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DDiimmeennssiioonnaammeennttoo ddee PPiillaarreess Pilares são peças estruturais de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, que geralmente transmitem cargas axiais de compressão com ou sem momento fletor. Pilares-parede são elementos de superfície plana, usualmente dispostos na vertical e submetidos preponderantemente à compressão. Podem ser compostos por uma ou mais superfícies associadas. Para que se tenha um pilar-parede, em alguma dessas superfícies, a menor dimensão deve ser menor que 1/5 da maior, ambas consideradas na seção transversal do elemento estrutural. Fluxo de carga: lajes → vigas → pilares (maiores coef. seg.) → fundações. 9 Avaliação das Cargas: A dimensão dos pilares depende da carga atuante. Essa carga pode ser avaliada pelo critério de área de influência, supondo-se uma carga média distribuída de 10 kN/m2 em cada pavimento. 9 Seção Transversal: A seção transversal dos pilares não deve apresentar largura menor que 19 cm. Em casos especiais, permite-se a consideração de dimensões entre 19 cm e 12 cm, desde que se multipliquem as ações a serem consideradas no dimensionamento por um coeficiente adicional γn, de acordo com o indicado na tabela abaixo: b ≥19 18 17 16 15 14 13 12 γn 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 1,30 1,35 b → menor dimensão da seção transversal do pilar; γn → coeficiente que majora os esforços solicitantes de cálculo finais dos pilares, quando do seu dimensionamento. Ex.: Para b = 12 cm o coeficiente de majoração final será: γc x γn = 1,4 x 1,35 = 1,89. Prof. Roldão Araújo – M.Sc. Estruturas 1 Classificação dos Pilares quanto à Esbeltez: odem ser desprezados. de 2ª ordem s utilizando-se o efeitos de 2ª ordem são avaliados pelo Tipologia dos Pilares 9 λ ≤ λ1 – Pilares Curtos: Os efeitos de 2ª ordem p λ1 < λ ≤ 90, onde λ1 = 35 – Pilares Medianamente Esbeltos: Os efeitos são avaliados por processos simplificados baseados no “Pilar Padrão”. 90 < λ ≤ 140 – Pilares Esbeltos: Os efeitos de 2ª ordem são avaliado processo do “Pilar Padrão” acoplado a diagramas M-N-1/r para a curvatura crítica. Deve ser considerado o efeito da deformação lenta. 140 < λ ≤ 200 – Pilares Muito Esbeltos: Os método geral. Deve ser considerado o efeito da deformação lenta. 9 Prof. Roldão Araújo – M.Sc. Estruturas 2 Modelo Estrutural → O pilar de contraventamento é responsável pela resistência ao vento mais o efeito de 2ª ordem associado à carga vertical própria e dos pilares contraventados. Prof. Roldão Araújo – M.Sc. Estruturas 3 Situação Básica de Projeto de Pilares Contraventados: ter em geral sua força normal Pilar intermediário: são os pilares centrais, que podem suposta centrada desde que hajam vigas passando pelo seu eixo nas duas direções. pilares submetidosPilar de extremidade: são os orça normal suposta a uma f excêntrica em apenas uma direção, gerando uma flexão normal composta. a uma Pilar de canto: são os pilares submetidos força normal suposta excêntrica nas duas direções, gerando uma flexão oblíqua composta. Prof. Roldão Araújo – M.Sc. Estruturas 4 Efeitos das Imperfeições Locais: 9 Nas estruturas reticuladas: imensão do pilar na direção considerada, em metros) Efeito de 2 h03,0015,0e min,a += (h → d Em cada uma das duas direções, deve-se considerar: min,ai ee ≥ a Ordem Local: 9 Prof. Roldão Araújo – M.Sc. Estruturas 5 Pilar Padrão: Expressão da NBR 6118 para λ < 90: r 12e ⋅= l 10 e2 , onde o valor aproximado da curvatura 1/r é dado por: 0,005 h0,5)h(v 0,005 r 1 ≤+= , onde 0,005 ≅ 0,0035 + 0,00207, sendo 0,0035 de εuc e 0,00207 de εyd. cdc sdNv = fA ⋅ Exemplo 1 – Determinar o momento máximo de 2a ordem para o pilar abaixo: fck = 25 MPa 951 200 3463 h 463 y e máx ,, ,l, =⋅=⋅=λ → λmáx < 90 ∴Pilar medianamente esbelto, sendo possível utilizar as expressões da NBR 6118. 870 41 2500045020 411000 fA N v cdc sd , , ,, , = ⋅⋅ ⋅=⋅= Prof. Roldão Araújo – M.Sc. Estruturas 6 11 m250m01820 0,5)h(v 0,005 r 1 −− ≤+=+= ,, ∴ 0,5)0,20(0,87 0,005 = m016001820 10 3 r 1 10 e 22 e 2 ,, l =⋅=⋅= M2dy = 1000⋅1,4⋅0,016 = 22,4 kN⋅m na seção C. Para direção x, 23 450 463 h 463 y e =⋅=⋅=λ , ,, < de 2a ordem nessa direção. 3l 35, e assim, pode-se desprezar o efeito 9 Armaduras: Os pilares são armados com barras longitudinais e estribos. Armaduras Longitudinais: A armadura longitudinal e o concreto tem a função de resistir às cargas axiais e o valor mínimo expresso a seguir: ν = Nd / (Ac . fcd rmal em termos admensionais. tabela a seguir, fornece valores para ρmin, com o uso de aço CA-50 e considerando γc = 15. min momentos fletores. A taxa de armadura deve ter ρmin = (As / Ac) = onde: ν é o valor da força no 0,15 (fcd / fyd) ν ≥ 0,40% ) A 1,4 e γ = 1,s valores de ρ (%) fck ⇒ 20 25 30 35 40 45 50 valores de ν - - - - - - - 0,1 0,400 0,400 0,400 0,400 0,400 0,400 0,400 0,2 0,400 0,400 0,400 0,400 0,400 0,400 0,400 0,3 0,400 0,400 0,400 0,400 0,400 0,400 0,400 0,4 0,400 0,400 0,400 0,400 0,400 0,444 0,493 0,5 0,400 0,400 0,400 0,431 0,493 0,554 0,616 0,6 0,400 0,400 0,444 0,518 0,591 0,665 0,739 0,7 0,400 0,431 0,518 0,604 0,690 0,776 0,863 0,8 0,400 0,493 0,591 0,690 0,789 0,887 0,986 A maior armadura possível em pilares deve ser 8% da seção real, Ac, considerando-se inclusive a sobrepos existente em regiões de ição de armadura emenda. Prof. Roldão Araújo – M.Sc. Estruturas 7 Armadura Longitudinal Máxima e Mínima c d AA 0 0 , , ≤ ⎪⎭ ⎪⎬ ⎫ ⎪⎩ ⎪⎨ ⎧ enda Armad expansão lateral do pilar, que é medida pelo coeficiente de poisson. Os stribos ajudam a evitar esta expansão, confinando o núcleo de concreto. Quanto nais e dos estribos, melhor o confinamento, e tará sujeito a um estado de tensão triaxial. esforço cortante, quando houver, e prevenir a flambagem das barras longitudinais. A armadura transversal de pilares, constituída por estribos, deve ser colocada em o obrigatória sua colocação na região de cruzamento com vig sydf 8%≤ 4% N 15 (inclusive nas seções de em s) uras transversais: Os estribos servem para confinar o núcleo de concreto. A carga axial tende a provocar e menor o espaçamento das barras longitudi o núcleo es A armadura transversal também serve para combater o toda a altura do pilar, send as e lajes. O diâmetro (φt) dos estribos em pilares não deve ser inferior a 5 mm nem a 1/4 do diâmetro da barra isolada ou do diâmetro equivalente do feixe que constitui a armadura longitudinal. Distribuição transversal: As armaduras longitudinais devem ser dispostas na seção transversal de forma a garantir a adequada resistência do elemento estrutural.Em seções poligonais, deve existir pelo menos uma barra em cada vértice; em seções circulares, no mínimo seis barras distribuídas ao longo do perímetro. O espaçamento livre entre as armaduras, medido no plano da seção transversal, fora barra, do feixe ou da luva; metro máximo do agregado, inclusive nas emendas. a 10 mm. da região de emendas, deve ser igual ou superior ao maior dos seguintes valores: - 2 cm; - diâmetro da - no mínimo 1,2 vez o diâ O espaçamento máximo entre as barras deve ser de 40 cm. O diâmetro (φl) das barras não poderá ser inferior Prof. Roldão Araújo – M.Sc. Estruturas 8 O e garantir a costur Esper spaçamento longitudinal entre estribos, medido na direção do eixo do pilar, para garantir o posicionamento, impedir a flambagem das barras longitudinais e a das emendas de barras longitudinais nos pilares usuais, deve ser igual ou inferior ao menor dos seguintes valores: - 20 cm; - menor dimensão da seção; - 12φl para CA-50, onde φl é o diâmetro da armadura longitudinal. a: φl espera 10 mm 50 cm 12,5 mm 60 cm 16,0 mm 70 cm 20,0 mm 80 cm acima 100 cm Travamento das Barras Longitudinais: Consideram-se travadas as barra tam 2 enos do canto do estribo ou de onto de amarração intermediário. s s que di 0φt ou m p (dois estribos poligonais) (um estribo poligonal e uma barra com gancho) (barra com gancho envolvendo o estribo principal) Prof. Roldão Araújo – M.Sc. Estruturas 9 Seções a serem analisadas em um pilar Nd que Nd.e Seção Cen Nd s menores que Nd.e 1, onde: Seções de Pé acompanhada dos momentos iniciais MTd e MPd, não se adotando valores menores a, onde ea = 0,015+0,03h. tral acompanhada do momento inicial Mcd = αc.Ma, não se adotando valore a, mais o momento de 2ª ordem M2 = Nd.e2. Os efeitos de 2ª ordem locais devem sempre ser considerados quando λ >λ b 1 α=λ , onde 1e51225 + , h/ 901 b ≤λ≤α 35 hN h d 1 ⋅=/ (excentricidade de 1 ordem) Mcd ae a b M 4060 ,, +=α , 140 b, bM ≤α≤ a - Maior valor, em módulo, dos momentos das extremidades do pilar .ea M Mb - Positivo se tracionar a mesma face que Ma, e negativo caso contrário. αb = 1 caso Ma < Nd , em módulo. Prof. Roldão Araújo – M.Sc. Estruturas 10 Exemplos: Ma = 100 kN⋅m ; Mb = 70 kN⋅m 320 100 70)(4060 M M 4060 a b b ,,,,, =−+=+=α como 140 b ≤α≤, → α = 0,40 b Mc = 100⋅0,4 = 40 kN⋅m 10140 M he cd ,/ =⋅== 67 201200hNd 1 ⋅ 40 0827 40 167051225he51225 b 1 1 , , , ,,/, =⋅+=α +=λ como 9035 1 b ≤λ≤α → 58740 3535 b 1 ,, ==α=λ 9513463463 e ,,l, =⋅=⋅=λ 200hy , < λ1 Obs.: não considerar efeito de 2a ordem Ma = 100 kN⋅m ; Mb = 70 kN⋅m 880bb ,,,,, =+=+=α 100 704060 M M 4060 a como 140 b ≤α≤, → αb = 0,88 0k! Mc = 100⋅0,88 = 88 kN⋅m 370 20 1 1200hN 88M d cd 1 ,=⋅=⋅ he / = 880880b ,,α 62951225he51225 1 1 ,,/, =⋅+=+=λ como 370, 901 b ≤λ≤α → 35 839 880b 1 ,, ==α=λ 3535 951 200 3463 h 463 y e , , ,l, =⋅=⋅=λ > λ1 e λ < 90 Obs.: considerar o efeito de 2a ordem ∴ r 1 10 e 2 e 2 ⋅= l e M2d = Nd⋅e2 Prof. Roldão Araújo – M.Sc. Estruturas 11 Caso Geral de Dimensionamento para Seções Retangulares com Armaduras Simétricas Nas figuras apresentadas a seguir, têm-se: Prof. Roldão Araújo – M.Sc. Estruturas 12 Exemplos: ck = 25 MPa = 500 MPa = 2 cm iso a piso = 2,8 ilares contraventados rédio com 10 pav. f fyk c p 0 m p P 1o pavimento Pilar P4 (35 x 50) Nd = 225⋅10⋅1,07 = 2408 kN 9 Excentricidades Acidentais: m0,030,50,030,0150,03h0,015eax =⋅+=+= m0,0260,350,030,0150,03h0,015eay =⋅+=+= 9 Excentricidades de 2a Ordem: ley ≤ 2,8 m ; 2,8 – 0,5 + 0,35 = 2,65 m 226 350 652463 h 463 y e máx ,, ,,l, =⋅=⋅=λ ; Ma = Mb = 0 ∴αb = 1∴λ1 = 35 ∴λmáx < λ1 (podem ser desprezadas) asta verificar, portanto as ações de pé e de topo. B 351 41 20000500350 412408 fA N cdc d d , , ,, , = ⋅⋅ ⋅=⋅=υ caso a) µdx = υd⋅eax/h = 1,35⋅0,03/0,5 µdx = 0,08 (despreza) caso b) µdy = υd⋅eay/h = 1,35⋅0,026/0,35 µdy = 0,1 → ρ = 2,9% (ábaco) As = 0,029⋅(50⋅35) = 50,75 cm2 Prof. Roldão Araújo – M.Sc. Estruturas 13 1φ 2cm Armadura longit. = 16 φ 20mm → Asef = 50,4 cm2 Pilar P3 (25 x 55) Nd = 137 Mx = 20,6 kN⋅m ∴ ⋅10⋅1,07 = 1466 kN 01410 1466 620 ,, = m ex = 9 Excentricidades Acidentais: m0,0230,250,0350,010,03h0,015eax =+= =⋅+ Max = 33,7 kN⋅m 0,03h0,015eay m0,0320,550,030,015 =⋅+=+= May = 46,9 kN⋅m 9 Excentricidades de 2 a Ordem: (M = M = 2a b 0,6 kN⋅m) ley ≤ 2,8 m ; 2,8 – 0,5 + 025 = 2,55 m 335552 ,, = 250, 463 h 463 y e máx , l, ⋅=⋅=λ Prof. Roldão Araújo – M.Sc. Estruturas 14 Ma = 20,6 kN Como M Mc = 1⋅ Mc ≥ Max ei ⋅m (menor que Max = 33,7 kN⋅m) a < Max → αb = 1 20,6 = 20,6 kN⋅m = 33,7 kN⋅m , portanto, Mc = 33,7 kN⋅m /h = 0,023/0,25 = 0,092 351526 1 092051225he512 b 1 ≥=⋅+=α + ,,,/, podem ser desprezado pois λmáx ≅ λ1 = 35 basta verificar, portanto as ações de topo e pé. 25 1 =λ 041411466 , , ,⋅υ ⋅ µdx = 0,1 → ρ = 1,7% (ábaco) caso b) 0,0141/0,25 µdy = 0,06 (despreza) A = 0,017 (55 25) = 23,38 cm 41 20000550250fA cdc d d ,, = ⋅⋅ =⋅= N caso a) µdx = υd⋅eax/h = 1,04 0,023/0,25 µdy = υd⋅eay/h = 1,04⋅ s ⋅ ⋅ 2 Armadura longit. = 12 φ 16mm → Asef = 24 cm2 Prof. Roldão Araújo – M.Sc. Estruturas 15 Dimensionamento de Pilares
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