para con-
cessionário privado, o referido pagamento passará a ter natureza jurídica de preço 
público.
Errado.
A assertiva tentou confundir o(a) candidato(a)!
Lembre-se de que as taxas podem ser cobradas por utilização potencial de serviço 
público, os preços públicos não.
Aí eu lhe pergunto: quem não viaja de avião paga pelo embarque? NÃO!
Logo, é preço público!
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11. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Em relação às classificações da receita pública, 
julgue o item subsequente.
As receitas auferidas nas situações em que o Estado atua em condição de igualda-
de com os particulares, sem o uso do poder de império, são consideradas receitas 
originárias, como é o caso da receita de serviços.
Certo.
Nas Receitas de Serviços, o Estado pratica atividades típicas do setor privado, ou 
seja, têm origem no próprio patrimônio público, sendo, portanto, receitas originá-
rias.
12. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Julgue o item subsequente, referente à classifi-
cação de receita pública.
Uma das modalidades de receita pública é o imposto, que constitui contraprestação 
específica do Estado ao cidadão.
Errado.
Na verdade, imposto é uma “espécie” de receita pública, e não uma modalidade, 
como nos diza assertiva.
Além disso, imposto NÃO é contraprestação específica do Estado ao cidadão, posto 
que o Código Tributário Nacional (CTN) define imposto como o “tributo cuja obri-
gação tem por fato gerador uma situação independentemente de qualquer 
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”.
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Guarde, portanto, que o pagamento de um imposto por parte do contribuinte não 
obriga o Estado a qualquer contrapartida específica.
13. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Julgue o item subsequente, referente à classifi-
cação de receita pública.
A receita pública não efetiva provém dos serviços prestados indiretamente pelo 
governo.
Errado.
Quanto à repercussão/afetação patrimonial, as receitas são classificadas em efeti-
vas e não efetivas.
As Receitas Efetivas são aquelas em que os ingressos de disponibilidades de 
recursos não foram precedidos de registro de reconhecimento do direito e não 
constituem obrigações correspondentes. Por isso mesmo, aumentam a situação 
líquida patrimonial do Estado. São exemplos a Receita Tributária, a Receita Pa-
trimonial e a Receita de Serviços.
Já as Receitas Não Efetivas, ou por mutação patrimonial, são aquelas em que 
os ingressos de disponibilidades de recursos foram precedidos de registro de re-
conhecimento do direito. Por isso, não alteram a situação líquida patrimonial. 
São exemplos a receita decorrente da alienação de bens, de operações de crédito, 
de recebimento de amortização de empréstimo concedido no passado, da cobrança 
de dívida ativa etc.
Podemos concluir que a receita pública efetiva é aquela que provém dos serviços 
prestados indiretamente pelo governo.
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14. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Com relação às classificações e técnicas de exe-
cução do orçamento público, julgue o item que se segue.
É vedado classificar o ingresso de recursos provenientes da alienação de compo-
nentes do ativo permanente como receita patrimonial.
Certo.
Enquanto as receitas patrimoniais são receitas correntes provenientes da explora-
ção do patrimônio pertencente ao ente público, as receitas de alienação de bens 
são receitas de capital provenientes da alienação de bens móveis ou imóveis de 
propriedade do ente público.
Nessa toada, a LRF veda a aplicação da receita de capital decorrente da alienação 
de bens e direitos que integrem o patrimônio público para financiar despesas cor-
rentes, salvo as destinadas por lei à Previdência.
15. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Com relação à responsabilidade fiscal e a classi-
ficações orçamentárias da receita e da despesa pública, julgue o item subsequente.
Na execução orçamentária, as receitas devem ser contabilizadas nas rubricas cor-
respondentes à sua natureza, desde que estejam previstas em lei orçamentária e 
que não sejam decorrentes de operações de crédito.
Errado.
As naturezas de receitas orçamentárias demonstram o fato gerador que origi-
nou o ingresso dos recursos aos cofres públicos, podendo ser considerada a menor 
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célula de informação em termos de orçamento público no que diz respeito às recei-
tas públicas, de modo a permitir as necessárias vinculações.
No caso da União, valendo desde 01/01/2016, a classificação se dá conforme a se-
guir, enquanto para os Estados e Municípios só vale a partir de 01/01/2018.
Categoria Econômica – um dígitoOrigem – um dígitoEspécie – um dígitoDesdobramentos para identificação de peculiaridades – 4 dígitosTipo – um dígitoPara quem gosta de mnemônicos: COEDT!
Perceba, portanto, que a nova estrutura contempla com cinco níveis. Registre que, 
nos três primeiros níveis, nada mudou. O 4º nível tem 4 dígitos e apresenta o 
desdobramento para identificação de peculiaridades da receita. Já o 5º nível tem 
apenas 1 dígito com o tipo de arrecadação.
É importante ter em mente que a estrutura da nova codificação cria possibilidade 
de associar, de forma imediata, a receita principal com aquelas dela originadas: 
Multas e Juros, Dívida Ativa, Multas e Juros da Dívida Ativa.
Nessa toada, a associação é efetuada por meio de um código numérico de oito dí-
gitos, cujas posições ordinais passam a ter o seguinte significado:
C O E DDDD T
Categoria econômica Origem Espécie Desdobramentos para 
identificação de peculiaridades 
da receita
Tipo
Em termos de dígitos, temos:
1º dígito – Categoria econômica.
2º dígito – Origem.
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3º dígito – Espécie.
4º ao 7º dígito – DDD Desdobramentos para identificação de peculiaridades da 
receita.
8º dígito – Tipo.
Podemos notar que a questão está correta em sua parte inicial, ao afirmar que “as 
receitas devem ser contabilizadas nas rubricas correspondentes à sua natureza”.
Entretanto, a sua parte final está duplamente equivocada, visto que, mesmo não es-
tando previstas no orçamento, as receitas orçamentárias arrecadadas continuam sen-
do orçamentárias e, portanto, devem estar classificadas quanto à sua natureza. Além 
disso, as receitas oriundas de operações de crédito também são consideradas receitas 
orçamentárias, e, desta forma, devem ser classificadas quanto à sua natureza.
16. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Em relação às receitas públicas, julgue o item a 
seguir.
Quando o poder de tributar e arrecadar tributos pertence a um ente, mas a apli-
cação dos recursos correspondentes pertence a outro, a classificação como receita 
tributária deve ocorrer no ente tributante. No ente beneficiário ou aplicador, deve 
ser registrado o recebimento dos recursos como receita tributária ou de transfe-
rência, conforme o caso.
Certo.
Guarde que, quando o poder de tributar, arrecadar e distribuir pertence a um ente, 
mas a aplicação dos recursos correspondentes pertence a outro ente, a classifica-
ção como receita tributária deverá ocorrer no ente tributante.
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Mas guarde também que, enquanto, no ente tributante, a transferência de recursos 
arrecadados deverá ser registrada como dedução de receita ou como despesa or-
çamentária, de acordo com a legislação em vigor, no ente beneficiário ou aplicador, 
deverá ser registrado o recebimento dos recursos como receita tributária ou de 
transferência, de acordo com a legislação em vigor.
17. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Julgue o item seguinte, que trata dos aspectos 
técnicos e legais das receitas públicas.
Em relação à natureza, as receitas públicas se dividem em receitas correntes e de 
capital.
Errado.
Na verdade, é quanto à categoria econômica que a receita pública se divide em 
corrente e de capital.
Já a classificação por natureza das receitas orçamentárias demonstra o fato gerador 
que originou o ingresso dos recursos aos cofres públicos, podendo ser considerada 
a menor célula de informação em termos de orçamento público no que diz respeito 
às receitas públicas, de modo a permitir as necessárias vinculações.
No caso da União, valendo desde 01/01/2016, a classificação se dá conforme a se-
guir, enquanto para os Estados e Municípios só vale a partir de 01/01/2018.
Categoria Econômica – um dígito.
Origem – um dígito.
Espécie – um dígito.
Desdobramentos para identificação de peculiaridades – quatro dígitos.
Tipo – um dígito.
Para quem gosta de mnemônicos: COEDT!
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18. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Em relação à receita pública, julgue o item se-
guinte.
Os recursos recebidos de outras pessoas jurídicas de direito público ou privado, 
quando destinados a atender despesas correntes, nem sempre são classificados 
como receitas correntes.
Errado.
No caso de transferências intergovernamentais recebidas, o ente deve classificar 
essa receita de acordo com a destinação que der a ela, uma vez que é uma receita 
com vinculação. Esse procedimento é disposto nos §§ 1º e 2º do artigo 11 da Lei 
n. 4.320/1964. Confira com grifos nossos:
Art. 11
(...)
§ 1º São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agro-
pecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos fi-
nanceiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando 
destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes.
§ 2º São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros 
oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os 
recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados 
a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superavit do 
Orçamento Corrente.
19. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Em relação à receita pública, julgue o item se-
guinte.
Os recursos financeiros provenientes da venda de títulos públicos do Tesouro Na-
cional constituem receitas correntes ou de capital, conforme o prazo de resgate.
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Errado.
Na verdade, o valor recebido com a venda de títulos públicos é uma receita de ca-
pital para o ente, visto que é um fato permutativo, ou seja, ao mesmo tempo em 
que o ente arrecada recursos, fica com a dívida, com a obrigação de resgatá-los 
seja qual for o prazo.
20. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Em relação à receita pública, julgue o item se-
guinte.
Quanto às categorias econômicas, as receitas podem ser correntes e de capital.
Certo.
O objetivo da classificação por categorias econômicas da receita é identificar/
diferenciar as receitas de caráter continuado, que são as correntes, das 
receitas eventuais, que são as de capital.
Note que segue a mesma linha de raciocínio da classificação determinada no artigo 
11 da Lei n. 4.320/1964, sendo ambas cobradas em provas, muitas vezes, sem ser 
feita distinção de a qual classificação se refere a questão.
Veja um resumo a seguir:
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X
 – Efetiva ou Modificativa (exceção: inscrição 
da dívida ativa);
– Tributária (impostos, taxas e contribuição 
de melhoria);
– Patrimonial;
– Industrial;
– De contribuições;
– Agropecuária;
– De serviços; e
– Transferências financeiras.
– Permutativa ou por mutação patrimonial 
(exceto quando aliena por valor superior ao 
registro contábil);
– OC – constituição de dívidas;
– Alienação de bens (conversão em espécie 
de bens e direitos);
– Amortização de empréstimos – recebi-
mento de empréstimos realizados ou conce-
didos (exceto juros);
– Transferência de capital para atender des-
pesas de capital;
– Outras receitas de capital;
– Superavit do orçamento corrente* 
(receita de capital extraorçamentária. 
Finalidade de cobrir deficit de capital).
Correntes De Capital
Receitas Correntes
São as receitas das quais não resulta contraprestação financeira, em qualquer 
momento, por parte do Estado.
Desse modo, são Receitas Correntes as receitas tributária, patrimonial, indus-
trial e diversas e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de ou-
tras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despe-
sas classificáveis em Despesas Correntes.
Receitas de Capital
São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros 
oriundos de constituição de dívidas; da conversão em espécie, de bens e direitos; 
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os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado destinados 
a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o supe-
ravit do Orçamento Corrente.
É importante registrar que as receitas de capital, em regra, representam uma 
mutação patrimonial, tendo como contrapartida um aumento do passivo ou dimi-
nuição do ativo, não afetando a situação líquida do patrimônio. A exceção é a trans-
ferência de capital destinada a atender despesas de capital.
Guarde que o superavit do Orçamento Corrente resultante do balancea-
mento dos totais das receitas e despesas correntes não constituirá item da receita 
orçamentária.
21. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010)