Material de Apoio Direito Administrativo Alexandre Mazza Aula 01

1 DELEGADO FEDER AL E ESTAD UAL \u2013 MÓD ULO II Di sciplina: Direito Administrati vo Prof. : Alexandre Mazza Aula: 01 Monitor: Muni r MATERIAL DE APOIO - MONITOR IA Índice I. Anotaçõ es da aula I. ANOTAÇÕE S DA AULA REGIME JURÍDICO -ADM INISTRATIVO (DELEGADO LFG \u2013 2 o Semestre/ 2017 ) Prof. Alexandre Mazz a Bibliografi a: Capítulos 1 e 2 do Manual d e Direito Administrativo , 7 a Edição, 2017, Al exandre Mazza, Editora Sarai va 1. Conceito de pr incípios Princípi os são postul ados fundamentais que inspi ram o modo de agi r de toda Admi nistração (JSCF). Espécies do gêne ro \u201c norma ju rídica \u201d (ALEXY e DWORK IN) O pós-posi tivismo e o neoconstituci onalismo resgat aram a normati vidade primária dos pri ncípios (força cogente máxi ma) O confli to entre prin cípios soluci ona -se pelo cri tério da p onderação de valores ( cedênci a recíproca) 2. Relevância p rática Reconhecimento recent e do seu alcan ce prático: a) anular decisões admini strativas (atos admi nistrativos, cont ratos ou procedi men tos admini strativos) ; b) ensejar improbi dade (art. 11 da Lei 8429/92 \u2013 descreve atos d e imp robidade que atentam contra princí pios da Admini stração, DESDE QU E HAJA DOLO ) 3. Princípios expr essos ( na CF/88) e reconhecido s (não estão expressos na CF) O artigo 37, \u201ccaput \u201d, não pode ser a única referência para os princí pios expressos na CF/88 : L egali dade I mpessoali dade M oralidad e P ublicid ade 2 E ficiênci a (EC 19/98 : emenda da \u201cre forma admi nistrativa\u201d , liderada pelo MAR E, para substitui r a \u201cadmini stração burocráti ca\u201d pela \u201cadmi nistração gerencial\u201d ) Outros prin cípios constitucionais : a) Devido processo l egal (artigo 5º, L IV, CF) b) Contraditório (arti go 5º, LV, CF) c) Ampl a defesa e os recursos a elas inerentes (arti go 5º, LV, CF) d) Particip ação (artigo 37, § 3º, CF) e) Celeridad e processual (artig o 5º, LXXVIII, CF) DICA: N a falta de prazo específi co previ sto na legislação, a Admini stração tem 30 di as para tomada de deci são. IMPORTANTE: A maioria do s princípios reconhecidos co nsta do arti go 2º, parág rafo único, Lei 9.784/99 (LPA). Lembr ar qu e, s egundo o STJ, a LPA aplica -se também às enti dades federativas sem lei própria de processo admi nistrati vo, especial mente quant o ao prazo de 5 anos para a nular atos defeitu osos (artigo 54, LPA). 4. Legalidade (ou juridicidade ) Toda e qu alquer atividade da Admi nistração Públi ca deve estar autorizada por l ei (\u201catu ação conforme a lei e o direito\u201d ) Decorre do Estad o de Direito Trípli ce fundamento constitucional : Art. 5 o , II \u2013 legalidade para os parti culares (ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa por ato admi nistrativo) Art. 37, \u201ccaput\u201d \u2013 legalid ade para os agentes públicos (só p odem fazer o q ue a lei autoriza; silêncio da l ei equivale a uma proi bição) Art. 84, IV \u2013 legalidade para o ato admi nistrativo (atos administrativos são praticados para dar \u201cfiel execução à l ei\u201d, de modo que são at os inferi ores hierarquicamente a lei) 5. Impessoalid ade Inovação do Texto d e 88 Desdobra-se em: a) i sonomia (sem persegui ções ou favoriti smos) ; b) vedação d a promoção pessoal Exige um adequad o tratamento da Admi nistração aos admi nistrados em si tuação equival ente Na ve rdade, impõe a busca pelo interesse pú bli co (sempre impessoal) . Aproxima -se assi m do princípio da fi nalidade. Nesse s entido, veda o desvio d e finalid ade (art. 2 o , \u201ce\u201d, da L ei 4717/65) Veda favoriti smos e perseguições Caminh o de \u201cmão - dupla\u201d (MSZP) : os atos são i mputávei s ao órgão ou enti dade, e não ao agente O sistema de cotas s eria exceção à i mpessoalid ade (STF: ADPF 186), sobr epondo a igual dade material sobre a formal (JSCF) O Art. 37, § 1 o , da CF veda publi cidade com caráter de p romoção pessoal § 1º A publi cidade dos atos, programa s, obras, serviço s e camp anhas dos ó rgãos públi cos deverá ter caráte r edu cativo, infor mativo ou de orientação s ocial, dela n ão podendo constar nome s, símbolos ou i magens que caracteriz em promoção pessoal de auto ridades ou servidores públicos. 3 6. Moralidade administr ativa O Admini strador deve atender aos preceitos éti cos tanto nas relaçõ es internas quan to nas externas Há casos em que a conduta i moral: a) afronta a lei (moralidade + legali dade); b) consiste em tratame nto discrimi natório (morali dade + impessoalid ade) c) tipifica- se como improbid ade (moralidade + improbi dade) Instrumentos d e proteção da m oralid ade : a) ação popul ar; b) ação de imp robidade; c) ação civil pública ; d) Lei da Ficha Limpa (LC 135/10); e) Lei Anti corrupção (Lei 12.846/ 13). A resolução n. 7/05 do CNJ proibiu o n epoti smo no Judi ciário. Exceto para nomeados por concurso, mas ainda assim os parentes não po derão exercer fun ção su bordinada a outro pa rente . Vedada também a contratação tempo rária de parentes ou PJ de que sejam sóci os, gerentes ou diretores tais parente s Casamento posteri or do nomeant e com o nomeado não é n epotismo Súmula Vin culante n. 13 não se apl ica: a) primos; b) agentes polí ticos do Poder Executi vo (STF: Recla 6650/ PR); c) notários e regi stradores A Lei 12.813/ 13 disciplina o conflito d e interesses no Poder Executivo Federal. A viol ação a suas regras pode en sejar improbidad e 7. Publicidade Dever de divul gação e transparência das condutas admi nistrati vas (proi bição de atos secretos) Objetivo: controlar a Ad mini stração . STF MS 25.747/S C RELATOR : M IN. GILMAR MENDES IMPTE.(S) : ESTADO DE SAN TA CATARINA E OUTRO (A/S) ADV.(A/S) : P GE-SC - IMAR ROCHA IMPDO.(A/S) : CONSELH O NACIONAL DE JUS TIÇA IMPDO.(A/S) : LÉDIO ROSA D E ANDRADE Mandado de segurança. 2. Conselho Nacional de Justiça. 3. Pr ocedimento de Controle Admini strativo n . 35 /2005. 4. Acó rdão do CNJ que julgou proce dente o PCA para desconstituir a d ecisão administrativa do Tribunal de Justiça do Est ado de Sant a Catarina qu e realizou votação de atos de remoção volu ntária d e magistr ados po r meio de escrutínio sec reto. 5. Alegação de que a decisão imp ugnada fundamentou -se na Re solução n. 6/2005 do CNJ, inaplicável à espécie, i nexisti ndo obrigação l egal de votação ab erta e 4 fundamentação expr essa e públi ca no caso. 7. Improcedência das alegações da imp etração. 7. Necessidade de motivação expressa, públic a e fundament ada das deci sões administrativas do s tribunais. 8. Regra geral, que também vincul a a votação de atos de remoção de magi strados, por força da apl icação imedi ata do art. 93 , X , da Constit uição . 9. Precedentes. 10. Manda do de segurança denegado. Artigo 93, X, CF. as dec isões ad ministrati vas dos tribu nais se rão m otivadas e e m sessão públi ca, sendo as disci plinares tomadas pel o voto da m ai oria absolu ta de seus memb ros ( o referido dispositi vo sujeit a decisões admi nistrati vas de Tri bunais à obrig atória motivação, MAS A CF/ 88 NÃO TEM UMA NORMA GERAL OBR IGANDO T ODA A ADMINISTRAÇÃ O PÚBLICA A MO TIVAR S EUS ATOS). Assim, ob rigatóri a a motivação não vem send o considerada pri ncí pio expresso na CF. O meio de di vulgação pode variar entre diári os oficiais, afixação em reparti ções ou outros mei os como internet A Lei 9784 /99 fala em divulgação \u201coficial\u201d , o que significa veícul o g overnamental + forma apropriada ao ti po de ato (STF) A concretiz ação da publicidade se dá por m eio: a) direito de peti ção; b) certidões; c) ação admini strativa \u201cex officio\u201d de di vulgação das in formações Negado o direi to, cabe MS ou HD A Lei do Acesso à In formação (12.527 /11) disci plina o direito à infor m ação, valendo para: a) toda Admini stração Públi ca federal, estadual , distrital e muni cipal; b) controladas; c) entidades privadas, sem fins l ucrativos, que recebam sub sídios. As diretrizes da Lei do Acesso à Informação estão d efinidas n o art. 3 o : I - observância da pub licidade como precei to geral e do si gilo como exceçã o (lembrar que existem 2 exceções consti tucionais à pu blicidade, vale diz er, o ato deve s er ma ntido em sigil o q uando puser em risco a S EGURANÇA OU INTIMIDADE DOS ENV OLVIDOS) ; II - divul gação de informações d e interesse púb lico, independentemen te de solici tações; III - utili zação de meios de comuni cação viabili zados pela tecnologi a da informação; IV - fomento ao d esenvolvi mento da cultura de transparênci a na admi nistração públi ca; V - desenvolvi mento do controle social da admini stração pública. A Lei fal a em transpa rência ATIVA ( publicid ade promovida pel a própria Admi nistração de ofíci o) e transparência PASSIVA (medi ante provocação d o interessado) São exceções à publi cidade: a) segurança à sociedade ou ao Estad o ( sigilo de até 25 an os na L ei d o Acesso à Informação, art. 35, dependendo de sua classi ficação, como u ltrassecreta, secreta ou reservada) ; b) intimidade dos envolvi dos ( sigilo d e até 100 anos , independentemente de classifi cação, nos termos do art. 31, § 1 o , da LAI) Vencimentos de servi dores podem ser divul gados (STF: SS 3.902), somente acompanhad o de nome e matrícul a funcional SEM OUTROS DADOS PESS OAIS O Decreto 7.724/12 d etermina o publi cação dos venciment os de servid ores do Executivo Fed eral \u201cChamamento púb lico\u201d ou \u201cchamada públ ica\u201d como in strumento de transparênci a administrativa 5 8. Eficiência ou \u201cqual idade do servi ço prestado\u201d Acrescentado pela EC 19/98 no contexto da \u201cReforma Admi nistrativa\u201d e modelo da \u201cAdmini stração Gerencial \u201d (public management) Busca de p rodutivid ade, ec onomicidad e , reduç ão de d esperdícios e prestação de serviços públ icos com rendiment o funcional Pode hav er c ontrole interno e l egislativo sobre i neficiênci a administrativa, mas o Ju diciário não pode anular ato admi nistrativo somente po r consid erá-l o ineficiente. Eficiênci a \u2260 Eficácia \u2260 Efetivi dade (JSCF) Eficiênci a é o MODO de agi r, a CONDUTA Eficácia são os M EIOS e INSTRUM ENTOS usados Efetividade trata d os RESULTADOS, d os OBJETIVOS 9. Princípios rec onhecidos e o rol exempl ificativo do art. 2 o da L ei 9784/99 Art. 2o A Administração Pública obedecerá, d entre outr os, aos princí pios da l egalidad e, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidad e, morali dade, ampla d efesa, contraditóri o, s egurança jurídica, int eresse público e efici ência. Parágrafo úni co. Nos processos admi nistrativos serão obse rvados, entre out ros, os critérios de: I - atuação conforme a l ei e o Direito; II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, sal vo autorização em lei ; III - objetivi dade no ate ndiment o do int eresse públi co, vedada a promo ção pess oal de ag entes ou autoridades; IV - atuação s egundo padrões éti cos de probidade, decor o e boa -fé; V - d ivulgação ofici al dos atos admi nistrativos, ressal vadas as h ipóteses de sigilo previstas na Constitui ção; VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sançõe s em medida superior àqu elas estritam ente n ecessárias ao atendi mento do interesse públ ico; VII - indi cação dos pressupost os de fato e de di reito que determin arem a decisão; VIII \u2013 observância da s formali dades essenciais à garanti a dos direitos d os administrados; IX - adoção de f ormas simples, sufi cientes p ara propi ciar ad equado grau de ce rteza, segu rança e respeito aos direi tos dos admini strados; X - garan tia dos direit os à comunicação, à ap resentação d e al egações finais, à produção de provas e à in terposição de recursos, nos proc essos de qu e p os sam resul tar sanções e nas situações de li tígio; XI - proibi ção de cobrança de despe sas processuai s, ressalvadas as pre vistas em lei; 6 XII - impul são, de ofíci o, do processo admi nistrati vo, sem prejuízo da atu ação dos interessados; XIII - i nterpretação da norma ad ministrati va da forma que mel hor ga ranta o at endimento do fi m público a que se di rige, vedada apli cação retroati va de nova interpretação. Não estão previ stos expressamente na CF/88 mas têm a m esma imp ortância dos expressos 10. Suprem acia do intere sse público Para CABM, é um d os supra- princípios do Di reito Administrati vo brasileiro Enuncia qu e os interesses da col etividade devem preval ecer sobre os indi viduais Fundamenta as p rerrogati vas jurídicas da Admi nistração Só e xiste supremacia do interesse público PRIMÁR IO ( da coletividade) sobre o privado . Já o interesse públi co secundário (patri monial do Estad o como pessoa juríd ica) não tem suprem acia. Atualmente, há quem defenda a \u201cdesconstrução\u201d da ideia de supremacia do intere sse público (Alexandre Santos de Aragão, Humberto Ávi la, Daniel Sarmento) alegando que há casos em q ue o o rdenamento assegu ra uma supremaci a do interesse PRIVADO s obre o púb lico. Ex.: di reitos fundamentai s previstos no art. 5 o . Trata-se d e visão isol ada 11. Autotutela É poder-dever de controle int erno da Admini stração sobre seus at os, anul ando-os e revogan do- os Exige devido pr ocesso legal (administrativo ou judici al), mas d ispensa provocaçã o da parte (pode ser de ofíci o) Envolve aspectos d e legalid ade e/ou mérito Súmulas 346 e 473 do STF Súmula 473, STF. A administração pode anular seus próp rios at os, quando ei vados d e ví cios que os t ornam ilegais, porque dêles nã o se ori ginam direitos; ou revogá-los, por m otivo de conveniênci a ou oportuni dade, respeitados os direitos adqui ridos, e ressal vada, em todos os casos, a apr eciação judicial . (o tr echo final da súmu la reconhece a possi bilidade de co ntrole judicial tanto sobre atos vinculados qu anto a respei to dos discrici onários) Há limites, porém, a esse poder- dever: art. 54 da Lei 9784/99 (LPA) Art. 54. O direito da Ad ministração de anul ar os atos ad mini strativos de qu e de corram efeitos favoráveis para os destinat ários decai em ci nco anos, contados da data em q ue foram praticad os, salvo comprovada má - fé . 12. Indispon ibilidade Para CABM, é o segund o supra -princí pio do Direito Admi nistrativo brasil eiro A Administração e seus agentes e xercem \u201cfunção\u201d, ou seja, atuam em nome próprio para defesa de int eresse alheio (interesse pú blico pri mário). Por isso, não têm li vre disposição sobre os b ens e interesses que gerenci am 13. Continuid ade dos serviços p úblicos 7 A prestação das atividades admini strativas não pode s ofrer in terrupções (não só s erviços públicos) Está consagrado na Lei de Concessões (Art. 6 o , § 3 o , da Lei 8987 /95) e no Código de D efesa do Consumidor: \u201cArt. 22. Os ó rgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionári as ou sob qualquer outra forma de empreendiment o, são obrigados a fornecer servi ços adequados, eficientes, seguros e , quanto aos ess enciais, contí nuos. Parágrafo ún ico . Nos casos de descump rimento, total ou parcial, das obrigações referidas n este artigo, serão as pess oas jurí dicas compeli das a cump ri -las e a reparar o s danos causados, na forma prevista neste código\u201d No caso de i nadimplemento do usuário, a r egra do art. 6 o , § 3 o , da Le i 8987/95, por ser especi al, prevalece sobr e o art. 22 do CDC (STJ, Resp 36 3.942) É fundamento de i nstitutos como: a) regulamentação legal do direito de greve no se rviço público , com aplicação an alógica da Lei 7.783/89, vedada paral isação total (STF, M I 670/ES) ; b) restrição à \u201cexce ção do cont rato não- cum prido\u201d em c ontratos admi nistrativos (o art. 39 d a Lei 8987/95 veda essa paralisação e m conc essões, exceto p or decisão judi cial transitada em julgado); c) intervenção no concessionário; d) encampação da c oncessão. 14. Segurança jurídica Constitui preocupação moderna d a d outrina p onderar o cumpri mento d os vet ores l egais (legalidad e) e a estabilização da s relações jurídi cas (segurança jurídica) A se gurança jurídi ca e stá expressamente prevista em nosso ordenamen to n o a rt. 2 o d a LPA e no art. 55 É o fundamento de i nstitutos como preclu são, decadência e p rescrição Desdobra-se em dois aspectos: a) perspecti va da certeza: exige o conh ecimento seguro das n ormas e comp ortamentos estatai s b) perspectiva da estabili dade: opera pela consolidação das ações ad ministrativas protegend o o admini strado por meio de instit utos como direito adqui rido, ato jurídi co perfeito e coisa jul gada A prot eção à confianç a leg ítima é o aspecto sub jetivo da s egurança jurí dica e veda con dutas ou atos normativ os administrat ivos contr aditórios Opera reduzi ndo a di scricionariedad e da Admini stração, em algu ns casos, chegando à chamada \u201credução da di scricionariedade a zero\u201d Mas não é qual quer contradição que aut oriza invocar a proteção. Exem plos: anulação e revogação contradizem os at os ini ciais (e nem sempre geram qu ebra de confiança ) São exigi dos doi s requisitos para autorizar a proteção (JSCF): a) ruptura i nesperada da disciplina vigente; b) i mprevisibilidade das modi ficações Exemplo: o Mu nicípio é obri gado a lotear os t errenos qu e el e mesmo ali enou a terceiro, sen do inviável posteriormente o próprio Muni cípio pl eitear a anulação da venda (S TJ, Resp 141.879/ SP) 8 15. Precauç ão Nasceu no Di reito Ambiental com a id eia de evitar danos amb ientai s antes que eles ocorram Vem sendo tal prin cípio ac olhido no Di reito Administrativo no sentido d e que, s e det erminada ação aca rreta risco para a c oletividad e, deve a Admi nistração ad otar postura de precaução em favor do int eresse público 16. Razoabilida de Origin ária no Di reito Processual norte-am ericano, a razoabili dade é aplicável a todas as ati vidades estatais (STF, na AD I 4.467, jul gou inconsti tucional lei federal por cons iderá -la irrazoáv el) Tem p erfil mais hermenêut ico em sua origem (nasce nos camp os da lógi ca e in terpretação jurídica) Exige qu e a c onduta admini strativa enquad re-se no bin ômio l egalidade/finalidad e, devendo ser \u201caceitável\u201d e dentr o dos limi tes do bom -sen so 17 . Proporcion alidade Tem origem no Di reito Al emão Na Alemanha di vide-se em três subp rincípi os: a) adequação ou idoneidade (o meio empregad o deve ser compatí vel com o fim pretendi do) . Ex.: é desproporci onal exigi r diploma para o exercíci o do jornalismo (ST F , RE 511.961/SP) ; b) exig ibilidade/ necessidade (inexistência de ou tro mei o menos g ravoso para ati ngir o me smo objetivo) . Ex.: é nul a apli cação da pena mai s grave dian te de in fração funcional leve (STJ, 5 a Turma, RMS 29.290) c) proporcionali dade em senti do estrito (vantagens ati ngidas devem su perar a s desvantagen s) Ex.: é i nconstitucional l ei que exige pesage m de boti jão de gás no moment o da venda ao consumidor (STF, AD I 855/PR) Ao contrário da razoabilidade, a p roporcionalidade já nasceu com uma vocação material /prática visando soluci onar conflitos pela ponderação de valores 18. Consensu alidade (partic ipação) Previsto no art. 37, § 3 o , da CF Impõe que os processo s decisórios da Admi nistração envolvam os ad mini strados como meio d e democratização da t omada de deci sões Inclui institutos como consultas, audiências públicas, câmaras de concili ação, termo de ajustamento de cond uta etc 9 QUESTÕES R ECENTES 1. (2017 /Ibade/PC-AC) Acerca d os p rincípi os que i nformam o Direito Admini strativo Brasil eiro, é correto afirmar qu e a(o): a) nomeação d e c ônjuge, c ompanheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o quarto grau, i nclusive, da aut oridade nomeante ou de servi dor d a mesma p essoa jurí dica investi do em cargo d e di reção, chefia ou assessoramento, para o exercí cio de cargo em c omissão ou de confian ça ou, ainda, de fun ção grati ficada na Admi nistração Públi ca di reta e i ndireta em qualquer dos poderes da União, dos E stados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste medi ante designações recí procas, viol a a Constituição Federal . b) Supremo Tribun al Federal já possui pací fica jurisprudênci a no sentido d e q ue o Chefe do Poder Executivo Estad ual pode nomear p arentes em li nha reta, a exemplo d e uma filha, para o ca rgo de Secretária de Estado, p orque se t rata de u ma escolha política e o fato do car go de S ecretário de Estado ser de natu reza política torna esta nom eação insusc etível de controle. c) princípio da pub licidade c onsidera -se atendido sempre qu e h ouver a pu blicação de atos no Diário Oficial, sendo, por conseguinte, desnecessária qualqu er medi da adicional por parte da Admini stração Pública. d) pri ncípio da l egalidade tem idênt ica apli cação para os particulares e para a Administração Pública, significand o a possibil idade de reali zação d e atos que não sejam v edados p elo ordenamento jurí dico. e) Supremo Tribunal Federal poss ui entendimento no s entido de que vedar o aces so de qual quer cidadão a cargo público tão somente em razão da existênci a de relação de parentesco com se rvidor públi co que não tenha comp etência para o s elecionar ou o nomear para o carg o de chefia, direção ou assessoramento, ou que n ão exerça as cendência hierárquica sobre aquele que possua essa competência é, em algu ma medi da, nega r um dos pri ncípios consti tucionais a que se pretendeu conferir efeti vidade com a edi ção da Súmula Vinculant e n° 13, qual seja, o princípio da impessoali dade. GABARITO E 2. (2017/Ibad e/PC-AC) Quanto ao s temas ór gão púb lico, Estado , Governo e Admi nistração Pública, assi nale a alternati va correta. a) O denomi nado "Estado em Rede" tem como uma d e suas ca racterísticas marcantes a viabiliz ação da participação do ci dadão na at uação admi nistrati va d o Estado. Neste contexto, as audiências públi cas e as consult as públi cas podem ser apontadas como exemplos deste modelo. b) A noção de órgão pú bli co é aplicada apenas ao Pod er Exe cutivo, inexistindo órgãos públicos no Poder Judici ário e no Poder Legisl ativo. c) Fala-se em Admini stração Pública Introversa para frisa r a relação existente entre Admini stração Pública e admi nistrados. d) G overno é pessoa jurídica de di reito pú blico que possui aptidão para titularizar direitos e contrair obrigações. e) A Ad ministração Públi ca Gerenci al, também denominada de racional , tem com o uma d e suas característi cas marcantes o acentuado controle sobre processos, tendo o con curso público, a licitação, a d esapropriação e o p rocesso admini strativo di sciplin ar com o al g un s d e seus institutos ícones. GABARITO A 3. (20 16/CESPE/Del egado de P olícia/ PE) Consi derando o s prin cípios e fundam entos teóri cos do direito admini strativo, assinale a opção correta. a) As empresas púb licas e a s sociedade s de economia mi sta, se consti tuídas como pessoa jurídica de direito privado, nã o integram a admi nistração indi reta. b) Desconcentração é a di stribuição de competênci as de uma pessoa físi ca ou jurídica para outra, ao p asso que descentrali zação é a distribuição de comp etências dentro de uma mesma p essoa jurídica, em razão da sua organi zação hierárquica. c) Em decorr ência do pri ncípio da legali dade, é l ícito que o pod er pú bli co faça tu do o que n ão estiver expressament e proibi do pela lei. d) A admi nistração pú blica , e m se ntido estrito e subjetivo, c ompreende as pessoas jurídi cas, o s órgãos e os agent es públicos que exerçam fun ção admini strativa. 10 e) No Brasil, por não e xistir o m odelo da dualidade de jurisdi ção do sistema franc ês, o ingresso de ação ju dici al no Poder Judi ciário para questionar ato do poder p úblico é c ondici onado ao p révio exaurimento da i nstância admi nistrativa. GABARITO D 4 . (20 16/CESPE/Del egado de Polí cia/PE) Tendo como referên cia a ju risprudência majorit ária do STF acerca dos princí pios expressos e impl ícitos da admi nistração pú bli ca e do regi me jurídico - admini strativo, assinale a opção correta. a) Se houver repasse de verbas fe derais a muni cípio, a ap licação desses recursos pelo governo munici pal n ão será objeto de fiscalização do órgão cont rolador federal , dado o p rincípi o da autonomia dos ent es federados. b) A al teração, p or m eio d e po rtaria, das atribui ções de cargo públ ico n ão contrari a di reito líqui do e certo do servid or público investi do no cargo, di ante da in exi stência de di reito adquirid o a regime jurídico. c) A admi nistração pú blica não pode, medi ante ato própri o, desconsi derar a personali dade jurídica de e mpresa fiscalizada por tribunal de contas; a esse caso não se aplica a doutrin a dos poderes implí citos. d) Segundo o STF, a ve dação ao nepotismo decorre diretamente de princípi os consti tuci onais explícit os, como os p rincípi os da i mpessoalidade, da morali dade admini strativa e da ig ualdade, não se exigin do a edição de lei formal para c oibir a sua práti ca. e) De acordo com o pri ncípio da efici ência, a admi nistração p ode revogar s eus p róprios atos, quando eivad os de vícios que os torn em ilegais, porqu e deles não se origi nam direitos. Também pode anul á-los, por m otivo d e conveni ência ou oportu nidade, hipótese na qual d evem ser respeitados os direi tos adqui ridos. GABARITO D 5. ( 2015 - VUNESP/Delegad o de Polícia/CE) A prática de nepotismo, al ém de ser uma atitude antiética, fere qual dos princí pios explícitos da Admi nistração Pública? E qu al é a restr i ção imposta por esse pri ncípio? a) Fere o pri ncípio da imp essoalidad e. Ou s eja, ao rep resentante públi co é p roibi do pri vilegiar pessoas especí ficas. b) Fere o princí pio do pode r. Ou s eja, u m agente públi co não pode fazer uso do s eu cargo ou função em benefíci o de parentes ou conh ecidos. c) Fere o p rincípi o d a eficiência. Ou seja, os fun cionários públ icos devem preza r p elo bem púb li co e pelo bom uso dos recursos do Estado . d) Fere o princípi o da eficácia. Ou se ja, os ag entes públ icos devem pri mar pel o i nteresse coleti vo e pelo bom uso dos recursos do Estado . e) F ere o pri ncípio da legali dade. Ou seja, o f uncionári o público em sua s fun ções e at ribui ções pode, em determin ados casos previ sto em Lei, empregar parent es. GABARITO A 6. ( 2015 - VUNESP/Del egado d e Polícia/C E) Em grandes centros urbanos brasi leiros, obs erva-s e um desafio na questão da mobili dade urbana, ou seja , uma constan te tensão ent re o transp orte de caráter indi vidual e o transport e coletivo. Di ante dos congestioname ntos crescentes, por q ual dos princí pios implícitos da Administração Públi ca o admini strador públi co deve se guiar p ara constituir u ma política que privilegi e o transporte c oletivo em detrimento do transp orte individual? a) Pelo princí pio da Inteli gibilidade. b) Pelo princí pio da Razoabili dade. c) Pelo prin cípio do Interesse Públi co. d) Pelo princí pio da Eficiência. e) Pelo princí pio da Alocação. GABARITO C

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