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Aula 02 - PPRA

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PPRA
 
PPRA
 
1. Contextualização
Assim como o PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), o PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais também é obrigatório para todas as pessoas físicas ou jurídicas, empresas e instituições, que tenham trabalhadores contratados no regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), conforme definido e regulamentado na NR 9, ainda que o empregador possua um único empregado.
A NR 9 estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação do PPRA visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. 
Indo um pouco além, como o PPRA cria mecanismos de controle para redução ou eliminação dos agentes prejudiciais à saúde do ambiente de trabalho, ele estabelece uma metodologia de ação para a preservação da saúde e integridade dos trabalhadores perante esses riscos. Cabe destacar que os riscos não eliminados com o PPRA são controlados pelo PCMSO e, por isso, não existe PCMSO sem PPRA. Sendo assim, a empresa só pode implementar o PCMSO após ter o PPRA. Em contrapartida, os diagnósticos dos exames médicos feitos no PCMSO retroalimentam o PPRA para que novas medidas de proteção do trabalhador possam ser criadas. Logo, ambos devem trabalhar em consonância. 
Na NR 9 são estabelecidos os parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem observados na execução do Programa, os quais podem ser ampliados mediante negociação coletiva de trabalho. Também como parte integrante de um conjunto mais amplo de iniciativas voltadas para a saúde do trabalhador, o PPRA precisa estar articulado com o disposto nas demais NRs, destacando, como já foi dito, a NR 7 que trata do PCMSO. 
Para efeito desse Programa, são considerados riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador. São eles:
· Agentes físicos: diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som.
· Agentes químicos: substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.
· Agentes biológicos: bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros. 
2. A Estrutura, as Responsabilidades e o Acesso à Informação do PPRA
2.1. A Estrutura do PPRA
Quanto a sua estrutura, o PPRA deve contemplar, pelo menos, um planejamento anual, com metas, prioridades e cronograma, uma estratégia e metodologia de ação bem definidas, a forma de registro, manutenção e divulgação dos dados, e a periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do Programa.
Quando a empresa tiver CIPA, é importante que o PPRA seja apresentado a ela e discutido com ela, para que possa ser mais efetivo.  
2.2. As Responsabilidades do PPRA
Quando se trata do empregador, suas responsabilidades são estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA como atividade permanente da empresa ou instituição.
Por outro lado, as responsabilidades dos trabalhadores são:
· Colaborar e participar na implantação e execução do PPRA.
· Seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA.
· Informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu julgamento, possam implicar riscos à saúde dos trabalhadores.
Por fim, sempre que vários empregadores realizarem simultaneamente atividades no mesmo local de trabalho, eles têm o dever de executar ações integradas para aplicar as medidas previstas no PPRA visando a proteção de todos os trabalhadores expostos aos riscos ambientais gerados.
2.3. O Acesso à Informação do PPRA
Os trabalhadores interessados têm o direito de apresentar propostas e receber informações e orientações, a fim de assegurar a proteção aos riscos ambientais identificados na execução do PPRA.
Os empregadores devem informar os trabalhadores de maneira apropriada e suficiente sobre os riscos ambientais que possam originar-se nos locais de trabalho e sobre os meios disponíveis para prevenir ou limitar tais riscos e para proteger-se dos mesmos.
O conhecimento e a percepção que os trabalhadores têm do processo de trabalho e dos riscos ambientais presentes, incluindo os dados consignados no Mapa de Riscos, previsto na NR 5, que trata da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), devem ser considerados para fins de planejamento e execução do PPRA em todas as suas fases.
3. O desenvolvimento do PPRA: parte 1
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deve possuir ao menos as seguintes etapas: Antecipação e reconhecimentos dos riscos; estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle; avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores; implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia; monitoramento da exposição aos riscos; registro e divulgação dos dados.
A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação do PPRA poderão ser feitas pelo SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) ou por pessoa ou equipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto na NR 9.
3.1. Antecipação
A antecipação deve envolver a análise de projetos de novas instalações, métodos ou processos de trabalho, ou de modificação dos já existentes, visando identificar os riscos potenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação.
3.2. Reconhecimento
O reconhecimento dos riscos ambientais é um dos itens mais importantes do PPRA. Ele deve conter, sempre que seja aplicável: a identificação do risco; a determinação e localização das possíveis fontes geradoras; a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalho; a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos; a caracterização das atividades e do tipo da exposição; a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometi;mento da saúde decorrente do trabalho; os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura técnica; a descrição das medidas de controle já existentes.
3.3. Avaliação
A avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores pode ser qualitativa e/ou quantitativa. A avaliação quantitativa, deve ser realizada sempre que necessária para comprovar o controle da exposição ou a inexistência dos riscos identificados na etapa de reconhecimento, dimensionar a exposição dos trabalhadores, e subsidiar o equacionamento das medidas de controle.
4. O desenvolvimento do PPRA: parte 2
4.1. Controle
As medidas necessárias de controle devem ser adotadas de forma suficiente para eliminação, minimização ou controle dos riscos ambientais sempre que forem verificadas uma ou mais das seguintes situações: identificação, na fase de antecipação, de risco potencial à saúde; constatação, na fase de reconhecimento de risco evidente à saúde; quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos trabalhadores excederem os valores dos limites previstos na NR-15 ou, na ausência destes os valores limites de exposição ocupacional adotados pela ACGIH - American Conference of Governmental Industrial Higyenists, ou aqueles que venham a ser estabelecidos em negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnico-legais estabelecidos; quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal entre danos observados na saúde dos trabalhadores e a situaçãode trabalho a que eles ficam expostos.
O estudo, desenvolvimento e implantação das medidas de proteção coletiva devem obedecer a uma hierarquia, segundo a qual primeiro são implementadas medidas que eliminem ou reduzam a utilização ou a formação de agentes prejudiciais à saúde, seguidas de medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no ambiente de trabalho, e, por último, a implementação de medidas que reduzem os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente de trabalho. A implantação dessas medidas de caráter coletivo deve ser acompanhada de treinamento dos trabalhadores quanto aos procedimentos que asseguram sua eficiência e de informação sobre as eventuais limitações de proteção que ofereçam.
Quando comprovado pelo empregador ou instituição a inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva ou quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em fase de estudo, planejamento ou implantação, ou ainda em caráter complementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras medidas, ainda segundo uma ordem hierárquica: medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho e, em último caso, utilização de EPI (Equipamento de Proteção Individual).
O PPRA deve estabelecer critérios e mecanismos de avaliação da eficácia das medidas de proteção implantadas considerando os dados obtidos nas avaliações realizadas e no controle médico da saúde previsto na NR 7, que trata do PCMSO.
4.2. Monitoramento
O nível de ação é o valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites estabelecidos.
Assim sendo, essas ações devem incluir o monitoramento periódico da exposição, a informação aos trabalhadores e o controle médico. Para o monitoramento da exposição dos trabalhadores e das medidas de controle, deve ser realizada uma avaliação sistemática e repetitiva da exposição a um dado risco, visando à introdução ou modificação das medidas de controle, sempre que necessário.
4.3. Registro
Quanto ao registro dos dados, os mesmos devem ser mantidos pelo empregador ou instituição, por um período mínimo de 20 anos, e estruturados de forma a constituir um histórico técnico e administrativo do desenvolvimento do PPRA. O registro de dados deve estar sempre disponível aos trabalhadores interessados ou seus representantes e para as autoridades competentes.
 
 
 
Atividade extra
Assista ao vídeo disponível em https://www.youtube.com/watch?v=kJV65UZXrOs e reflita sobre a importância do PPRA
 
Referência Bibliográfica
BARSANO, P. R. & BARBOSA, R.P. Segurança do trabalho: guia prático e didático. 2. ed. São Paulo: Érica, 2018.
Norma Regulamentadora 7 (NR 7) sobre Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. 2020. Disponível em: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-07-atualizada-2020.pdf. Acesso em: 19 jul. 2020.
Norma Regulamentadora 9 (NR 9) sobre Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. 2019. Disponível em: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-09-atualizada-2019.pdf. Acesso em: 19 jul. 2020.
Norma Regulamentadora 15 (NR 15) sobre Atividades e Operações Insalubres. 2019. Disponível em: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-atualizada-2019.pdf. Acesso em: 19 jul. 2020.
OLIVEIRA, U. R. Legislação de segurança do trabalho: textos selecionados. São Paulo: Saraiva. 2017.
01
Marque a opção que deve existir no reconhecimento dos riscos ambientais:
1. A determinação e localização das possíveis fontes geradoras.
2. A implantação de medidas de controle dos riscos.
3. A avaliação da eficácia das medidas de controle de riscos implementadas.
4. O monitoramento da exposição aos riscos.
5. A divulgação do PPRA.
02
A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para:
1. Usar os equipamentos disponíveis.
2. Verificar se os equipamentos estão medindo corretamente os riscos.
3. Comprovar o controle da exposição ou a inexistência dos riscos identificados na etapa de reconhecimento.
4. Comprovar que os riscos identificados podem ser eliminados.
5. Identificar como o risco existente deve ser tratado.
03
A utilização de EPI no âmbito do PPRA deve considerar as Normas Legais e Administrativas em vigor e envolver algumas ações. Marque a opção que NÃO se aplica.
1. Seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador está exposto e à atividade exercida.
2. Avaliação do custo do EPIs para compra daquele que atender melhor ao orçamento previsto para o período.
3. Treinamento dos trabalhadores quanto à sua correta utilização e orientação sobre as limitações de proteção que o EPI oferece.
4. Estabelecimento de normas ou procedimento para promover o fornecimento, o uso, a guarda, a higienização, a conservação, a manutenção e a reposição do EPI, visando garantir as condições de proteção originalmente estabelecidas.
5. Caracterização das funções ou atividades dos trabalhadores, com a respectiva identificação dos EPI’s utilizados para os riscos ambientais.
04
Com relação ao PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, é correto afirmar que:
1. Ao contrário do PCMSO, o PPRA é obrigatório para todas as empresas.
2. É formado por alguns procedimentos médicos.
3. Parte dele é regida pela NR 7, que trata do PCMSO.
4. Deve ser implementado antes da implementação do PCMSO.
5. Só pode ser implementado após a implementação do PCMSO.
05
Para efeito do PPRA, são considerados riscos ambientais:
1. Todos os agentes físicos, químicos e biológicos existentes.
2. Todos os agentes físicos, químicos e biológicos que podem fazer mal ao ser humano.
3. Apenas os agentes físicos, químicos e biológicos que fazem mal ao ser humano quando em contato com ele.
4. Apenas os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
5. Todos os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho.
06
O desenvolvimento do PPRA deve contemplar, dentre outras, a seguinte etapa:
1. Antecipação e reconhecimentos dos riscos.
2. Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle da produtividade.
3. Avaliação dos riscos financeiros.
4. Implantação de medidas de controle da produção.
5. Monitoramento da performance.

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