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1 www.grancursosonline.com.br Aposentadoria Especial DIREITO PREVIDENCIÁRIO Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online APOSENTADORIA ESPECIAL Quem tem direito: a) empregados; b) avulsos; e c) contribuintes individuais membros de cooperativas (de trabalho ou de produção). Lei n. 10.666/2003 Art. 1º As disposições legais sobre aposentadoria especial do segurado filiado ao Regime Geral de Previdência Social aplicam-se, também, ao cooperado filiado à cooperativa de trabalho e de produção que trabalha sujeito a condições especiais que prejudiquem a sua saúde ou a sua integridade física. Vislumbrando a dificuldade que certos segurados teriam em provar perante a previdência a exposição a agentes agressivos, a legislação limita esse benefício a essas três espécies. Súmula n. 62 da TNU O segurado contribuinte individual pode obter reconhecimento de atividade espe- cial para fins previdenciários, desde que consiga comprovar exposição a agentes nocivos à saúde ou à integridade física. OOb.:� Turma nacional de uniformização de jurisprudência (TNU): instância supe- rior no âmbito dos juizados especiais. Atenção! Para fins de prova, caso se questione quem tem direito à aposentadoria especial: a) empregados; b) avulsos; e AN O TAÇ Õ ES 2 www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Aposentadoria Especial DIREITO PREVIDENCIÁRIO Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online c) contribuintes individuais membros de cooperativas (de trabalho ou de produção). Se a questão indagar sobre jurisprudência, deve-se considerar a Súmula 62 da TNU, incluindo o contribuinte individual de forma geral. Carência Lei n. 8.213/1991 Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26: II – aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 180 contriOuiçõeb menbaib. Ou seja, no mínimo, 15 anos de pagamentos de contribuições. Requibito Trata-se do que o segurado deve provar para ter direito à aposentadoria com o tempo reduzido. Exercício permanente, não ocasional nem intermitente, de atividade que exponha o trabalhador a um agente agrebbivo químico, fíbico ou Oiológico, durante 15, 20 ou 25 anob. OOb.:� Não respectivamente. Tais períodos serão determinados conforme a agressividade do agente presente no ambiente de trabalho. Quanto maior a agressão à saúde, menor será o tempo de exposição. Isso já está pre- visto nos anexos do Decreto n. 3.048/1999. Exemplos: • Trabalhador de mina subterrânea: 15 anos. • Exposição ao amianto: 20 anos. • Operador de raio-X: 25 anos. 3 www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Aposentadoria Especial DIREITO PREVIDENCIÁRIO Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online Nota-se que a expobição deve ber permanente, e não ocasional ou intermi- tente. A exposição permanente não implica que o trabalhador deva estar exposto ao agente agressivo durante toda sua jornada de trabalho. O que define a per- manência da exposição é o seguinte: quando o trabalhador exerce sua atividade, ele se expõe a agente agressivo? Se a resposta for positiva, a exposição é con- siderada permanente – caso do operador de raio-X. Por exemplo, a exposição do trabalhador de mina subterrânea é permanente, ao passo que a do geógrafo – que trabalha no escritório da mineradora e a visita quando necessário – é ocasional. �OOb1.: O agente físico pode ser ruído, calor, pressão. �OOb2.: Desde 1995, não há mais associação da aposentadoria especial a uma determinada atividade, não estando vinculada a uma categoria profissio- nal. Em tese, qualquer pessoa hoje pode pedir aposentadoria especial, desde que comprove exposição a agente agressivo. Decreto n. 3.048/1999 Art. 64, § 1º A concessão da aposentadoria especial prevista neste artigo depende- rá da comprovação, durante o período mínimo fixado no caput: I – do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente; e II – da exposição do segurado aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou a associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física. § 2º Consideram-se condições especiais que prejudiquem a saúde e a integridade física aquelas nas quais a exposição ao agente nocivo ou associação de agentes presentes no ambiente de trabalho esteja acima dos limites de tolerância estabe- lecidos segundo critérios quantitativos ou esteja caracterizada segundo os critérios da avaliação qualitativa dispostos no § 2º do art. 68. OOb.:� A exposição a agente agressivo deve ser aferida por um perito: médico do trabalho ou engenheiro do trabalho. 4 www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Aposentadoria Especial DIREITO PREVIDENCIÁRIO Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online Expobição Permanente Art. 65. Considera-se tempo de trabalho permanente aquele que é exercido de for- ma não ocasional nem intermitente, no qual a exposição do empregado, do traba lhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja indibbociável da produção do Oem ou da prebtação do berviço. Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput aos períodos de descanso determina- dos pela legislação trabalhista, inclusive férias, aos de afastamento decorrentes de gozo de benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez acidentários, bem como aos de percepção de salário-maternidade, desde que, à data do afasta- mento, o segurado estivesse exposto aos fatores de risco de que trata o art. 68. Entretanto, no caso de o servidor ser eleito para direção de um sindicato pelo período de dois anos, o servidor perderá esses dois anos de exposição porque isso se inclui entre as situações previstas no parágrafo único. Prova da Expobição • O segurado deverá comprovar ao INSS a exposição permanente a um agente agressivo por meio do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP). OOb.: O PPP só terá validade se acompanhado de laudo técnico, elaborado por médico do trabalho ou engenheiro do trabalho. • Expobição permanente é aquela presente sempre que o trabalhador for exercer sua atividade. Perfil Profissiográfico Previdenciário O PPP é fornecido pelo empregador e é baseado em um laudo técnico con- feccionado por um médico ou engenheiro do trabalho. 5 www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Aposentadoria Especial DIREITO PREVIDENCIÁRIO Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online Atenção! O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), se for eficaz, afasta o direito à aposentadoria especial. Todavia, no caso de ruído, o uso do EPI, ainda que eficaz, não afasta o direito à aposentadoria especial. Retorno ao TraOalho Atenção! O segurado aposentado de forma especial não pode continuar trabalhando em atividade especial, sob pena de cancelamento de sua aposentadoria. No entanto, o trabalhador pode retornar para uma atividade comum, recebendo o salário devido por essa atividade e a aposentadoria especial. OOb.:� • Lei n. 8.213/1991: cancelamento de sua aposentadoria. • Decreto n. 3.048/1999: suspensão de aposentadoria. O segurado de forma ebpecial pode retornar à atividade? Depende, só poderá retornar para atividades que não o exponham a qualquer agente agressivo. Se retornar para atividade especial, sua aposentadoria será cancelada. OOb.:�Homens e mulheres contam com o mesmo prazo na aposentadoria espe- cial. 6 www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Aposentadoria Especial DIREITO PREVIDENCIÁRIO Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online Converbão de Tempo de Serviço • De especial para comum: regra de 3. Por exemplo, o operador de raio-X deve trabalhar 25 anos, o equivalente aos 35 anos que um garçom deve trabalhar para se aposentar. Digamos que esse operador de raio-X tenha trabalhado 20 anos nessa atividade. Daí, temos: 25 – 35 20 – x 25 · x = 20 · 35 x = 20 · 35 / 25 x = 28 anob OOb.:� Esse operador de raio-X deverá trabalhar por mais 7 anos para comple- tar os 35 anos para se aposentar por tempo de contribuição. Ressalta-se que, para uma mulher, a regra de três seria feita com 30 anos, e não com 35. Fazendo essa substituição, uma operadora de raio-X teria trabalhado 24 anos. 25 – 30 20 – x 25 · x = 20 · 30 x = 20 · 30 / 25 x = 24 anob • De comum para especial: é vedada; assim sendo, deverá ser usada a regra acima, ou seja, converte-se de especial para comum. Art. 57, § 5º O tempo de trabalho exercido sob condições especiais que sejam ou venham a ser consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade física será soma- do, após a respectiva conversão ao tempo de trabalho exercido em atividade co- mum, segundo critérios estabelecidos pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, para efeito de concessão de qualquer benefício. 7 www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Aposentadoria Especial DIREITO PREVIDENCIÁRIO Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online Atenção! Valor da aposentadoria especial: 100% só salário de benefício. Não se aplica o fator previdenciário. OOb.:� Somente aplica-se o fator previdenciário na aposentadoria por tempo de contribuição. �����������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Carlos Mendonça. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con- teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclusiva deste material.