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11 - CONTEÚDO COMPLEMENTAR PARA ALUNOS ONLINE

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26/02/2019 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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Complementando (aprofundando) os temas contemplados pelos Módulo 3 e 4
O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA DE 2 A 6 ANOS
 
A criança de 2 a 6 anos é incrivelmente ativa e surpreendente. Capta os adultos com suas novas habilidades e perguntas
inusitadas. Vive em um mundo onde fantasia e realidade se confunde.
 
Desenvolvimento físico- motor
 
A criança pré-escolar apresenta um contínuo crescimento físico, mas não tão rápido como o foi no período anterior. Já no
aspecto motor[1][1], há o aperfeiçoamento das habilidades motoras globais (dos grandes movimentos) e finas, como pode
ser verificado abaixo:
 
2-ANOS E MEIO
Anda na ponta dos pés; salta com os pés juntos.
Ao passear na rua, corre à frente do acompanhante ou deixa-se ficar para traz.
Empurra um brinquedo, mantendo-o no caminho desejado.
Corre, galopa e requebra ao ritmo de uma música.
É capaz de transportar um objeto frágil.
 
3-ANOS
Caminha e tem segurança e agilidade nos pés.
Anda mais do que corre; é capaz de se equilibrar momentaneamente sobre um pé.
Atira uma bola sem perder o equilíbrio.
Galopa, salta, anda e corre ao som de Música.
Revela um aumento de tensão e pode cair ou tropeçar.
 
4-ANOS
 
Muito ativa, tem um raio de ação maior.
Corre pelas escadas para baixo e para cima. Corre velozmente no triciclo.
Gosta de atividades que exigem equilíbrio. É capaz de transportar uma xícara com líquido sem entornar.
Prefere brincar com blocos grandes e constrói estruturas mais complicadas.
Atira uma bola, levantando o braço acima do ombro.
Desenha objetos com pouco pormenor.
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É capaz de imitar a figura de um quadrado.(copia aos 4 anos e meio.)
Ao pintar, trabalha com precisão durante algum tempo, mas muda de idéias.
Faz bonecos toscos e letras.
Gosta de ver seu nome escrito nos desenhos que faz e começa a copiar.
Pode ter a noção do numero de letras do nome e pode desenhar primeiro duas letras e marcá-las no modelo para não se
enganar. Identifica várias letras. Utiliza a tesoura e tenta cortar em linha reta.
Constrói estruturas grandes e complicadas, combinando numerosas formas de maneira simétrica.
Amarra os sapatos e abotoa os botões da frente.
Dedilha no piano com ambas as mãos.
 
5.ANOS
 
Há maior facilidade e melhor domínio da atividade física geral e mais economia de movimento.
O domínio dos grandes músculos continua a ser maior do que o dos pequenos.
Brinca no mesmo lugar durante períodos mais longos, mas muda de postura de pé para a de sentado ou de cócoras.
Gosta de pular cercas e muda freqüentemente de atividade. Salta de cima de uma mesa.
Gosta de dar movimento a uma história que está contando. Corre, salta por cima da mesa e cadeiras ou mete-se por
baixo delas. Atira coisas, inclusive lama e neve, e começa a utilizar mais as mãos do que os braços para agarrar uma bola,
mas falha com freqüência.
Desce escadas colocando alternadamente um pé em cada degrau e salta alternadamente sobre um e outro pé.
Constrói com blocos, geralmente no chão, edifica torres de vários andar ou estruturas baixas, de plano irregular, com
caminhos e pequenos cercados.
Manipula areia, fazendo estradas e casas. Modela objetos de barro. 
Gosta de colorir figuras com lápis de cor, e de colar coisas simples, mas o faz desajeitadamente.
Faz um desenho representando o contorno de uma figura (faz, em geral, uma em cada página) e reconhece que ficou
“esquisito”.
Pinta sobre um cavalete ou no chão, com pincéis grandes e em grandes folhas de papel. Pode gostar de fazer letras dessa
maneira.
É capaz de amarrar os sapatos e de abotoar e desabotoar os botões da roupa que consegue ver. Coloca bem os dedos
sobre as teclas do piano e pode experimentar tocar acordes.
Está é a idade focal, visualmente. A criança tende a sentar-se com o tronco direito, com o trabalho diretamente em frente
de si. Tem consciência da totalidade de espaço, mas não o abrange todo ao mesmo tempo. Em vez disso, move-se de um
ponto restrito para o próximo.
Pode prestar a atenção a qualquer coisa sem olhar diretamente para ela - pode olhar através dela ou olhar mesmo numa
direção diferente.
 
5 ANOS E MEIO
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· Pedem que troquem seu triciclo por uma bicicleta; muitas crianças experimentam, com agrado, andar de bicicleta.
· Muitas crianças mostram interesse em aprender a desenhar o seu nome próprio e gostam de sublinhar letras
maiúsculas e palavras, num livro de seu conhecimento.
· Pode copiar, de maneira reconhecível, o interior de um triângulo dividido.
· Mais visualidade experimental do que aos cinco anos. Mas pode perder facilmente a orientação e deste modo inverter
números ou letras.
 
 6 ANOS
Estende braços e pernas ao andar.
Muito ativa; quase constantemente em movimento. Atividade por vezes desastrada; a criança exagera e dá um
trambolhão.
O corpo está em equilíbrio ativo, quando anda de balanço, pratica jogos de atividade entoando canções, ou salta ao som
da música.
Entretém-se com freqüência lutando, dando cambalhotas, engatinhando, brincando de luta com outra criança e brincando
de pegador.
Muda os blocos grandes e peças do mobiliário de um lugar para o outro, para fazer casa, e salta para cima ou para dentro
delas. Atira bolas para cima ou de encontro a uma parede e às vezes consegue agarrá-las antes de cair no chão.
Experimenta andar de patins, saltar em comprimento com corrida e fazer exercício de barras.
Alguns meninos entretêm-se bastante fazendo escavações.
Gosta de andar e balançar-se nos muros.
Começa bem muito dos seus trabalhos, mas precisa de certa ajuda e orientação para os completar.
Mostra-se agora mais decidida, mas ainda, uma vez ou outra, hesitante, mas maneja ferramentas e material.
Corta e cola papel para fazer livros e caixas;.
É capaz de desenhar letras minúsculas, mas as faz muitas vezes ao contrário.
Em geral é capaz de desenhar o nome próprio.
Pode necessitar do dedo para seguir a leitura.
 
 
 
 
O desenvolvimento cognitivo da Criança de 2 a 6 anos
 
 Segundo Jean Piaget (1967), a criança de 2 a 6 anos desenvolve o pensamento pré-operatório. Para o autor, o
aparecimento da função simbólica (capacidade de empregar símbolos e signos que substituem as coisas, observada na
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linguagem, no jogo simbólico, na imitação indireta ou representativa) traz modificações na conduta afetiva e intelectual da
criança. Graças à linguagem, a criança torna-se capaz de reconstruir suas ações passadas sob a forma de narrativas e de
antecipar suas ações futuras pela representação mental (palavras, números ou imagens aos quais uma pessoa atribui um
significado), ou seja, pode-se dizer que este é o ponto de partida do pensamento propriamente dito. Por exemplo, a
criança pré-operatória pode pensar e pedir a sua bola, sem estar olhando para ela. Ela se lembra da bola (tem uma
representação mental da bola) e intencionalmente a procura.
 Com essa capacidade, a criança consegue fazer com que um objeto represente outra coisa, por exemplo, um
toquinho de madeira pode representar um carrinho. Isto é possível porque ela pensa simbolicamente, ela tem a
representação mental de um carrinho e pode transpô-la para o toquinho de madeira que passa a simbolizá-lo. Nesta fase,
o jogo simbólico ou o brincar de faz-de-conta são preponderantes nas atividades das crianças.
Neste estágio,a criança apresenta uma atitude egocêntrica, quer dizer, a criança vê o mundo a partir do seu próprio
ponto de vista e é incapaz reconhecer a perspectiva de outra pessoa. Esta característica se expressa, por exemplo, no
raciocínio dos pré-escolares, que adquire as seguintes características:
Raciocínio finalista: a criança entende que não há acaso na natureza porque tudo é feito para os homens e crianças, como
por exemplo, a criança diz: “ Em Santos tem mar, para as pessoas nadarem” ou “ As estrelas estão no céu para a gente
olhar pela luneta”. A partir dessas frases, que ilustram o pensamento infantil, fica claro que as crianças entendem que o
ser humano está no centro do universo e os “fenômenos” acontecem com a finalidade de atendê-los. 
Raciocínio animista é a tendência das crianças conceberem as “coisas” como vivas e dotadas de intenção. Por exemplo,
uma criança diz: “O sol se põe porque foi dormir” ou “Mãe, porque é que a vela sempre fica com medo quando eu sopro?”.
Observe, nos dois exemplos, a criança descreveu os fenômenos a partir do próprio referencial, usando atributos humanos
para explicá-los: humanos dormem - sol dorme; humanos tremem quando têm medo – vela tem medo.
Raciocínio artificialista:a criança entende que as coisas foram construídas pelo homem ou por atividade divina operando
do mesmo modo que a fabricação humana. Por exemplo, uma criança ao provar um abacaxi azedo diz: “Mãe botaram
limão nesse abacaxi”.
O egocentrismo, além de conferir a criança raciocínios dessa ordem, também a faz pensar que cada um dos seus
sentimentos, percepções ou explicações é compartilhado por todas as pessoas. Isso faz com que uma menina, por
exemplo, ache que sua avó iria adorar ganhar uma boneca de presente de aniversário.
Até cerca de sete anos, a criança permanece pré-lógica, seu pensamento é intuitivo, ou seja, ”... é uma simples
interiorização das percepções e dos movimentos sob a forma de imagens representativas...” (Piaget, 1967, p.35). Assim,
uma criança pré-operatória é capaz de reconhecer que há a mesma quantidade de suco em dois copos idênticos,
entretanto, se o suco de um dos copos e colocado integralmente em um outro copo mais alto e estreito, a criança dirá que
no copo mais alto e estreito tem mais suco, mesmo considerando que a transposição foi feita na frente dela. Este exemplo
explicita que o pensamento da criança não tem noção de conservação (a quantidade suco mudou com a mudança de
copo) e é limitada pela irreversibilidade que é a incapacidade de compreender que uma operação pode ter dois ou mais
sentidos (quando a criança puder pensar em restaurar o estado original do suco despejando-o de volta ao outro copo, a
criança irá perceber que a quantidade de suco em ambos os copos é a mesma).
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A teoria de Piaget é um marco na compreensão do desenvolvimento cognitivo. Contudo, algumas pesquisas mais atuais
sugerem que Piaget subestimou a capacidade das crianças pré-operacionais, pois constatam que algumas habilidades
cognitivas se desenvolvem mais cedo do que ele supunha (Lourenço & Machado,1996 in Cole & Cole, 2003).
Alguns teóricos (Astington & Gopnik,1991;Harris,1989;Perner,1991 in Bee,1996; Astington,1993; Bower,1993 in Papalia &
Olds,2000) evidenciaram que as crianças entre 4 e 5 anos desenvolvem uma teoria da mente, quer dizer, são teorias
sobre como sua própria mente e a dos outros funcionam e como as pessoas são afetadas por suas crenças e
sentimentos. Por exemplo, mostra-se um cofre de moedas a uma criança e pergunta-se o que ela imagina que tenha
dentro. A criança seguramente diz, moedas, e então, você abre o cofre na frente da criança e substitui as moedas por
bolinhas de gude e então pergunta novamente o que tem no cofre, a criança diz, bolinhas de gude. Pergunta então, o que
outra criança responderia e a criança, se tiver até 3 anos diz que a outra criança falará bolinhas de gude, já a criança de
4-5 anos, diz moedas, porque ela entende que o comportamento da outra criança se baseará em suas crenças, apesar de
serem incorretas.
Outro indício de desenvolvimento da teoria da mente é a capacidade de uma criança contar uma mentira; para isto, ela
tem que ser capaz de imaginar o que a outra pessoa poderia pensar, ou seja, é um sinal de desenvolvimento cognitivo.
A distinção entre a fantasia e realidade é um outro aspecto da teoria da mente; apesar de as crianças de 2 a 3 anos já
conseguirem distinguir entre eventos reais e imaginários, ainda assim, crianças de 4 a 6 anos nem sempre têm certeza de
que o que imaginam não é o real. Por isso, muitas vezes as crianças dessa fase agem como se os monstros de sua
imaginação existissem.
 
 
O desenvolvimento da linguagem da Criança de 2 a 6 anos
 
Dos dois aos seis anos de idade, o vocabulário da criança aumenta continuamente durante os anos pré-escolares, a
gramática e sintaxe se tornam sofisticadas.
Uma criança de dois anos possui um vocabulário de algumas centenas de palavras, ao falar, formula sentenças com duas
ou três palavras. Ao final dos anos pré-escolares, a criança possui um vocabulário de milhares de palavras e emprega
sentenças de 5 ou mais palavras (Kail, 2004).
A partir dos 24 meses, as crianças passam a formar sentenças com três ou mais palavras. Assim como existe a explosão
de vocabulário, em torno dos 27 a 36 meses, existe a explosão da gramática (Brown, 1973 in kail, 2004) a criança
aprende rapidamente muitas inflexões, passam a usar plurais, verbos auxiliares e preposições.
Um processo interessante desta fase é a super-regularização ou supergeneralização. As crianças aplicam regras
gramaticais a palavras que são exceções à regra. Por exemplo, conjugam verbos irregulares como regulares, eu sabo em
vez de eu sei; ou acrescentam s em vez de usar o plural irregular como, pãos no lugar de pães.
As crianças diferem na velocidade do desenvolvimento do vocabulário e da gramática devido a questões hereditárias e
pelas influências ambientais. Apesar dessas variações a maioria das crianças aprende a falar bem aos 5 ou 6 anos (Hardy-
Brown,Plomin & DeFries,1981; Marther & Black,1984; Plomin & DeFries,1985 in Bee 1996).
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 A linguagem da criança continua a se aperfeiçoar ao longo do seu desenvolvimento, suas frases vão se tornando cada vez
mais complexas, os erros decorrentes da super-regularização (aplicar regras gramaticais a palavras que são exceções à
regra) são gradativamente eliminados.
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA SUGERIDA:
 
BEE, H.- Recapitulando o Desenvolvimento Pré-escolar in O Ciclo Vital. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998 ( Interlúdio 2-
p. 260-263)
CÓRIA SABRINI, M. A. Psicologia do Desenvolvimento. SP: Ática, 1998, Cap.4, p. 53-68
 
 
O desenvolvimento psicossocial da Criança de 2 a 6 anos
 
 O desenvolvimento do eu
Aproximadamente aos 18 meses, a criança reconhece sua imagem refletida no espelho, é o primeiro momento do seu
auto-reconhecimento. No período pré-escolar, o desenvolvimento da auto-definição é crescente, tem como base
características físicas (Tenho cabelo castanho), preferências (Gosto de sorvete), competências (Sou lento nas corridas) e
gênero ( Sou um menino). Portanto, a criança centra-se nas suas características observáveis e concretas (Damon & Hart,
1998 in Kail,2004).
 
Gênero
Gênero refere-se ao que significa ser masculino ou feminino em um determinado contexto sócio-histórico. Entende-se que
as características atribuídas ao masculino ou feminino são construções sócio-históricas.
A identidade de gênero é um aspecto importante na formação do autoconceito; afeta a maneira como meninos e
meninas se sentem em relação a si mesmos e como agem. O significado da identidade de gêneroé construído através da
socialização e da cultura na qual a criança está inserida.
 Segundo Kohlberg (1966 in Kail,2004), pode-se afirmar que a criança de dois/três anos já possui uma identidade de
gênero, isto é, a criança é capaz de dizer se é um menino ou menina e consegue classificar corretamente aos outros como
homens ou mulheres. 
Por volta dos quatro anos possui estabilidade de gênero, a criança começa a entender que o gênero é estável: os
meninos se tornam homens e as meninas, mulheres. Mas acreditam que se um menino vestir uma roupa de menina ou
brincar com bonecas se tornará uma menina e da mesma forma a menina.
A consistência ou constância de gênero surge ente quatro a sete anos, as crianças entendem que o gênero não muda
com as situações ou de acordo com desejos pessoais, mesmo que haja mudanças externas na aparência, na roupa, cabelo,
brinquedos ou outros.
De acordo com a teoria de Kohlberg (1966 in Kail,2004), apenas as crianças que entendem a constância de gênero têm um
conhecimento amplo das atividades estereotipadas por gênero, ou seja, discriminam o que é identificado culturalmente
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como adequado e possível para o seu gênero e o que não é.
 
Autonomia versus vergonha e dúvida
O segundo estágio psicossocial, proposto por Erikson (1974), descreve os principais dilemas vividos pela criança de 18 a
36 meses. Para o autor, o desenvolvimento motor e da linguagem da criança dessa fase, permite uma ampliação na
exploração e na manipulação do seu ambiente ( incluindo objetos e pessoas). É capaz de fazer muita coisa sozinha, como,
aprende a se comunicar de forma mais eficiente, a andar, subir, empurrar, puxar e segurar ou largar um objeto. Pela
primeira vez, a criança consegue exercer algum grau de escolha, experimentar o poder de sua vontade autônoma. Dessa
forma, suas condutas são acompanhadas por um senso confortável de autonomia e de ser uma pessoa capaz e de valor.
A crise mais importante entre pais e filhos nessa fase é o treinamento esfincteriano, que é considerado como o primeiro
exemplo da sociedade tentando regular uma necessidade instintiva. Os pais podem permitir que a criança siga seu próprio
ritmo ou podem imprimir-lhe um, adotando, muitas vezes, posturas rígidas, irritadiças com a criança. As restrições e as
críticas podem gerar um sentimento de dúvida a respeito de si própria e um senso de vergonha em lidar com os outros,
assim como, a exigência de habilidades além da capacidade da criança podem desestimulá-la em suas iniciativas. 
 
Iniciativa versus culpa
Ainda de acordo com Erikson (1974), as crianças entre três e cinco anos expressam um forte desejo de tomar a iniciativa
em várias atividades intelectuais e motoras. As maneiras como os pais reagem às atividades iniciadas por conta própria da
criança podem tanto encorajar o sentimento de liberdade e autoconfiança quanto gerar culpa e sentimentos de que se é
um intruso em um mundo adulto.
 
Relacionamentos sociais
No tocante aos relacionamentos verticais, por volta dos dois ou três anos os comportamentos de apego tornam-se
menos visíveis (Bowlby,1969). A criança já possui um desenvolvimento cognitivo que a capacita entender, por exemplo,
que sua mãe irá trabalhar e voltará, de tal forma que sua ansiedade de separação diminui. É evidente que ainda exibe
comportamentos de apego, como pedir colo, querer ficar próximo das figuras de apego, mas em menor intensidade em
relação ao período anterior.
Já aos quatro anos, segundo Bowlby(1969), há uma mudança qualitativa no padrão de apego, a criança percebe que o
relacionamento continua existindo mesmo quando as partes ( por exemplo, mãe- criança) estão separadas. Nessa idade,
as crianças se ressentem muito menos com a separação e os comportamentos de apego são expressos basicamente em
situações de estresse.
Observe, por exemplo, nas festas infantis, as mães das crianças até três anos estão constantemente sendo solicitadas
pelos filhos. Já as mães das crianças de quatro anos ou mais, vão “encontrar” seus filhos somente no final da festa. Serão
solicitadas no decorrer da festa, se a criança se machucar, brigar com outra criança ou outra situação de estresse.
 Nos Relacionamentos horizontais, aos dois anos ainda há o brincar paralelo, embora também haja a brincadeira
cooperativa. As agressões são basicamente físicas, até por conta do desenvolvimento da linguagem. A disputa por um
brinquedo, por exemplo, normalmente é resolvida “ nos tapas entre as crianças”.
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Por volta dos três anos, nota-se um certo altruísmo e a escolha de companheiros do mesmo sexo. Muitas vezes, em suas
interações sociais (tanto nos relacionamentos verticais, como horizontais) exibe reações de oposição e negação, como por
exemplo, na recusa de emprestar um brinquedo, ou de tomar banho ou comer. Esse comportamento pode ser entendido
como uma tentativa de diferenciar-se dos outros, para construir sua própria identidade (Hay, Castle & Davies, 2000 in Kail,
2004).
Aos quatro anos aproximadamente evidencia-se os primeiros sinais de amizades individuais e as agressões tornam-se mais
verbais.
 A partir dos cinco anos se iniciam as brincadeiras ou jogos interativos, os jogos sociodramático e os papéis nas
brincadeiras. A criança vivencia os papéis sociais como de mãe, pai, médico, professora, herói, etc.
 Durante “os anos pré-escolares, a brincadeira cooperativa freqüentemente é a brincadeira de faz-de-conta. ”Essas
brincadeiras promovem o desenvolvimento cognitivo e permitem que as crianças explorem temas que as amedrontam”
(Kail,2004, p.288). Por exemplo, após uma criança tomar uma injeção, ela pode brincar com uma boneca aplicando-lhe,
várias vezes injeção e assim, elaborar a sua vivência.
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA SUGERIDA:
 
BEE, H.- Recapitulando o Desenvolvimento Pré-escolar in O Ciclo Vital. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998 ( Interlúdio 2-
p. 260-263)
CÓRIA SABRINI, M. A. Psicologia do Desenvolvimento. SP: Ática, 1998, Cap.4, p. 53-68
 
 
 
O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA DE 6 A 12 ANOS
 
A criança de seis a doze anos é denominada muitas vezes, como criança escolar porque a vida escolar é central nesse
momento do ciclo vital.
 
Desenvolvimento físico- motor
 O corpo cresce continuamente durante os anos escolares e as habilidades motoras melhoram notavelmente nessa
fase. Como pode ser observada a seguir: [2][1]
 
7 ANOS
· Procede com mais cautela em muitas atividades motoras violentas.
A atividade é variável; é por vezes bastante ativo e outras inativo.
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Repete com persistência as suas atividades.
Tem “revoadas” em relação a algumas atividades, como patins de rodas, pular corda, jogar bola ou peteca.
Deseja imensamente ter uma bicicleta sua e é capaz de guiar até certa distância, embora o seu domínio da bicicleta seja
ainda limitado.
Gosta de “galopar” e de dar uns passos de dança simples, ao compasso da música
Segura com força no lápis e pega-o muitas vezes perto da ponta. A força que faz para escrever é variável, mas tente a ser
exagerada. À medida que a letra se torna menor a pressão diminui.
Muitas fazem restrições visuais, escolhendo objetos menores do que antes.
A maior parte distrai-se menos com o movimento periférico do que aos seis.
 
 
8 ANOS
Os movimentos corporais são mais rítmicos e mais graciosos.
Tem agora consciência da sua própria postura e da dos outros.
Aprende a jogar futebol e gosta das mudanças de atividade no decorrer do jogo.Aprendem a pular corda e podem desistir quando começam a falhar, mas não são capazes de variar o ritmo enquanto
estão pulando.
Atitudes e movimentos livres, quando está pintando.
Teatralizam muito naquelas atividades que envolvem gestos característicos e descritivos.
Muitas crianças gostam de danças populares, mas só lhes agradamos ritmos de índole dramática espontânea.
A coordenação de olhos e mãos é mais rápida e mais natural; larga com facilidade um objeto.
Segura o lápis, o pincel e as ferramentas de forma um pouco menos tensa.
Gosta de que controlem o tempo para fazer um trabalho, mas não se esforça por concluí-lo no tempo marcado.
É provável que haja um desnível entre aquilo que quer fazer pelas suas mãos e aquilo de que é capaz.
Escreve ou desenha todas as letras e algarismos com precisão, mantendo o alinhamento e a inclinação da escrita, assim
como o espaçamento das palavras.
Começa a desenhar com perspectiva; desenha as figuras de uma cena com boas proporções.
Não toca o que vê com a freqüência anterior.
Atividade binocular mais regular.
 
 
9 ANOS
Trabalha e brinca ativamente.
Interessa-se por mostrar a sua força e gosta de levantar objetos pesados.
Os meninos gostam de lutar .
Há grande interesse nos jogos de grupo e em aprender a joga-los bem.
Verificam-se variações individuais de aptidões.
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Executa estruturas complexas com jogos de encaixe.
A escrita é agora um utensílio de trabalho.
Começa a desenhar esboços. Os seus desenhos têm, freqüentemente, bastantes pormenores. 
Vestem-se rapidamente. Algumas crianças mostram interesse em se pentear.
 
 
A preocupação ou o cuidado com a nutrição e prática de esportes adequada é relevante nessa faixa etária.
 Ainda em relação ao desenvolvimento físico, é importante destacar que os processos biológicos ligados à
puberdade (sobretudo, o desenvolvimento das características sexuais secundárias) podem aparecer nas meninas a partir
dos nove anos e para os meninos a partir dos 11 anos. As implicações bio-psicossociais deste desenvolvimento serão
discutidas no capítulo 10.
 
O desenvolvimento cognitivo da Criança de 6 a 12 anos
 
 Segundo Jean Piaget (1967), a criança de 6 a 12 anos desenvolve o pensamento operatório-concreto. Durante
este período, assiste-se um duplo progresso; por um lado, um aumento na concentração individual e, por outro, uma
colaboração efetiva com grupos.
Segundo o autor, a criança torna-se capaz de cooperar, porque não confunde mais seu próprio ponto de vista com o dos
outros, graças à socialização, torna-se menos egocêntrica. As discussões tornam-se possíveis.
Marca-se o começo da reflexão, ou seja, a criança pensa antes de agir, possui uma discussão interiorizada.
 A criança de sete anos começa a se liberar de seu egocentrismo social e intelectual, é o início da construção lógica,
isto é, a capacidade da criança de estabelecer relações que permitam a coordenação de pontos de vista diferentes. No
plano cognitivo, isto significa o surgimento de uma nova capacidade intelectual da criança, as operações, ou seja, ela
consegue realizar uma ação física ou mental dirigida para um objetivo e reverter-la para seu início.
 Diferentemente da criança pré-escolar, o escolar apresenta a noção de conservação, possui um pensamento reversível;
tem noção de tempo, velocidade e espaço. É capaz de realizar operações lógicas tais como: a adição, subtração,
multiplicação, divisão e operações geométricas. Apresenta também a noção de classes- para realizar a classificação, a
criança precisa dominar as relações de encaixamento das partes no todo ou, inversamente, o destacamento das partes em
relação ao todo, por exemplo, classificar diferentes figuras geométricas por forma, tamanho, cor - além disso, a 
capacidade de seriação também é desenvolvida, consiste na operação da ordenação de elementos segundo grandezas
crescentes ou decrescentes, por exemplo, seriar palitos de sorvete com comprimentos diferentes do menor para o maior.
 No entanto, esse domínio sobre as operações só ocorre quando se referem às coisas do seu cotidiano, a partir de
objetos reais, concretos. Portanto, mesmo a capacidade de reflexão que se inicia ou a capacidade de considerar os vários
pontos de vista simultaneamente ou, ainda, recuperar o passado e antecipar o futuro são possíveis somente a partir das
situações vivenciadas pelas crianças.
No plano afetivo, nesse período há a aparição de novos sentimentos morais tais como, uma moral autônoma baseada no
respeito mútuo, a honestidade, o companheirismo, a justiça (fundada na igualdade estrita e que leva mais em conta as
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intenções e circunstâncias de cada um do que a objetividade das ações) e, sobretudo, há uma organização da vontade,
que leva a uma melhor integração do eu e uma regulação da vida afetiva, levando a criança a balizar, por exemplo, o dever
de estudar e a vontade de jogar bola.
Considerando, portanto, todo esse processo desenvolvimental descrito acima, a criança nesta fase, torna-se capaz de jogar
os jogos de regra, consegue compreender e respeitar as regras, como as de um jogo de futebol. A cooperação levou-a a
abandonar o seu egocentrismo e, assim, as regras e as normas são concebidas como válidas e verdadeiras, desde que
sejam aceitas e respeitadas por todos.
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA SUGERIDA:
BEE, H.- Recapitulando o Desenvolvimento Meninice Intermediária in O Ciclo Vital. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998 (
Interlúdio 3- p. 313-316)
CÓRIA SABRINI, M. A. Psicologia do Desenvolvimento. SP: Ática, 1998, Cap.5, p.74-85.
 
 
O desenvolvimento psicossocial
 
O desenvolvimento do eu, nesse período, é marcado por um auto-conceito cada vez mais abstrato focalizado em
qualidades internas do que ligado à aparência externa. A descrição que as crianças fazem das outras pessoas também
obedecem a essa tendência.
Competência (Diligência) versus inferioridade
O quarto estágio psicossocial, proposto por Erikson (1974), descreve os principais dilemas vividos pela criança de 6 a 11
anos. Para o autor, no ambiente escolar a criança é exposta a novas influências sociais. O raciocínio operatório-concreto e
a capacidade de seguir as regras levam ao refinamento das habilidades exigidas na construção das coisas como um meio
de conseguir elogios e obter a satisfação da execução bem sucedida de uma tarefa. A criança está pronta para o
desenvolvimento sistemático de competências.
A escola e os esportes são cenários para a aprendizagem de habilidades intelectuais e motoras, e a interação com os pares
proporciona um espaço para o desenvolvimento de habilidades sociais. O sucesso nessas iniciativas leva à sentimentos de
competência. No entanto, algumas crianças são repreendidas, ridicularizadas ou rejeitadas em suas iniciativas e assim,
desenvolvem um sentimento de inferioridade, o que as torna incapazes de cumprir as demandas dos próximos estágios de
vida. 
Na escola, a criança começa a se comparar com seus colegas e percebe suas competências em relação aos outros, esta
percepção pode produzir uma queda na sua auto-estima. No decorrer desse estágio, a auto-estima se torna mais
diferenciada, quer dizer, as crianças se avaliam em mais aspectos, inclusive em diversos tipos de habilidades acadêmicas.
Por exemplo, uma criança pode considerar que é fraca em matemática, mas é boa em português e assim, por diante.
 
Relacionamentos sociais
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A criança escolar tende a “gastar menos o seu tempo com ospais”- embora o relacionamento com estes ainda seja o mais
importante- e a ampliar o seu número de amigos até porque costumam ser expostas a um grupo maior de crianças do que
antes. Suas amizades são baseadas na confiança recíproca, como decorrência das novas habilidades operacionais,
conforme discutido anteriormente. Há a segregação dos grupos por gênero, a famosa, “turma da Luluzinha e turma do
Bolinha”, as crianças agrupam-se por interesses comuns e por uma boa convivência. Aparecem as amizades mais
duradouras que continuam ao longo desses anos e às vezes, se perpetuam pela vida adulta.
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA SUGERIDA:
BEE, H.- Recapitulando o Desenvolvimento Meninice Intermediária in O Ciclo Vital. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998 (
Interlúdio 3- p. 313-316)
CÓRIA SABRINI, M. A. Psicologia do Desenvolvimento. SP: Ática, 1998, Cap.5, p.74-85.
 
[1][1] Adaptada de Gesell, Arnold- A criança dos 5 aos 10 anos- SP, Martins Fontes,3ed.,1998
[2][1] Adaptada de Gesell, Arnold- A criança dos 5 aos 10 anos- SP, Martins Fontes,3ed.,1998
 
Exercício 1:
“A terceira etapa do ciclo evolutivo descrita por Erikson está centralizada na evolução da estrutura locomotora 
e dos órgãos genitais. Aqui podemos sentir que, em relação a Freud, Erikson privilegia a progressiva organização 
do Ego na constituição do sujeito, à medida que vai definindo por suas interações (e aquisições) com o mundo; ou 
seja, à medida que as funções do Ego vão-se especializando, a progressiva discriminação efetuada sustentará as 
fantasias afetivas e sexuais) que se vão constituindo.” (RAPPAPORT, 1982).
 
A partir disso, podemos afirmar que de acordo com a teoria psicossocial:
 
I - a criança vai criando uma atitude de iniciativa, de se conhecer, tendo em contrapartida um sentimento de culpa e
vergonha. 
II - ao se manipular fisicamente surge um sentimento de culpa pelas possíveis repreensões, interferindo diretamente 
na forma como se coloca no mundo e como busca suas satisfações.
III - o mundo ao redor pode ser um grande delimitador da criança na forma como busca suas satisfações pessoais.
IV - nem sempre a criança encontra possibilidades ou alternativas de satisfazer-se ao encontrar um mundo muito 
repressor à sua volta, ou que muito a afastou desse caminho.
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Está correto o que se afirma em:
 
A)
I e II.
 
B)
III e IV.
 
C)
I, II e III.
 
D)
II, III e IV.
 
E)
I, II, III e IV.
 
Comentários:
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Exercício 2:
Na fase da criança entre 6 e 12 anos de idade, na escola, as brincadeiras cedem lugar ao trabalho. 
Embora elas continuem a existir em lugares e horários determinados, o desempenho acadêmico é o 
mais valorizado. Esse desafio ambiental faz com que apareça o motivo de competência, ou seja, a 
criança passa a buscar a aprovação dos adultos e o respeito dos colegas pelas suas realizações. Como 
consequência, aparece o medo de não ser capaz de corresponder às expectativas e o sentimento de 
inferioridade, caso ocorram repetidos insucessos (CÓRIA SABINI, 1998).
 
 
É possível afirmar nessa fase:
 
 
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I - quando a criança não consegue render nesses primeiros anos de vida escolar, seu sentimento tende
a ser de inferioridade diante dos amigos, levando a um possível descrédito da sua capacidade.
II - é natural que as crianças nessa faixa etária tenham dificuldades na escola e sintam-se inferiores e 
sem condição de produzir, pois o desejo de brincar e estar com os amigos é muito grande.
III - o período de latência descrito por Freud enfatiza exatamente esta fase de transição do brincar para o
“trabalhar”, havendo uma suspensão do prazer nas atividades e a aprendizagem de viver um momento 
de concentração na escola.
IV - os insucessos que podem surgir devem interferir na formação do conceito de “eu” e consequentemente 
gerar consequências para a adolescência.
 
Está correto o afirmado em 
 
A)
I e II.
 
B)
III e IV.
 
C)
I e IV.
 
D)
II e III.
 
E)
I, II, III e IV.
 
Comentários:
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Exercício 3:
(Provão 2000. Com modificações.) Há décadas atrás, atividades infantis, tais como as brincadeiras de 
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rua com os pares, tiveram um papel importante na formação da subjetividade infantil. Hoje em dia, a 
televisão também pode ser considerada um elemento importante de formação desta subjetividade. 
 
A partir do excerto acima pode-se afirmar que as crianças de hoje 
 
A)
só podem ser compreendidas a partir da especificidade histórico-cultural da época contemporânea.
 
B)
são incapazes de contrapor-se à influência da televisão.
 
C)
são mais agressivas que as de antigamente por conta da influência da televisão.
 
D)
são tão independentes e inteligentes quanto as de 40 anos atrás.
 
E)
desenvolvem-se sob influências mais negativas que as de antigamente.
 
Comentários:
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Exercício 4:
Atualmente a imprensa, falada e escrita, tem divulgado com insistência a importância do brincar na infância 
e os prejuízos que uma agenda sobrecarregada poderá trazer ao desenvolvimento emocional da criança. Ao 
mesmo tempo a psicologia infantil afirma que “as crianças pré-escolares podem fazer e querem 
fazer cada vez mais coisas”. (PAPALIA, OLDS & FELDMAN, 2006)
 
Partindo desta afirmação, é possível dizer que as crianças nessa faixa etária:
 
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I - por ter dificuldades de raciocínio operacional, não conseguem discernir o que é bom para si, desejando 
qualquer coisa.
II - estão totalmente voltadas aos amigos e querem repetir o que eles fazem para se enquadrar no grupo 
de amigos.
III - ao buscar a aprovação e identificação com os pais, procuram atividades que podem aproximá-los 
mais daquele com quem se identificou no papel sexual.
IV - precisam da orientação dos pais, adequando as atividades às suas condições física, cognitivas e 
emocionais. 
 
Está correto o afirmado em
 
A)
I e II.
 
B)
III e IV.
 
C)
I, II e III.
 
D)
II, III e IV.
 
E)
I, II, III e IV.
 
Comentários:
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Exercício 5:
Esta notícia publicada em 2010 refere-se à criança entre 8 e 11 anos. Leia com atenção e analise as 
afirmativas numeradas abaixo.
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A princesa Aiko, filha única do herdeiro ao Trono do Japão, Naruhito, voltou nesta segunda-feira ao colégio 
acompanhada de sua mãe, a princesa Masako, após seis dias sem assistir às aulas por causa do suposto 
caso de bullying por parte de um grupo de crianças. Aiko, de 9 anos, voltou nesta segunda-feira à prestigiosa 
escola Gakushuin de Tóquio com a princesa Masako, que também a esperava no final das aulas da manhã, 
informou a "Agência da Casa Imperial" japonesa. A menina tinha se queixado de dor de estômago e ansiedade,
o que fez com que não fosse à escola desde segunda-feira da semana passada.
Fonte: ESTADO DE SÃO PAULO. Princesa japonesa volta à escola após suposto caso de “bullying”. 
Disponível em:<http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,princesa-japonesa-volta-a-escola-apos-supostobullying,521191,0.htm>. Acesso em: 03 de mar. 2013.
 
I - O bullying é comum nesta idade, como também pode interferir na formação dos conceitos do “eu”, significativos 
para a vida.
II - O bullying que ocorre nesta fase é muito setorizado, pois vai mexer com a criança na formação do autoconceito 
e essa interferência é pequena na adolescência.
III - O bullying virou uma questão social: ocorre em todas as idades, e a intensidade junto às crianças dessa faixa 
etária é mais uma questão de efeitos momentâneos.
IV - O bullying que ocorreu com a princesa Aiko era esperado, pois afeta as crianças dessa faixa etária que têm 
fatores sociais que as envolvem, podendo afetar sua formação.
 
Está correto o que se afirma em:
 
A)
I.
 
B)
IV.
 
C)
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I e II.
 
D)
III e IV.
 
E)
I, III e IV.
 
Comentários:
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Exercício 6:
Esta notícia publicada em 2010 refere-se à criança entre 8 e 11 anos. Leia o texto abaixo e analise 
as afirmações a seguir.
 
Era para ser só uma brincadeira de criança –usar, trocar e emprestar as pulseirinhas de plástico coloridas 
exibidas aos montes nos pulsos de meninos e meninas. Mas a mania da pulseira virou polêmica e foi proibida 
em algumas escolas da Inglaterra e dos Estados Unidos depois que se criou, a partir delas, uma espécie de 
jogo com conotação sexual. Chamados nap game (algo como jogo de arrancar, em português), ele consistiria no 
seguinte: o garoto que conseguisse arrebentar a pulseira de uma menina teria direito a uma versão apimentada 
do velho "beijo, abraço ou aperto de mão", de acordo com a cor do acessório. As ações iriam de um simples abraço 
(a pulseirinha amarela) ao sexo propriamente dito (a de cor preta) – daí o motivo de passarem a ser conhecidas nesses 
países como sex bracelets, ou pulseiras do sexo. A proibição teria sido motivada pelos relatos de crianças a pais e 
professores sobre o real significado de cada uma das cores dos braceletes. Não há nenhuma evidência de que as 
crianças e os pré-adolescentes estivessem chegando às últimas consequências do jogo. Aliás, essa possibilidade é
praticamente descartada pelos especialistas. O certo é apenas isto: as pulseiras levaram a garotada a falar sobre sexo. E
pais e professores não se sentem preparados a tratar desse assunto com crianças tão novas –na sua maioria, entre 8 e 11 anos.
Fonte: VEJA. Brincadeira de pulseirinhas preocupa pais. 
Disponível em: <http://origin.veja.abril.com.br/noticia/brasil/brincadeira-pulseirinhas-preocupa-pais>. 
Acesso em: 03 de mar. 2013
 
Considere as seguintes afirmações: 
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I - O excesso de cuidado e zelo de alguns pais e educadores podem fazer com que brincadeiras simples 
entre crianças possam gerar questões sociais mais complexas.
II - O excesso de estímulo sexual ao qual a criança está sujeita na mídia, e mais a relação que a imprensa 
faz entre o brincar infantil e o sexo propriamente dito, pode tornar uma brincadeira ingênua em algo muito 
mais amplo.
III - Por mais que estejamos no século XXI, pais e educadores têm ainda muita dificuldade de falar de sexo 
com crianças na pré-adolescência.
IV - É preciso estar atento ao que a mídia apresenta para as crianças, pois jogos infantis aparentemente inocentes 
podem despertar de forma maléfica o interesse precoce à sexualidade das crianças, ativando seu desejo latente.
 
Está correto o que se afirma em:
 
A)
I e II.
 
B)
III e IV.
 
C)
I, II e III.
 
D)
II, III, IV.
 
E)
I, II, III, IV.
 
Comentários:
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Exercício 7:
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Leia o excerto abaixo: 
 
Papalia, Olds e Feldman (2006) apresentam um relato de pesquisa sobre as crenças das crianças sobre o 
gênero. Um pesquisador apresentou a seguinte situação imaginária a 80 meninos e meninas de 4, 5, 8, 9 e 
10 anos e a 16 estudantes universitários: Era uma vez uma menina chamada Cris. Quando Cris era um bebê 
pequeno, ela foi viver com seu tio em uma ilha. Nessa ilha havia apenas meninos e homens;Cris era a única 
menina. Cris teve uma vida muito feliz na ilha, mas ela nunca viu uma menina ou uma mulher. O experimentador 
descreveu a mesma situação envolvendo um bebê do sexo masculino (Pat) que viveu em uma ilha só com meninas 
e mulheres. Depois as crianças respondiam a uma série de perguntas tais como: Como seria Cris (ou Pat) aos 10 
anos? Será que Cris (ou Pat) gostaria de brincar de boneca, jogar futebol ou usar vestidos? Gostaria de ser soldado? 
Teria um corpo semelhante ao de um menino ou ao de uma menina? Os resultados evidenciaram que as crianças de 
5 a 8 anos não reconheciam a influência ambiental sobre os papéis de gênero. Crianças de 9 e 10 anos e estudantes 
universitários faziam distinção entre características (como estilo de cabelo, vestimenta, atividades lúdicas, habilidades 
e ambições), que provavelmente seriam afetadas pelo ambiente social, e características biológicas, que não o seriam. 
 
 
Com base nas ideias contidas no relato desta pesquisa e o seu conhecimento sobre desenvolvimento e formação do 
entendimento de gênero para a criança, analise as proposições abaixo: 
 
 
I - as crianças pequenas que já alcançaram o entendimento de categorias de gênero inicialmente desenvolvem uma rígida
ideia a respeito do assunto: veem as diferenças de gênero como imutáveis e acreditam que meninos e meninas são 
essencialmente diferentes por natureza.
II - Aos 9-10 anos, as crianças desenvolvem ideias mais flexíveis sobre o que as categorias de gênero implicam.
III - A constância categorial sexual (compreensão de uma criança de que seu sexo será sempre o mesmo) colabora com 
a aquisição tanto do papel quanto da tipificação de gênero.
IV - Dentro da abordagem cognitiva desenvolveu-se a teoria do esquema de gênero, que incorpora conceitos de 
processamento de informações e enfatiza as influências da sociedade. Afirma que as crianças organizam seu conceito de 
gênero e seu comportamento relacionado a isso em torno de informações sobre o que os homens e as mulheres são e fazem 
em sua cultura. 
V - as crianças aprendem o papel de gênero através da socialização. Segundo a teoria cognitiva social,o aprendizado ocorre por 
meio da observação de modelos, reforço de comportamentos apropriados a seu gênero e internalização de padrões. Além disso, 
os pais, amigos e mídia influenciam a tipificação do gênero.
 
Está correto o que se afirma em:
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A)
I e II.
 
B)
III e IV.
 
C)
I, III e V.
 
D)
II, IV e V.
 
E)
I, II, III, IV e V.
 
Comentários:
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