Aula 6 e 7 Desocnsideração da Personalidade Jurídica e Nome Empresarial

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DESCONSIDERAÇÃO 
DA PERSONALIDADE 
JURÍDICA E NOME 
EMPRESARIAL
Aulas 5, 13 e 14
LIVROS
• DIREITO EMPRESARIAL E O NOVO CPC –
MARCIA CARLA PEREIRA RIBEIRO 
(COORD) – EDITORA FORUM 
• DESCONSIDERAÇÃO CONTEMPORÂNEA 
DA PERSONALIDADE JURÍDICA –
LEONARDO NETO PARENTONI –
QUARTIER LATIN
• A APLICAÇÃO DA DESCONSIDERAÇÃO 
DA PERSONALIDADE JURÍDICA NO 
DIREITO BRASILEIRO – ALEXANDRE 
COUTO SILVA - FORENSE
CONSEQUÊNCIAS DA 
PERSONALIDADE
PERSONALIDADE 
JURÍDICA
EXISTÊNCIA DISTINTA 
DOS SÓCIOS
NOME
NACIONALIDADE
AUTONOMIA 
PATRIMONIAL
DOMICÍLIO
CAPACIDADE 
CONTRATUAL E 
PROCESSUAL
DESCONSIDERAÇÃO
DESCONSIDERAÇÃO
DESPERSONALIZAÇÃO
Despersonalizar é acabar com a personalidade jurídica.
Desconsiderar é afastar, tornado a personificação ineficaz.
HISTÓRICO
SALOMON vs . SALOMON & CO. LTD
• SOCIEDADE EMPRESÁRIA FAMILIAR QUE
PRODUZIA SAPATOS CRIADA A
PARTIR DO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
SOLOMON EM 1892
• 1893, OUTUBRO, UMA AÇÃO CAMBIAL
GERA A LIQUIDAÇÃO DA SOCIEDADE.
CREDOR TENTOU AVANÇAR NO
PATRIMÔNIO DE SALOMON
• ARON SALOMON NA COURT OF APPEAL
FOI CONDENADO A PAGAR EM RAZÃO DO
ABUSO DE PERSONALIDADE, DECISÃO
QUE FOI REFORMADA NA HOUSE OF
LORDS
TERMINOLOGIA
• DISREGARD OF 
LEGAL ENTITY
• PIERCING THE 
CORPORATE VEIL
• LEVANTAR O VÉU.
BASE LEGAL
HÁ SEIS PREVISÕES DESSA TEORIA NO NOSSO 
ORDENAMENTO, A SABER:
A) ART. 28, CAPUT E § 5°, LEI 8.078/90 (CDC)
B) ART. 4°, LEI 9.605/98 (LEI DE CRIMES 
AMBIENTAIS)
C) ART. 34, LEI 12.529/2011 (LEI ANTITRUSTE)
D) ART. 50, CÓDIGO CIVIL
E) ART. 133/137 DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO 
CIVIL
F) art. 855-A DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO 
TRABALHO
TEORIA MAIOR E MENOR
TEORIA MAIOR TEORIA MENOR
PRESSUPÕE, ALÉM DA INSOLVÊNCIA, 
PROVA DA CONFUSÃO PATRIMONIAL 
(TEORIA OBJETIVA) OU A PROVA DO 
DESVIO DE FINALIDADE (TEORIA 
SUBJETIVA)
PRESSUPÕE SOMENTE O 
INADIMPLEMENTO E A DIFICULDADE 
DE COBRAR O CRÉDITO
ART. 50 DO CÓDIGO CIVIL
ART. 28 DO CDC, ART. 18 DA 8894/94 
E A LEI 9605/98
VER RESP 279.273/SP 
TEORIA MENOR
ARTIGO 28 DO CDC:
“O JUIZ PODERÁ DESCONSIDERAR A PERSONALIDADE
JURÍDICA DA SOCIEDADE QUANDO EM DETRIMENTO DO
CONSUMIDOR HOUVER ABUSO DE DIREITO, EXCESSO DE
PODER, INFRAÇÃO DA LEI, FATO OU ATO ILÍCITO OU
VIOLAÇÃO DOS ESTATUTOS OU CONTRATO SOCIAL, A
DESCONSIDERAÇÃO TAMBÉM SERÁ EFETIVADA QUANDO
HOUVER FALÊNCIA E INSOLVÊNCIA, ENCERRAMENTO OU
INATIVIDADE DA PESSOA JURÍDICA POR MÁ
ADMINISTRAÇÃO.
(...)
§ 5º TAMBÉM PODERÁ SER DESCONSIDERADA A PESSOA
JURÍDICA SEMPRE QUE SUA PERSONALIDADE FOR DE
ALGUMA FORMA OBSTÁCULO AO RESSARCIMENTO DE
PREJUÍZOS CAUSADOSAOS CONSUMIDORES.”
TEORIA MAIOR
ENCERRAMENTO IRREGULAR DA EMPRESA 
NÃO AUTORIZA A DESCONSIDERAÇÃO -
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO 
ESPECIAL 1.306.553-SC
DESCONSIDERAÇÃO 
INVERSA
• QUANDO A PESSOA JURÍDICA É RESPONSABILIZADA 
PELAS OBRIGAÇÕES DO SÓCIO
• ART. 133 DO NOVO CPC, MAS JÁ ERA ADMITIDO 
ANTES PELA JURISPRUDÊNCIA DO STJ
• NORMALMENTE USADA EM DIREITO DE FAMÍLIA,
CASO EM QUE UM DOS CONJUGÊS TENTA ESVAZIAR 
SEU PATRIMÔNIO PESSOAL ESCONDENDO-O EM UMA 
PESSOA JURÍDICA (AREsp 792.920).
AUTODESCONSIDERAÇÃO
JÁ FOI ADMITIDA EM UMA OCASIÃO PELO STJ:
• RESP 1024394 e RESP 949499 APLICARAM A
PROTEÇÃO DO BEM DE FAMÍLI A SOCIEDADES
EMPRESARIAIS CUJOS SÓCIOS PERTENCIAM A
MESMA FAMILIA E RESIDIAM NA SEDE DA
PESSOA JURÍDICA
• “2. Sendo a finalidade da Lei n. 8.009/90 a proteção da
habitação familiar, na hipótese dos autos, demonstra-se o acerto
da decisão de primeiro grau, corroborada pela Corte de origem,
que reconheceu a impenhorabilidade do único imóvel onde
reside a família do sócio, apesar de ser da propriedade da
empresa executada, tendo em vista que a empresa é
eminentemente familiar. Recurso especial improvido.”
NOME EMPRESARIAL
NOME
EMPRESARIAL
MARCA
TÍTULO DO 
ESTABELECIMENTO
NOME EMPRESARIAL
• TEM DE SER REGISTRADO NA JUNTA COMERCIAL
PARA GOZAR DE PROTEÇÃO LEGAL – ART. 33 DA
LEI 8934/94 E ART. 1166 DO CÓDIGO CIVIL
• NOME EMPRESARIAL NÃO É OBJETO DE
ALIENAÇÃO – ART. 1164 , MAS HÁ QUEM
DEFENDA A INCONSTITUCIONALIDADE DESSE
ART. 1164 EM RAZÃO DA INDEVIDA RESTRIÇÃO
AO DIREITO DE PROPRIEDADE - ALFREDO DE
ASSIS GONÇALVES NETO
PRINCÍPIOS
Princípio da Veracidade: Sob a ótica deste princípio, o nome 
empresarial tem que ser compatível com:
1) a atividade exercida — Não é possível ter um bar chamado 
Escolinha Raio de Sol, pois através desse nome não é 
possível identificar corretamente a atividade desenvolvida;
2) o quadro social — Não é possível ostentar no nome 
empresarial o nome de sócio que não faça parte do quadro 
social.
Princípio da Novidade: Por este princípio o nome empresarial 
tem que se diferenciar de qualquer outro existente, tem que 
ser inédito - CUIDADO INFO 426 DO STJ - REsp 262.643-
SP
NOME EMPRESARIAL
NOME COMERCIAL. REGISTRO. CONFUSÃO.
Trata-se de REsp em que se pretende o reconhecimento do uso exclusivo do nome comercial e
da marca formada pelo vocábulo Fiorella, alegando-se, para tanto, que o termo foi
devidamente registrado, em momento anterior, como marca e parte do nome empresarial da
recorrente, circunstância suficiente para elidir seu uso pela recorrida, tendo em vista o caráter
absoluto da proteção conferida pelo registro. A Turma entendeu que, no caso, conquanto
haja um vocábulo idêntico na formação dos dois nomes empresariais, não se verifica seu
emprego indevido, tendo em vista as premissas estabelecidas pelo tribunal de origem ao
analisar colidências, tais como, ausência de possibilidade de confusão entre
consumidores e atuação empresarial em atividades diversas e inconfundíveis. Desse
modo, não obstante a existência de registro anterior da recorrente, esse não tem a capacidade
de elidir, de forma absoluta, o uso do referido vocábulo pela recorrida, visto que, na hipótese,
não se vislumbra infringência às finalidades ensejadoras da proteção ao nome empresarial,
porquanto as atividades econômicas das empresas dão-se em campos distintos. Some-se a
isso a utilização da palavra “Têxteis” no nome da recorrente, circunstância que
manifesta distinçãoentre as espécies e obsta eventual confusão. Destarte, a tutela do nome
comercial deve ser entendida de modo relativo, pois o registro mais antigo gera a proteção no
ramo de atuação da empresa que o detém, mas não impede a utilização do nome em segmento
diverso, sobretudo quando não se verifica qualquer confusão, prejuízo ou vantagem indevida
em seu emprego. Diante disso, negou-se provimento ao recurso. Precedente citado do STF:
RE 115.820-RJ, DJ 19/2/1993. REsp 262.643-SP, Rel. Min. Vasco Della
Giustina(Desembargador convocado do TJ-RS), julgado em 9/3/2010.
ESPÉCIES
NOME 
EMPRESARIAL
FIRMA DENOMINAÇÃO
INDIVIDUAL RAZÃO SOCIAL
ESPÉCIES
firma, pode ser individual ou social, é espécie de nome
empresarial, formada por um nome civil – do próprio
empresário, no caso de firma individual, ou de um ou mais
sócios, no caso de firma social. O núcleo da firma é, pois,
sempre um nome civil (por exemplo, Amanda Ramos ou
A. Ramos). Na firma pode ser indicado o ramo de
atividade (nos exemplos já mencionados: Amanda Ramos
Cursos Jurídicos ou A. Ramos Cursos Jurídicos
denominação, só pode ser social – o empresário
individual somente opera sob firma – pode ser formada
por qualquer expressão linguística (o que alguns
doutrinadores chamam de elemento fantasia) e a indicação
do objeto social (ramo de atividade), esta obrigatória (vide
arts. 1.158, § 2.°, 1.160 e 1.161, todos do Código Civil).
NOME EMPRESARIAL
A SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO, 
CONFORME ART. 1162 CC C/C 991 CC, NÃO TEM NOME 
EMPRESARIAL. 
CASO CONCRETO AULA 6
CASO CONCRETO AULA 6
CASO CONCRETO AULA 7
OBRIGADO