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30 QUESTÕES DE FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS.docx discursivas


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30 QUESTÕES DE FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS 
1- Quais são as áreas de conhecimento compreendidas pelas ciências sociais? 
 As Ciências Sociais compreendem o conjunto de saberes relativos às áreas da 
Antropologia, da Sociologia e da Ciência Política. 
 
2- Qual é o objeto de estudo da Sociologia? 
A Sociologia tem como objeto de estudo a sociedade, com ênfase nas suas diferentes 
formas de organização, bem como nos processos que interligam os indivíduos em 
grupos e instituições. 
3- O homem faz a sociedade ou é a sociedade que faz o homem? 
Toda sociedade humana consiste em indivíduos distintos e todo ind ivíduo humano só 
se humaniza ao aprender a agir, falar e sentir o convívio com outros. Nossa fala, nossos 
gestos, nosso modo de ser e de agir revelam o tipo de socializa ção que tivemos e que 
influencia em nossa visão de mundo. Temos consciência de que esse abismo entre os 
indivíduos e a sociedade não existe na re alidade, ou seja, o homem faz a sociedade e a 
sociedade faz o homem. 
4- Para que servem as teorias das ciências sociais? 
Ao observar os fenômenos sociais somos levados a nos confrontar com nossas próprias 
posições, nossos valores, nossa visão de mundo, que interferem na nossa pesquisa. Por 
meio da utilização dos métodos das ciências sociais somos capazes de deixar de lado as 
observações de senso comum da realidade para buscarmos uma compreensão mais 
refinada e sistematizada dos fenômenos. Assim, as abordagens teóricas são como 
lentes de aumento, que nos ajudam a ver e compreender melhor certos aspect os da 
realidade.
5- Qual a diferença entre conceito e técnica de pesquisa em Ciências Sociais? 
Em sen tido f igurado, podemos dizer que os conceitos são as ferramentas de trabalho, 
como o binóculo ou a bússola, enquanto as técnicas de pesquisa são as instru ções 
para o uso correto desses instrumentos. Existe, portanto, uma relação direta entre os 
conceitos e o modo de abordar a realidade, observada a partir dos indicadores 
escolhidos pelo pesquisador.
6- O que diferencia as Ciências Sociais das Ciências Naturais? 
As chamadas Ci ências Naturais (química, física, zoologia, astronomia e etc.) estudam 
“fatos simples”, no sentido de que estuda fenômenos que são isoláveis, recorrentes e 
sincrônicos. A matéria prima das ciências naturais, portanto, é todo o conjunto de 
fatos que se repetem e têm uma constância sistêmica, já que podem ser vistos, 
isolados e, assim, reproduzidos dentro de condições de controle razoáveis, num 
laboratório. Por isso as ciências n aturais produzem “leis científicas”, isto é, argumentos 
que estabelecem uma relação cau sal única, u niversal e invariável ent re dois 
fenômenos. 
Já as Ciências Sociais estudam fenômenos complexos, situados em mú ltiplos planos de 
causalidade, cuja determinação pode ser consideravelmente variada. A matéria prima 
das Ciências Sociais (os fenômenos sociais), assim, são eventos com determinações 
complicadas e que podem ocorrer em ambientes d iferenciados tendo, por causa disso, 
a p ossibilidade de mudar seu sign ificado de acordo com o ator . Por isso dificilmente 
encontramos uma “lei científica” nas ciências sociais.
Encontramos uma lei cientifica nas ciências sócias .
7- O que diferencia a Antropologia da Sociologia? 
O olhar antropológico privilegia os aspectos culturais d a sociedade, como costumes, 
crenças e valores morais dos d iferentes de grupos e comu nidades. Sua abordagem 
possui um caráter integrativo, cujo propósito é não “parcelar o homem”, mas sim 
compreendê-lo em sua totalidade. A abordagem antro pológica é caracterizada pela 
observação direta, por imp regnação lenta e contínua dos grupos sociais estud ados, 
com os quais são mantidas relações pessoais. 
8- As diferenças culturais podem ser explicadas pelo estudo d as raças humanas? 
Algumas pessoas ainda acreditam nas velhas, persistentes e incorretas teorias que 
atribuem capacidades inatas e específicas a d eterminadas raças. Esse pensamento vai 
caracterizar o chamado d eterminismo biológico, a crença de que a vida social é 
definida por fatores genéticos. Atualmente os ant ropólogos estão totalmente 
convencidos de qu e as diferenças genéticas não são d eterminantes das diferenças 
entre os povos. Estas diferenças são explicadas a partir das diferenças culturais. 
9- Os povos de clima quente são mais atrasados do que os de clima frio? 
Da mesma forma q ue o determinismo biológico, o determinismo geográfico acredita 
que forças do mundo natural agiriam de modo mecân ico e determinante sobre as 
sociedades humanas. N a verdade esta visão é eq uivocada, na medida em que as 
diferentes culturas humanas são influenciadas, mas n ão determinadas de modo 
absoluto pelo meio físico. As d iferenças entre os p ovos de diferentes regiõe s do 
planeta são explicadas a p artir da história, q ue nos mostra a existência de grandes 
civilizações também em climas quentes.
10- O que é a cultura? 
Edward Tylor foi um dos primeiro s antropólogos a sistemat izar o conceito de cultura. 
Segundo este autor, em seu t rabalho intitulado Primitive Culture, de 1871, a cultura 
poderia ser definida como todo aquele conjunto de conhecimentos, que inclui crenças, 
arte, moral, lei, costumes e quaisquer outras capacidades e h ábitos adquiridos p elo 
homem como membro de um grupo ou sociedade. Segundo o antropólogo norte -
americano, Leslie White, a cap acidade de produzir cultura se deu quando o cérebro do 
homo-sapiens foi capaz de gerar símbolos, com significados próprios. Referindo -se 
principalmente ao comportamento adquirido, por oposição ao comportamento inato 
dado pela natureza ou pela biologia, a cultura tem sido utilizada para designar t udo o 
que é humanamente criado (hábitos, crenças, artes e artefatos) e passado de uma 
geração a outra. Nessa formulação, a cultura distingue-se da natureza e distingue uma 
sociedade da outra.
11- Qual a diferença entre etnocentrismo e relativismo cultural? 
Etnocentrismo é uma visão d o mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como 
centro de tudo e t odos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, 
nossos modelos, n ossas definições do que é a existência. No plano intelectual, pode 
ser vist o como a d ificuldade de pensarmos a diferença: no plano afetivo. como 
sentimentos de estranheza, medo , h ostilidade, etc. O r elativismo cu ltural se 
contrapõem ao etno centrismo na medida em que define o significado de um ato não 
na sua dimensão absoluta, mas no context o em que acontece, ou seja , relativizando 
aquele ato. Quando comp reendemos o "outro" nos seus próprios valores e não nos 
nossos: estamos relativizando. Enfim, relativizar é ver as coisas do mundo como a 
relação entre elas. Ver que a verdade está mais no olhar que naquilo que é olhado.
12- Qual é o objeto de estudo da Ciência Política? 
A Ciência Po lítica é o estud o da política, d os sistemas p olíticos, das organizações e dos 
processos políticos. Envolve o estudo da estrutura e dos processos de governos — ou 
qualquer sistema equivalente de organização humana q ue tente assegu rar segu rança, 
justiça e direitos civis.
13- O que Hobbes denominou como “Estado de natureza”: 
No Estado de Natureza,os indivíduos viviam isolados e em luta p ermanente, vigorando a guerra de todos contra t odos ou "o homem lobo do homem". Nesse Estado, reina o medo e, principalmente, o grande medo: o da morte violenta. Para Thoma s Hob bes, a passagem do est ado de natureza p ara uma sociedade política o u civil, é decorrente da elaboração de um Contrato Social. 
14- Como os filósofos Hobbes e Rousseau explicam a criação do Estado Civil? 
O estado de natureza de Hobbes e o estado de socieda de de Rousseau evid enciam 
uma percepção do social como luta entre f racos e fortes, vigorando a lei da selva ou o 
poder da f orça. Pa ra fazer cessar esse estado de vida ameaçador e ameaçado, os 
humanos decidem passar à sociedad e civil, isto é, ao Est ado Civi l, criand o o poder 
político e as leis. A p assagem do estado de natureza à sociedade civil se dá por meio de 
um contrato social, p elo qu al os indivíduos renunciam à liberdade natural e à po sse 
natural de bens, riquezas e armas e concordam em transferira um terceiro – o 
soberano - o poder para criar e aplicar as leis, tornando -se autoridade política. O 
contrato social funda a soberania.
15- Quais são os direitos naturais do homem, segundo a co ncepção liberal de 
Jonh Locke: 
Liberdade; Igualdade; e Propriedade.Par a Jonh Locke, o con trato social é um pacto de 
consentimento, no qual os homens livremente acord am em formar a sociedade civil 
para consolidar e garantir os direitos que já possuíam originalmente no estado de 
natureza. 
 
16- Quais são as formas clássicas de governo? 
Pela tipologia clássica são a Realeza (É o governo de u m só. Pode degenerar em 
tirania), a Aristocracia (Govern o de um grupo ou poucos grupos. Pod e d egenerarem 
oligarquia) e a Democracia (Governo d e muitos, aquele em que o povo ele ge seus 
representantes, direta ou indiretamente. Pode degenerar em demagogia. 
17- Qual a diferença entre o Estado monárquico e o Estado republicano? 
Na forma monárquica a autoridade é exercida por um soberano vitalício. A forma 
republicana adota regras (como a id eia de maioria) para a formação da vontade 
coletiva e o poder é exercido em uma temporalidade prviamente definida. 
 
18- Qual a diferença entre os regimes presidencialista e parlamentarista? 
No presidencialismo há uma nítida separação entre a função executiva e a legislativa, o 
Presidente da República é ch efe de Estado e de governo. O Presid ente é escolhido pelo 
povo por tempo determinado através de eleição direta. No p arlamentarismo há uma 
relação de dependência en tre o Executivo e o Legislativo. A chefia do Executivo é 
dividida entre chefe de Est ado(que representa o país) e chefe de governo (que toma 
todas as d ecisões políticas). O chef e de governoé escolhido de forma indireta, pelo 
Parlamento (aprovação pela maioria parlamentar).
9- Quais são os tipos de dominação legítima segundo Max Weber? 
A domin ação deve ser entendida, segundo Weber, como uma probabilidade de mando 
e d e legitimidade d este. A crença é condição fundamental para que a relação entre 
aquele que manda (domina) e aquele que o bedece (dominado) se realize. Portanto, 
não é tod a e qualquer relação de poder que é legitimada, é preciso que aquele que 
obedece acredite voluntariamente naquele que tem poder de mando. São três as 
formas d e dominação legítima: dominação racional- legal, dominação tradicional e 
dominação carismática. 
 
20- Em que se baseia o tipo ideal de dominação tradicional? 
É baseada nas tradições e mais diretamente relacionadas às monarquias absolutistas 
do período conhecido como Idade Moderna.
22- Em que se baseia o tipo ideal de dominação racional -legal? 
A dominação racional-legal Relacionada ao Estado de Direito e a presença de uma 
burocracia em termos administrativos, cujo princípio de legitimidade se baseia na 
racionalidade e nas disposições legais. 
 
23- Por que Karl Marx afirmava qu e o Estado é um instrumento de domin ação de 
classe? 
Segundo Karl M arx, o Estado é a forma na q ual os indivíduos de u ma classe dominante 
fazem valer seus interesses comu ns e na qual se resume toda a sociedade civil de uma 
época. Segue-se que todas as instituições comuns são mediadas pelo Estado e 
adquirem através dele uma forma política. Daí a ilusão de que a lei se baseia na 
vontade e, ais ainda, na vontade destacada de sua base real - na vontade livre.
24- Quais os principais fatos que caracterizam o contexto histórico do surgimento 
da Sociologia, no século XIX? 
O século XIX foi marcado pela Revolução Industrial e p elo Neocolonialismo, cujas 
consequências se p rojetaram para os séculos XX e XXI. No plano político e econômico, 
o termo revolução é usado para expressar um movimento de t ransformação que, n a 
visão dos seus prot agonistas, traz t ransformações significativas, positivas e benéf icas 
para a sociedade. De fato, as revoluções trazem grandes transformações e com a 
revolução industrial não poderia ter sid o d iferente. Tais transformações já se fizeram 
presentes na transição do Feudalismo para o Capitalismo. 
 
25- Qual a diferença entre o Colonialismo e o Neocolonialismo? 
Diferente do Colonialismo d os séculos XV e XVI, o Neocolonialismo representou nova 
etapa do Capitalismo, do momento em que as n ações europ eias saíram em bu sca de 
matérias-primas para sustentar as indústrias, de mercados consumidores para os 
produtos europeus e de mão-de-obra barata. Esse Colonialismo se direcionou para a 
África e a Ásia, que foi partilhada entre as nações europeias. A América escapou desse 
Colonialismo porque se tornara independente p ouco antes. Porém, se não fora 
dominada politicamente pela Europa e pelos EUA, fora economicamente, pois 
dependia dos banqueiros e do capital industrial europeu. 
26- Quais as principais ideias apresentadas por Charles Darwin na sua obr a A 
origem das espécies, publicada em 1859? 
Darwin defendeu a noção de variação gradual dos seres vivos graças ao acúmulo de 
modificações pequenas, sucessivas e favoráveis, e não por modificações 
extraordinárias, surgidas repentinamente. Nessa obra Darwin apresentou o núcleo d a 
sua concepção evolutiva: a seleção natural, ou a persistência do mais capaz; com o 
passar dos séculos, a seleção natural eliminaria as espécies antigas e produziria novas 
espécies. 
 
27- Charles Darwin era um cientista social? 
Não, D arwin era um cientista natural, mas suas ideias foram aprop riadas pelas ciências 
sociais d a ép oca, d ando origem ao chamado Darwinismo Social. Se gundo o 
Darwinismo Social, as sociedades se modificam e se desenvolvem como os seres vivos. 
As transformações nas socied ades representam a passagem de um estágio inferior 
para outro superior, em qu e o o rganismo social se mostra mais evolu ído, adaptado e 
complexo. Se na n atureza, a competição gera a sobrevivência do mais forte, também 
na sociedade favorece a sobrevivência d e sociedades e indivíduos mais fortes e 
evoluídos. 
28- O que é o Positivismo? 
O positivismo é uma corrente filosófica criada po r Augusto Comte, na segunda metade 
do século XIX, que refletiu o entusiasmo burguês pela consolidação capitalista, por 
meio do desenvolvimentoindustrial e científico, como visto no item anterior. 
 
29- Qual o tema central da obra de Augusto Comte? 
O tema central da obra de Augusto Comte é a Lei dos Três Estados, em que ele divide a 
evolução histórica e cultural da h umanidade em três f a ses, de acordo com seu 
desenvolvimento; a classificação e a hierarquização das ciências, da mais simples à 
mais complexa, já que para ele , a ordem é necessária ao progresso; e a re forma da 
sociedade, com mudanças intelectuais, morais e políticas destinadas , principalmente, a 
restabelecer a ordem na sociedade capitalista industrial. 
30- Qual o princípio da Lei dos 3 Estados? 
Comte devotou-se à Sociologia, uma palavra q ue ele elaborou para descrever a ciência 
da sociedade. Ele acreditava q ue sua principal cont ribuição foi a teoria d e que a 
humanidade passou por três est ágios d e desenvolvimento intelectual: o teológico, o 
metafísico e o positivo. No primeiro estágio, o universo era explicado em termos de 
deuses, demônios e seres mit ológicos. No segundo estágio, a realidade era explicada 
em termo s de abstrações como a essência, existência, substância e aciden te. De 
acordo com Comte, o estágio metafísico estava só terminando, dando lugar ao 
científico ou est ágio positivo. Neste estágio final, explicações soment e po deriam ser 
baseadas em leis científicas descob ertas através da experimentação, observação ou 
lógica. Matemática, astronomia, física, química e biolo gia, classificad as por ele n a base 
crescente de complexidade, já eram científicas; Comte procurou completar o estágio 
positivo ao criar a mais complexa de todas, a sociologia como ciência.

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