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Unidade 6 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

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Higiene do Trabalho: 
Riscos Físicos 
e Biológicos
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Esp. Erika Gambeti Viana de Santana
Revisão Textual:
Profa. Esp. Kelciane da Rocha Campos
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Introdução ao Tema
• Leitura Obrigatória
• Material Complementar Fonte: iStock/Getty Im
ages
Objetivos
• Orientar os alunos quanto à importância do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
(PPRA), assim como ao processo de elaboração do mesmo, legislações cabíveis e 
elaboração do documento base.
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o 
último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material 
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você 
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns 
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões 
de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e 
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de 
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de 
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de 
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
UNIDADE 
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
Introdução ao Tema
A lei brasileira que trata da segurança e da saúde no trabalho dispôs de uma nova 
perspectiva, ocorrendo no final de 1994, ao designar a obrigatoriedade das empresas 
em desenvolver os seguintes programas: o PPRA – Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais e o PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional.
A Convenção 161/85 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) vem a 
expressar que medicina do trabalho foi originada por conta da legislação brasileira, 
que começou a se preocupar com a vida em coletividade do trabalhador, tratando-se 
como regra e obrigatoriedade.
Apesar de o Brasil ter sancionado a Convenção 161 da OIT em 1991 até 1994, as 
Normas Regulamentadoras (NRs) caracterizavam-se ainda por um aspecto basicamente 
“egocêntrico”. As NR-7 e 9 intitulavam-se, respectivamente, Exames Médicos e Riscos 
Ambientais, de forma isolada, ora para o corpo do trabalhador, ora para a avaliação 
quantitativa de certo risco ambiental.
As regras mais atuais desempenham hoje o compromisso com os trabalhadores, 
visando a melhorias na saúde dentro do ambiente de trabalho, por isso abordam o 
quesito clínico-epidemiológico, valorizando os costumes sociais. Sendo assim, a 
imposição legalizada desses novos programas PCMSO e PPRA representa, em prática, 
a solução de um “viés biologista/ ambiental”, com a introdução de um “olhar coletivo” 
em questionamento sobre a segurança e a saúde dos trabalhadores brasileiros.
O PPRA, estabelecido pela NR-9 da Portaria 3214/78, mesmo em caráter 
multidisciplinar, é considerado essencialmente um programa de higiene ocupacional 
que deve ser implementado nas empresas de maneira coerente com um programa 
médico – o PCMSO.
Sem exceção, as empresas, independentemente do número de empregados ou do 
grau de risco de suas atividades, estão obrigadas a elaborar e implementar o PPRA, 
que tem como objetivo a prevenção e o controle da exposição ocupacional aos 
riscos ambientais, assim como a prevenção e o controle dos riscos químicos, físicos e 
biológicos presentes nos locais de trabalho.
A NR-9 minucia as etapas que devem ser executadas e cumpridas ao desenvolver 
do programa, itens que compõem a etapa do reconhecimento dos riscos, os limites de 
tolerância adotados na etapa de avaliação e os conceitos que envolvem as medidas de 
controle. A norma determina, ainda, a obrigatoriedade da existência de um cronograma 
que indique de forma clara os prazos para o desenvolvimento das diversas etapas e 
para o cumprimento de tais metas.
A importância do programa é a elaboração por dentro dos conceitos mais atuais 
de gerenciamento e gestão; o empregador tem autonomia de maneira responsável 
para adotar um conjunto de medidas e ações que garanta a integridade da saúde física 
dos seus trabalhadores. De acordo com cada área dentro da empresa, as ações do 
PPRA devem ser introduzidas, bem especificadas, observadas, executadas conforme 
o programa e empregadas conforme a NR-9 esclarece, tendo uma negociação 
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coletiva, adotando tributos conforme for necessário, garantindo assim toda legítima 
implementação do PPRA, tendo como estabelecida a norma que a empresa adota 
sobre mecanismos de avaliação que provam sua verificação e cumprimento de suas 
respectivas etapas, suas ações e todas as metas previstas. Além disso, a NR-9 prevê 
iniciativa de controle social, garantindo aos trabalhadores o direito à informação e 
à participação no planejamento e no acompanhamento da execução do programa, 
entendendo que a Higiene Ocupacional tem por sua finalidade diferenciar, qualificar 
e monitorar os fatores de riscos ambientais que existem no ambiente de trabalho, 
levando em conta o meio ambiente e os recursos naturais. Com a mudança da NR-09 
em 1994 obrigando a implementar o PPRA, a Higiene Ocupacional tomou estímulo 
nesses programas de prevenção das empresas.
Por entendimento individual, o avanço desse campo foi aprimorado, mesmo tendo 
como defasadas as normas do MTE, em especial a NR-15, que impede sua maior 
evolução. A etapa do reconhecimento depende da condecoração dos agentes ambientais 
que possam por intuito afetar a saúde dos trabalhadores, faz ter uma profunda análise 
dos produtos envolvidos no processo, nas técnicas de trabalho, do fluxo do processo, 
do projeto das instalações, na quantidade de trabalhadores expostos, entre outros 
fatores. Engloba também o plano da abordagem do ambiente a ser verificado, na 
seleção dos métodos de coleta, bem como nos equipamentos avaliativos.
No entanto, a avaliação quantitativa e/ou qualitativa examina os agentes físicos, 
químicos, biológicos que existem nesses postos de trabalho, estabelecendo conheci-
mentos de avaliação, que representam na calibração dos equipamentos, no tempo de 
coleta, no tipo de análise química que será realizada. Essa etapa inclui dois ramos da 
Higiene Ocupacional:
Higiene de campo: a responsabilidade dela é por realizar o estudo da situação 
higiênica no ambiente de trabalho, por analisar os postos de trabalho, por detectar 
possíveis contaminações, pelo estudo e recomendação de medidas de controle para 
diminuir a intensidade ou a concentração desses agentes em níveis aceitáveis e de 
maneira controlada, além da coleta dessas amostras e medições.
Higiene analítica: tem como propriedade realizar análises químicas das amostras 
coletadas, assim como cálculo e interpretações dos dados levantados no campo. Por 
exemplo, uma amostra de poeira coletada que deve ser analisada no Laboratório por 
difratometria de Raios X para determinação de sílica livre cristalizada.
Em relação ao controle, podemos discriminar que através de dados obtidos nas 
fases anteriores, essa etapa atribui e adota medidas que visam eliminar ou minimizar 
riscos no ambiente.
Algumas medidas relativas referentes a agentes ambientais e ao homem:
a) Medidas coletivas e ou ambientais: medidas aplicadas na fonte ou na trajetória, 
reposição do produto tóxico, isolamento das partes poluentes, ventilação local 
exaustora, ventilação geral diluidora, limpeza dos locais de trabalho, entre outras. 
Essa medida é totalprioridade.
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Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
b) Medidas administrativas: apresentam-se, entre outras, a moderação do 
tempo de exposição, os equipamentos de proteção individual, a educação e o 
treinamento, os exames médicos (pré-admissional, periódico e demissional).
c) EPI: a possibilidade do controle coletivo/ administrativo ou nas implementações 
que forem como proteção adotadas na empresa; deve-se utilizar o Equipamento 
de Proteção Individual para eliminar totalmente ou satisfatoriamente os riscos.
d) Exames médicos: os exames médicos admissional, periódico, demissional, 
entre outros, avaliam a efetividade das medidas adotadas, tendo como controlar 
a saúde dos trabalhadores que ficam expostos aos agentes ambientais. 
Nesta unidade iremos entender o que são e como funcionam as diretrizes para a 
elaboração de um Programa de Prevenção e Riscos Ambientais – PPRA.
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Leitura Obrigatória
Introdução
A Higiene Ocupacional tem como objetivo prevenir as doenças decorrentes do 
trabalho e para tanto, atua reconhecendo, avaliando e controlando os agentes ambientais 
presentes no ambiente laboral. Ela busca, também, a redução da exposição, já que não é 
sempre possível a total eliminação do risco no ambiente trabalhista. 
Consideram-se como agentes ambientais, segundo a NR-9, os “agentes físicos, 
químicos e biológicos”. A Norma também considera os riscos relacionados a esforços 
físicos e aspectos relacionados à postura (ergonomia). 
Para que seja feita a avaliação decorrente dos impactos de tais agentes na saúde 
do trabalhador são necessários diversos profissionais, tais como: engenheiros (para 
avaliar e controlar tais agentes), químicos (que farão análises laboratoriais), bioquímicos 
e toxicologistas (para estudo das substâncias no organismo) e médicos (para avaliar os 
sintomas de exposição aos agentes e buscar soluções ergonômicas).
O Programa de Prevenção de Risco Ambientais (PPRA), faz parte de um pacote de 
medidas que têm como objetivo preservar a saúde e a integridade dos trabalhadores 
devendo articular-se ao Programa de Controle Médico Ocupacional (PCMSO) previsto 
na NR-7. 
O PPRA, segundo a NR-9, baseia-se na “antecipação, reconhecimento, avaliação e 
consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a 
existir no ambiente de trabalho” e, assim, indo ao encontro dos princípios higienistas.
Antecipar: sob a ótica da higiene ocupacional, significa detectar precocemente, ainda 
durante a fase de projeto de uma empresa ou atividade (s), os riscos ligados aos agentes 
ambientais e suas formas de eliminação ou controle. Caso haja mudanças das atividades 
trabalhistas ou novos produtos sejam utilizados nos processos produtivos da empresa, 
deve-se proceder à gestão de mudanças, buscando normas preventivas para evitar a 
exposições a esses novos agentes ambientais.
Reconhecer: no âmbito higienista ocupacional, é o saber prévio dos agentes ambientais, 
possibilitando, a partir dele, o reconhecimento dos riscos existentes nos processos, produtos 
e rejeitos de uma dada empresa. O estudo dos processos produtivos e das atividades 
existentes na empresa deve estar aliado ao levantamento da literatura ocupacional para 
se conseguir um ambiente trabalhista mais saudável e seguro.
É indispensável, também, ir a campo, coletando de forma minuciosa informações 
sobre todos os serviços e operações existentes. Feito isso será realizada a comparação 
entre os dados coletados e um critério normativo denominado “limite de exposição” ou 
“limite de tolerância”.
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Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
A Fundacentro define “Limite de Tolerância” como um parâmetro de exposição 
ocupacional na qual a maioria dos trabalhadores possa se expor, de forma repetida, sem 
que haja efeitos adversos à saúde destes. 
Já a NR-15 define como Limite de Tolerância “a concentração ou intensidade máxima 
ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não 
causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral”. Os limites de exposição 
foram determinados com base em estudos realizados em indústrias e experimentos com 
seres humanos e animais.
Controlar: significa adotar medidas que incidirão nas fontes e trajetórias do agente; 
em equipamentos; nas operações; na reorganização de procedimentos; nos indivíduos, 
incluindo o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), etc. Pode-se dizer 
que o ferramental da higiene ocupacional compreende, basicamente, a análise e o 
gerenciamento dos riscos.
Nesta unidade iremos estudar as diretrizes da Norma Regulamentadora 09 da portaria 
3.214/78 para a elaboração do Programa de Prevenção e Riscos Ambientais - PPRA.
Metodologia do programa de prevenção de riscos ambientais
Introdução
O objetivo é apresentar a Norma Regulamentadora 9 proposta pelo Ministério do 
Trabalho e Emprego e discutir pontos importantes para elaboração e implementação
do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.
O PPRA é um instrumento normativo que determina a todos os empregadores a 
direcionarem recursos técnicos e financeiros no sentido de controlar os riscos químicos, 
físicos e biológicos existentes nos locais de trabalho, bem como, antecipar e controlar 
os riscos de novos processos, com a finalidade de promover a melhoria das condições 
de trabalho.
Para fins do cumprimento da NR – 9 consideram-se: 
a) Agentes físicos: compreendidos como as energias, às quais os trabalhadores 
possam estar expostos, apresentadas sob as formas de: ruído ou vibrações, 
pressão anormal, picos de temperatura (alta ou baixa), radiações ionizantes e 
não ionizantes, infra ou ultrassom; 
Figura 1 – Vibração física, pressão anormal, picos de temperatura
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
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b) Agentes químicos: compreendidos como as substâncias que podem adentrar o 
organismo pela via respiratória (poeiras, névoas, vapores, gases, etc.), por meio 
da ingestão acidental ou pela absorção cutânea.
Figura 2 – Poeira, gases tóxicos, químicas
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
c) Agentes biológicos: as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, 
entre outros. 
Figura 3– insetos, bactéria e fungos
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
O PPRA foi instituído pela Portaria n° 25/94, da Secretaria de Segurança e Saúde 
no Trabalho, sendo obrigatório legalmente desde agosto do ano de 1995. O PPRA é 
uma forma de avaliar e gerenciar os riscos ambientais (químicos, físicos e biológicos) 
no ambiente trabalhista, sendo fundamentado por princípios gerenciais que são o 
planejamento, o desenvolvimento, a checagem e a ação corretiva. 
A P
C D
Plan (Planejar)
1 - Identi�cação do problema
2 - Análise do fenômeno
3 - Análise do processo
4 - Plano de ação
Action (Agir)
7 - Ação
8 - Padronização
Do (Executar)
5 - Execução
Check (Veri�car)
6 - Veri�cação
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Esta forma de gerenciamento tem caráter preventivo, multidisciplinar e contínuo. 
Promove a organização, os registros, a documentação e o acompanhamento das 
condições de trabalho. 
O PPRA traz o estabelecimento de prioridades e metas anuais e introduz algumas 
ferramentas modernas de higiene, como por exemplo, a utilização do conceito de nível 
de ação.
Campo de aplicação
A NR-9 institui, a todos os empregadores, como obrigatória a ação de elaborar e 
implementar o PPRA.
Conforme o item 9.1.2.1 da NR-9, caso não sejam identificados riscos ambientais 
nas etapas de antecipação ou reconhecimento dos riscos, o PPRA poderá trazer apenas 
a informação dizendo que não há riscos.
O item 9.1.4 desta norma trás os parâmetros mínimos e diretrizes gerais, a serem 
considerados durante a elaboração do PPRA. Estes parâmetros podem, no entanto, serem 
ampliados, após serem discutidoscoletivamente pelos trabalhadores e empregadores. 
O item 9.5.2 desta norma engloba os trabalhadores subcontratados e aqueles 
oriundos de serviços terceirizados de modo que as medidas previstas no PPRA também 
sejam aplicadas a esses trabalhadores visando à proteção destes contra os agentes de 
risco ambiental. Entretanto, como este item não está detalhado geram-se várias formas 
para seu cumprimento.
O que cabe a cada contratante e contratado fica sob análise e negociação, dependendo 
de cada caso e situação encontrada.
Abrangência
As ações do PPRA devem ser consideradas e aplicadas em todos os estabelecimentos 
componentes da empresa, sendo de encargo do empregador e tendo os trabalhadores 
como participantes. O PPRA deve estar atrelado às exigências das demais NRs, sobretudo 
daquelas trazidas pelo Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) 
disposto na NR-7.
Elaboração e desenvolvimento do PPRA
O PPRA, conforme item 9.2.1, da NR -9, deve estar proposto em um documento-
base devendo conter, no mínimo, os seguintes aspectos: 
 · Planejamento anualizado, com a declaração das metas, itens prioritários e 
um cronograma; 
 · Estratégias para implementar as ações; 
 · Como se dará o registro, a manutenção e a divulgação dos dados; 
 · Como será realizada a avaliação do desenvolvimento do PPRA, bem como 
qual será o período de reavaliação.
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E para o desenvolvimento do PPRA deve-se passar pelas seguintes etapas (item 9.3 
da NR - 9) relacionadas ao risco: 
 · Antecipá-los e reconhecê-los; 
 · Elencar as prioridades e os objetivos da avaliação e medidas de controle; 
 · Avaliar os riscos e a exposição às quais os trabalhadores se submetem; 
 · Implantar medidas de controle e verificação de sua eficácia; 
 · Realizar a monitoria da exposição; 
 · Fazer o armazenamento e a divulgação das informações coletadas.
Para obter um bom PPRA recomenda-se o procedimento abaixo, baseado no disposto 
na NR-9 e nas orientações da literatura técnica atualmente disponível.
Elaboração do documento base
O documento base é aquele que explica como o programa acontece e deve ter os 
seguintes itens:
Introdução
Este item prevê a caracterização da empresa, e é constituído de dados da empresa, 
tais como, nome, o que produz, quanto produz, número de trabalhadores efetivos e 
contratados, ramo de atividade, quantidade de unidades, classificação de grau de risco 
e outras informações necessárias para especificar a organização. 
Objetivo
Este item visa o atendimento aos itens 9.1, 9.1.4 e 9.1.3 da NR 9 e esclarece as 
intenções da elaboração do programa. 
O objetivo geral do programa é melhorar as condições trabalhistas atendendo o 
disposto na NR – 9. Entretanto, as empresas possuem autonomia para declarar suas 
intenções individuais e integrar o PPRA com outros programas que envolvam saúde 
e segurança trabalhista, gerenciamento ambiental e gerenciamento da produção.
Política
Este item define como a empresa trata o assunto da segurança e saúde dos 
trabalhadores e deve conter o compromisso da alta administração da empresa na 
implantação, acompanhamento e avaliação do PPRA. 
Item previsto de forma implícita no item 9.1.3 da NR 9. 
A política denota o compromisso da direção da empresa com a segurança e a saúde 
do trabalhador e quanto é eficiente a implementação do PPRA. 
Embora não seja uma obrigação legal, este item pode ajudar a desenvolver o 
programa, principalmente, no âmbito de um gerenciamento integrado da segurança e 
da saúde trabalhista.
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Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
Responsabilidades e atribuições
É obrigatório ao empregador, de acordo com os itens 9.4.1 e 9.4.2 da NR 9, o 
estabelecimento, a implementação e o cumprimento do PPRA como elemento 
permanente da empresa. 
Já aos trabalhadores é obrigatória a colaboração e a participação na implantação do 
PPRA, além de deverem seguir as instruções dadas nos treinamentos. 
Neste sentido devem ser claramente definidas as responsabilidades e as atribuições 
relacionadas à segurança e saúde dos trabalhadores em todos os níveis hierárquicos. Tais 
explicações devem ser postas com intuito de prestar contas e direcionar as atividades, 
uma vez que é o trabalho em conjunto que irá trazer os resultados do PPRA. Assim, 
deve-se registrar o que compete: 
 · À Diretoria; 
 · Às Gerências; 
 · Aos Trabalhadores; 
 · À Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA); 
 · Ao Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT); 
 · A outros que de alguma forma estejam envolvidos no programa. 
Estabelecimento de metas e prioridades
As informações obtidas nas fases de avaliação dos riscos devem conversar com as 
metas, prioridades e cronograma do plano de ação, que devem ser apresentadas em 
planilha de ações anualizada, conforme requerido no item 9.2.1(a) da NR-9. 
As ações programadas vão desde as medidas previstas para controlar os riscos 
identificados, passando pelas medidas para melhor avaliar qualitativamente e ou 
quantitativamente os riscos, até as medidas de monitoramento da exposição dos 
trabalhadores. 
Ao menos uma vez por ano e sempre que houver necessidade, deve-se realizar uma 
análise completa do PPRA para que as metas e as prioridades sejam reajustadas e 
restabelecidas, conforme solicitado no item 9.2.1.1
Estratégia e metodologia de ação
Neste item devem ser explicitados como foram estabelecidas as metas e as prioridades 
e como estão sendo ou serão atingidas, conforme solicitado no item 9.2.1 (b) da NR 9.
É recomendável que se façam primeiro as ações conforme a gravidade dos riscos existentes 
nas atividades ou processos, quantidade de trabalhadores expostos, disponibilidade da 
empresa e da demanda do corpo de trabalho. 
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Forma de registro, manutenção e divulgação dos dados
Os dados devem ser guardados de maneira sistemática que permita um rápido 
acesso quando solicitado pelos agentes de inspeção, membros da CIPA, do SESMT e 
dos representantes dos trabalhadores e devem ser guardados em local seguro por pelo 
menos 20 anos. 
Atendimento ao item 9.2.1 (c) da NR 9. 
De acordo com o item 9.2.2.1 da NR-9, o documento-base e suas alterações devem 
ser discutidos na CIPA (quando esta existir), tendo cópia mantida no livro de registros. 
O PPRA e os dados pertinentes a ele, poderão ser divulgados por meio de: 
 · Treinamentos específicos; 
 · Reuniões setoriais; 
 · Reuniões da CIPA; 
 · SIPAT; 
 · Programas de integração de novos funcionários; 
 · Boletins, jornais, quadro de aviso. 
 Periodicidade
O PPRA é uma atividade permanente que visa ao melhoramento contínuo do local de 
trabalho. Sua avaliação quanto ao desenvolvimento e cumprimento deve ser periódica, 
não ultrapassando 1 ano. Esta avaliação tem por objetivo o replanejamento do programa, 
caso se faça necessário. 
A periodicidade do monitoramento da exposição dos trabalhadores deve ser 
estabelecida especificamente para cada agente e situação de risco encontrada. Levando-
se em conta as exigências legais e o conhecimento técnico da situação. 
O item periodicidade visa atender os itens 9.2.1 (d) e 9.2.1.1 da NR 9.
Forma de avaliação
Prevista no item 9.2.1 da NR-9, a avaliação do PPRA deve ser sistemática e capaz 
de verificar se as metas e prioridades previamente estabelecidas foram cumpridas. 
Caso haja elementos que não foram cumpridos, deve proceder à justificativa destes e 
reprogramá-los.
Deve-se ressaltar que a avaliação do programa visa a torna-lo cada vez mais eficiente, 
considerando seus objetivos intrínsecos, o que não quer dizer que a cada ano ele precise 
ser refeito ou que deva ser realizado novamente o levantamento dos riscos.
Devem ser avaliados desde a política adotada, os recursos previstos, o andamento 
do programa, o grau de participação dos envolvidosaté a metodologia e as técnicas de 
avaliação de riscos utilizadas.
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UNIDADE 
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
Este sistema deve prever o cruzamento dos dados sobre o estado de saúde dos 
trabalhadores contidos no PCMSO, assim como, com os dados de avaliação da eficácia 
das medidas de controle e outras mudanças introduzidas na organização e nos processos 
de trabalho.
Forma de participação dos trabalhadores
A participação dos trabalhadores está prevista nos itens 9.1.2; 9.4.2.1; e 9.5 da NR 9. 
De acordo com o item 9.4.2.1 da NR 9 os trabalhadores devem: 
I - Colaborar e participar na implantação e execução do PPRA; 
II - Seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA; 
III – Informar ao seu superior hierárquico direto a ocorrências que, a seu julgamento, 
possam implicar em riscos à saúde dos trabalhadores. 
Fonte: NR 09- Ministério do trabalho
Ainda, devem segundo o item 9.5: 
 · Ter direito a oferecer propostas e obter informações e orientações sobre os 
riscos ambientais encontrados durante a elaboração do PPRA; 
 · Receber informações suficientes e com clareza sobre os riscos ambientais e 
como preveni-los ou limitá-los.
Contudo, o documento base deve conter detalhadamente as formas com que a 
empresa atende as proposições colocadas acima.
ELABORAÇÃO DO DOCUMENTO DE AVALIAÇÃO DE RISCOS
O documento ou relatório de avaliação dos riscos contém a caracterização do 
ambiente trabalhista de modo a fornecer elementos para a ordenação das prioridades, 
metas e desenvolvimento de um cronograma de ação.
Este relatório pode compor o documento base ou ser um documento avulso, devendo 
estar sempre disponível para consulta quando requerido.
O documento deve atestar a validade e a adequada documentação de todos os 
elementos importantes que fazem parte do processo de trabalho e da avaliação dos 
riscos, além de suas medidas mitigadoras correspondentes.
A avaliação de riscos deve ser feita sempre que haja inovações nos locais de trabalho, 
como por exemplo, um novo processo, novos equipamentos ou materiais e modificações 
da organização do trabalho.
Este documento tem o objetivo de atendera Norma Regulamentadora em seu item 
9.3. Neste documento é necessário: análise de riscos, análise das opções de controle; 
monitoramento e avaliação.
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Análise de riscos
A análise dos riscos deve ser feita em todos os lugares de trabalho. Nos estabelecimentos 
fixos e nas obras.
Sabendo-se que o local de trabalho não é estático, a análise deve englobar todas as 
mudanças que eventualmente possam surgir. 
Atividades como a de limpeza e conservação do maquinário e ambiente de trabalho 
também devem fazer parte da análise.
Obtenção de informações básicas:
Deve ser realizada de forma a permitir a caracterização do processo produtivo, do 
ambiente físico e da força de trabalho. São os dados de produção, dados do processo de 
produção, layout dos ambientes e disposição dos trabalhadores. 
Levantamento da literatura técnica a respeito do processo de trabalho e dos possíveis 
fatores de riscos presentes. 
Levantar estatísticas de acidentes e doenças ocupacionais registrados. 
A maneira de maior rapidez e segurança, para a obtenção das informações requeridas 
é o levantamento direto com os trabalhadores que realizam as atividades as quais se 
quer estudar. Eles podem fornecer detalhes importantes sobre as diversas etapas de 
cada operação e dar sugestões para a resolução de problemas existentes, bem como as 
precauções adotadas por eles em sua rotina laboral.
Os trabalhadores também podem indicar alguns elementos perigosos que, por sua 
natureza, são difíceis de descobrir. 
Identificação dos fatores e/ou situações de risco:
Deve conter a caracterização dos agentes ou fatores de riscos, das fontes das medidas 
preventivas já existentes, das condições de exposição e dos possíveis danos à saúde ou 
integridade física. São os dados sobre os agentes ou situações de risco existentes e sobre 
a identificação das funções e números de trabalhadores expostos a cada situação. 
 · Considerar todos os aspectos do trabalho, tudo o que ocorre nos locais de 
trabalho ou durante o desenvolvimento das atividades de trabalho; 
 · Considerar tanto as operações que são rotina como aquelas que não são, 
além das operações intermitentes; 
 · Levar em conta, simultaneamente, tanto a exposição aos diferentes agentes 
ambientais quantos as variadas situações de risco possíveis, observando-se, 
também, suas interações; 
 · Considerar o trabalhador que está envolvido diretamente com uma atividade de 
risco e, também, aqueles que podem estar indiretamente expostos a tais riscos; 
 · Identificar os possíveis caminhos e meios onde os agentes ambientais possam 
se propagar; 
 · Levantar os prováveis danos à saúde decorrentes dos riscos identificados. 
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UNIDADE 
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
Estimativa qualitativa do risco (fase de avaliação do risco):
Este item é feito de acordo com o conhecimento e experiências práticas e teóricas que 
se tem sobre o ambiente de trabalho e os fatores e/ou situações de riscos encontradas, 
englobando, também, a descrição dos métodos de controle que já existirem. 
O resultado desta estimativa deve proporcionar uma gradação dos riscos que permite 
estabelecer necessidades e priorização de ações de avaliação e controle. 
Caso os dados obtidos na avaliação qualitativa sejam satisfatórios, a estimativa 
quantitativa do risco pode ser dispensada. O próximo passo, então, é desenvolver e 
analisar as formas de controle. 
Os riscos provindos dos agentes ou dos perigos existentes devem ser apurados por 
meio de estimativas e baseados no grau de severidade do dano e em sua probabilidade 
de ocorrência. 
Para trabalhar com a matriz de gradação de risco, primeiro é necessário classificar a 
situação de risco encontrada considerando a severidade do dano e depois, a probabilidade 
da ocorrência do evento que causará aquele dano. 
A seguir apresenta-se a classificação utilizada pela BS 8800: 1996 que pode ser 
adaptada por quem desejar utilizá-la, dependendo do que se considera por dano leve, 
médio e severo.
Quanto à severidade do dano: 
 · Identificar partes do corpo que podem ser afetadas e a natureza do dano. 
São considerados Danos leves; 
 · Danos superficiais, como cortes e ferimentos leves; 
 · Incômodos e irritações (dores de cabeça, irritações dos olhos). 
 · São considerados Danos médios 
 · Queimaduras, dilacerações, deslocamentos e pequenas fraturas; 
 · Surdez, dermatites, asmas, doenças que levem a pequenas incapacidades 
permanentes. 
São considerados Danos severos;
 · Amputações, fraturas maiores, múltiplos danos, danos fatais; 
 · Câncer ocupacional, doenças severas que encurtam a vida e doenças fatais.
Quanto à probabilidade de ocorrência do dano: 
A probabilidade deve ser definida verificando-se a conformidade das medidas de 
controle implantadas com relação às necessidades que cada perigo ou agente fornecem.
Além disso, os manuais de controle e os requerimentos legais devem ser utilizados 
conforme literatura existente.
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A BS 8800 classifica as probabilidades de que os danos aconteçam em: altamente 
provável, improvável e altamente improvável. Ademais, há a possiblidade de melhores 
adaptação e detalhamento, sempre que for julgado necessário.
 · Para classificar a probabilidade de ocorrência considerar:
 · Número de trabalhadores expostos; 
 · Frequência e duração da exposição à situação de risco; 
 · Falhas de serviços tais como eletricidade e água; 
 · Falhas de projeto, componentes das máquinas e proteção de máquinas; 
 · Uso de EPI e taxa de utilização; 
 · Falta de informações a respeito dos perigos; 
 · Falta de conhecimentos e capacidades físicas para exercer astarefas. 
 · Tomar atenção com eventos não planejados. Pensar nas diversas possibilidades 
de ocorrências e falhas para cada situação. 
Todos os indivíduos expostos ao risco devem ser levados em consideração nesta 
estimativa de riscos subjetiva. Qualquer risco é mais sério se afeta um número maior 
de pessoas, no entanto, um risco grande pode estar associado com uma exposição 
ocasional de somente uma pessoa, por exemplo, manutenção de uma parte inacessível 
de um equipamento alto.
A gradação do risco
Levando-se em conta tudo o que foi até aqui considerado, os níveis de risco são 
classificados a partir da aplicação de uma matriz de associação entre probabilidade e 
dano. São eles: Risco intolerável; Risco substancial; Risco moderado; Risco tolerável e 
Risco trivial.
Como exemplo didático, é apresentada no fluxograma, a Estratégia de gradação 
de riscos, conforme Norma Britânica BS 8800/96 (Anexo D), que embora aborde de 
forma abrangente os fatores de riscos existentes, pode ser adaptada também para os 
riscos ambientais.
Estimativa simples de nível de risco
Altamente
Improvável
Risco
Moderado
Risco
Tolerável
Risco
Trivial
Provável
Risco
Substancial
Risco
Moderado
Risco
Tolerável
Altamente
Provável
Risco
Intolerável
Risco
Substancial
Risco
Moderado
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UNIDADE 
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
Para uma melhor estimativa dos riscos a BS 8800 recomenda fazer avaliações 
quantitativas quando o risco for classificado em moderado ou substancial.
Para o risco intolerável há necessidades urgentes de medidas de correção.
Estimativa quantitativa do risco 
De modo geral, o nível de dano dos agentes ou fatores de risco, assim que 
reconhecidos, possibilitam a avaliação quantitativa. Busca-se, no caso, conseguir valores 
significantes das exposições dos trabalhadores, visando-se atingir uma estimativa da 
dose. Compara-se, então, estes resultados com os padrões de saúde ocupacional. Esta 
avaliação determina se o risco está dentro dos limites aceitáveis ou se é preciso que 
novas medidas de controle sejam introduzidas.
De acordo com o item 9.3.5 da NR 9 a avaliação quantitativa deve ser realizada 
quando há necessidade de: 
 · Comprovar que a exposição esteja controlada ou que não haja riscos 
detectados na etapa de reconhecimento;
 · Mensurar o quanto os trabalhadores estão expostos; 
 · Auxílio na busca por meios que controlem a exposição. 
Para a realização da avaliação quantitativa, deve-se descrever para cada situação de 
risco a ser quantificada, a metodologia utilizada. Por metodologia entende-se as técnicas 
e os aparelhos utilizados, bem como em que período é realizada, quantas amostras são 
feitas, quais os valores máximos e mínimos obtidos e todos os cuidados que assegurem 
uma avaliação quantitativa próxima à realidade.
Analise das opções de controle
Desenvolvimento das opções de controle. 
Neste item, fazem-se recomendações de soluções que reduzam graus de risco. Segue-
se, como princípio básico desse processo, uma hierarquia de medidas de controle, 
recomendadas na ordem a seguir:
a) Substituição/eliminação/redução de processos e materiais nocivos ao ambiente 
de trabalho, garantindo-se a proteção coletiva;
b) Procedimentos administrativos complementares, como redução do tempo de 
exposição, capacitação, modificação em algumas práticas trabalhistas, etc.;
c) Equipamentos de proteção individual (EPIs) apropriados ao cenário de risco, de 
natureza complementar ou utilizados quando ainda se está em fase de implantação 
das medidas de prevenção de caráter coletivo ou quando tais medidas não são 
viáveis tecnicamente. 
O desenvolvimento das opções de controle deve ser seguido de uma análise do impacto 
potencial de que cada opção possa ter na eliminação ou redução dos níveis de risco.
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Ressalta-se que as medidas de controle não devem provocar transferência dos riscos 
ou de lugar. A solução de um problema não deve gerar outro. Por exemplo, na instalação 
de exaustores para gases tóxicos, a saída dos gases não deve oferecer riscos de exposição 
para pessoas que se encontram fora da organização. 
Conforme o item 9.3.5.3, de forma a garantir a eficácia, a adoção das medidas 
coletivas deve ser precedida pela instrução, quanto à utilização, dos trabalhadores e 
de informações sobre até onde vai o limite de proteção. De igual maneira, no item 
9.3.5.5, sempre que houver indicação de uso do equipamento de proteção individual 
deve-se considerar:
 · Escolha do EPI tecnicamente apropriado ao risco e à ocupação praticada, 
levando-se em conta a eficiência exigida para que a exposição seja controlada 
e a comodidade oferecida conforme a avaliação de cada trabalhador;
 · Treinamento de manuseio dos equipamentos e orientação acerca das 
limitações de proteção; 
 · Elaboração de instruções para conservar, acondicionar, limpar e repor o EPI;
 · Especificação do EPI utilizado para cada função ou atividade específica, 
conforme os riscos ambientais presentes. 
Seleção das opções de controle 
Este item deve ser feito levando-se em conta a percepção de riscos dos trabalhadores 
e, em situações mais complexas, inclui uma análise custo-benefício, de modo a subsidiar 
o processo de tomada de decisão sobre quais medidas que serão efetivamente adotadas.
Monitorização e avaliação 
Neste item, deve-se validar e acompanhar periodicamente as medidas implantadas, 
assim como verificar se os padrões estabelecidos estão sendo obedecidos. Quando 
cabíveis, técnicas quantitativas são utilizadas para monitoramento biológico/ambiental 
das exposições aos riscos. Deve-se ressaltar que sempre que uma avaliação quantitativa 
é impossível de ser realizada, ainda há outros instrumentos que verifiquem se as medidas 
de controle estão adequadas.
A partir dos resultados do monitoramento e da avaliação para cada situação de risco 
reconhecida verifica-se o empenho das medidas de controle e a necessidade de revisão 
de todo o processo em qualquer uma de suas etapas. 
O grau de ação, para efeito de prevenção, deve ser levado em conta conforme o item 
9.3.6. A NR-9 define esse nível de ação como:
“o valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar 
a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites 
de exposição. As ações devem incluir o monitoramento periódico da exposição, a 
informação aos trabalhadores e o controle médico.” 
Fonte: NR 09- Ministério do trabalho
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UNIDADE 
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
Para cada cenário de risco reconhecido, uma periodicidade das avaliações qualitativas 
e quantitativas deve ser estabelecida. 
O que difere estes tempos são as situações de risco, o agente de risco e a necessidade de 
cumprimento da legislação em particular. Um exemplo é a realização do monitoramento 
ambiental da poeira contendo chumbo ou asbesto. No caso da primeira, não há exigência 
de uma periodicidade, já que o que a definirá serão as concentrações e o nível de 
exposição encontrados. Já no caso da poeira que contém asbesto, a exigência é de uma 
periodicidade de 6 meses. 
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
ACGIH
ACGIH (American Conference of Governmental Industrial Hygienists). 
https://goo.gl/HVnIii
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)
PORTAL EDUCAÇÃO. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA).
https://goo.gl/s2UK1x
Modelo PPRA completo
TST MARCOS PAULO. Modelo PPRA completo.
https://goo.gl/HBj4WB
 Livros
Manual prático de higiene ocupacional e PPRA
TUFFI, Messias Saliba. Manual prático de higiene ocupacional e PPRA. 7ª edição, 
dez. 2015. Editora LTr.
Higiene ocupacional: agentes biológicos, físicos e químicos
SPINELLI, Robson. Higiene ocupacional: agentes biológicos,físicos e químicos. 5. ed. 
p. 95. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2006.
 Leitura
Cad. Saúde Pública
MIRANDA, Carlos Roberto; DIAS, Carlos Roberto. PPRA/ PCMSO: auditoria, inspeção 
do trabalho e controle social. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 20(1): 224 - 232, jan. 
– fev., 2004.
https://goo.gl/j66pKb
Norma de higiene ocupacional. Procedimento técnico. Coleta de material particulado sólido 
suspenso no ar de ambientes de trabalho. NHO 08
SANTOS, Alcinéa Meigikos dos Anjos et al. Norma de higiene ocupacional. Procedimento 
técnico. Coleta de material particulado sólido suspenso no ar de ambientes de trabalho. 
NHO 08. 2007.
https://goo.gl/eemPCt
PPRA – Mitos e verdades. Como elaborar
SILVA, Ricardo Henrique de L. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia. 
PPRA – Mitos e verdades. Como elaborar.
https://goo.gl/h4X23M
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UNIDADE 
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
Referências
ACGIH (American Conference of Governmental Industrial Hygienists). Disponível em: 
<http://www.acgih.org/>. Acesso em: 24 set. 2016.
AIHA (American Industrial Hygiene Association). Disponível em: <http://www.aiha.
org>. Acesso em: 24 set. 2016.
ARAUJO, Adely Fátima Dutra Vieira et al. Identificação de fatores de riscos 
ocupacionais no processo de abate de bovinos. Disponível em: <http://www.
pppg.ufma.br/cadernosdepesquisa/uploads/files/Artigo%206(40).pdf>. Acesso em: 
24 set. 2016.
FIOCRUZ. Radiação. Disponível em: <http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/
lab_virtual/radiacao.html>. Acesso em: 24 set. 2016.
ISEGNET. Avaliação de agentes ambientais químicos e físicos. Disponível em: 
<http://www.isegnet.com.br/siteedit/site/site_antigo/arquivosartigos/AGENTES_
AMBIENTAIS.pdf>. Acesso em: 24 set. 2016.
TUFFI, Messias Saliba. Manual prático de higiene ocupacional e PPRA. 7ª edição, 
dez. 2015. Editora LTr.
SCHATZMAYR, H. G.; BORBA, C. M. Classificação de agentes de infecções humanas 
e animais quanto ao seu risco biológico. In: Encontro Nacional de Comissões 
Internas de Biossegurança, 2., 2004, Rio de Janeiro. Resumos. Brasília: MCT/ 
CTNBio/ Fiocruz, 2004. p. 43 - 48.
SPINELLI, Robson. Higiene ocupacional: agentes biológicos, físicos e químicos. 5. 
ed. p. 95. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2006.
Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho – 
FUNDACENTRO. http://www.fundacentro.gov.br/ acesso em 24-09-2016.
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). http://maisemprego.mte.gov.br/portal/
pages/trabalhador.xhtml acesso em 24-09-2016 
Método NIOSH publicação DHHS n°. 75 - 118 — Amostragem com Elutriador 
Vertical. SP sem acesso eletrônico 
OSHA Method ID-121: Metal & Metalloid Particulates In Workplace Atmospheres 
(Atomic Absorption) sem acesso eletrônico
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25
NHO 01 - Procedimento Técnico - Avaliação da Exposição Ocupacional ao 
Ruído. http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-higiene-ocupacional/
publicacao/detalhe/2012/9/nho-01-procedimento-tecnico-avaliacao-da-exposicao-
ocupacional-ao-ruido acesso em 24-09-2916
NIOSH - National Institut for Ocupational Safety and Health. http://www.niosh.gov.
lk/ acesso em 24-09-20016
Norma Regulamentadora - NR 15 e seus anexos. Portaria 3214/ 78 do ministério 
do trabalho/ SP.sem acesso eletronico
RESOLUÇÃO da ANVISA nº. 104/2002. https://webcache.googleusercontent.
com/search?q=cache:I-mxfHuHeaEJ:https://www.legisweb.com.br/legislacao/%3Fi
d%3D98530+&cd=6&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br acesso em 24-09-2016
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