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Semiologia: Síndromes Pleuropulmonares

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1 SEMIOLOGIA MÉDICA 1 
VITÓRIA NOVAIS – MED 
SÍNDROMES PLEUROPULMONARES: 
 Obstrução das vias aéreas 
 Doença intersticial pulmonar 
 Consolidação alveolar 
 Atelectasia 
 Síndromes pleurais 
o Derrame pleural 
o Pneumotórax 
SÍNDROMES OBSTRUTIVAS: 
Obstrução do fluxo de ar no conduto respiratório traqueobrônquico ou até a região do bronquíolo e alvéolos. A doença 
pulmonar obstrutiva crônica se divide em duas doenças que são a bronquite obstrutiva crônica e o enfisema pulmonar. 
Além disso, dentro das doenças obstrutivas há a asma e a bronquiectasia. 
1) Asma 
2) DPOC 
 Bronquite Crônica Tabágica 
 Enfisema Pulmonar 
ASMA: 
 Estreitamento difuso das pequenas vias aéreas reversível 
 Resposta brônquica exacerbada envolvendo mediadores 
inflamatórios que aumentam as secreções nas vias 
respiratórias e padrão de 
broncoconstrição  
diminuição do calibre das vias 
 5% da população 
 Forte predisposição genética 
 Associação com atopia = alergias 
DESENCADEADORES: 
 Aeroalérgenos: poeira (ácaros), pólen, mofos 
 IVAS = Infecções das Vias Aéreas Superiores 
 Mudanças climáticas e poluição ambiental (cigarro) 
 Drogas que levam à broncoconstrição  b-bloqueadores 
 Exercício 
 DRGE = Doença do Refluxo Gastroesofágico  irrita a mucosa brônquica desencadeando o broncoespasmo 
 Estresse 
SINTOMAS: 
 
Brônquio Normal 
 
 
2 SEMIOLOGIA MÉDICA 1 
VITÓRIA NOVAIS – MED 
 Dispneia 
 Sibilância 
 Tosse 
 Desconforto torácico 
 Dificuldade de locução 
 
EXAME FÍSICO: 
 
1) Sinais gerias: 
 Agitação 
 Confusão 
 Sonolência 
 Taquicardia 
 Pulso paradoxal 
 
2) Sinais do Aparelho Respiratório: 
 Taquidispneia 
 Uso musculatura acessória 
 Tiragem 
 MV ↓ com sibilos difusos 
 FTV normal ou ↓ (dependendo do grau de 
espasmo da via respiratória)
 
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC): 
FISIOPATOLOGIA: 
Limitação ao fluxo aéreo não totalmente reversível, 
progressiva e associada a resposta inflamatória do pulmão a 
partículas e gases nocivos. 
1. Septos Alveolares destruídos por substâncias nocivas 
(principalmente cigarro  carga tabágica acima de 20 anos/maço já é 
suficiente para causar lesão pulmonar definitiva ) 
2. Excesso de Muco nas vias respiratórias 
Os homens ilustrados no canto direito da página, demonstram 2 perfis de DPOC: o Enfisemantoso (magro, com 
dificuldade respiratória, mas corado) e o característico de DPOC por Bronquite Crônica Tabágica ( menos emagrecido 
que o 1º e cianótico). Na prática, esses 2 perfis se misturam. 
Devido à hipóxia cerebral 
1 
2 
 
 
3 SEMIOLOGIA MÉDICA 1 
VITÓRIA NOVAIS – MED 
 Enfisema Pulmonar: aumento do espaço aéreo distal ao bronquíolo terminal com destruição da parede 
 Bronquite Crônica: hipersecreção de muco na árvore brônquica 
 
As partículas do cigarro vão entrando em contato com os 
septos alveolares e se impregnando nos mesmos até 
causar grandes vacúolos nos alvéolos, constituindo o 
padrão de enfisema pulmonar. 
 
SINTOMAS: ANAMNESE 
 Bronquite Crônica: 
 Tosse produtiva crônica ao despertar 
 Dispneia aos esforços 
 Sobrepeso 
 > 3 meses/ano em 2 anos consecutivos dos 
sintomas 
 
 Enfisema Pulmonar: 
 Dispneia crônica e progressiva 
 Emagrecimento 
 Evolução lenta (anos) 
 Indivíduo tosse menos pois tem menos lesão brônquica visto que sua lesão é predominantemente alveolar 
SINAIS: EXAME FÍSICO 
Gerais: 
 Cianose 
 Baqueteamento digital 
 Edema periférico  pctes que evoluem para 
Insuficiência Ventricular Direita = COR PUMONALE 
secundário à DPOC 
Respiratórios: 
 Expansibilidade ↓ (tórax em tonel = tórax em 
hiperexpansão) 
 ↓ MV 
 expiração prolongada = buscando ventilação mais 
adequada 
 Ruídos Adventícios: roncos, sibilos, crepitações grossas 
disseminados  predominantes na Bronquite Crônica 
Tabágica 
 FTV ↓ (acompanha o MV) 
 Hipersonoridade à PERCUSSÃO  hiperexpansão pulmonar com consequente ↑ da quantidade gás nos pulmões 
Trama vascular bem visível 
com transparência de 
tecido que tem 
parênquima e ar em 
proporções normais 
Tórax hiperinsuflado e mais 
escuro devido à maior 
quantidade de ar represado. 
Espaços intercostais 
alargados e diafragma 
 
 
4 SEMIOLOGIA MÉDICA 1 
VITÓRIA NOVAIS – MED 
CHAVES PARA O DIAGNÓSTICO: 
 > 40 anos 
 Dispneia 
o Progressiva 
o Piora com exercício 
o Persistente 
 Tosse Crônica 
o Qualquer padrão de escarro produtivo 
 Infecção recorrente de vias aéreas inferiores 
 Fator de risco do hospedeiro 
o Genéticos 
o Pequeno para idade gestacional – 
termo < 2.500 g 
o Infecções respiratórias na infância 
o Tabaco 
o Fumaça de fogão e óleos combustíveis 
o Ocupacional 
 História Familiar DPOC 
ÍNDICE DE DISPNEIA MODIFICADO DO MRC (MEDICAL RESEARCH COUNCIL): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÍNDROMES RESTRITIVAS: 
Limitação da capacidade do volume pulmonar. As principais doenças restritivas pulmonares são as doenças fibrosantes 
e as doenças relacionadas a síndrome da angústia respiratória aguda. 
DOENÇA INTERSTICIAL PULMONAR: 
1) Fibrose Pulmonar Idiopática 
2) Pneumoconiose (doenças profissionais) 
3) Sarcoidose 
FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA: 
 Infiltração anormal e disseminada de células e líquido nos espaços intersticiais entre os alvéolos e deposição de 
colágeno nas paredes causando a fibrose 
Sintomas Fatores de 
Risco
Espirometria DPOC
 Dispneia 
 Tosse 
 Escarro 
 Hospedeiro 
 Tabaco 
 Ocupação 
 Poluição 
 Confirmação 
diagnóstica 
 
 
5 SEMIOLOGIA MÉDICA 1 
VITÓRIA NOVAIS – MED 
 Sinais e sintomas semelhantes à DPOC 
o A diferença é que na Fibrose Pulmonar Idiopática, o Tabagismo NÃO é fator desencadeador 
 
PNEUMOCONIOSE: 
 Fibrose pulmonar secundária à inalação de partículas inertes em exposição profissional 
o Carvão 
o Asbesto 
o Sílica 
 Sinais e sintomas semelhantes à DPOC 
 Indiferenciável da Fibrose Pulmonar Idiopática pela radiografia  diferença está na etiologia conhecida da 
pneumoconiose 
SARCOIDOSE: 
 Doença Granulomatosa Sistêmica idiopática com frequente acometimento pulmonar 
 Sinais e Sintomas: 
o Astenia, febre e dispneia insidiosa 
 Trama evidente e bem definida devido à 
deposição de colágeno  fibrose difusa 
por todo pulmão 
 Tórax expandido 
Antracose/Doença do Pulmão 
Negro/ Pneumoconiose do Mineiro 
Asbestose 
 
Silicose 
 
 
 
6 SEMIOLOGIA MÉDICA 1 
VITÓRIA NOVAIS – MED 
o Manifestações pulmonares 
o Manifestações extrapulmonares: sarcoidose intestinal, sarcoidose hepática, renal.... 
 
CONSOLIDAÇÃO ALVEOLAR – DOENÇAS PARENQUIMATOSAS PULMONARES: 
Diversas doenças acometem o parênquima pulmonar, mas as mais frequentes são: 
1) Pneumonia 
2) Tuberculose 
PNEUMONIA: 
 Processo inflamatório agudo do trato respiratório inferior com alta 
morbimortalidade. 
 A causa mais comum de pneumonia em adultos > 30 anos = Infecção 
bacteriana 
o Streptococcus pneumoniae é o patógeno mais comum em 
todas as faixas etárias, ambientes e regiões geográficas. 
o patógenos de qualquer espécie, de vírus a parasitas, podem 
causar pneumonia. 
 As vias respiratórias e os pulmões são constantemente expostos a 
patógenos no ambiente externo; as vias respiratórias superiores e a 
orofaringe em particular são colonizadas pela assim chamada flora 
normal  a microaspiração desses agentes patogênicos do trato 
respiratório superior é uma ocorrência regular, mas prontamente 
resolvida pelos mecanismos de defesa do pulmão do hospedeiro. 
 
Alargamento do mediastino 
devido ao aumento do 
tamanho dos gânglios 
mediastinais = 
linfadenomegalia 
 
 
7 SEMIOLOGIA MÉDICA 1 
VITÓRIA NOVAIS – MED 
 A pneumonia se desenvolve quando: 
o Os mecanismos de defesa estão 
comprometidos 
o A macroaspiração leva a uma grande 
inoculação de bactérias que derrotam as 
defesas normais do hospedeiro 
o Infecção por patógeno mais virulento 
 a infecção pode se desenvolverquando 
patógenos alcançam os pulmões via corrente 
sanguínea ou por propagação contígua a partir 
da parede torácica ou mediastino (traumas, 
queimaduras..) 
 Defesas das vias respiratórias superiores  IgA 
salivar, proteases e lisossomos, inibidores do 
crescimento produzidos pela flora normal e 
fibronectina, que reveste a mucosa e inibe a 
aderência. 
 Defesas inespecíficas das vias respiratórias 
inferiores tosse e depuração mucociliar 
previnem a infecção dos espaços aéreos 
 Defesas específicas das vias respiratórias diversos 
mecanismos imunes específicos a patógenos: 
o opsonização por IgA e IgG 
o peptídeos antimicrobianos 
o efeitos anti-inflamatórios da surfactante 
o fagocitose por macrófagos alveolares 
o respostas imunes mediadas por linfócitos T 
Esses mecanismos protegem a maioria das pessoas 
contra infecção. 
 Diversas condições alteram a flora normal (doenças 
sistêmicas, desnutrição, exposição a hospital ou 
antibióticos) ou comprometem essas defesas 
(estado mental alterado, tabagismo, intubação 
nasogástrica ou endotraqueal). Os patógenos que, 
mesmo assim, alcançam os espaços aéreos podem 
se multiplicar e causar pneumonia. 
FATORES DE RISCO: 
 Infecção de VAS precursora 
 Doenças pulmonares crônicas  DPOC, Asma, Fibroses...= aumentam o acúmulo de secreção e fibrose das vias 
aéreas e diminuição do clareamento (limpeza) do muco, que se torna sítio para a proliferação de microrganismos 
 Hospitalização  principalmente no CTI além de ter relação direta com a ventilação mecânica 
 DM  altera a imunidade do diabético 
 Imunodepressão 
 Alcoolismo e aspiração  desnutrição e aspiração de secreções das VAS e gástricas durante episódios de vômitos 
decorrentes da embriaguez 
 Drogas injetáveis  disseminação hematogênica de microrganismos patogênicos 
SINTOMAS: ANAMNESE 
 Dispneia  hematose comprometida devido ao acumulo de secreção 
 Tosse seca (pneumonias intersticiais) ou produtiva (pneumonias “alveolares”) 
o A presença de expectoração contribui decisivamente para diferenciar as lesões alveolares (pneumonias 
bacterianas) das intersticiais (pneumonias virais). No início das pneumonias bacterianas não existe 
expectoração ou ela é discreta, mas após algumas horas ou dias surge uma secreção abundante, amarelo-
esverdeada, pegajosa e densa. Nessa fase pode ocorrer escarro hemoptoico vermelho-vivo ou cor de tijolo. 
Nas pneumonias por bacilos gram-negativos (Klebsiella, Aerobacter, Pseudomonas), a expectoração adquire 
 
 
8 SEMIOLOGIA MÉDICA 1 
VITÓRIA NOVAIS – MED 
um aspecto de geleia de chocolate. Quando estão presentes anaeróbios (bacteroides), o hálito fétido e o 
escarro pútrido chamam a atenção do médico, embora isso costume ocorrer tardiamente. 
 Dor torácica  padrão de dor pleurítica 
o Tendo em vista que as pneumonias (bacterianas) iniciam-se na porção periférica dos lobos, onde o 
parênquima pulmonar está em estreito contato com a pleura parietal, as características da dor são as 
mesmas das pleurites. Sempre que exista comprometimento subpleural o folheto visceral responde com uma 
reação inflamatória, que em um estágio mais avançado o faz aderir ao folheto parietal, onde a dor se origina. 
Quando o foco pneumónico for apical, mediastinal ou diafragmático, são as vias nervosas aferentes que 
conduzem o estímulo até os centros cerebrais e por isso os pacientes relatam uma sensação dolorosa 
profunda não bem localizada, bem diferente da anterior. Nas pneumonias a dor vem acompanhada de febre 
e tosse produtiva, que pode ser hemoptoica. A sensação dolorosa nas pneumonites intersticiais é bem 
diferente. O paciente queixa-se de dor difusa, como um desconforto, quase sempre de localização 
retroesternal, que se exacerba com a tosse, que é seca. A origem de dor, nesses casos, é no interstício 
pulmonar. 
 Dor abdominal  esforço para tosse e irradiação da dor pleurítica 
 Gerais: relacionados a processos infecciosos 
o febre ou hipotermia 
o adinamia (astenia) 
o mialgia 
o sudorese 
o calafrios 
o fadiga 
o anorexia 
SINAIS – EXAME FÍSICO : 
1) Inspeção 
2) Ausculta* 
3) Percussão 
4) Palpação 
 
* rever os sons no capítulo “Exame do Aparelho Respiratório” para memorização 
PNEUMONIA TÍPICA – PADRÃO DE CONSOLIDAÇÃO: 
 Consolidação = alvéolo preenchido por secreção 
 Localizada = uma área determinada está consolidada  todos os alvéolos desta área apresentam acumulo 
de secreção 
1. Inspeção dinâmica: dispneia 
2. Som bronquial 
2.1. FTV ↑ 
3. Submacicez ou macicez (devido à diminuição do 
conteúdo aéreo da área acometida) 
4. Expansibilidade ↓ (ar não entra devido à grande 
quantidade de muco) 
 
 
 
Conhecer os padrões de pneumonias para reconhece-los através do exame físico 
 
 
9 SEMIOLOGIA MÉDICA 1 
VITÓRIA NOVAIS – MED 
BRONCOPNEUMONIA: 
 Focos de acumulo de secreção distribuídos por todo o 
parênquima 
 Alvéolos tanto com ar quanto com secreção 
1. Inspeção dinâmica: dispneia 
2. MV fisiológico – diminuído (dependendo da 
quantidade de ar e secreção) 
2.1. Crepitação e ronco: devido à vibração da secreção 
causa pela passagem do ar pelas vias 
semiobstruídas 
2.2. Sibilos: devido ao estreitamento das vias aéreas à 
passagem do ar decorrente do acumulo de 
secreção 
2.3. FTV fisiológico – aumentado 
3. Claro pulmonar – submacicez 
PNEUMONIA INTERSTICIAL: 
 Processo inflamatório difuso ao redor dos alvéolos e 
brônquios acúmulo de secreção no interstício com as 
vias aéreas livres à passagem do ar 
 Pode apresentar pouca secreção (tosse pouco ou nada 
produtiva), mas isso não significa menor gravidade  o 
acúmulo de secreção intersticial pode prejudicar 
gravemente a hematose 
1. Inspeção dinâmica: dispneia 
2. MV fisiológico  ar entra e sai normalmente 
2.1. Crepitação fina  abertura dos alvéolos frente à secreção inflamatória que o circunda gera 
crepitação 
2.2. FTV fisiológico 
3. Som claro pulmonar 
PNEUMONIA GRAVE: 
Independentemente do padrão da pneumonia, qualquer forma pode evoluir para pneumonia grave. Caracterizam perfil 
de gravidade: 
1) Geral: Cianose  hematose prejudicada 
2) Sinais vitais 
 TAx: < 35°C ou > 40°C 
 PAS < 90mmHg 
 FC > 125 bpm 
 FR >30 ipm (respiração superficial) 
 
 
10 SEMIOLOGIA MÉDICA 1 
VITÓRIA NOVAIS – MED 
 
TUBERCULOSE: 
 Infecção crônica pulmonar específica pelo Mycobacterium tuberculosis, grandemente disseminada por todo o 
mundo com alta morbimortalidade. 
 Infecção primária ou reativação (queda da imunidade) 
 Infecção extrapulmonar: renal, intestinal, SNC... 
PADRÕES DE TUBERCULOSE PULMONAR: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Padrão de tórax normal (sem 
hiperinsuflação como nas fibroses e 
DPOC), mas presença de áreas com 
acúmulo de secreção 
 Padrão de Broncopneumonia 
 Grandes focos de consolidação = áreas 
brancas  Padrão de Consolidação = 
 Pneumonia Típica Lobar 
 
Foco Primário: 
 Tuberculose Latente (provável) 
o Imunocompetente que conseguiu 
manter a infecção restrita a essa área, 
inativa (latente) 
o Imunodepressão = pode evoluir para 
formas mais graves 
 Tende a calcificar 
 Quase sempre associado a linfonodo 
satélite no mediastino 
 
Necrose Caseosa: 
 Destruição do parênquima e formação de 
cavernas tuberculosas 
 Pode ser reativação de TB Latente ou 
infecção primária de evolução direta 
 
Perfil Miliar: 
 TB Disseminada 
 Doença difusa, grave, mas SEM 
acometimento alveolar = 
intersticial  sem tosse com 
secreção purulenta 
 Escarro sem bacilos 
 
 
 
11 SEMIOLOGIA MÉDICA 1 
VITÓRIA NOVAIS – MED 
SINTOMAS - ANAMNESE : 
 Constitucionais: 
o Perda de peso 
o Febre 
o sudorese noturna 
o Astenia 
o Fadiga 
 Tosse Crônica  sinal de alerta para TB 
 Dispneia 
 
SINAIS – EXAME FÍSICO : 
 Desnutrição 
 Exame do Aparelho Respiratório: 
o Achados muito semelhantes aos de Pneumonia  
varia de acordo com os tipos de tuberculose 
 TB com Foco Primário:sem manifestações no 
exame físico 
 TB com Necrose Caseosa: alteração do 
murmúrio vesicular, tendência a apresentar 
roncos e crepitações, pode haver sopro 
tubário devido à entrada de ar nas cavernas 
tuberculosas 
 TB Disseminada: por ser intersticial apresenta poucas manifestações no exame físico  
RX essencial ao diagnóstico, pois EF não é confiável para esta suspeita diagnóstica 
o Sopro tubário 
 
As queixas constitucionais são muito importantes, pois habitualmente 
estão presentes na história do pcte com TB. 
 
 
12 SEMIOLOGIA MÉDICA 1 
VITÓRIA NOVAIS – MED 
 
 Áreas hipotransparentes (brancas) evidenciam as cicatrizes decorrentes da fibrose causada pela TB. 
 O circulo preto no ápice do pulmão esquerdo equivale a uma caverna tuberculosa 
 Paciente normalmente fica com sequelas 
ATELECTASIA: 
 Atelectasia se refere ao colapso ou perda de volume pulmonar e ocorre devido à hipoventilação dos pulmões. 
Pode envolver todo o pulmão ou um lobo, segmento ou subsegmento 
 também é definida como colapso dos espaços alveolares, geralmente de magnitude grave o suficiente para 
aparecer em uma radiografia simples de tórax 
 pode ser causada por obstrução intrínseca de uma via aérea ou compressão externa dos linfonodos, massas 
parenquimatosas ou outras entidades. Quando os pulmões são atelectasiados, a desproporção ventilação-
perfusão causa hipoxemia. A infecção pode resultar de atelectasia sustentada. 
FISIOPATOLOGIA: 
 bases pulmonares e os segmentos posteriores são vulneráveis à atelectasia dependente  causada por 
ventilação inadequada, principalmente em pacientes imobilizados ou no pós-operatório 
 atelectasia esparsa  causada por processos de enchimento alveolar, tais como hemorragia e edema 
 atelectasia passiva, de relaxamento, ou compressiva  pulmão retrai-se a um volume menor devido a líquido 
ou ar no espaço pleural adjacente 
 atelectasia obstrutiva ou reabsortiva  se deve ao bloqueio brônquico na entrada de ar, resultando em 
consolidação retrátil. 
o obstrução intrínseca das vias aéreas pode ser causada por tampões mucosos, corpos estranhos ou 
tumores. 
o obstrução extrínseca das vias aéreas resulta da sua compressão devido ao aumento de tamanho dos 
linfonodos ou outras massas que incidem sobre as vias aéreas. 
 atelectasia redonda  causada pelo espessamento pleural que se invagina e aprisiona o pulmão adjacente. 
Qualquer doença pleural crônica pode causar atelectasia redonda, principalmente doença pleural relacionada 
ao amianto. 
 
 
13 SEMIOLOGIA MÉDICA 1 
VITÓRIA NOVAIS – MED 
TIPOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATELECTASIA OBSTRUTIVA 
 A atelectasia obstrutiva (ou, reabsortiva) é uma consequência do bloqueio de uma via aérea 
 o ar retido distalmente à oclusão é reabsorvido dos alvéolos não ventilados, fazendo com que as regiões afetadas 
se tornem totalmente sem gases e, em seguida, colapsem 
 a taxa em que isso ocorre depende de vários fatores, particularmente da quantidade de ventilação colateral e 
da composição do gás inspirado 
 a obstrução de um brônquio segmentar tem menos probabilidade de resultar em atelectasia segmentar do que 
a obstrução de um brônquio lobar produzindo atelectasia lobar. 
 Essa diferença é consequência da ventilação colateral entre os segmentos de um lobo 
 A ventilação colateral ocorre por meio de três canais distintos (os poros de Kohn, canais de Lambert e 
fenestrações de Boren) e todos esses canais devem ser obliterados para que ocorra a atelectasia obstrutiva. 
 Essa ventilação colateral não ocorre entre os lobos, a menos que as fissuras interlobares sejam incompletas 
(pouco comum). 
 Pacientes que respiram gás com uma alta fração de oxigênio inspirado (FiO2) desenvolvem atelectasia mais 
rapidamente do que pacientes que respiram gás com FiO 2 mais baixa. 
o Em condições normais, o ar ambiente contém 79% de nitrogênio inerte, que está em equilíbrio com o 
nitrogênio que está dissolvido no sangue arteriolar pulmonar e capilar. 
A
te
le
ct
as
ia
Obstrutiva
Não Obstrutiva
por 
Relaxamento
perda de contato 
entre as pleuras
Compressiva
Adesiva
instabilidade 
alveolar
Cicatrização
de Substituição
lobo inteiro 
preenchido por tumor
de Aceleração
forças 
gravitacionais
Arredondada
em Placa
em regiões mal 
ventiladas
 
 
14 SEMIOLOGIA MÉDICA 1 
VITÓRIA NOVAIS – MED 
 Após a oclusão completa de um brônquio, o oxigênio intra-alveolar distal à obstrução é rapidamente reabsorvido 
ao longo de um gradiente de pressão acentuado em sangue venoso misto desoxigenado. 
ATELECTASIA NÃO-OBSTRUTIVA: 
As causas não obstrutivas de atelectasia incluem: 
 perda de contato entre as pleuras parietal e visceral 
 compressão do parênquima 
 disfunção do surfactante 
 substituição do tecido pulmonar por cicatriz ou doença infiltrativa 
 forças de aceleração vertical. 
SINAIS – EXAME FÍSICO : 
 Macicez (devido à falta de ar) 
 Expansibilidade ↓ 
 Retração do hemitórax ( devido à pressão negativa ocasionada pela expansão do tórax durante a inspiração e 
não expansão do pulmão atelectasiado)  apenas em grandes atelectasias 
 MV ↓ 
 FTV ↓ 
 
 
 
DOENÇAS PLEURAIS: 
1) Derrame Pleural 
2) Pneumotórax 
 
 
15 SEMIOLOGIA MÉDICA 1 
VITÓRIA NOVAIS – MED 
DERRAME PLEURAL: 
 Acumulo de líquido no Espaço Pleural (entre as 
pleuras Parietal e Visceral)  tende a se acumular mais na 
base do pulmão 
o A produção deste líquido pela pleura é habitual, 
mas em algumas condições como Insuficiência 
Cardíaca Direita, a drenagem linfática pleural fica 
prejudicada e o acumulo acontece  Drenagem 
prejudicada 
o Produção excessiva 
 Inflamatório / infeccioso: pneumonia próxima à 
pleura, por exemplo 
 Neoplásico 
 Hemotórax: sangue drenado para dentro do 
espaço pleural 
 
SINTOMAS – ANAMNESE: 
 Dor pleurítica: pleura inflamada e com acúmulo de líquido gera atrito entre as pleuras, gerando a dor 
o Dor em pontada e ventilatório-dependente 
 Tosse seca: manifestação comum em doenças pleuras devido à presença de receptores de tosse na pleura 
 Dispneia: depende da magnitude do derrame 
 Sintomas da doença de origem: ICD, Pneumonia e etc 
 
SINAIS – EXAME FÍSICO: 
 Depende da magnitude do derrame. Em grandes derrames: 
 Abaulamento: a grande quantidade de líquido expande o tórax que, devido à diferença de pressão, provoca o 
abaulamento do tórax 
 Expansibilidade ↓: atelectasia por compressão 
 MV ↓: alvéolos da região acometida NÃO conseguem receber ar 
 FTV ↓ 
 Macicez: ausência de ar 
Espaço Interpleural Normal Derrame Pleural 
 
 
16 SEMIOLOGIA MÉDICA 1 
VITÓRIA NOVAIS – MED 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PNEUMOTÓRAX: 
 Acúmulo de ar entre as pleuras 
 O ar tende a se acumular mais no ápice do pulmão 
 Trauma 
o Fratura de costela perfurando o pulmão e extravasando ar para a pleura 
o Ferimento por arma de fogo ou armas brancas que perfuram a pele, levando ar para a cavidade pleural 
 Espontâneo 
o Malformações: formações de bolhas de ar na pleura que podem se romper espontaneamente, 
principalmente durante esforço físico, extravasando ar para a cavidade pleural 
SINTOMAS – ANAMNESE: 
 Dispneia: depende da magnitude do pneumotórax 
 Dor pleurítica típica 
 Tosse seca: manifestação comum em doenças pleuras devido à presença de receptores de tosse na pleura 
SINAIS – EXAME FÍSICO : 
 Depende da magnitude do pneumotórax e achados são mais frequentes no ápice. Em grandes pneumotórax: 
 Abaulamento 
 Expansibilidade ↓: atelectasia por compressão 
 MV ↓: alvéolos da região acometida NÃO conseguem receber ar 
 FTV ↓ 
 Timpanismo: grande quantidade de ar 
 
Área hipotransparente (branca)  
presença de líquido = derrame pleural 
PARÁBOLA DE DAMOISEAU 
 
 
17 SEMIOLOGIA MÉDICA 1 
VITÓRIA NOVAIS – MED 
 
 
 
 
 
 Área hipertransparente (preta)  
presença de ar = pneumotórax 
 Área hipotransparente medialmente 
(branca)  pulmão direitocolabado 
pela compressão feita pelo 
pneumotórax + desvio do mediastino 
para a esquerda

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