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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE XXXX
Processo nº 
MATHEUS, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, em denúncia oferecida pelo Ministério Público, por seu advogado regularmente constituído, conforme procuração em anexo, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, no prazo legal, apresentar:
RESPOSTA A ACUSAÇÃO 
Com fundamento no artigo 396 e 396 A, do Código de Processo Penal, pela razões de fatos de direito a seguir expostos: 
I - DOS FATOS
O acusado foi denunciado pelo Ministério Público como incurso nos crimes previstos nos artigos 213 concomitante com o arigo 224, alínea A, do Código Penal, por crime praticado contra MAÍSA, de 19 anos de idade. 
Na inicial acusatória a conduta atribuída pelo acusado foi narrada da seguinte forma: No mês de agosto de 2016, em dia não determinado, Mateus dirigiu-se à residência de Maísa, ora vítima, para assistir, pela televisão, a um jogo de futebol. Naquela ocasião, aproveitando-se do fato de estar a sós com Maísa, o denunciado constrangeu-a a manter com ele conjunção carnal, fato que ocasionou a gravidez da vítima, atestada em laudo de exame de corpo de delito. Certo é que, embora não se tenha valido de violência real ou de grave ameaça para constranger a vítima a com ele manter conjunção carnal, o denunciando aproveitou-se do fato de Maísa ser incapaz de oferecer resistência aos seus propósitos libidinosos assim como de dar validamente o seu consentimento, visto que é deficiente mental, incapaz de reger a si mesma.
Em discordância com o que foi narrado pelo Ministério Público, ressalta-se que a vítima não era deficiente mental, porque não há nenhuma prova de debilidade mental, pois a mesma exercia seus atos e agia sempre como uma pessoa normal, além disso, o acusado e a vítima já mantinham um relacionamento amoroso há bastante tempo.
Ademais, a mãe do acusado Alda e sua avó materna Olinda, testemunham de que o acusado e a vítima mantinham todas essas relações de forma consentida.
A vítima não deu ensejo a Ação Penal, tendo o promotor, agindo por conta própria e a mesma poderá comparecer em juízo para testemunhar em favor do acusado. 
II – DOS FUNDAMENTOS 
É notório que o acusado teve uma falsa percepção da realidade, uma vez que não tinha consciência e vontade de praticar todos os elementos do tipo Penal, entretanto, há nulidade por falta de justa causa ante a ausência de meios de provas, com fundamento no artigo 564, III, b, do Código de Processo Penal.
Há atipicidade por ausência de dolo, pois o acusado agiu em erro de tipo, nos termos do artigo 20 do Código Penal.
III – DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer a anulação do processo com base no artigo 564 IV do Código de Processo Penal.
Subsidiariamente se não for o caso de entendimento deste juízo, requer que seja absolvido sumariamente o acusado nos termos do artigo 397, III, do Código de Processo Penal.
Se não for o caso, que seja intimada as testemunhas ao final arroladas para que sejam ouvidas na audiência de instrução e julgamento. 
Requer a juntada de documentos com o presente pedido. 
Local e Data.
Advogado – OAB
Rol de Testemunhas:
1) Alda;
2) Olinda;

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