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Direito Processual Civil I

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Direito Processual Civil
INTRODUÇÃO
-CONCEITOS FUNDAMENTAIS
INTERESSE = Posição orientada para satisfação de uma necessidade.
PRETENSÃO = Subordinação de um interesse ao próprio.
LIDE = Conflito de Interesses qualificado por uma pretensão resistida.
AÇÃO = ¹Direito público ²subjetivo ³abstrato, exercido contra o Estado-juiz, visando a prestação da tutela jurisdicional.
JURISDIÇÃO = iuris dictio, dizer o direito.
PROCESSO = É o instrumento colocado a disposição dos cidadãos para solução de seus conflitos de interesse e pelo qual o Estado exerce a jurisdição.
A Ação provoca a jurisdição e o processo.
 - Ação
 - Jurisdição Tríade Processual
 - Processo
-EVOLUÇÃO CIENTÍFICA DO DIREITO PROCESSUAL
FASES: 
IMANENTISTA (Sincretista, Civilista, Privatista)
CIENTÍFICA (Autonomista, Conceitual)
INSTRUMENTALISTA (Crítica, FASE ATUAL) 
 A fase imanentista caracterizou-se por considerar o direito processual como mero apêndice do direito material, o direito processual tinha a denominação de direito adjetivo por ser visto como um conjunto de formalidades que possibilitavam a atuação prática do direito material. Na referente fase, negava-se autonomia científica ao direito processual, por este ser visto apenas como meros atos e procedimentos necessários á aplicação do direito material.
 A segunda fase, chamada de científica iniciou-se com a publicação da obra do Jurista Alemão Oskar Von Bülow, esta tinha por título Die Lehre von den Processeireden und die Processvorausseetzungen (A Teoria das Exceções Processuais e os Pressupostos Processuais), neste período começa a ser reconhecida a autonomia do direito processual, ressalta-se que foi neste período que foram sendo estabelecidos alguns conceitos relacionados à ciência processual tais como os de ação, processo e coisa julgada. Desta fase emergem grandes os grandes juristas do direito processual, estes passaram a desenvolver teorias essenciais que corroboraram a afirmação de autonomia científica deste ramo do direito.
 Assentados os conceitos desta ciência processual, dar-se início a atual fase do direito processual, a instrumentalista. Trata-se de um momento em que o processualista dedica esforços no sentido de descobrir meios de melhorar o exercício da prestação jurisdicional, tornando tal prestação mais segura e, na medida do possível, mais célere, tentando aproximar a tutela jurisdicional, o mais possível, do que possa ser chamado de justiça. O processo deixa de ser visto como um mero instrumento de atuação do direito material, e passa a ser encarado como um instrumento de que se serve o Estado a fim de alcançar seus escopos sociais, jurídicos e políticos.
JURISDIÇÃO, PRINCÍPIOS:
Da Investidura: A jurisdição só será exercida por aquele devidamente investido na autoridade de juiz.
Aderência ao território: Segundo Carreira Alvim, “quer significar que a jurisdição pressupõe um território sobre o qual é exercida”. Não se pode falar de jurisdição, senão enquanto correlata com determinada área territorial.
Indelegabilidade: A jurisdição não pode ser delegada. Nas cartas precatórias, não há se falar em delegação, mas sim em cooperação entre os juízes.
Indeclinabilidade ou Inafastabilidade: O juiz não pode deixar de julgar. O órgão investido de jurisdição tem a obrigação (poder-dever) de prestar a tutela jurisdicional e não a faculdade. ¹Artigo 5º inciso XXXV, CF e ²Artigo 126 do Código de Processo Civil.
Juiz Natural: A jurisdição deve ser exercida por órgão regularmente investido da função jurisdicional, competente e imparcial. Trata-se de um direito fundamental previsto no art. 5º da Carta Política. 
Inércia: (NE PROCEDAT IUDEX EX OFFICIO) A jurisdição é uma função necessariamente provocada. O Código de Processo Civil, em seu art. 2º, reza que “nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e formas legais”.
CLASSIFICAÇÕES DA JURISDIÇÃO
Quanto ao tipo de pretensão submetida ao Estado-Juiz: 
Penal = O Estado exerce função diante de pretensões de natureza penal, quase sempre tem natureza punitiva, exceto habeas corpus e revisão criminal que embora versem sobre esta natureza processual, não tem caráter punitivo, ainda sim são submetidas ao Estado-Juiz
Civil = Jurisdição “Extrapenal”, exercício sobre todas as outras espécies de pretensões tendo elas natureza civil, comercial, administrativa, trabalhista, constitucional, tributária e etc.
 1 = Jurisdição trabalhista = Estudada pelo Direito Processual do trabalho.
 2 = Jurisdição Civil stricto sensu = Estudada pelo Direito Processual Civil. Definida por exclusão, exercida pelo Estado diante de toda e qualquer pretensão, salvo as de natureza penal e trabalhista.
Quanto ao grau em que a mesma é exercida: 
Primeira Instância ou Inferior = Exercida pelo primeiro órgão que conhece da causa submetida ao Estado-Juiz, competência originária, primeiro grau de jurisdição.
Segunda Instância ou Superior = Exercida pelo órgão jurisdicional que conhece da causa em grau de recurso, competência recursal, segundo grau de jurisdição.
Quanto ao órgão que a exerce: 
Comum: Exercida pelos órgão que julgam pretensões de qualquer natureza, justiça estadual e justiça federal
Especial: Exercida pelos órgãos jurisdicionais que julgam apenas pretensões de natureza determinada, Justiça do Trabalho, Justiça Militar e Justiça Eleitoral.
Quanto a Essência: 
Contenciosa: É a jurisdição propriamente dita. Pressupõe conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida (lide).
Voluntária: É considerada pela maioria dos doutrinadores atividade jurídica de natureza administrativa, ou melhor, administração pública de interesses privados. Não há litígio, apesar de ser possível a controvérsia. Não há partes em litígio, mas sim interessados.
 Conhecimento (transforma FATOS em DIREITO)
PROCESSO 
 Execução (transforma DIREITO em FATOS)
 Cautelar
LEI 11232/06
Fases do Processo de Conhecimento: 
1ª Postulatória 
2ª Saneadora
3ª Instrutiva
4ª Decisória
 - Ondas Renovatórias do Direito Processual
1º Econômica = Lei 1060/50 Justiça gratuita
2º Reconhecimento do Direito Coletivo = class actions
3º Complexidade do Sistema Processual. Série de esforços legislativos para superar esta complexidade.
Relação Jurídica de Direito Material
 Objeto (Pensão Alimentícia)
 
 
Titular 
Direito Vínculo Titular do 
Subjetivo Jurídico Dever Jurídico
(Filho) (Família) (Alimentante)
COMPETÊNCIA: 
 - MEDIDA DA JURISDIÇÃO
ESPÉCIES.
1ª FUNCIONAL
2ª RATIONE PERSONAE
3ª RATONE LOCI
4ª RATIONE MATERIAE Critérios Objetivos (Chiovenda)
5ª PELO VALOR DA CAUSA
Competência Absoluta: Aquela estabelecida em favor do interesse público, não sendo passível de modificação pela vontade das partes, em foro de eleição. 
Competência Relativa: Estabelecida em favor do interesseprivado, na busca de uma facilitação da defesa, podendo ser derrogada pelo consenso das partes ou renunciada pela parte beneficiada pela regra legal via exceção de incompetência.
Funcional = Referente à Função do Juiz no Processo, seja ela Vertical ou Horizontal.
Ratione Personae = Se estabelece pelo FORO PRIVILEGIADO.
Ratione Loci = Se estabelece pelo LOCAL da coisa ou do domicílio das partes.
Ratione Materiae = Se estabelece pelo objeto discutido no processo, a matéria.
Valor da Causa = Corresponde ao Benefício Patrimonial perseguido na demanda para o momento.
*Competência é inerente à Jurisdição, os demais exercem Atribuições.
A decisão referente à Exceção de Incompetência é interlocutória.
1ª Despacho = Visa impulsionar o processo, é irrecorrível.
2ª Decisão interlocutória = Decidem questões incidentais no processo, não resolvem o mérito, são recorríveis mediante agravo no prazo de 10 dias.
3ª Sentença = Caráter decisivo na Lide, é recorrível por via de apelação no prazo de 15 dias.
Meios de Arguição:
Incompetência relativa = Exceção de Incompetência
Incompetência Absoluta = Preliminar de Contestação.
CONTINÊNCIA: Duplicidade de ações com identidade de PARTES e CAUSA DE PEDIR, mas o OBJETO DE UMA POR SER MAIS AMPLO, abrange o das outras. 104 CPC
CONEXÃO: Reputam-se conexas, a duplicidade de ações quando lhes for comum o OBJETO OU A CAUSA DE PEDIR.
Cumulação subjetiva: LITISCOSÓRCIO ATIVO, possibilidade de ações coletivas ou particulares.
Cumulação Objetiva: Possibilidade de mais de um pedido em apenas uma demanda.
Com o Advento da Lei 11.232/06 emergiu a fase EXECUTIVA dentro do processo de conhecimento.
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¹É um direito, pois se contrapõe ao dever do Estado de resolver os litígios.
²Subjetivo porque envolve exigência deduzida contra o Poder Público
³Abstrato porque independe da existência do direito material concreto alegado pelo autor.
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¹A Lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.
²O Juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá a analogia, aos costumes e aos princípios gerais do direito.

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