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Material de Apoio Direito Administrativo Alexandre Mazza Aula 03

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1 
 
DELEGADO FEDERAL E ESTADUAL – MÓDULO II 
Disciplina: Direito Administrativo 
Prof.: Alexandre Mazza 
Aula: 03 
Monitor: Munir 
 
 
 
MATERIAL DE APOIO - MONITORIA 
 
 
Índice 
 
I. Anotações da aula 
 
 
I. ANOTAÇÕES DA AULA 
 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
(Delegado LFG 2o Semestre/2017) 
 
Prof. Alexandre Mazza 
 
Bibliografia: Capítulo 4 do Manual de Direito Administrativo, 7a Edição, 2017, Alexandre Mazza, 
Editora Saraiva 
 
1. Conceito de Ato Administrativo 
 
Não existe conceito legal. A melhor doutrina (Bandeira de Mello) fala em 2 conceitos, sentido 
amplo e sentido estrito: 
 
a) Ato administrativo em SENTIDO AMPLO (não é usado): declaração do Estado, ou de quem lhe 
faça as vezes, com caráter bilateral ou unilateral, abstrata ou concreta, no exercício de 
prerrogativas públicas, manifestada mediante providências jurídicas complementares da lei a 
título de lhe dar cumprimento, e sujeitas a controle de legitimidade por órgão jurisdicional 
 
Inclui contratos (bilaterais) e decretos / regulamentos (abstratos) administrativos. 
 
b) Ato administrativo em SENTIDO ESTRITO (mais usado pela doutrina): declaração unilateral do 
Estado, no exercício de prerrogativas públicas, manifestada mediante comandos concretos 
complementares da lei, expedidos a título de lhe dar cumprimento e sujeitos a controle de 
legitimidade por órgão jurisdicional. 
 
Exclui contratos (bilaterais) e decretos (abstratos ou normativos) 
 
É manifestação concreta do Estado, ou de quem lhe faça as vezes, no exercício da função 
administrativa, com caráter unilateral. 
 
A doutrina parte de um conceito objetivo, já que até o particular e outros Poderes podem praticar 
atos administrativos. 
Exemplos: multas, certidões, permissões, licenças, alvarás, lançamento, AIIM, instruções 
normativas, portarias, etc. 
 
2. Fato administrativo 
 
É o estudo da diferença entre fato (sentido estrito) e ato administrativo 
 2 
 
Para a maioria da doutrina (HLM, MSZP), fato administrativo é todo acontecimento involuntário 
que produz efeitos administrativos (critério da voluntariedade). Ex.: prescrição, decadência, 
queda de árvore, morte de servidor 
 
Segundo Bandeira de Mello, que utiliza o critério do caráter prescritivo, o fato administrativo não 
teria natureza normativa, ao passo que o ato sempre prescreve determinada conduta (visão 
isolada) 
 
De acordo com JSCF (corrente fenomenológica), fato administrativo é uma atividade material no 
exercício da função administrativa consistente em “qualquer alteração dinâmica na Administração 
(englobaria os fatos jurídicos e os fatos simples). Podem ser voluntários ou naturais. Exemplo: 
alteração de local de repartição pública (visão isolada) 
 
3. Atos da Administração (definidos a partir de um critério subjetivo, ou seja, qualquer ato 
jurídico praticado pelo Poder Executivo. Já os atos administrativos são conceituados pelo critério 
formal, isto é, independentemente de quem o pratica, o que interessa é o regime jurídico que 
esse ato tem) 
 
É uma categoria mais ampla, abrangendo qualquer espécie de ato jurídico praticado pela 
“Administração” (aqui no sentido de Poder Executivo) 
 
Desse modo, integram o conceito de atos da Administração (mas não são atos administrativos) as 
seguintes manifestações estatais: 
a) Contratos; 
b) Atos regidos pelo direito privado (atos de gestão); 
c) Atos legislativos e jurisdicionais, no exercício de função atípica; 
d) Atos meramente materiais (consistem na execução concreta de serviços); 
e) Atos de governo ou políticos (competência definida na CF + ampla discricionariedade). 
 
Podemos extrair 2 conclusões: 
 
1) Nem todo ato administrativo é ato da Administração (praticado pelo Poder Executivo) 
2) Nem todo ato praticado pela Administração (Poder Executivo) é ato administrativo 
 
4. Atributos do Ato administrativo 
 
 São características especiais, propriedades do ato administrativo. 
 
a) Presunção de Legitimidade: 
 
- outros nomes: De legalidade ou de veracidade 
 
- conceito: até prova em contrário, o ato administrativo é considerado válido para o direito. 
Trata-se de presunção RELATIVA (juris tantum). 
 
- alcance: vale para TODOS os atos administrativos (e também os atos da Administração). 
 
ATENÇÃO: Por causa desse atributo, o ato administrativo defeituoso (nulo) também gera efeitos 
 
- fundamentos (MSZP): diversos (existência de PROCEDIMENTO PRÉVIO anteriores à prática do 
ato regido pela legislação; ser expressão da SOBERANIA DO ESTADO; necessidade de 
CELERIDADE), mas principalmente o princípio da legalidade. 
 
- mitigação: art. 116, inciso IV, da Lei 8112/90: servidores não precisam cumprir ordens 
manifestamente ilegais. 
 
 3 
- o problema da inversão do ônus da prova: MSZP critica esse entendimento na medida em que 
só se faz só se faz prova de fato – Desse modo, só teria sentido em falar em inversão do ônus da 
prova em afirmações do servidor sobre fatos (PRESUNÇÃO DE VERACIDADE), e nunca em 
relação às manifestações de vontade do agente. 
 
DICA: De acordo com o CABM, a presunção de legitimidade só vigora até o momento em que o 
ato for impugnado, perante a Administração ou Judiciário. Após a impugnação, cada uma das 
partes deve provar a sua verdade. 
 
b) Imperatividade: 
 
- outro nome: coercibilidade. 
 
- conceito: a ato administrativo cria unilateralmente deveres/obrigações a particulares (é 
cogente). 
 
- implica verdadeiro poder extroverso (“aplicar para fora” - Renato Alessi). 
 
- alcance: MAIORIA DOS ATOS (não possuem esse atributo os atos de consentimento, e. g., 
permissão (banca de jornal), e os atos de gestão e enunciativos (certidão) não têm). 
 
- fundamentos: supremacia do interesse público 
 
 
c) Exigibilidade (para Hely, está dentro da imperatividade) 
 
- conceito: a própria Administração pode impor a aplicação de seus atos SEM NECESSIDADE DE 
AUTORIZAÇÃO JUDICIAL. Na prática, consiste na aplicação de SANÇÕES ADMINISTRATIVAS. 
 
- alcance: MAIORIA DOS ATOS (atos de consentimento – permissões – atos de gestão e atos 
enunciativos não têm). 
 
d) Autoexecutoriedade 
 
- outro nome: em algumas provas cai como EXECUTORIEDADE, mas está errado. 
 
- conceito: possibilidade de IMEDIATA e DIRETA execução material do ato pela PRÓPRIA 
ADMINISTRAÇÃO, sem ordem judicial (na prática autoriza o USO DA FORÇA FÍSICA para desfazer 
situação concreta contrária à ordem jurídica). 
 
Exs.: guinchamento, fechamento de restaurante. - Exigibilidade (usa meios indiretos) a Auto-
executoriedade (usa meios diretos). 
 
Garcia de Enterría: o ato funciona como TÍTULO EXECUTIVO. 
 
- alcance: POUCOS ATOS (previsão legal ou situação de emergência). Ex. dissolução de passeata 
criminosa pela polícia. 
 
- limites: razoabilidade e proporcionalidade (devido processo legal MATERIAL) 
 
- justificativa: a Adm. não poderia depender do Judiciário para defender o interesse público. 
 
Para Diogo Moreira Neto, desdobra-se em cinco presunções: 
 
1) presunção de validade: todos os atos são considerados válidos 
2) presunção de legalidade: conformidade do ato com a lei 
3) presunção de veracidade ou realidade: verdade dos motivos 
 4 
4) presunção de legitimidade: conformidade do ato com a vontade da sociedade 
5) presunção de licitude: conformidade do ato com valores morais tutelados pela ordem jurídica 
 
e) Tipicidade 
 (reconhecido por poucos autores – MSZP). 
Assim como no D. penal, a Adm. Pública deve solucionar cada situação concreta a partir dos 
“tipos legais” (espécies de atos) previstos na legislação.Decorrem 2 proibições: 
 
1) alterar a destinação específica do ato; 
2) praticar atos inominados. 
 
5. Silêncio Administrativo 
 
A doutrina discute as consequências do silêncio da Administração Pública 
 
No direito privado, o art. 111 do CC prescreve que silêncio em regra significa consentimento 
tácito 
 
No DA não se aplica essa regra 
 
Corrente majoritária: o silêncio não produz nenhum efeito, EXCETO SE A LEI ATRIBUIR 
(consentimento tácito ou indeferimento) 
 
O silêncio não constitui ato administrativo por faltar declaração de um agente público (mas mero 
fato administrativo) 
 
Quando a lei atribui sentido de consentimento tácito, a decisão não ser motivada. Exemplo: 
lançamento por homologação. Mas a rejeição tácita exige motivação 
 
Enquanto pendente a resposta, considera-se indeferido o pedido 
 
Se a lei não atribuir consequências ao silêncio, o administrado tem direito a uma resposta (art. 48 
da Lei 9784/99) 
 
Se a omissão contrariar enunciado de súmula vinculante cabe reclamação constitucional (art. 7o 
da Lei 11.417/06). Exige, porém, esgotamento da via administrativa 
 
Para CABM, na falta de norma legal a Adm tem o prazo de 30 dias para decidir 
 
Se a lei dá prazo, após seu decurso caberá MS e outras ações constitucionais com base na 
ilegalidade e abuso de poder; se não tem prazo, MS com base violação da DURAÇÃO RAZOÁVEL 
DO PROCESSO (art. 5º, LXXVIII, da CF). 
 
Qual o conteúdo dessa decisão judicial contra o silencio administrativo (controvérsia)? 
 
1ª corrente: o juiz só manda o administrador praticar o ato (decisão mandamental), sob pena de 
multa ou crime de desobediência; 
 
2ª corrente - CABM: atos vinculados - o juiz substitui a vontade da administração (decisão 
constitutiva), discricionários (mandamental). 
 
6. Perfeição, Validade e Eficácia 
 
São 3 planos lógicos a que o ato se sujeita: 
 
 5 
Plano da Perfeição ou Existência: estuda o ciclo de formação do ato (elementos e pressupostos 
que analisam se o ato sofreu a incidência da norma, ingressando no universo jurídico) 
 
Plano da Validade: estuda a conformidade com o ordenamento (requisitos fixados no 
ordenamento para a válida emanação do ato: sujeito, objeto, forma, motivo e finalidade) 
 
Plano da Eficácia: estuda a aptidão para produzir efeitos 
 
Importante: em princípio, os três planos não se comunicam. Resultado em um não influi nos 
demais. 
 
Combinações: 
 
a) P, V, E 
b) P, V, I. 
c) P, I, E *** (devido a presunção de legitimidade, o ato inválido gera efeitos). 
d) P, I, I 
e) Inexistente (sempre inválido e ineficaz) 
 
Elementos do ato 
 
1ª Corrente (minoritária): CABM 
 
Plano da Perfeição/Existência: 
 
2 elementos de existência: a) exteriorização da vontade; b) conteúdo 
Exemplos: folha de multa, ordem que o chefe esqueceu de dar, ordem contraditória 
 
2 pressupostos de existência: a) objeto; b) pertinência à função administrativa 
Exemplos: promoção de servidor falecido, multa assinada por particular 
 
Faltando elemento ou pressuposto: ATO INEXISTENTE (defeito mais grave que 
nulidade/invalidade). 
 
Importante: para a maioria da doutrina não existe utilidade prática em distinguir inexistente do 
nulo/inválido porque teriam as mesmas consequências 
 
Plano da Validade: 
 
6 pressupostos: a) subjetivo (competência); b) objetivos (motivo e requisitos procedimentais); c) 
teleológico (finalidade); d) pressuposto lógico (causa); e) pressuposto formalístico (forma 
específica) 
 
2ª Corrente (majoritária): Hely e JSCF 
 
5 elementos: S,O,F,M e F (art. 2º da Lei 4717/65) 
 
Estudo dos 5 elementos 
 
1ª Corrente (minoritária): CABM 
 
a) Plano da Perfeição/Existência: 
 
02 elementos de existência: 
 
• exteriorização da vontade: o ato deve ter alguma forma. 
Ex. portaria digitada pelo chefe, mas que não foi comunicada aos interessados; 
 6 
 
• conteúdo: é a ordem que o ato emana. Se, por exemplo, um talão de multas não tiver 
sido preenchido, a multa será inexistente por falta de conteúdo. 
Ex. ordem auto-destrutiva (elementos contraditórios). 
 
02 pressupostos de existência: 
 
- Objeto: bem jurídico ou pessoa a que o ato se refere 
Ex. exoneração de servidor já falecido. 
Ex2. demolição de prédio já demolido. 
 
Obs.: para HLM objeto é o mesmo que conteúdo (visão predominante). 
 
Para CABM a inexistência é defeito mais grave que a nulidade. Porém, para a maioria da 
doutrina não existe utilidade prática em distinguir inexistente do nulo/inválido porque teriam as 
mesmas conseqüências. 
 
- Pertinência à função administrativa: deve ser expedido no exercício da função 
administrativa. 
Ex. ato praticado por chefe de repartição como brincadeira (“ato não-sério”). 
Ex. 2: multa de trânsito emitida com finalidade didática. 
 
Faltando elemento ou pressuposto: ATO INEXISTENTE (defeito mais grava que 
nulidade/invalidade). 
 
 
b) Plano da Validade: 
 
5 pressupostos: a) subjetivo (competência); b) objetivos (motivo e requisitos procedimentais); c) 
teleológico (finalidade); d) pressuposto lógico (causa); e) pressuposto formalístico (forma 
específica). 
 
2ª Corrente (majoritária): HLM e JSCF 
 
05 elementos ou requisitos: S,O,F,M e F - art. 2º da Lei 4717/65. 
 
Essa divisão serve para facilitar o controle sobre eventuais ilegalidades. 
 
Análise dos 5 elementos: 
 
1 – SUJEITO COMPETENTE: é o agente público habilitado para tanto 
 
A competência sempre decorre de norma expressa (CF, lei ou ato). Não há presunção de 
competência administrativa 
 
A doutrina destaca ainda 05 aspectos relevantes a serem analisados quanto ao sujeito 
competente: 
 
a) se o ato foi pratico por agente público no exercício da função; 
b) capacidade jurídica do agente e do órgão; 
c) quantidade de atribuições do órgão; 
d) competência do agente; 
e) inexistência de óbices temporários (ex. afastamento). 
 
Lembrar que a competência é IRRENUNCIÁVEL, IMPRESCRITÍVEL, OBRIGATÓRIA, 
IMODIFICÁVEL/INDERROGÁVEL (não se transfere a outro) IMPRORROGÁVEL (o agente 
incompetente nunca se transforma em agente competente) e DELEGÁVEL 
 7 
 
A CF prevê casos importantes de modificação de competência: 
a) servidores do Judiciário podem receber delegação para prática de atos da administração e de 
mero expediente (art. 93, XIV, da CF); 
b) avocação pelo CNJ de processos disciplinares contra membros ou órgãos do Judiciário (103-B, § 
4o, III, da CF) 
 
 
Defeitos no sujeito: 
a) usurpação: ocorre quando o ato é praticado por alguém que não é agente público (art. 328, 
CP). Os atos praticados por este são inexistentes. 
A prática em razão situação de emergência há o afastamento da usurpação. 
 
b) funcionário de fato: é o indivíduo que está no serviço público, mas com um vício na 
investidura. Ex. cargo que exigia concurso, mas foi provido por nomeação do prefeito. 
Segundo doutrina e jurisprudência havendo boa-fé, o funcionário de fato, quando descoberto o 
problema, tem que ser desligado imediatamente, mas os atos já praticados são mantidos e os 
salários não precisam ser devolvidos, isso tudo por aplicação da “teoria da aparência”, proibição 
do enriquecimento sem causa e da segurança jurídica. 
 
c) incompetência. 
 
2 – OBJETO: é o conteúdo do ato (Hely), a ordem que ele determina. 
Ex. o conteúdo da multa de trânsito é a “ordem pague x”. 
 
Defeitos no objeto: 
a) objeto materialmente impossível; 
b) objeto juridicamente impossível: trata-se de ato contrário ao direito. 
 
Segundo a doutrina, o objeto deve ter 03 atributos: 
- LICITUDE- POSSIBILIDADE 
- DETERMINAÇÃO 
 
3 – FORMA: é o modo como o ato deve ser praticado; a exteriorização da vontade + 
formalidades do ato. 
 
Regra: forma escrita (princípio da solenidade). 
 
Defeitos quanto à forma: 
a) meras irregularidades (não prejudica a substância do ato). Ex.: erro no nome do ato; pedido 
de férias publicado com erro na digitação do nome do agente. 
b) descumprimento da forma - nulidade grave. 
 
4 – MOTIVO: é a situação de fato ou de direito que autorizam a prática do ato 
 
Motivo de fato se dá quando a lei elenca diversos motivos que autorizam a prática do ato (sempre 
discricionário, ex. Art. 24 da Lei 8666/93); Motivo de direito a lei descreve os motivos que 
ocorrendo necessariamente determinarão a prática do ato (sempre vinculado, ex. lançamento) 
 
Motivo 
≠ 
 Motivação: explicação por escrito das razões que levaram ao ato. 
 ≠ 
 Móvel: intenção do agente quando pratica o ato (só tem relevância nos atos discricionários). 
 ≠ 
 Causa: é a relação de pertinência lógica entre o motivo e o conteúdo do ato. Deve ser razoável e 
 8 
proporcional. 
 
Cronologia: motivo, ato, motivação 
 
Para MSZP, motivo é elemento do ato (requisito), motivação é requisito de forma 
 
Defeitos no Motivo: Teoria dos Motivos Determinantes: se o ato for praticado com base em 
motivo falso ou inexistente o ato torna-se nulo. 
 
Ex1. se a infração não ocorreu, a multa é nula. 
Ex2. se o agente foi exonerado sob a alegação de que pediu para ser, provando que o pedido 
nunca ocorreu, a exoneração é nula. 
Ex3. se um candidato é desclassificado de concurso sob a alegação de que confessou um crime, 
mas na instância penal é absolvido, a desclassificação é nula e ele tem direito à posse. 
 
5 - FINALIDADE: é o bem jurídico que o agente objetiva com a prática do ato, o resultado 
pretendido com a sua conduta. 
 
Pode ser analisado em 02 aspectos: 
* Aspecto geral (Finalidade geral): significa que todo ato administrativo deve respeitar o interesse 
público. 
 
* Aspecto específico (finalidade específica de cada ato): cada tipo de ato deve ser praticado 
visando o fim específico daquele ato, nos termos da legislação. 
Ex. se a remoção serve para equacionar a melhor prestação do serviço público, não pode ser 
usada para punir um agente. 
 
 
Defeitos: DESVIO DE FINALIDADE, DESVIO DE PODER OU TRESDESTINAÇÃO – atinge o ato 
quando for praticado em benefício pessoal do agente ou para favorecer amigos e parentes ou 
prejudicar inimigos. 
Ex1. governador que constrói estrada para valorizar fazendas dele. 
Ex2. político que desapropria casa da mãe de um inimigo pessoal. 
Ex3. governador que transfere policial para outra cidade a fim de terminar o romance do policial 
com sua filha. 
 
Atenção: para alguns autores (JSCF), o desvio de finalidade é um defeito subjetivo, sempre 
dependendo da demonstração de que o agente teve a intenção de praticar a conduta defeituosa. 
Para outros (CABM), seria possível um desvio de finalidade não intencional, hipótese em que 
estaríamos diante de um defeito objetivo. 
 
Lembrar que o desvio de finalidade é sempre praticado por agente competente (o vício está no 
elemento finalidade, mas nunca no elemento sujeito). 
 
7. MÉRITO DO ATO ADMINISTRATIVO 
 
Trata-se do juízo de valor (conveniência e oportunidade) realizado pelo agente quando da prática 
de atos discricionários. 
 
É a margem de liberdade que atinge os atos discricionários quando ao MOTIVO e ao OBJETO 
(Sujeito, forma e finalidade não comportam juízo de valor - HLM). 
 
Obs.: Atos vinculados não têm mérito. 
Obs.2: Atos discricionários também se sujeitam a controle judicial. Mas o Judiciário não pode 
ingressar na análise do MÉRITO, exceto se a escolha feita pelo administrador for ILEGAL ou 
IRRAZOÁVEL (precedentes no STJ e STF). 
 9 
Como o mérito do ato discricionário é o núcleo da função típica do executivo, a análise do 
judiciário sobre esse juízo de valor violaria a independência do executivo – art. 2º, CF. 
 
8. EFICÁCIA DO ATO 
 
Considera-se eficaz o ato disponível para produção de seus efeitos próprios. 
Projeta-se sobre três planos: a) temporal; b) espacial; c) subjetiva 
 
Os efeitos podem ser TÍPICOS (próprios do ato) ou ATÍPICOS (não resultam do conteúdo 
específico do ato). 
 
Os efeitos ATÍPICOS podem ser de 2 tipos: a) prodrômicos (efeitos preliminares. Ex.: dever da 
autoridade competente emitir ato de controle); b) efeitos reflexos (atingem terceiros. Ex.: 
rescisão de locação em imóvel desapropriado). 
 
Difere da exequibilidade (efetiva operatividade do ato). Exemplo: ato composto só é exequível 
após a manifestação da última vontade 
 
Para JSCF, termo e condição seriam fatores ligados à exequibilidade (não à eficácia) 
 
9. EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO 
 
A doutrina divide as formas de extinção em 04 categorias: 
 
a) cumprimento de seus efeitos (extinção natural) – formas de extinção relacionadas com o 
exaurimento do ato. 
b) desaparecimento do sujeito ou do objeto (extinção subjetiva e objetiva): quando deixam de 
existir elementos fundamentais para a permanência do ato. 
c) retirada (desfazimento volitivo): quando o ato se extingue ela prática de um outro ato estatal. 
d) renúncia: quando o próprio beneficiário abre mão das vantagens do ato. 
 
Importante: alguns autores afirmam que essas modalidades extinguem o ato administrativo em 
si e, para outros autores, haveria extinção apenas das relações jurídicas produzidas pelo ato. 
 
1 – Anulação ou Invalidação1 
 
a) Conceito: é a extinção do ato administrativo por causa de uma ILEGALIDADE (defeito). 
b) Sujeito ativo da invalidação: Administração e o Poder Judiciário. 
c) Objeto da invalidação: atos defeituosos. 
d) Motivo: ilegalidade (vício do ato). 
e) Fundamento da Invalidação: violação ao princípio da legalidade. 
f) Efeitos da Invalidação: sempre “ex tunc” (visão tradicional). 
Porém, para CABM os efeitos serão “ex tunc” se o ato for restritivo de direitos (ex.: multa de 
trânsito); sendo ampliativo, os efeitos serão “ex nunc” (ex.: funcionário de fato). 
g) Prazo: a Administração tem 5 anos para anular atos de que decorram efeitos favoráveis ao 
destinatário (art. 54 da Lei 9784/99). 
 
1 Para Hely, invalidação é um gênero que comporta a anulação e a revogação (visão minoritária). 
 10 
h) Diferentes teorias de invalidação (4 correntes). 
1) Só Nulos (HLM). 
2) Nulos e Anuláveis (Tito Prates e Oswaldo A. Bandeira de Mello). 
3) Nulos, Anuláveis e Irregulares (Seabra Fagundes). 
4) Inexistentes, Nulos, Anuláveis e Irregulares (CABM). 
 
i) Dever de indenizar: para CABM a anulação produz dever de indenizar quando o particular, de 
boa-fé, teve prejuízo patrimonial pelo desfazimento do ato. 
 
j) Natureza jurídica: em decorrência do paralelismo das formas a extinção do ato 
administrativo pressupõe um outro ato (invalidante). 
Segundo a visão tradicional (STF, Súmula 4732), a anulação seria um poder (faculdade). 
Atualmente é dever (art. 53 da Lei 9784/99). A invalidação é VINCULADA. 
 
2 - Revogação 
a) Conceito: é a extinção do ato (perfeito, válido e eficaz) por razões de interesse público 
(conveniência e oportunidade). 
b) Sujeito ativo: só a Administração (exceto os casos raríssimos de atos praticados no exercício 
de função atípica). 
c) Objeto da revogação: ato discricionário válido ou relação jurídica derivada do ato. 
d) Fundamento da Revogação: poder discricionário de rever seus atos. 
e) Motivos da Revogação: interesse público superveniente. 
f) Efeitos da revogação: “ex nunc”. 
g) Natureza do ato revocatório:é ato discricionário e da administração ativa (art. 53 da Lei 
9784/99). 
h) Limites ao poder de revogar: São irrevogáveis: 1) os atos que produzam direito adquirido; 
2) os que exauriram seus efeitos; 3) os que transpuseram o prazo para recursos internos; 4) os 
vinculados; 5) os irrevogáveis por determinação legal; 6) os enunciativos; 7) os atos de controle; 
8) os atos no curso de procedimento; 9) a decisão final de processo contencioso; e 10) atos 
complexos. 
i) Revogação e indenização: em regra, não indeniza. Mas se houver dano pode indenizar 
(indenização por ato lícito). 
j) Coisa julgada administrativa: de existência controvertida, é uma espécie de preclusão 
máxima na esfera administrativa. Para CABM, toda vez que a Administração decidir um dado 
assunto de última instância, de modo contencioso, ocorrerá “coisa julgada administrativa”. 
 
 
 
 
 
2 SÚMULA STF Nº 473 - A administração pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios 
que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos, ou revogá-los, por motivo de 
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada em todos os casos a 
apreciação judicial. 
 11 
 
QUESTÕES RECENTES 
 
 
1. (2017/CESPE/PC-GO) Após o término de estágio probatório, a administração reprovou servidor 
público e editou ato de exoneração, no qual declarou que esta se dera por inassiduidade. 
Posteriormente, o servidor demonstrou que nunca havia faltado ao serviço ou se atrasado para 
nele chegar. 
Nessa situação hipotética, o ato administrativo de exoneração é 
a) nulo por ausência de finalidade. 
b) anulável por ausência de objeto. 
c) anulável por ausência de forma. 
d) anulável por ausência de motivação. 
e) nulo por ausência de motivo. 
Respostas E 
 
 
2. (2016/ FUNCAB/PC-PA/Delegado de Polícia) Acerca da disciplina dos atos administrativos, 
especificamente os seus atributos, assinale a opção correta. 
a) A exigibilidade dos atos administrativos ocorre quando, por meios da coação direta, a 
administração pública executa diretamente o ato desrespeitado, fundamentadamente em nome 
da supremacia do interesse público e da indisponibilidade deste interesse. 
b) Os atos administrativos devem ser editados conforme disposições legais, a chamada presunção 
de veracidade. Esta presunção é absoluta, júris tantum. O ato goza de fé pública, devendo o 
particular lesado fazer provas de negativa dos fatos. 
c) Os atos administrativos possuem a presunção de serem verdadeiros, a chamada presunção de 
veracidade, sendo essa presunção absoluta, juris et jure. O ato goza de fé pública, devendo o 
particular lesado fazer provas de negativa dos fatos. 
d) Todos os atos administrativos são imperativos, ou seja, obrigam de forma unilateral o 
particular, encontrando limite na legalidade em sentido estrito. A exceção ao atributo da 
imperatividade são os atos ilícitos, que não devem ser cumpridos pelo administrado, prescindindo 
de manifestação judicial. 
e) O poder público poderá executar atos administrativos diretamente ante a inexecução de 
obrigação pelo particular, atributo que recebe o nome de autoexecutoriedade, que prescinde da 
participação do poder judiciário. 
GABARITO E 
 
 
3 – (2015/FUNIVERSA/Delegado de Polícia-DF) João, ex-servidor público estatutário, aposentou-
se voluntariamente em 17/4/2010, sendo a aposentadoria devidamente homologada pelo tribunal 
de contas conforme acórdão publicado em 16/4/2015. Em 18/4/2015, a administração verificou 
que essa aposentadoria considerou tempo de serviço que, por meio de nova interpretação dada 
pela administração naquela mesma data (18/4/2015), por meio de parecer jurídico homologado 
pelo chefe do respectivo poder executivo, não poderia ser mais admitida. 
Com base nessa situação hipotética e na legislação correlata, assinale a alternativa correta acerca 
dos atos administrativos. 
a) O parecer jurídico, na espécie, por ser ato administrativo dotado de autoexecutoriedade, é 
vinculante para a administração pública, sendo obrigatória a revogação do ato concessivo inicial 
da aposentadoria. 
b) Conforme a lei de regência, a nova interpretação conferida pela administração não pode 
retroagir, sob pena de violação do princípio da segurança jurídica. 
c) Nesse caso, a decadência do direito de anular esse ato administrativo, por eventual ilegalidade, 
terá como termo final 16/4/2015. 
d) O ato administrativo de concessão de aposentadoria, conforme entendimento do Superior 
Tribunal de Justiça (STJ), é exemplo de ato composto. 
 12 
e) Na hipótese, em face da publicação do acórdão do tribunal de contas, torna-se impossível a 
reanálise da legalidade do mesmo ato administrativo pela administração pública ou pelo Tribunal 
de Contas da União (TCU). 
GABARITO B 
 
 
4 – (2015/VUNESP/Delegado de Polícia-PE) São atos administrativos ordinatórios, entre outros, 
a) os Decretos, os Despachos, os Regimentos e as Resoluções. 
b) os Despachos, os Avisos, as Portarias e as Ordens de Serviço. 
c) os Decretos, as Instruções, os Provimentos e os Regimentos. 
d) as Instruções, as Deliberações, as Portarias e os Regulamentos. 
e) os Regulamentos, as Instruções, os Regimentos e as Deliberações. 
GABARITO B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
 
CONTEÚDO EXTRA 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
1) Quanto aos destinatários 
 
a) Gerais: dirigidos a uma quantidade indeterminável de destinatários. Ex.: edital 
 
b) Individuais: dirigido a um destinatário determinado. Ex. permissão de uso 
 
2) Quanto à estrutura 
 
a) atos concretos: regula apenas um caso, esgotando-se após essa aplicação. Ex.: desapropriação 
de determinado imóvel. 
 
b) atos abstratos (ou normativos): aquele que vale para uma quantidade indeterminável de 
situações concretas. Tem sempre aplicação continuada. 
 Ex.: regulamento 
 
3) Quanto ao alcance 
 
a) internos: produzem efeitos só dentro da Administração. 
Ex.: portaria de férias. 
 
b) Externos: produzem efeitos fora da Administração. 
 Ex.: fechamento de estabelecimento 
 
4) Quanto ao grau de liberdade 
 
a) Vinculados: são aqueles praticados sem margem de liberdade, pois a lei define de antemão todos 
os seus aspectos. Ex. aposentadoria compulsória e lançamento tributário. 
 
b) Discricionários: são aqueles praticados com certa margem de liberdade, conferida pela lei para 
que o agente decida, diante do caso concreto, qual a melhor maneira de atingir o interesse 
público (conveniência e oportunidade). Ex.: decreto expropriatório. 
 
Obs.: ato discricionário também deve ser motivado. 
Obs.2: também se sujeita a controle judicial. 
Obs.3: não confundir com ato arbitrário (praticado com excesso de poder). 
 
5) Quanto ao objeto 
 
a) atos de império: praticados pela Administração em posição de superioridade frente ao particular. 
Ex.: multa. 
 
b) atos de gestão: praticados pela Administração em posição de igualdade frente ao particular, 
regidos pelo direito privado. Ex.: locação de imóvel 
 
c) atos de expediente: dão andamento a processos administrativos. São atos de rotina interna. São 
praticados por agentes subalternos sem competência decisória. Ex.: numeração dos autos do 
processo. 
 
6) Quanto à formação (segundo HLM) 
 
a) atos simples: depende da manifestação de vontade de um único órgão, seja ele singular ou 
colegiado. Ex.: decisão do conselho de contribuintes. 
 14 
 
b) atoscompostos: vontade única de um órgão, mas depende da manifestação de outro para tornar-
se exeqüível. Ex.: autorização que dependa de visto da autoridade superior. 
 
c) atos complexos: conjugação de vontade de mais de um órgão administrativo. Exs.: nomeação de 
dirigente de agência reguladora, investidura de um funcionário, investidura do ministro do STF, 
decreto do presidente referendado por ministro (referenda ministerial). 
 
7) Quanto à manifestação de vontade 
 
a) atos unilaterais: depende de uma vontade somente. Ex.: licença. 
 
b) atos bilateriais: depende da anuência das 02 partes. Ex.: contratos. 
 
8) Quanto aos resultados na esfera jurídica 
 
a) atos ampliativos: aquele que aumente a esfera de interesse do particular. Ex.: concessões; 
permissões. 
 
b) atos restritivos: reduzem a esfera de interesse do particular. Ex.: sanções administrativas. 
 
9) Quanto aos efeitos 
 
a) atos constitutivos: criam, extinguem ou modificam situações jurídicas. Ex.: demissão. 
 
b) atos declaratórios: afirmam situação preexistente. Ex.: certidão. 
 
 
10) Quanto à situação jurídica que criam 
 
a) atos-regra: criam situações gerais, abstratas e impessoais (não produzem direito adquirido 
podendo ser revogados a qualquer tempo). Ex.: regulamento. 
 
b) Atos subjetivos: criam situações particulares, concretas e pessoais. Modificáveis pela vontade das 
partes. Ex.: contrato. 
 
c) atos-condição: alguém se submete a situações criadas pelos atos-regra, sujeitando-se a 
alterações unilaterais. Ex.: aceitação de cargo público. 
ESPÉCIES DE ATOS 
 
1) Atos normativos: contém um comando geral para cumprimento da lei 
 
a) decretos/regulamentos: são atos privativos dos Chefes do Executivo para dar fiel execução à 
lei. 
Obs.: o decreto é o ato introdutor do regulamento; enquanto o decreto é a forma, o regulamento 
constitui o conteúdo. 
Obs.2: não podem criar obrigações a particulares (art. 5º, II, CF). 
 
b) instruções normativas: atos normativos de competência dos Ministros. 
 
c) deliberações: atos de órgãos colegiados. 
 
2) Atos ordinatórios: disciplinam o funcionamento de órgãos e a conduta dos agentes públicos. 
 
a) instruções: ordens escritas e gerais expedidas pelo superior hierárquico sobre a execução de 
certo serviço. 
 
 15 
b) portarias: atos internos (NÃO VALEM PARA PARTICULARES) que iniciam sindicâncias, 
processos administrativos ou de designação de servidores para cargos secundários. 
 
3) Atos negociais: declaram a vontade do Poder Público de modo coincidente com a do 
particular. 
 
a) licença: ato vinculado que faculta, a quem preencha os requisitos legais, o exercício de 
atividades antes vetadas. Ex.: licença para construir. 
A licença consiste em manifestação do poder de polícia, liberando a atividade particular até então 
proibida pela lei. 
 
b) autorização: ato discricionário e precário para realização de serviços ou uso de bens, no 
interesse do particular. Ex.: porte de arma; mesas de bar em calçadas. 
Obs.: Ato Administrativo Precário: é aquele praticado pela Administração e revogável a qualquer 
momento. Não produz direito adquirido à permanência do vínculo. 
 
c) permissão: ato discricionário e precário que faculta o exercício de serviço de interesse coletivo 
ou de bem público. Ex.: permissão para taxista; banca de jornal. 
 
4) Atos enunciativos: declaram uma situação existente. 
 
a) certidões: são cópias de atos ou fatos permanentes constantes de arquivos públicos. 
 
b) atestados: comprovam fatos ou situações transitórias que não constem de arquivos públicos. 
 
c) pareceres: manifestação de órgãos técnicos. 
 
5) Atos punitivos 
 
a) multas: imposições pecuniárias. 
 
b) interdição de atividade. 
 
c) destruição de coisas: é o ato sumário de destruição de bens.

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