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Aula 4 05.03.15

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PSICOLOGIA CONSTRUTIVISTA
Profa. Dra. Nancy Capretz Batista da Silva
Desenvolvimento psíquico
Funções de conhecimento: do mundo, incluem a organização do pensamento lógico e a organização da realidade. 
O pensamento lógico evolui desde a mais primitiva ação do homem sobre o mundo, que são os reflexos, até o pensamento operatório, forma mais complexa de pensamento, que é própria do adulto inteligente.
A organização da realidade evolui desde o estado de indiferenciação entre o eu e o mundo até as percepções complexas a respeito de si e do mundo e a construção de conceitos.
Desenvolvimento psíquico
Funções de representação: permitem a representação de um significado qualquer (objeto, acontecimento ou pessoa) usando um significante determinado (palavra, gesto, desenho, etc.).
Inclui: imitação, jogo, desenho, linguagem e imagem mental.
Desenvolvimento psíquico
Funções afetivas: constituem o motor do desenvolvimento cognitivo. Piaget analisou-as do ponto de vista da relação com o outro, distinguindo etapas em relação ao desenvolvimento moral.
Estádios/estágios de desenvolvimento
Desenvolvimento das funções de conhecimento, de representação e afetivas.
Sequência fixa
Variação cronológica
Variação cultural
Estrutura mental: qualitativamente difere.
Estádios/estágios de desenvolvimento
Sensório-motor (0 – 2 anos); 
Pré-operatório ou objetivo-simbólico ( 2 – 6/7 anos); 
Operatório-concreto ( 7/8 – 11 anos); 
Operatório-formal ou das operações abstratas (a partir da adolescência, 12 anos em diante).
Estágios - estruturas
Período de latância – anterior à linguagem e ao pensamento
Dos Reflexos: mecanismos hereditários, primeiras tendências instintivas e primeiras emoções.
Dos primeiros hábitos motores e das primeiras percepções organizadas, primeiros sentimentos diferenciados.
Da Inteligência senso-motora ou prática, regulações afetivas elementares , primeiras fixações exteriores da afetividade
Estágios - estruturas
Inteligência intuitiva: sentimentos interindividuais espontâneos e das relações sociais de submissão ao adulto.
Das operações intelectuais concretas (começo da lógica) e dos sentimentos morais e sociais de cooperação.
Das operações intelectuais abstratas, formação da personalidade e inserção afetiva e intelectual na sociedade dos adultos.
Sensório-motor: até 18 ou 24 meses
Sensório-motor
Coordenação sensório-motora da ação, baseada na evolução da percepção e da motricidade.
Inteligência prática, na busca de resultados favoráveis (e não da verdade)
Centralização -> descentralização: organização dos movimentos e dos deslocamentos.
Sensório-motor - Sub-estádios:
Exercício reflexo – 1º. Mês: atividade reflexa (ex.: sugar).
Reações circulares – 1-4 meses: formação dos primeiros hábitos; a criança tende a repetir o comportamento relativo ao próprio corpo, casualmente emitido.
Sensório-motor - Sub-estádios:
Coordenação de visão e preensão e começo das reações circulares secundárias – 4-8 meses: inicia-se a coordenação de espaços qualitativos até então heterogêneos. A criança repete os comportamentos (reação circular) que produziram certo efeito e o faz intencionalmente. Há uma antecipação limitada do efeito de uma ação. Não há busca do objeto desaparecido.
Sensório-motor - Sub-estádios:
Coordenação dos esquemas secundários – 8-11 meses: com utilização de meios conhecidos para obter um objetivo novo. Começa a pesquisa do objeto desaparecido, mas sem coordenação dos deslocamentos (e localizações) sucessivos.
Diferenciação dos esquemas de ação por reação circular terciária (variação das condições por exploração e tateamento dirigidos) e descoberta de meios novos – 11-18 meses: busca e localização de objetos desaparecidos.
Sensório-motor - Sub-estádios:
Até 2 anos: início da interiorização dos esquemas e solução de alguns problemas após interrupção da ação e ocorrência de compreensão súbita. Em situação problemática, observa e apresenta uma resposta.
Sensório-motor
Não dispõe da função simbólica e não apresenta uma forma de pensamento ou afetividade definida, que lhe permita evocar pessoas ou objetos na ausência deles.
O sujeito se torna sensível aos estímulos na medida em que ele se torna assimilável às estruturas já construídas e, na medida em que isto ocorre, novos estímulos são buscados pelo organismo ativo.
Sensório-motor
A criança busca adquirir controle motor e aprender sobre os objetos que a rodeiam. 
É chamado sensório-motor, pois o bebê adquire o conhecimento por meio de suas próprias ações que são controladas por informações sensoriais imediatas. 
Neste período o desenvolvimento físico acelerado é o suporte para o aparecimento de novas habilidades, como sentar, andar, o que propiciara um domínio maior do ambiente.
Sensório-motor
Ao fim do período, a criança obtém uma atitude mais ativa e participativa, é capaz de entender algumas palavras, mas produz uma fala imitativa. 
Neste período a inteligência prática é acentuada na percepção e no motor - para solucionar problemas imediatos como pegar, jogar ou chutar.
Construção da noção do "eu", através da qual a criança diferencia o mundo externo do seu próprio corpo. 
Linguagem vai da ecolalia (repetição de sílabas) à palavra-frase ("água" para dizer que quer beber água) já que não representa mentalmente o objeto e as ações. 
Sensório-motor
Sua conduta social é de isolamento e indiferenciação (o mundo é ele).
Piaget: “A passagem do caos ao cosmo. A criança nasce em um universo para ela caótico, habitado por objetos que desaparecem fora do campo da percepção, com tempo e espaço subjetivamente sentidos, e causalidades reduzidas ao poder das ações, em uma forma de onipotência".
As funções mentais limitam-se ao exercício dos aparelhos reflexos inatos. 
Busca adquirir controle motor e aprender sobre os objetos físicos que o rodeiam. 
Começa a construir esquemas de ação para assimilar mentalmente o meio. 
Construção prática das noções de objeto, espaço, causalidade e tempo = inteligência prática. 
O contato com o meio é direto e imediato, sem representação ou pensamento.
É assim que os esquemas vão diferenciando-se e integrando-se, ao mesmo tempo em que o sujeito vai se separando dos objetos podendo interagir com eles de forma mais complexa. 
Sensório-motor
Neste período, a criança conquista, através da percepção e dos movimentos, todo o universo que a cerca. 
Exemplo: se puxar a toalha da mesa, o pote de bolacha ficará mais próximo dela, etc.
O bebê pega o que está em sua mão; "mama" o que é posto em sua boca; "vê" o que está diante de si. Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um objeto, pegá-lo e levá-lo a boca.
Sensório-motor
RESUMINDO:
A exploração manual e visual do ambiente; 
A experiência obtida com ações (a imitação); 
A inteligência prática (através de ações); 
Ações como agarrar, sugar, atirar, bater e chutar; 
As ações ocorrem antes do pensamento; 
A centralização no próprio corpo; 
Noção de permanência do objeto (em torno de 8m).
Sensório-motor
Pré-operatório ou objetivo-simbólico ( 2 – 6/7 anos)
Instalação da função simbólica, especialmente pela linguagem
Contato maior com mundo exterior
Linguagem modifica conduta nos aspectos afetivo e intelectual
A criança torna-se capaz de reconstituir suas ações passadas sob a forma de narrativas e de antecipar suas ações futuras pela fala.
Início da socialização da ação: desenvolvimento mental passa a possibilitar a troca entre os indivíduos
Pré-operatório ou objetivo-simbólico ( 2 – 6/7 anos)
Socialização da ação: forma de pensamento que tem como base a linguagem interior e o sistema de signos -> interiorização da palavra
E interiorização da ação: forma de reconstituição das imagens e experiências mentais no plano intuitivo, ou seja, não mais baseada apenas nas percepções e movimentos.
Afetividade: aparecem sentimentos interindividuais, como simpatia, antipatia, respeito, etc. e uma afetividade interior.
Para a próxima aula:
PIAGET, Jean. Seis Estudos de Psicologia. Trad. Maria
Alice Magalhães D’Amorim e Paulo Sérgio Lima Silva. 25ª. Ed. - Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012. (Capítulo 1 – p. 24-40).
PIAGET, J; INHELDER, B. (1966) O desenho. In: A psicologia da criança. Trad. Octavio Mendes Cajado. São Paulo: Difel, 2003. (capítulo III – p.56-59).
PILLOTTO, S. S. D.; SILVA, M. K.; MOGNOL, L. T. Grafismo infantil: linguagem do desenho. In: Revista Linhas - Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, Florianópolis/SC, v. 5, n. 2, 2004. Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat: http://revistas.udesc.br/index.php/linhas/article/view/1219/1033

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