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DOENÇAS PULMONARES Me. Wagner da Silva Naue Fisioterapeuta Especialista em Terapia intensiva (Assobrafir) Doutorando Ciências Médicas (UFRGS) Contato: wnaue@hotmail.com ANATOMIA PULMONAR ÁREA DE TROCA GASOSA Pressões Parciais dos gases ATELECTASIAS • Também conhecida como colapso é a perda de volume pulmonar pela falta de expansão das unidades alveolares. • Ou seja, os alvéolos por obstrução na condução de ar até eles acabam se colabando e desta forma deixando de realizar sua função que é a troca gasosa. • Desta forma o sangue rico em CO2 proveniente do retorno venoso dos tecidos ( VD) não troca com os alvéolos pois os mesmos estão colabados e não recebem oxigênio para esta troca. • As atelectasias podem ser divididas em três causas principais: • Atelectasia de reabsorção: ocorre quando uma obstrução impede a passagem de ar para as vias áreas distais (plug de secreção). • Atelectasia por compressão: é decorrente de uma compressão externa do parênquima pulmonar (derrame pleural) • Atelectasia por contração: ocorre por recolhimento elástico excessivo, causado principalmente por fibrose pulmonar ou pleural. FORMAS DE ATELECTASIA SÍNDROME DA ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA AGUDA (SARA) • É uma síndrome clinica causada por dano capilar e alveolar difuso, levando a uma alteração abrupta é grave nas trocas gasosas. • Caracterizada por insuficiência respiratória aguda associada a hipoxemia grave e refratária. • Está associada danos diretos no parênquima pulmonar (pneumonia) ou por ação indireta resultante da inflamação sistêmica. • A membrana alvéolo-capilar que é formada por duas barreiras separadas: endotélio microvascular e o epitelio alveolar. • Na SARA esta barreira tem sua integridade comprometida. • Ocorrendo um aumento da permiabilidade vascular com transudação alveolar, anormalidade no surfactante causada por danos nos pneumocitos 2, levando a um aumento considerável da membrana alvéolo-capilar. • O que causa um enorme desequilíbrio nas trocas gasosas. • Resultando em uma hipoxemia refratária ao aporte de oxigênio. ALVÉOLO COM SARA DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS • São um conjunto de doenças que apresentam como características principal a obstrução do fluxo de ar, causada por obstrução das vias aéreas. • As principais doenças obstrutivas são: enfisema, bronquite crônica, bronquiectasia e asma. • Nestes pacientes o fluxo expiratório e principal componente afetado. SOBREPOSIÇÃO DAS DOENÇAS OBSTRUTIVAS ENFISEMA • É caracterizado por dilatação anormal e permanente das vias aéreas distais aos brônquiolos terminais acaompanhada por destruição de suas paredes. • O enfisema é classificado em três tipos: centroacinar (centrolobular), pan-acinar ( Panlobular) e acinar distal (Parasseptal). ENFISEMA TIPOS DE ENFISEMA • Centro acinar : A porção central ou proximal dos ácinos é afetada enquanto os alvéolos distais permanecem normais. • Pan-acinar : os ácinos estão uniformemente dilatados, desde os branquinhos respiratórios até os alvéolos terminais. • Acinar Distal: neste tipo de enfisema as porções proximal dos ácinos podem estar normais ou alteradas. Sendo a parte mais afetada do pulmão a que fica junto a pleura. ÁCINOS COM ENFISEMA CAUSA DO ENFISEMA CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS • Inicialmente a dispnéia é o primeiro sintoma, apresentando-se com início insidioso e rapidamente progressivo. • Perda de peso grave é comum e pode estar associado a neoplasia adjacente. • Na forma clássica os pacientes apresentam o tórax abaulado com dispnéia e tempo expiratório prolongado. • Nestes pacientes a distensão dos espaços aéreos é severa e a capacidade de troca gasosa é compensada pela hiperventilação, mantendo as taxas de oxigenação sanguínea próximas a normalidade até estágios terminais da doença. • São conhecidos como separadores rosados. BRONQUITE CRÔNICA • É comum entre os tabagistas e moradores de centros urbanos, devido à poluição do ar. • Cerca de 25% dos homens de 45-50 anos apresentam sinais da doença. • Caracterizada por tosse persistentes que dura por mais de duas semanas com períodos continuo-as com mais de 2 anos. • Nos momentos inicias da doença está tosse e acompanha de expectoração de muco sem limitação de fluxo. • Já em estados mais avançados e em pacientes fumantes já ocorre obstrução do fluxo aéreo e hiperinsuflação pulmonar. BRONQUITE CRÔNICA CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS • Os pacientes com bronquite crônica podem permanecer por anos com tosse persistente e produção de escarro, sem apresentar obstrução de fluxo aéreo. • Mas quando inicia está obstrução estes pacientes podem cursar com hipercapinia e hipoxemia, apresentando uma hiperinsuflação com cianose (sopradores azuis). • Devido a esta hipoxemia persistente estes pacientes podem evoluir para hipertensão pulmonar e insuficiência cardíaca (corpumonale). ASMA • É uma desordem inflamatória crônica das vias aéreas levando a broncoespasmo e sibilância (chiado no peito). • A principal característica da asma e hiperreatividade a determinados alergenicos. • A hiperreatividade das vias áreas causa obstrução intermitente e reversível, com inflamação neutrófilica e produção de muco. FISIOPATOLOGIA DA ASMA DOENÇAS INTERSTICIAIS CRÔNICAS (RESTRITIVAS) • Caracterizada pela redução da capacidade pulmonar por menor dificuldade na expansão pulmonar. • Com acometimento assimétrico do tecido conjuntivo pulmonar bilateralmente. • Principalmente das paredes alveolares, levando a uma diminuição da complacência pulmonar. • E consequentemente a dificuldade de enchimento de ar dos pulmões, causando uma sensação de dispnéia. DOENÇAS RESTRITIVAS FIBROSE PULMONAR • A fibrose pulmonar idiopática é uma doença sem causa definida, que acomete simetricamente ambos os pulmões. • Onde agentes nocivos não identificados lesão o tecido do parênquima pulmonar causando inflamações repetidas. • Levando a fibrose da parede alveolar, dificultado assinas trocas gasosas. • Causando desde dispnéia a pequenos esforços até hipoxemia grave e parada cardiorrespiratória respiratória. FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS • Manifesta-se com inicio gradual caracterizado por tosse não produtiva e dispneia progressiva. • Na ausculta pulmonar estes pacientes apresentam crepitantes secos ao final da inspiração, com som semelhante a velcro. • Nos estágios finais da doença hipoxemia com cianose e corpumonale e edema podem ocorrer. • O único tratamento transplante pulmonar. SARCOIDOSE • Possui etiologia pouco conhecida, acredita-se seja oriunda de regulação imune desordenada acometendo pessoas previamente dispostas e em resposta a agentes variados. • Ocorrendo diversas anormalidades imunológicas contra antígenos não identificados. • Estas respostas são realizadas por linfócitos TCD4. SARCOIDOSE CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS • A doença e assintomática na maioria das pessoas, sendo descoberta em exames de imagem. • Em dois terços dos pacientes ocorrem aparecimento gradual dos sintomas respiratórios, respiração curta, tosse seca e desconforto subesternal. EMBOLIA PULMONAR • São coágulos sanguíneos que obstruem as grandes artérias pulmonares. • 95% dos coágulos surgem das veias profundas de membros inferiores, comumente da veia poplitea. • Os principais fatores de risco são: 1. Imobilismo 2. Cirurgia ortopedica (joelho e quadril) 3. Traumas graves (fraturas e queimaduras) 4. ICC 5. Uso de anticoncepcionais hormonais 6. CA 7. Desordens primarias de coagulação EMBOLIA PULMONAR CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS• A maioria dos êmbolo pulmonares são clinicamente silenciosos, logo são dissolvidos pela atividade fibrinolítica. • Em 5% dos casos podem ocorrer morte súbita, insuficiência cardíaca direita, colapso cardiovascular. • Isso ocorre quando mais de 60% da vasculatúra pulmonar esta comprometida por um grande êmbolo. INFECÇÕES PULMONARES • Um sexto de todas as mortes anualmente nos EUA são causadas por pneumonias. • Este número de mortes não se da por acaso, pois passam litros de ar contendo inúmeros contaminantes ambientais por dia no trato respiratório. • O sistema de defesa do trato respiratório se estende desda nasofaringe até os alveolos. DEFESA PULMONAR MECANISMO DE DEFESA PULMONAR PNEUMONIA COMUNITARIA • A maioria das pneumonias adquiridas na comunidade são de origem bacteriana. • Com início agudo, cursando com febre alta, calafrios, dor torácica pelurítica e tosse produtiva mucopurulenta. • A bactéria Streptococcus Pneumoniae é o patogeno mais comum. • Estas infecções pneumocócicas ocorrem com mais frequência em alguns pacientes: • Com doenças crônicas, Imunocomprometidos, pacientes que perderam o baço. PATOGENIA DAS PNEUMONIAS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS • Usualmente a apresentação clínica inicial esta associada com apresentação dos sintomas: febre, calafrios, tosse, dor no peito. • Evoluindo a para dispneia moderada a grave com expectoração de secreção e insuficiência respiratória grave necessitando de VM. • Isto ocorre por que o agente causador (bactéria…) leva a uma reação inflamatória nos alvéolos causando produção exacerbada de muco e foco de consolidação alterando as trocas gasosa. TUMORES PULMONARES • A maioria dos tumores pulmonares primários são causados por Carcinoma (câncer de pulmão). • São neoplasias extremamente agressivas e invasivas, tanto que no momento do diagnóstico 50% dos pacientes já apresentam metastase. • Mesmo quando tratado o CA pulmonar apenas 45% dos pacientes sobrevivem. CA PULMONAR CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS • Na sua maioria são silenciosos e se espalham nos tecidos adjacentes de maneira muito agressiva e rápida sem produzir sintomas. • Os principais sintomas são dor torácica, tosse seca, expectoração com sangue, atelectasias persistentes, derrame pleural e pericárdico. • Caso ocorra metastatização para o cérebro pode ocorrer tonturas, alterações no equilíbrio. LESÕES PLEURAIS • É o processo patológico que envolve a pleura. • Geralmente são complicações de alguma doença pulmonar. • Os distúrbios primários mais importantes são: • Infecções bacterianas e neoplasia primária. • Ocorrem três principais alterações pleurais: Pneumotórax, Hemotórax e Quilotórax (empiema). PNEUMOTÓRAX HEMOTÓRAX QUILOTÓRAX
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