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Princípios da Deontologia Jurídica

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16/10/2009
1
Princípios da 
Deontologia
Jurídica
Princípio Fundamental
• Agir segundo Ciência e Consciência
• Ciência = conhecimento técnico (dominar as regras , ser 
aplicado, manter educação continuada)
• Consciência = “...é a intérprete de uma norma interior e 
superior; não é a fonte do bem e do mal: é a 
advertência, é a escuta de uma voz... É o reclamo à 
conformidade que uma ação deve ter com uma 
exigência intrínseca do homem”
Princípios Gerais
• Da conduta ilibada
• Da dignidade e do decoro profissional
• Da incompatibilidade
• Da correção profissional
• Do coleguismo
• Da diligência
• Do desinteresse
• Da confiança
• Da fidelidade
• Da independência profissional
• Da reserva
• Da lealdade e da verdade
• Da discricionariedade
Da conduta ilibada
• É o comportamento sem mácula, aquele sobre o qual 
nada se possa moralmente levantar.
• Código de Ética conduta límpida
• Lei Orgânica da Magistratura  conduta 
irrepreensível
• COMPORTAMENTO ESPERADO (Senso Comum)
• Sacerdote santo ; médico milagroso; Advogado  hábil em vencer 
causas impossíveis; Juiz  infalível.
• Espera-se de todos  RETIDÃO
Da dignidade e do decoro profissional
• A dignidade constitui um valor inerente à pessoa 
humana, que deve ser protegido e respeitado.
• Reclama-se dignidade e decoro também na vida 
privada;
• Fere ao decoro por exemplo:
• Apresentar-se mal vestido – pleitear remuneração excessiva –
atuar maliciosamente e insinceramente, com abuso – usar 
publicidade exagerada para captar clientes (confiança e não 
comércio)
Da incompatibilidade
• A carreira jurídica é daquelas raramente 
acumuláveis com outras, exceção feita ao 
magistério.
• A dignidade da missão forense inadmite seja 
ela exercida como um plus a qualquer outra.
• Seria desabonador para a função jurídica ver-
se como atividade secundária...
• “Ninguém serve a dois senhores”
16/10/2009
2
Da correção profissional
• O profissional correto é aquele que atua com 
transparência, no relacionamento com os 
protagonistas da cena jurídica ou da prestação 
jurisdicional. 
• Age no interesse do trabalho e da justiça, não se 
descuidando do interesse imediato das pessoas às 
quais serve. 
• Não se beneficia com a função ou cargo. 
• Não se vangloria. Condói-se da situação daquele que 
necessita de seus préstimos.
Do coleguismo
• O sentido de comunidade, de pessoas que 
passaram pelas bancas de uma faculdade de 
direito;de se irmanarem no sentimento de 
realizar justiça;
• É um sentimento derivado da consciência de 
pertença ao mesmo grupo;
• Se traduz também no tratamento respeitoso 
dos mais jovens aos mais experientes.
Da diligência
• Geralmente é acionado quando alguém se vê 
atormentado por vulneração injusta de algum 
direito;
• Estar pronto, ter presteza ao cuidar do interesse 
alheio vulnerado;
• Envolve valores como= zelo, escrúpulo, assiduidade, 
precisão, atenção...
• Impõe o dever de atualização continuada de auto-
aprimoramento;
• Tratamento igual a casos menores e outros mais 
relevantes, mesma atenção a humildes e poderosos.
Do desinteresse
• É conhecido como AUTRUÍSMO – relegar a 
ambição pessoal ou aspiração legítima, ara 
buscar o interesse da Justiça.
• A carreira jurídica tem o status de missão.
• Relevância da profissão e a insuficiência da 
remuneração...
• Utopia pregar o desinteresse em tempos neo-
liberais, mas há de se preservar um “mínimo 
ético”.
Da confiança
• Na profissão jurídica a escolha se dá mercê de 
atributos personalíssimos e não 
intercambiáveis.
• O cliente constitui seu advogado o profissional 
que lhe merece confiança. Será detentor de 
seus segredos, terá acesso a informações 
íntimas, terá em suas mãos a chave da 
resolução dos problemas que o atormentam.
Da fidelidade
• Fidelidade à causa da justiça, à verdade, à 
transparência, aos valores constitucionais.
• Lealdade ao seu constituinte e aos demais 
operadores, notadamente o juiz e o promotor.
16/10/2009
3
Da independência profissional
• É a ausência de quaisquer vínculos interferentes na 
ação do profissional do direito, capazes de 
condicionar ou orientar sua atuação de forma diversa 
ao interesse da justiça.
• A subordinação à ética é a um tempo garantia e 
limite para a independência profissional.
• A independência não exclui, mas em lugar disso 
postula enfaticamente, estrita dependência à ordem 
moral.
Da reserva
• O homem de bem é um homem discreto. 
Desprestigia-se (e à categoria) o profissional 
que comenta com terceiros aquilo que tomou 
conhecimento no exercício profissional.
• O ideal é uma conduta inspirada em uma 
absoluta reserva, uma circunspecção, 
prudência na conduta, discrição e recato no 
trato das coisas profissionais.
• Para Gianniti apud Nalini, o princípio da reserva 
contempla:
– O dever de tratar a prática profissional no foro e não em 
lugares públicos;
– O dever de manter reserva sobre todos os documentos ou 
objetos do processo;
– O dever de vigiar a fim que funcionários, digitadores, 
assistentes ou escreventes, mantenham reserva sobre 
tudo aquilo que tomem conhecimento por motivo de 
trabalho;
– Dever de reserva em relação ao endereço do cliente;
– Dever de não externar opinião sobre processo a si 
confiado, mesmo em família.
Da reserva Da lealdade e da verdade
• O direito civil brasileiro é inspirado na fonte romano-
germânica que premia a boa-fé e a correção. A 
lealdade é uma regra costumeira, desprovida de 
sansão jurídica, mas eticamente sancionada pela 
reprovação comunitária.
• Juiz – Promotor – Advogado – Cliente
• A lealdade se insere numa concepção de processo 
sob a ótica de uma estrutura cooperativa.
• A mentira viola os princípios da ética forense e 
compromete a função social da profissão. Nenhuma 
justiça pode se apoiar em mentira.
Da discricionariedade
• O bacharel em ciências jurídicas é, presumivelmente, alguém 
provido de discernimento para exercer uma profissão liberal;
• Poder de atuar com liberdade na escolha de sua conveniência, 
oportunidade e conteúdo. 
• JUIZ  Não é escravo da lei – precisa estar convicto de que à autoridade 
que lhe foi conferida corresponde responsabilidade também diferenciada.
• PROMOTOR  pode, em tese, arquivar o inquérito ou denunciar; insistir 
nas diligências, iniciar procedimentos averiguatórios... Iniciar ações civis 
públicas, defender a minorias e ocupar um espaço muito importante na 
mídia.
• ADVOGADO  de persuadir o cliente a iniciar uma lide ou de 
imediatamente propô-la... De eleger a estratégia de combate ou de defesa 
nos autos... De encontrar a alternativa jurídica mais eficaz para 
determinado problema concreto.
REFLEXÕES
1. Por que se exige uma postura ética mais 
densa nas profissões jurídicas?
2. O debate da ética forense evolui com a 
multiplicação das faculdades de direito?
3. É possível a compartimentação entre a ética 
da vida privada e a ética da vida pública?
16/10/2009
4
Você conhece o moto-advogado?
Eis que surgiu uma nova categoria profissional no Recife: o moto-advogado.
Com a proliferação dos cursos de direito em Pernambuco (são 28), e como os escritórios de 
advocacia e os concursos não estão conseguindo absorver tanta gente no mercado, alguns 
advogados estão indo para o caminho da sobrevivência.
A explicação é a seguinte: para alguns procedimentos judiciais é necessária a formação jurídica, 
como por exemplo, retirar processos. 
Como tempo é dinheiro, e o deslocamento cada vez mais é um problema sério, os maiores 
escritórios de advocacia estão começando a contratar advogados a preço de banana (R$ 800 a R 1 
mil por mês), para este tipo de serviço.

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