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Mundo Complexo

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Com a complexidade que o mundo está se tornando, qualquer esforço parece ser em vão e, qualquer tentativa de entendimento se perde tão rápido do que as engrenagens que move todo esse imenso império de poucos. O texto evidencia complexidade mundial a qual estamos submetidos ressaltando os grandes problemas sociais que nos envolve numa torrente de informações nessa complicada “linha de montagem”.
	Quando se entra no sistema é preciso entender que não se é o primeiro e nem o último do processo, você apenas faz parte dele, no entanto pela condição histórica a que somos levados através do texto, ressaltando ideias e pensamentos de especialistas e estudiosos no assunto como Bar-Yam, físico americano e fundador do Instituto de sistemas Complexos da Nova Inglaterra, que defende a ideia de que existe uma lei universal dos sistemas complexos: “A complexidade de um sistema realizando uma tarefa deve ser tão grande quanto a complexidade da tarefa”, ou seja, a capacidade precisa ser maior que o desafio.
Contudo, ao se falar de complexidade, não podemos deixar de falar em escala, uma vez que estas duas características juntas é que fazem um sistema complexo funcionar e, devemos encontr5ar estratégias tanto para a escala quanto para complexidade. A escala é basicamente hierárquica, centralizada e linear, um manda e outro obedece já a complexidade é ampla e descentralizada, não há um comando central, todos fazem muitas tarefas ao mesmo tempo estando sempre em comunicação.
	Henry Ford foi o grande idealista que em meados de 1900, com a grande demanda de automóveis e a fabricação que não a acompanhava, seus engenheiros e mecânicos foram aprimorando seu processo, criando a montagem em série, assim, nenhum mecânico obtinha o domínio do processo e sim de uma pequena parte repetida dezenas de vezes por dia. Passando-se os anos a linha de montagem saiu das fábricas e foi para a cultura de todos. Todos passaram a participar de um processo, no final, sendo enquadrado a permanecer em uma função, trazendo a hierarquia, pessoas obcecadas por sinais de diferenciação social, entrando o novo sistema em todos os campos industriais e sociais.
	No decorrer desta profunda transformação dos tempos atuais, estamos mais preparados por termos o entendimento que somos parte da complexidade do mundo, o que nos fará perseguir a origem do problema e não encontrar responsáveis pelo mesmo. A fruição concatenada das ideias do texto nos remete a uma análise nos vários campos sociais como saúde, exemplificado na indústria do parto cesariano no Brasil, a educação criando padronização de alunos teleguiados, caos no transito, consumismo exagerado e outras.
	Contudo, valendo-se das ideias de Bar-Yam e de outros não menos especialistas no assunto, o autor aponta para uma perspectiva nova que auxilia no modo de pensar neste intruncado mundo globalizado, fazendo com que as pessoas tenham a percepção do seu papel social na transformação da maneira de pensar e agir nesta evolução da tecnologia, e atuem como autores e não como coadjuvantes do sistema que impulsiona a economia, a educação, a saúde, a comunicação, o transporte, etc., agregando capacidades de decisão e criando inovações para a partir daí, evitar o colapso mundial. Desta forma reconhecemos que o problema não está somente em nós, mas sim no mundo que está organizado de forma errada.
Mundo Complexo(Natalia)
Atualmente tudo é excesso, gente demais, trabalho demais, contas demais a pagar. E sabemos que tudo em excesso faz mal. Observa-se que o texto vem com a tipologia em 1º pessoa e a linguagem repleta de gírias da modernidade. Visando buscar a atenção do leitor para que ele se identifique.
O texto aborda a complexidade do mundo atual, a sociedade humana muda constantemente, bem como o sistema produtivo, no inicio era apenas uma única pessoa que realizava várias tarefas e depois essas tarefas foram divididas em hierarquias. No entanto, foi-se necessário criar estruturas de controle, pois surgiram impérios vastos e com isso a necessidade de criar hierarquias intermediarias. E com isso, a necessidade de qualificações, e criação de cargos de direção, vice-direção, gerente, subgerente, auxiliar, terceiro- auxiliar de subgerente do vice-diretor e etc. Se tornou tão confuso que as hierarquias colapsaram não conseguindo dominar uma complexidade menor. 
A linha de montagem surgiu em meados dos anos 1913, foi uma invenção tão revolucionaria que até hoje vivemos de modo acelerado. Henry ford com a necessidade de aumentar a produção de carros aprimorou a invenção afim de poupar segundos e fazer mais carros por dia. Resultado disso as fabricas começaram a despejar nas ruas um carro a cada segundo. Na época o sucesso e a produtividade foi tão grande que possibilitou a Henry dobrar o salario de seus operários e ao mesmo tempo baixando o preço dos carros transformando funcionário em clientes. 
Esse processo de linha de montagem é abordado no filme tempos moderno de Chaplim. Os trabalhadores, pessoas de classe social pobre, eram tratados como máquinas, que não podiam parar, o tempo para ir ao banheiro era cronometrado e vigiado. O empregado não podia parar de fazer a sua função porque os seus movimentos eram interligados com o dos outros. Na primeira cena do filme, mostra ovelhas caminhando para o abatedouro, mostrando em seguida uma multidão, caminhando, expondo que a sociedade trata o ser humano, como animais caminhando para a morte. Por meio do desenho surreal na matéria o ilustrador Márcio Moreno viabilizou que o mundo esta fugindo do nosso controle.
Chegou em todas as esferas, nossa vida está cheia de linhas de montagens, desde do engarrafamento em rodovias ate as filas no banco. Se espalhou e tornou-se algo global, onde o trânsito é algo insuportável nas grandes metrópoles, há uma disputa por pessoas obcecadas por diferenciação, onde o carro é o principal meio. O historiador Ken Robinson, afirmou que as escolas hoje são organizadas como fabricas, assim educando as crianças como lotes. Pois a o hábito de separar os alunos em series, seguindo um único padrão assim com as divisões politicas e culturais. Seguindo o mesmo esquema de trabalho e divisão de tarefas.
 No clipe do Pink Floyd, no inicio, mostra os alunos com mascara de focinheiras, expondo a forma como os alunos eram tratados e enquadrados. Onde não se ouviam os questionamentos dos alunos, só o professor falava e o aluno apenas ouvia e obedecia. Os alunos todos enfileirados caminhando para o abatedouro. Dessa forma reduzindo a diversidade da sociedade. Formando alunos idênticos, pessoas alienadas.
Para o físico americano Yanner Bar- Yam especialista em sistemas complexos, afirma que não existe regra simples para lidar com o que é complexo. E para fazer o sistema funcionar é necessário aplicar duas características a escala e a complexidade, e para fazer funcionar é necessário estratégia, afinal os dois adotam estratégias diferentes. Precisamos de algo hierárquico para lidar com a escala das coisas, e de algo conectado em rede para a complexidade.
 O problema é que nossa sociedade é toda ajustada para lidar com escala, mas é incompetente na gestão da complexidade. Tudo isso por causa da invenção da linha de montagem. Estamos sem sistema imunológico, segundo o exemplo dado pelo autor. Ele compara a linha de montagem como nosso sistema neuromuscular ( cérebro controlam os nervos que acionam os músculos que movem os ossos) serve para a escala, enquanto o sistema imunológico aquele comandado pelo os glóbulos brancos independentes agindo cada um por conta própria, assim como a complexidade.
A complexidade do mundo esta fugindo do controle da sociedade, fazendo com que sentirmos impotentes diante d essa situação. O consumo em massa, dessa escala de complexidade tem pontos negativos e positivos. Os negativos é a superprodução das indústrias, que aumentam a produção de produtos, portanto gerando um número considerável de lixo, ocasionando colapso entre os ecossistemas, tanto na indústria alimentícias, saúde e educação. Pontos positivoscomo as inovações, criações de ferramentas para ajudar a otimizar o uso dos recursos. Aplicativos para auxiliar no trânsito que podem encontrar caminhos fazendo assim o trânsito fluir e não havendo engarrafamentos sem fim e melhorando o transito. 
No entanto, hierarquias são péssimas para gerenciar a complexidade, o único jeito de lidar com o sistema é criando estruturas de controle complexas redes de gente com autonomia e identificar e resolver problemas. Yanner diz quando somos parte de um time complexo, o mundo se torna um lugar notavelmente confortável, porque conseguimos agir de maneira eficaz, ao mesmo tempo em que estamos protegidos da complexidade do mundo. Portanto a origem do problema não esta em nós. É o mundo que esta desorganizado.

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