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CAPSULITE ADESIVA EXAMES ITANA

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Capsulite Adesiva
APRESENTAÇÃO - FALA SOBRE A ANATOMIA DO OMBRO (OSSO, ARTICULAÇÃO E MOVIMENTOS)
O ombro é uma articulação formada por 3 ossos: o úmero (osso do braço), a clavícula e a espátula (também 
conhecida como omoplata).
A extremidade superior do úmero, chamada de cabeça do úmero, tem a forma de um globo e se encaixa na 
cavidade glenoide, que é uma fossa em formato esférico na lateral da escápula. O encaixe de um osso com 
extremidade convexa em uma fossa côncava cria uma articulação que permite ao osso mover-se de forma 
multiaxial, nos possibilitando uma grande amplitude de movimentos.
A articulação do ombro é envolvida pela cápsula articular do ombro, que é uma membrana que ao mesmo 
tempo cria estabilidade e permite a livre movimentação da articulação.
O QUE É
A capsulite adesiva é uma doença que provoca inflamação, fibrose, espessamento e rigidez da cápsula 
articular, levando à dor e à impotência funcional do ombro. A capsula, que normalmente é um tecido elástico, 
torna-se rígida e bastante dolorosa.
A capsulite adesiva, conhecida popularmente como “ombro congelado”, é um quadro que se caracteriza por 
limitação dos movimentos e intensa dor no ombro, que pode durar de vários meses até anos. A capsulite 
adesiva é provocada por uma inflamação da cápsula que reveste a articulação do ombro.
Estudos mostram que o ombro do braço não dominante é ligeiramente mais susceptível à capsulite adesiva; 
portanto, canhotos têm mais risco de lesão no ombro direito e destros têm mais chances de ter capsulite no 
ombro esquerdo. Independentemente de qual ombro foi acometido primeiro, em cerca de 10% dos pacientes, 
o ombro contralateral também torna-se doente dentro de um intervalo de 5 anos.
O ombro congelado é um problema relativamente comum, acometendo cerca de 3 a 5% da população geral. 
A doença torna-se mais frequente a partir dos 55 anos, sendo rara antes dos 40 anos de idade. As mulheres 
são mais acometidas que os homens.
DIFERENÇA DA TENDINITE E BURSITE E CAPSULITE
A capsulite adesiva é uma lesão ombro diferente da bursite e da tendinite do ombro. A bursite do ombro é 
provocada pela inflamação da bursa sinovial, que é uma espécie de almofada localizada no interior da 
articulação. Já a tendinite do ombro, como o próprio nome diz, é uma inflamação dos tendões do ombro.
1. Bursite: inflamação da Bursa subacromial (responsável por proteger tendões, ligamentos e músculos 
de atrito). Muitos estudos sugerem que a inflamação surge devido a movimentos repetitivos.
2. Tendinite ou inflamação do manguito rotador: processo inflamatório dos tendões da articulação. Seu 
surgimento deve-se a sobrecarga da articulação e movimentos repetitivos. Atletas que fazem 
movimento de extensão do braço são os mais acometidos.
3. Capsulite adesiva ou síndrome do ombro congelado: inflamação dos tecidos sinoviais que evolui 
progressivamente. Neste caso essa lesão desenvolve-se em 3 estágios: O primeiro a inflamação na 
membrana sinovial começa com uma leve dor mas, o paciente ainda possui mobilidade; o segundo 
estágio caracteriza-se por uma evolução da inflamação na membrana sinovial, dando início à 
aderência da cápsula articular à cabeça do ombro, neste caso a dor começa a diminuir de intensidade 
e a mobilidade na articulação é mais afetada e; o terceiro estágio a articulação começa a “descongelar” 
e os movimentos retornam com uma perda de 15 a 20% de mobilidade.
CAUSAS
A capsulite adesiva pode estar relacionada a traumas do ombro ou a doenças sistêmicas, que nada têm a ver 
a articulação do ombro, tais como diabetes, hipotireoidismo ou doenças cardiovasculares. O ombro 
congelado também pode ser uma doença idiopática, isto é, um problema que surge sem que possamos 
identificar uma causa clara.
Não sabemos exatamente qual é o mecanismo fisiopatológico que leva à formação da capsulite adesiva, mas 
alguns fatores de risco já estão bem estabelecidos. São eles:
Idade acima de 50 anos.
Traumas na região do ombro.
Imobilização prolongada do braço.
Cirurgias (não necessariamente do ombro).
Diabetes mellitus
Hipotireoidismo
Hipertireoidismo
Doenças autoimunes
Doença de Parkinson
AVC
Doenças cardiovasculares
SINTOMAS
Os dois principais sintomas do ombro congelado são a dor e a incapacidade funcional, que é a dificuldade de 
fazer os movimento habituais do ombro.
A capsulite adesiva habitualmente se desenvolve em três fases:
1- Fase dolorosa ou inflamatória → o quadro de capsulite adesiva inicia-se com progressiva dor ao 
movimento, que torna-se muito intensa e causa também gradual perda da capacidade de mover o ombro. Os 
sintomas agravam-se ao longo de semanas e costumam ser piores à noite. Ao contrario da bursite e da 
tendinite, cuja dor estão associadas a determinados movimentos do ombro, a dor da capsulite surge com 
qualquer tipo de movimento. Essa fase dura de 2 a 9 meses.
2- Fase de congelamento ou rigidez → Após meses de agonia, a dor começa a reduzir. Por outro lado, a 
rigidez do ombro torna-se mais intensa, impedindo a sua mobilidade. Nesta fase, que dura de 4 a 12 meses, a 
incapacidade funcional não está diretamente ligada à dor, o paciente simplesmente não consegue mover o 
ombro como antigamente porque ele encontra-se rígido ou “congelado”. Levantar o braço, coçar as costas, 
vestir um casaco ou fechar o sutiã podem se tornar tarefas impossíveis. Nesta fase, a dor só costuma surgir 
quando o paciente tenta mover o ombro para além do possível.
3- Fase de recuperação ou descongelamento → após mais de 1 ano de dor e incapacidade funcional, o 
ombro começa a “descongelar”. O paciente vai, aos poucos, retomando a capacidade de mover os ombros de 
forma ampla e a dor desaparece completamente. Essa fase pode demorar de 5 a 24 meses para ficar 
completa.
O tempo de evolução da doença varia de caso a caso, mas é muito comum que o ombro congelado atrapalhe 
as atividades normais da vida do paciente por pelo menos 2 anos. Alguns pacientes podem ficar com 
sequelas, perdendo de forma definitiva cerca de 15% da mobilidade do ombro.
DIAGNOSTICO
O diagnóstico do ombro congelado é feito habitualmente pelo médico ortopedista, através do exame físico e 
de exames complementares.
Um teste que pode ser utilizado para distinguir a capsulite adesiva de outras patologias dolorosas do ombro é 
o teste da injeção. O médico injeta uma quantidade de anestésico na articulação e nota se o paciente 
consegue voltar a mover o ombro de forma normal. Nos pacientes com ombro congelado, a anestesia alivia a 
dor, mas não melhora a mobilidade.
A radiografia e a ultrassonografia não são bons exames para o diagnóstico da capsulite adesiva, mas eles 
ajudam no diagnóstico diferencial, pois podem identificar outras causas de dor no ombro, como bursite e 
tendinites.
Se após o exame físico, teste da injeção e exames de imagem, o médico ainda estiver na dúvida do 
diagnóstico, a ressonância magnética é o exame mais adequado para avaliar a saúde da cápsula articular 
(perca do excesso axilar). Nas fases inciais da doença, porém, a ressonância pode não conseguir identificar a 
capsulite.
TRATAMENTO
Como a capsulite adesiva é uma doença autolimitada, que resolve-se sozinha após vários meses, o 
tratamento inicialmente visa o controle da dor e o restabelecimento de parte dos movimentos do ombro.
1 – Tratamento da fase dolorosa da capsulite adesiva
A dor pode ser inicialmente tratada com analgésicos comuns, tais como paracetamol ou dipirona (metamizol). 
Anti-inflamatórios são medicamentos com boa eficácia, mas o seu uso diário por vários meses seguidos deve 
ser desencorajado devido aos efeitos colaterais gástricos, renais e cardiovasculares. Em casos de dor de 
difícil controle, o médico pode prescrever analgésicos mais fortes, à base de derivados da morfina.
A injeção intra-articular de corticoides (infiltração) é uma boa opção para o controle da dor nos primeirosmeses, principalmente para aqueles pacientes que não melhoram com o uso de analgésicos ou anti-
inflamatórios diariamente. Corticoides por via oral não são indicados pelo elevado risco de efeitos colaterais.
2 – Tratamento da fase de rigidez da capsulite adesiva
Após o alívio da dor, o médico pode indicar exercícios e fisioterapia para melhorar a mobilidade do ombro 
afetado. Os exercícios devem ser começados de forma leve, sempre utilizando a dor como parâmetro.
3 – Tratamento cirúrgico da capsulite adesiva
O tratamento cirúrgico, habitualmente feito por artroscopia, costuma ficar restrito apenas aos casos mais 
graves e que não obtêm resposta satisfatórias com outros tipos de tratamento. O objetivo da cirurgia é 
“libertar” a cápsula, permitindo que a articulação possa voltar a se mover livremente. Em geral, a cirurgia é 
feita apenas após 1 ano de doença, numa fase em que há menos inflamação e mais fibrose da cápsula.

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