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Aula 02. Partidos, Eleiçõese cidadania antes de 1930. Texto 01: Partidos, Competição Política e Fraude Eleitoral: A Tônica das Eleições na Primeira República. O presente texto tratará sobre as fraudes eleitorais presentes na primeira república brasileira no início do sec.XX. O estudo basear-se-á nas Acusações formais de irregularidade na seleção do corpo legislativo, tal documento é a base das denúncias feitas pela oposição durante o período das ditas fraudes eleitorais. Estudo das eleições entre 1900 e 1930, por distritos eleitorais. 56% dos distritos apresentaram queixas sobre fraude eleitoral. -AS ELEIÇÕES NA PRIMEIRA REPÚBLICA: A CENTRALIDADE DO MUNICÍPIO. A divisão do funcionamento do escrutínio divide-se em 4 etapas, sendo 3 delas feitas no município, a menor das divisões. Logo após este esclarecimento, o autor inicia a explciação detalhada do funcionamento dos escrutínios e todas as suas divisões burocráticas. Mesmo após dar ao Estado/Distrito o poder para a contagem do sufrágios, sua legalidade não tornou-se mais forte, talvez, na melhor das hipóteses, manteve-se. A lisura realmente não era a base das eleições. Ter uma comissão verificadora dos votos para aavaliá-los como reias ou não (Voto apenas aos cidadãos), era apenas um mecanismo de estragulamento da oposição, pois, caso a oposição alavanque-se com seus votos, o método para aniquilá-la era apenas “cacelar” alguns votos destinados a eles. Fora o fato das eleições serem sediadas em locais privados, o que gerava grande constragimento aos opositores chegarem em um ambiente cujo dono era da situação. Método para a fraude: Processo de degola dos eleitores oposicionistas no âmbito judicial, coação no perído da votação, “fósforos” (elementos que substituem os que não comparecem para votar, fora o fato de ter mais eleitores que o número realemente declarado). A CAUSA DAS ALEGAÇÕES DE FRAUDE ELEITORAL A principal fonte de motivos para as denúncias era o espaço em que se votava, em outras palavras, quanto menor o cerco ao redor da urna para o voto, maior a proprensão da pessoas sentir-se coagida e levada a denunciar tal ato como fraude. Um fator previsível para a ocorrência da fraude era a competividade nos distritos, aqueles que ela era maior, consequentemente, as denúncias de fraude também o eram. (Há excessões nesta medida usada). Lembrando que estes dados valerão para as disputas interpartidárias. CONCLUSÃO: O âmbito em que se decidia as eleições era o muncipal. A importancia das fases do processo eleitoral. (etapas todas restritas ao regima local) “Vimos como as demias fases também se mostravam relevantes, porém servindo mais para reter e anular os eventuais opositores políticos eventualmente capazes de alcançar êxito nas fases anteriores” (pág.466). Não é passar o pano para a fraude, mas sim compreender que acompanhar a máquina eleitoral e avegui-la era uma tafera de muita dificukdade no período em questão. A competição eleitoral girava em torno da burocracia eleitoral. Os dados levantados pelo estudo apontam que havia sim competição inter partidaria no sec.XX, não necesseriamente legitimas, mas ocorriam. O autor aponta que tal processo era caracterizado pela época me questão, não devemos desqualificar, como já fazemos, a República e tratá-la como um período pejorativo de nossa história. TEXTO2: INDICAÇÃO SOBRE A ESTRUTURA E O PROCESSO DO “CORONELISMO”. Caracterizado em si pela política municipal. Concebemos o coronelismo: “como resultado da superposição de formas desenvolvidas do regime representativo a uma estrutura econômica e social inadequada” (pág. primeira). “ É antes uma forma peculiar de manifestação do poder privado, ou seja, uma adaptação em virtude da qual os resíduos do nosso antigo e exorbitante poder privado têm conseguido coexistir com um regime político de extensa base representativa”. (pág. primeira) “Por isso mesmo, o “coronelismo” é sobretudo um compromisso, uma troca de proveitos entre o poder público, progressivamente fortalecido, e a decadente influência social dos chefes locais, notadamente dos senhores de terra” (pag. primeira). A estrutura agrária do país será a base de compreensão do alcance do poder privado. Por sua vez, parte do poder do coronéis era fruto de acordos com o poder público, ou seja, o poder público destinava parte de seu poder a homens, alimentando-os, devido, em grande parte, a importância do eleitoror rural, elemento impresindível para as eleições neste período. Principais elementos do coronelismo: ● mandonismo ● filhotismo ● falseamento do voto ● a desorganização dos serviços públicos locais A PROPRIEDADE DA TERRA ENTRE OS FATORES DA LIDERANÇA POLÍTICA LOCAL A maioria dos médicos e advogados que são fruto da expansão universitária no país ou são aliados do coroneis ou são seus parentes. A relação entre o coronel e os trabalhadores assalariados parece muito com relação de João Romão e os moradores do Cortiço, onde estes a todo moemento pegam-lhe dinehiro emprestado e o pagam com o suor de seu trabalho. “O lógico é o que presenciamos: no plano político, ele luta com o “coronel” e pelo “coronel”. Aí estão os votos de cabresto, que resultam, em grande parte, da nossa organização rural.” (pág. segunda) CONCENTRAÇÃO DA PROPRIEDADE FUNDIÁRIA RURAL A concentração da propriedade rural em SP e as regiões do Sul diferem em comparação às regiões do Norte/Nordeste do país. Isso, em grande parte, é devido a forma como o Brasil foi colonozado. No princípio, tais regiões usaram de sua razoável localização para se tornar um polo de distribuição de bem pouco duráveis na alimentação, com isso, a grande escala de propriedade trona-se inviável para a produção. Essa lógica produtivista interferiu diretamente na lógica da divisão das terras dessa região. Outro fator preponderante para que houvesse o predomínio das pequenas propriedades era as grandes propriedades de café. Esse paradoxo é esplicado pelo esgotamento gerado por tal tipo de agricultura na terra, com isso, era necessário uma grande rotavidade de produção, o que propiciava as menores produções nessa divisão da terra cafeeira. (Vale lembrar que quase 50% da terras utilisáveis no Brasil da época, hj não muito distante, era monopolozado por menos de 2% de brasileiros). *Os fazendeiros que custeiam o gastos das eleições(chefes locias), depessas: alistamento e da eleição em si. “É, portanto, perfeitamente compreensível que o eleitor da roça obedeça à orientação de quem tudo lhe paga, e com insistência, para praticar um ato que lhe é completamente indiferente” (pág. 9) FAVORES E PERSEGUIÇÕES DESORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO LOCAL Outro fator preponderante para o funcioanamento do coronelismo era os favores proporcionados pelo coronel aos seus subalternos. Relação paternalista de poder. “Para favorecer os amigos, o chefe local resvala muitas vezes para a zona confusa que medeia entre o legal e o ilícito, ou penetra em cheio no domínio da deliquência, mas a solidariedade partidária passasobre todos os pecados uma esponja regeneradora” (pág.10). Oureo fator é o filhotismo, aqueles que têm as costas quentes davido o apoio que este tem do chefe municipal. Esta pessoa acaba por adentrar em toda a esfera política da região e mantêm-se nela por muito tempo. Dentro dessa esferda, há também o mandonismo, aqueles que fazem o “trabalho sujo”, ou seja, possui a função de exterminar ou estrangular a oposição. “Nos períodos que precedem às eleições é que o ambiente de opressão atinge o ponto agudo” (pág.10). Cabos eleitorais/ acordos SISTEMA DE COMPROMISSO COM O GOVERNO ESTADUAL. GOVESNISMO DO ELEITORADO DO INTERIOR. “A rarefação do poder público em nosso país contribui muito para preservar a ascendência dos “cornoneis”, ja que, por esse motivo, estão em condições de exercer, extraoficialmente, grande número de funções do Estado em relação aos seus dependentes”. (pág.11) Ausência do poder público, o que acaba por efetivar o poder privado ***“É claro, portanto, que os dois aspectos -- o prestígio pessoal do “coroneis” e o prestígio de empréstimo que o poder público lhes outroga -- são mutuamente dependentes e funcionam ao mesmo tempo como determinantes e determinados. Sem a liderança do “coronel” -- fimada na estrutura agrária do país --, o governo não se sentiria obrigado a um tratamentp de reciprocidade, e sem essa reciprocidade a liderança do “coronel” ficaria sensivelmente diminuída” (pág.12) A influência do líder municipal chega até a possíveis nomeações, de cargos que inferem ao município Outra situação conveniente ao “coronel” é ao próprio Estado é a escolha dos delegados e dos subdelegados para os municípios. Este funcionário caracterizado pelas próprias palavras do autor: “ao favor e ao porrete” (pág.13) Boa de regra a relação entre o coronel e o Estado é de uma parceria mútua, porém há casos, mesmo esporádicos, de oposição entre eles. Mas, segundo o autor, tal relação é tão complicada que a torna muito rara.
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