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BENS
GOIÂNIA 2014
SÚMARIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................................04
1. ANTECEDENTES HISTÓRICOS.............................................................................05
1.1. As Coisas In Patrimônio.........................................................................................05
1.1.1. Res Mancipi e Res Nec Mancipi.......................................................................05
1.1.2. Coisas Corpóreas e Coisas Incorpóreas............................................................06
1.1.3. Móveis e Imóveis..............................................................................................06
1.2. Coisas Extra Patrimonium.................................................................................................07
1.2.1. Res Humani Iuris..............................................................................................07
1.2.2. Res Divini Iures................................................................................................07
1.3 Divisões Modernas de Bens................................................................................................08
1.4 Patrimônio...........................................................................................................................09
2. CONCEITOS DE PATRIMÔNIO, OBJETO DE DIREITO (COISAS E BENS).......................................................................................................................................10
3. DIFERENTES CLASSES DE BENS................................................................................11
3.1. Considerados em si mesmo................................................................................................11
3.1.1. Bens corpóreos e incorpóreos................................................................................11
3.1.2. Móveis e imóveis...................................................................................................12
3.1.3. Fungivéis e infugivéis............................................................................................12
3.1.4. Consumíveis e incosumíveis.................................................................................14
3.1.5. Divisíveis e indivisíveis.........................................................................................14
3.1.6. Singulares e coletivos............................................................................................15
3.2. Rec iprocamente Considerados..........................................................................................15
3.2.1. Principais acessórios..............................................................................................15
3.3. Públicos e privados............................................................................................................16
4.CONLUSÃO.........................................................................................................................185.REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA...................................................................................19
INTRODUÇÃO
O presente trabalho trata do tema BENS E COISAS, portanto, aqui se faz esboçando características e informações sabre os antecedentes históricos, o conceito de bens, patrimônio, objeto de Direito (coisas e bens) e as diferentes classes de bens. 
Bens podem ser considerados como coisas materiais ou imateriais que tem valor econômico que podem servir de objeto em a uma relação jurídica, ou seja, é tudo aquilo que possui utilidade econômica ao ser humano e que constitui o seu patrimônio. As diferentes classes de bens estão dividias em: bens móveis e imóveis; bens fungíveis e infungíveis; bens consumíveis e não consumíveis; bens divisíveis e indivisíveis; bens singulares e coletivos, princípios e acessórios; públicos e privados.
Analisando o contexto histórico, podemos perceber que desde o Direito Romano, os bens são objeto de estudo, ainda que não houvesse a divisão como a que conhecemos atualmente. Os bens, para os Romanos, que não eram dados a abstração, estavam divididos apenas em In Patrimonio, que abrangia as coisas res mancipi e nec mancipi; corpóreas e incorpóreas; móveis e imóveis e; Extra Patrimonium , que abrangia as coisas res humani iuris e res divini iuris.
 Na idade Média, aconteceu o surgimento dos termos “coisas fungível’’ e “infungível”, “consumível’’ e “inconsumível, ’’ “principal’’ e “acessória”. Portanto, esse é um estudo que se tornou passível de mais divisões e subdivisões no decorrer do tempo. Os bens ou coisas são essenciais e oferecem uma utilidade ao homem sejam de natureza material ou imaterial. 
O trabalho está dividido em três partes. Em um primeiro momento abordaremos os antecedentes históricos dos bens no Direito Romano. No segundo capítulo, trataremos de importantes definições: bens, patrimônio e objeto de direito. O terceiro capítulo terá como foco as diferentes classes de bens. 
1. ANTECEDENTES HISTÓRICOS
Bens ou coisas (res) são segundo Sílvio de Salvo Venosa (2005, p.319) “todos os objetos suscetíveis de conceder uma utilidade qualquer ao homem”. No latim, a palavra res possui um sentido tão amplo, assim como acontece com a palavra coisa em nossa língua. 
O termo res no Direito Romano possui um sentido muito mais amplo do que no nosso, já que o mesmo é usado para designar, também, as coisas imateriais. Os romanos, por outro lado, nunca chegaram a rotular como res certas entidades imateriais, como serviços; prestações pessoais; obras do espírito humano (UBM, online). 
 Os romanos não possuíam preocupação com a divisão de bens, uma vez que não eram dados a abstração. De acordo com as Institutas de Justiniano, a divisão fundamental dos bens eram as categorias in patrimonio e das coisas extra patrimonium. 
Além dessas classificações fundamentais, existem outras no texto que são de importância para vários patrimônios jurídicos, como res corporales e res incorporales, res mancipi e res nec mancipi. Dessas distinções, nem todas são romanas, uma vez que são de origem filosófica ou são dos comentadores do Direito Romano histórico. 
1.1. As Coisas In Patrimonio
Segundo Venosa (2005, p.320) as coisas patrimoniais são “bens que entram para o patrimônio dos indivíduos, são as coisas suscetíveis de propriedade privada”. As coisas in patrimonio no Direito Romano, era o que integrava o patrimonio de um particular.A divisão das coisas in patrimonio se dá em: res mancipi e nec mancipi; em coisas corpóreas e incopóreas; em móveis e imóveis.
1.1.1. Res Mancipi e Res Nec Mancipi
O termo res mancipi era usado para designar as coisas mais úteis, mais valiosas para os romanos primitivos, que era um povo essencialmente agrícola, de forma que eram considerados como coisas res mancipi: os fundos itálicos, ou seja, o solo e seus móveis situados sobre estes e localizados em Roma e na península itálica; os escravos e; os animais de carga ou de trabalho.
Já o termo nec mancipi era utilizado para as coisas de menos importância como: móveis, metais preciosos, dinheiro. O critério de distinção entre as coisas res mancipi e nec mancipi era de ordem econômica e com o desenvolvimento comercial romano, esse distinção acaba por perder importância, até que foi suprimida pela codificação de Justiniano.
Venosa (2005, p.320) afirma que: 
“havia, no entanto, importância para a distinção. A transferência da propriedade das res mancipi era realizada por meio de atos formais de emancipação, enquanto as nec mancipi se transferiam por simples tradição.”
1.1.2. Coisas Corpóreas e Coisas Incorpóreas
A res corporales, ou coisas corpóres, é aquilo que pode ser percebido materialmente pelos sentidos, que pode ser tocado (quae tangi potest). Por compreenderem tudo que é material, com exceção do homem natural, não é possível enumerar todas as coias corpóreas. Em Roma, o direito depropriedade, por ter caráter absoluto e que se confudia com a própria coisa do objeto da propriedade, o mesmo era considerado coisa corpórea.
As coisas incorpóreas são as que os sentidos não são capazes de perceber, são as coisas que constituem um direito (quae in iura consistunt). São assim classificados os direitos suscetíveis de estimação que têm valor pecuniário no patrimônio; o direito de crédito; direito à herança; o usufruto, as servidões reais, entre outros.
Uma vez que os romanos primitivos conheciam apenas as coisas corpóreas, os mesmos desconheciam essa divisão. Em uma fase mais recente do Direito Romano essa distinção é abrandada. Essa distinção entre coisas corpóreas e incorpóreas é interessante do ponto de vista da posse, uma vez que apenas as coisas corpóreas podiam ser objeto de posse, que é o poder físico exercido sobre a coisa.
1.1.3. Móveis e Imóveis
As coisas móveis são aquelas que podem ser deslocadas sem que haja perda ou deterioração de sua substância no processo, como: os escravos e animais. As coisas imóveis são o solo e tudo que ele agrega, ou seja, são as coisas que não podem ser deslocadas.
Embora, modernamente, essa distinção seja importante, Roma nunca a adotou. Res mobiles e res immobiles, são expressões de origem pós-clássica. Na Roma primitiva essa distinção também não possuia importância. Mas, como a distinção entre res mancipi e nec mancipi perdeu a importância, essa, por sua vez, ganhou.
1.2. Coisas Extra Patrimonium
Coisas fora do patrimônio são aquelas que não se encontram no patrimônio de ninguém e nem podem ser objeto de apropriação privada. No Direito Romano as coisas extra patrimonium eram consideradas sagradas ou pertencentes ao Estado e por isso não podiam ser objeto de relação patrimonial. 
Existem duas classes de coisas extra patrimonium: res humani iuris, que está relacionada com as coisas de direitos humanos e; res divini iuris, que está relacionada com as coisas do direito divino. Essa distinção pode ser considerada a mais importante no direito antigo e também a mais antiga, se levarmos em consideração a importância da religião na Roma antiga. 
1.2.1. Res Humani Iuris
A res humani iuris está representada pelas res communes e as res publicae. As coisas res communes são as de uso comum a todos, como sol, água, rios, ar,etc. São as coias que não podem, devido a sua natureza, se torna objeto de posse dos indivíduos. As coisas res publicae eram aquelas que pertencia ao povo romano, mas eram de uso comum a todos, como as praças, calçadas, estradas e portos.
1.2.2. Res Divini Iures
A res divini iuris era dividida em três espécies: as res sacre, as res religiosae e as res sanctae. As coisas res sacre, eram aquelas que estavam consagradas aos deuses superiores, como os templo, as estatuas dos deuses. As coisas res religiosae eram os lugares que estavam destinados aos mortos. E as coisas res sanctae eram aquelas que possuíam caráter religioso, eram colocadas sob a proteção dos deuses, mas não eram dedicadas aos deuses, como os portões da cidade. Qualquer ofensa contra as coisas res sanctae eram severamente punidas. 
1.3. Divisões Modernas de Bens
A denominação coisa fungível e infungível surgiu na Idade Média, sendo considerada uma denominação moderna. Coisas fungíveis são as coisas móveis que podem ser substituídas por outras da mesma espécie, qualidade ou quantidade. São as coisas que se pensam, medem ou se contam e que são conhecidas pelo gênero e não pela individualidade. 
As coisas infungíveis são aquelas que não podem ser substituídas por outras da mesma espécie, qualidade ou quantidade. São as que levam em consideração a sua própria individualidade, como um escravo que possui determinada habilidade.
Coisas consumíveis são as que, em seu uso normal, como os alimentos, se exaurem imediatamente. São os bens que terminam logo no primeiro uso, havendo imediata destruição de sua substância. As coisas inconsumíveis são aquelas cujo consumo não é imediato, como um livro. São os bens que podem ser usados continuadamente, possibilitando que se retirem todas utilidades sem atingir a sua integridade.
Coisas simples são aquelas que formam um todo orgânico, como os animas e as coisas compostas são aquelas que são formadas por um todo composto, como os navios. Coisas coletivas são aquelas que formam um todo harmônico, constituído de várias coisas simples, como um rebanho.
Coisas divisíveis são aquelas que podem ser fracionadas e que cada parte mantém as mesmas propriedades do todo. Coisas indivisíveis são aquelas não fracionadas, pois, ao serem divididas perdem as propriedades do todo e deixam de ser o que são. 
As coisas podem ser principais, é a coisa à qual outra está ligada e em estado de dependência, e; acessórias, segue o caminho do principal: se o principal desaparecer, o mesmo acontecerá com o acessório. 
O que a coisa frutífera produz periódica e organicamente e quando destacado dela não produz danos, é denominado fruto. Os frutos estão divididos em: pendentes, quando ainda estão aderidos a coisa que o produziu; percebidos, quando já foram colhidos; percipiendos, são aqueles que não foram colhidos quando devia; estantes, quando são colhidos e armazenados e; consumidos, são aqueles que não mais existem por terem sido consumidos. Os frutos civis são denominados de rendimentos, como os juros e aluguéis. Os produtos são aqueles que, ao serem destacados da coisa, exaurem-na aos poucos, diminuindo a substancia da coisa. 
1.4. Patrimônio
No Direito Moderno, assim como no Direito Romano, existem duas distinções de categorias de direitos: direitos reais e direitos obrigacionais. O direito real trata do poder do homem sobre as coisas apropriáveis. É o direito de propriedade o mais amplo direito real. Hoje, assim como em Roma, o direito real possui uma posição de superioridade, dado o seu caráter de perenidade. 
O direito obrigacional constitui uma relação de pessoa a pessoa. É uma ''relação transitória entre um credor e um devedor que tem por objeto prestação devida por este aquele, podendo ser de dar, de fazer e não fazer alguma coisa'' (VENOSA, 2005, p.325). 
Os direitos do patrimônio são formados pelo conjunto de direito reais e direitos obrigacionais. O patrimônio é definido, segundo Venosa (2005, p.325), como ''conjunto de direitos reais e obrigacionais, ativos e passivos, pertencentes a uma pessoa''. O patrimônio engloba somente os direitos pecuniários. No Direito Romano, para possui patrimônio, era necessário que a pessoa fosse um pater famílias. 
2. CONCEITOS DE PATRIMÔNIO, OBJETO DE DIREITO (COISAS E BENS)
 A palavra bem deriva de bonum (felicidade, bem estar). O bem é tido como tudo que pode proporcionar utilidade, de ordem econômica ao ser humano e constitui o seu patrimônio. É susceptível de apropriação. Os bens, ensina Agostinho Alvim, são as coisas materiais ou imateriais que têm valor econômico e que podem servir de objeto a uma relação jurídica. 
 Percebe-se que nem todas as coisas interessam ao direito, pois o homem só se apropria de bens úteis à satisfação de suas necessidades. De maneira que se o que ele procura for uma coisa inesgotável ou extremamente abundante, destinada ao uso da comunidade, como a luz solar, o ar atmosférico, a água do mar, etc., não há motivo para que esse tipo de bem seja regulado por norma de direito, porque não há nenhum interesse econômico em controlá-lo. Logo, só serão incorporadas ao patrimônio da pessoa física ou jurídica as coisas úteis e raras que despertam disputas entre as pessoas, dando, essa apropriação, origem a um vínculo jurídico que é o domínio.
Portanto, os bens são coisas, porém nem todas as coisas são bens. As coisas são o gênero do qual os bens são espécies. As coisas abrangem tudo quanto existe na natureza, exceto a pessoa, mas como “bens” só se consideram as coisas existentes que proporcionam ao homem uma utilidade, sendo suscetíveis de apropriação, constituindo, então, o seu patrimônio. Compreendem não só os bens corpóreos comoos incorpóreos, como as criações intelectuais ( propriedade literária, científica e artística ), sendo que os fatos humanos ou “ prestações ” de dar, fazer, e não fazer também são considerados pelo direito como suscetíveis de constituir objeto da relação jurídica. Convém esclarecer, contudo,, que não é , nesse caso, o homem o objeto de direito, mas a prestação como um resultado da atividade humana. 
 Assim, o patrimônio é o complexo de relações jurídicas (reais ou obrigacionais) de uma pessoa, apreciáveis economicamente. O objeto do Direito, segundo Venosa pode ser a existência da pessoa, os atributos da sua personalidade, como a liberdade, a honra, a manifestação do pensamento. Por serem imateriais, tais atributos permitem o recebimento de uma indenização quando violadas.
Além disso, o objeto de Direito pode relacionar-se a um direito obrigacional, isto é, uma atividade da pessoa, uma prestação, um fazer ou deixar de fazer algo. Podendo incidir também sobre coisas corpóreas (imóvel) e incorpóreas (produtos do intelecto). 
3. DIFERENTES CLASSES DE BENS
3.1. Considerados em si mesmo
3.1.1. Bens corpóreos e incorpóreos
A noção de bem corpóreo e incorpóreo vem do direito romano. A nossa Lei não contempla dispositivo específico a respeito de tais bens por considerar tal distinção de pouca importância prática. Contudo, essa classificação não deixa de ter importância uma vez que os bens corpóreos se transmitem por compra e venda, doação, são objeto de permuta (troca) enquanto que os bens incorpóreos se transmitem por cessão.
De acordo com Fábio Ulhoa Coelho (2012, p.283):
"Essa classificação é exclusivamente doutrinária, e não foi reproduzida específicamente na lei. Os Bens Corpóreos (Ou materiais) são dotados de existência física, enquanto os incorpóreos (Ou imateriais) são meramentes conceituais. Em outros termos, aqueles se referem a objeto providos de materialidade, de corpo, que ocupa espaço, ao passo que esse se refere a objetos ideais. Os direitos patrimoniais são os bens incorpóreos, como os do autor sobre a obra de arte, literária ou científica, os do credor em relação ao crédito, os reais quanto á coisa, e assim por diante. Um bem pode ser imóvel e incorpóreo, como são os direitos reais sobre bens imóveis. A relevância jurídica da distinção diz respeito, por exemplo, á natureza dos negócios de disposição de bens. Os corpóreos alienam-se por contrato de compra e venda e os incorpóreos, pór cessão". 
Como o próprio nome já infere, bens corpóreos são aqueles que tem existência material, perceptível pelos nossos sentidos, como os bens móveis (livros, jóia etc.) e imóveis (terrenos etc) em geral. Bens incorpóreos, que são aqueles abstratos, de visualização ideal (não tangível). Tendo existência apenas jurídica, por força da atuação do direito, encontram-se, por exemplo, os direitos sobre o produto do intelecto, com o valor econômico. 
3.1.2. Móveis e imóveis
Entende-se por bens móveis aqueles que podem ser transportados por movimento próprio ou removidos por força alheia, sem perda ou diminuição de sua substância ou da destinação econômico-social. Sua aquisição dá-se pela simples tradição, bem como pela ocupação, caça, pesca e invenção. Sendo dados em penhor. 
Segundo Coelho ( p.281):
 "A tecnologia civilista brasileira, tradicionalmente, conceitua como imóveis os bens que não podem ser transportados de um lugar para o outro sem comprometimento de sua integridade, e móveis os que se podem transportar íntegros (Por todos, Beviláquo, 1934:261). esse conceito encontra-se reproduzido na lei, que considera imóveis ‘o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente’ (CC,art. 79) e móveis ‘os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social’ (CC, art. 82). São bens imóveis, assim, o lote de terreno, a árvore plantada e seus frutos pendentes, as edificações; e móveis os animais (semoventes), os veículos automotores, os livros, os eletrodomésticos etc.”
São aqueles que não podem ser transportados de um lugar para o outro sem alteração de sua substância (um lote urbano, v.g,). Bens móveis por sua vez, são os passíveis de deslocamento, sem quebra ou fratura (um computador, v.g). Os bens suscetíveis de movimento próprio são enquadráveis na noção de móveis, são chamados de semoventes (um animal de tração, v.g ). 
3.1.3. Fungivéis e infugivéis
A fungibilidade ou infungibilidade é conceito próprio das coisas móveis. Os imóveis são sempre infungíveis. Fungíveis são os bens móveis que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade: cereais, peças de máquinas, gado, entre outros. É qualidade objetiva da própria coisa. Não é dada pelas partes, que não podem seguir sua vontade para alterar a natureza dos objetos. Os bens infungíveis são os insubstituíveis por outros do mesmo gênero, quantidade e qualidade, como uma obra de arte, por exemplo.
Fábio Coelho (p.284) afirma que:
 "Fungíveis (quer dizer, substituíveis) são os bens que se podem substituir por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade: infungíveis, os demais (CC, art. 85). Os cereais vendidos a granel são fungíveis; a tela pintada por famoso pintor, infungível. Essa classificação é restrita aos bens móveis, visto que os imóveis são sempre infungíveis. A fungibilidade, em ocasiões específicas, depende das circunstâncias que envolvem o bem. Morangos, por exemplo, como os demais produtos agrícolas, são normalmente fungíveis. O grande comerciante dessas frutas, que deposita no armazém geral os morangos que acabou de adquirir, quando for retirá-los, receberá outros da mesma espécie, qualidade e quantidade, e não necessáriamente os mesmos que depositará. Pense, no entanto, numa caixa de morangos premiados na mais importante exposição da região. Se o proprietário a empresta ao dono de restaurante, para ser exibida por um dia, tem direito de receber de volta exatamente os mesmos morangos. O automóvel é, em princípio, um bem infungível. Quando o dono o deixa aos cuidados de um estacionamento, deve receber ao término da estada o veículo de sua propriedade. Poderá ser, no entanto, considerado fungível nas relações comerciais entre o fabricante, no exterior, e o importador brasileiro. Tendo negociado a importação de vinte unidades novas de determinado ano e modelo, podem ser enviados ao Brasil quaisquer veículos dessa espécie e qualidade. Mesmo o dinheiro, bem fungível por excelência (ninguém se preocupa com a numeração das cédulas que percebe ou dá, mas apenas com seu valor e quantidade)pode, em situações especialíssimas, ser infungível. É o caso, por exemplo, das moedas comemorativas, de emissão limitada, que, mesmo ainda ostentando o poder liberatório, é objeto de disputa dos colecionadores e se tornam, para estes, bens infungíveis." 
Fungíveis são aqueles que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. É uma classificação típica dos bens móveis. Exemplo: café, soja, minério de carvão. O dinheiro é um bem fungível por excelência. Bens infungíveis, por sua vez, são aqueles de natureza insubstituível (ex: uma obra de arte)
3.1.4. Consumíveis e incosumíveis
O Art. 86 do CC prescreve sobre os bens consumíveis e inconsumíveis. Nos entenderes doutrinários, peguemos César Fiúza, de acordo com o autor bens consumíveis “são bens móveis cuja utilização acarreta destruição da sua substância” (2012, p.186). Exemplos: alimentos, cosméticos etc.
Segundo Fiúza estes bens podem ser divididos: em consumíveis por natureza e por força da lei. Vejamos: 
Por natureza: é da essência do bem que a sua utilização acarreta destruição da própria substância. Ex: alimento
Por força de lei: os bens móveis destinados a alienação. Ex: roupa que está na loja é consumível, no momento em que é comprada passa a ser inconsumível. De acordo com Gustavo Gusmão (CESARKALLAS, online) bens inconsumíveis: 
"são aqueles que permitem sua utilização de forma continuada, sem, com isso, sofrer qualquer alteraçãorelevante em sua substância. Por ex., os aviões ou os computadores são bens inconsumíveis, pois não perdem suas qualidades com seu uso imediato".
3.1.5. Divisíveis e indivisíveis
De acordo com o disposto no artigo 87 do Novo Código Civil, “bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam”. 
Quanto aos bens divisíveis, Maria Helena Diniz (2012, p.378) menciona duas espécies de divisibilidade: a) a material ou física; b) intelectual. Segundo ela:
“Ter-se-á a divisibilidade material ou física quando a coisa puder ser dividida objetiva e concretamente, com a divisão de uma área de terra em lotes. A divisibilidade intelectual dar-se-á quando o bem, embora não possa ser dividido na realidade, poderá sê-lo em partes ideais, como ocorre, ex., com uma casa em que cada um dos três condôminos terá a parte ideal dela, ou seja, um terço.”
Já os indivisíveis são aqueles em que não se verifica a possibilidade de fracionamento ou divisão. A indivisibilidade pode resultar: 
Da própria natureza do bem em questão: por exemplo, um animal.
De determinação legal, imposição da lei: por exemplo, o módulo rural e a servidão. É no campo dos bens incorpóreos que mais se associa a indivisibilidade por determinação legal. Caio Mário da Silva Pereira (DIREITONET, online) cita que: 
“a hipoteca, como direito real sobre coisa alheia, é um bem incorpóreo a que se atribui a condição legal da indivisibilidade [...] as servidões prediais são igualmente mantidas como bens indivisíveis”.
3.1.6. Singulares e coletivos
Maria Helena Diniz afirma que (2012, p.381): “são bens singulares coisas consideradas em sua individualidade”. O Código Civil de 1916 classificava as coisas singulares em simples e compostas. Simples seriam as que formam um todo homogêneo, cujas partes componentes estariam unidas em virtude da própria natureza ou ação humana, sem reclamar quaisquer regulamentações especiais por norma jurídica. Poderiam ser materiais (pedra, caneta-tinteiro, folha de papel, cavalo) ou imateriais (crédito).
O artigo art. 90 do Novo Código Civil prescreve que bens coletivos são várias coisas encaradas como um todo, vários bens singulares que se juntam por algum ângulo. Ex: Uma biblioteca. Segundo Silvio Rodrigues (2013, p.132) “serão coletivas, ou universais quando se encaram agregadas num todo.” 
Para Maria Helena Diniz: 
“coisas coletivas ou universais são as constituídas por várias coisas singulares, consideradas em conjunto, formando um todo único, que passa a ter individualidade própria, distinta da dos seus objetos componentes, que conservam sua autonomia funcional.”
3.2. Reciprocamente Considerados
3.2.1. Principais acessórios
Principal é o bem que tem existência própria, que existe por si mesmo, abstrata ou concretamente; como a vida ou um terreno, não depende de nenhum outro para existir.
Acessório é o bem cuja existência depende do principal. Os bens acessórios não existem por si mesmos. Uma casa por exemplo, é acessória do solo, que é principal em relação a ela. Esta não existe sem aquele. Os bens serão acessórios ou principais, uns considerados em relação aos outros. 
V.G . Uma casa é acessória em relação ao solo, que é principal em relação a ela. Mas será principal em relação a suas portas e janelas, que serão acessórios dela.
Os bens acessórios podem ser imobiliários ou mobiliários. São bens acessórios imobiliários, por serem acessórios do solo:
Os produtos orgânicos ou inorgânicos da superfície;
Os minerais contidos no subsolo;
As obras de aderência permanente, feitas acima ou abaixo da superfície.
São bens acessórios mobiliários a portinhola de um cofre, a capa de um livro, o pavio de uma vela, os faróis de um carro etc.
Nos arts.93 e 94 do Código Civil trata-se das pertenças que, para ele, são os bens que não constituem partes integrantes de outros bens, mas que se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao embelezamento destes. As pertenças não são bens acessórios, não tendo que seguir necessariamente o principal. Cumpre não confundir bens acessórios com pertenças.
V.G. O toca-fitas de um carro. Existe mesmo fora do carro, não dependendo dele sua existência,quando realizar a venda de um carro com toca-fitas, e nada se convencionar em sentido contrario, a regra é que o toca-fitas não segue o bem principal, o mesmo se diga dos tapetes, de eventual capa dos assentos etc. Não é portanto, um bem acessório, mas uma pertença. 
3.3. Públicos e privados
Os bens particulares são os de propriedade de pessoas jurídicas de direito privado ou pessoas físicas. Os bens públicos são de domínio nacional pertencentes à União, aos Estados, aos Territórios ou aos Municípios e às outras pessoas jurídicas de direito público interno. E serão federais, estaduais ou municipais, conforme a pessoa jurídica de direito público interno a que pertencerem.
Dividem-se os bens públicos em três tipos: 
Os de uso comum do povo, tais como praças, ruas, estradas, rios, mares;
Os de uso especial, como os edifícios ou terrenos destinados a serviço público ou estabelecimento da administração pública;
Os dominicais, que não possuem ainda especificada qualquer destinação (CC art.99)
Os bens de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis. A pessoa jurídica de direito público só pode alienar os bens dominicais de seu patrimônio. Se quiser vender uma praça, por exemplo, a Prefeitura deve, antes, desafetá-la, isto é, transferi-la da categoria dos bens de uso comum do povo para a dos dominicais. A desafetação, nesse caso, é feita mediante lei municipal. Sendo já dominical o bem público, ou uma vez aprovada a sua desafetação, ele só poderá ser alienado mediante licitação. Os direitos da pessoa jurídica de direito público sobre os seus bens são imprescritíveis. Ninguém pode adquiri-los, portanto, por usucapião (CF, art. 191, parágrafo único; CC art. 102)
4. CONCLUSÃO
No estudo da parte geral do Código Civil já somos capazes de entender que os sujeitos do direito, são as pessoas, tanto as físicas quanto as jurídicas. São sujeitos de direito, pois tem perante a lei direitos assim como obrigações. Também já é cristalino o entendimento que os fatos jurídicos são os originadores das relações jurídicas, pois da sua definição temos que são todos os acontecimentos naturais ou humanos capazes de criar, modificar ou extinguir direitos ou obrigações para as partes envolvidas no negócio jurídico. O bem jurídico é justamente o objeto dessas relações ou negócios jurídicos, é ele que é alvo do interesse das partes, pois despertam o interesse humano pelo seu domínio. Sendo os bens fruto de disputa, é tarefa do direito regulamentar as relações entre as pessoas (naturais ou jurídicas) para normatizar a forma para a apropriação, bem como para a tutela jurisdicional desses bens. 
É certo que todo e qualquer objeto que possua valor econômico pode figurar como objeto de direito, entretanto, o fator primordial para sua caracterização como centro de uma relação jurídica é o interesse que ele desperta nos sujeitos. É importante também dizer que também há bens jurídicos que não possuem valor econômico, apesar de figurarem como objetos de interesses protegidos pelo direito, como exemplo poderíamos citar alguns direitos da personalidade como a vida, a honra, integridade física e psíquica, etc., bens estes que, dada sua grande importância para o homem, são resguardados pelo direito.
Conclui-se que, bens e coisas são considerados como fundamentais ao homem, não podendo ser desvinculados do estudo do Direito. Portanto, sejam eles classificados como materiais ou imateriais são tidos como objeto de Direito em nosso ordenamento jurídico, segundo o art.79 do CPC.
5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Livros 
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. São Paulo: Saraiva, 2012.
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. 29ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
FIUZA, César. DireitoCivil: curso completo. 15 ed. 2. Tir., revista, atualizada e ampliada. Belo Horizonte: Del Rey, 2012. 
GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de Direito Civil. 15ªed. São Paulo: Saraiva, 2013.
RODRIGUES, Silvio. Direito Civil – Parte Geral. 33ªed. São Paulo: Saraiva, 2013. 
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: parte geral. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2005. Coleção Direito Civil; v.1.
Sites
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<http://rafaeldemenezes.adv.br/aulas/direitos-reais/7> Acesso em: 18 de março de 2014.
<http://xadai2.blogspot.com.br/2009/10/dos-bens-fungiveis-e-consumiveis.html> Acesso em: 18 de março de 2014.
<http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/2631/Bens> Acesso em 19 de março de 2014. 
<http://www.cesarkallas.net/arquivos/livros/direito/00368%20%20Os%20Bens%20e%20Sua%20Classifica%E7%E3o.pdf> Acesso em: 19 de março de 2014.

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