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estagio CURRICULAR

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2a edição | Nead - UPE 2009
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
Núcleo de Educação à Distância - Universidade de Pernambuco - Recife
 xxxx, xxxxxxxxxxxx
 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx. – 
Recife: UPE/NEAD, 2011 
 
 36 p. 
 ISBN - 
 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 
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xxxxxx
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N
CI
A
REITOR
Prof. Carlos Fernando de Araújo Calado
 
VICE-REITOR
Prof. Rivaldo Mendes de Albuquerque
PRó-REITOR ADMINISTRATIVO
Prof. José Thomaz Medeiros Correia
PRó-REITOR DE PLANEJAMENTO
Prof. Béda Barkokébas Jr.
PRó-REITOR DE GRADUAÇÃO
Profa. Izabel Christina de Avelar Silva
PRó-REITORA DE PóS-GRADUAÇÃO E PESqUISA 
Profa. Viviane Colares Soares de Andrade Amorim 
PRó-REITOR DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL E ExTENSÃO
Prof. Rivaldo Mendes de Albuquerque
COORDENADOR GERAL
Prof. Renato Medeiros de Moraes
COORDENADOR ADJUNTO
Prof. Walmir Soares da Silva Júnior
ASSESSORA DA COORDENAÇÃO GERAL
Profa. Waldete Arantes
COORDENAÇÃO DE CURSO
Profa. Giovanna Josefa de Miranda Coelho
COORDENAÇÃO PEDAGóGICA
Profa. Maria Vitória Ribas de Oliveira Lima
COORDENAÇÃO DE REVISÃO GRAMATICAL
Profa. Angela Maria Borges Cavalcanti
Profa. Eveline Mendes Costa Lopes
Profa. Geruza Viana da Silva 
GERENTE DE PROJETOS
Profa. Patrícia Lídia do Couto Soares Lopes
ADMINISTRAÇÃO DO AMBIENTE
Igor Souza Lopes de Almeida
COORDENAÇÃO DE DESIGN E PRODUÇÃO
Prof. Marcos Leite
EqUIPE DE DESIGN
Anita Sousa 
Gabriela Castro
Rafael Efrem
 Renata Moraes
Rodrigo Sotero
COORDENAÇÃO DE SUPORTE
Afonso Bione
Prof. Jáuvaro Carneiro Leão
EDIÇÃO 2009
Impresso no Brasil - Tiragem 180 exemplares
Av. Agamenon Magalhães, s/n - Santo Amaro
Recife / PE - CEP. 50103-010
Fone: (81) 3183.3691 - Fax: (81) 3183.3664
capítulo 1 5
ESTÁGIO CURRICULAR 
SUPERVISIONADO I
Prof. João Bosco de Macêdo Coelho Carga Horária | 90 horas
Profa. Maria do Socorro Carvalho Amariz Gomes
Objetivo geral
Apresentação da disciplina
Ementa
O Estágio como organização da prática profissio-
nal docente. Diagnose, registro e reflexão do con-
texto da instituição para elaboração de uma pro-
posta ou projeto de estágio.
Desenvolver competências (conhecimentos, habili-
dades e atitudes) em situação de ensino-aprendi-
zagem, conduzidas articuladamente com a institui-
ção de ensino, em ambiente profissional.
“Atividade criadora é quando os homens refletem sobre sua
prática e buscam melhorá-la, transformando a si mesmos.”
Paulo Freire
O Estágio Curricular Supervisionado apresenta-se como um momento de aprendizagem in loco, 
no qual ocorre uma maior consolidação da formação profissional por meio da presença participa-
tiva do licenciando em escolas de educação básica.
capítulo 1 7
Prof. João Bosco de Macêdo Coelho
Profa. Maria do Socorro Carvalho Amariz Gomes
Carga Horária | 30 horas
INTRODUÇÃO
O Estágio Supervisionado constitui-se em uma exigência legal e metodológica do Curso de EAD, 
visando ao intercâmbio, à reelaboração e à produção de conhecimentos sobre a realidade educa-
cional e as alternativas de intervenção didática.
O estagiário participará em toda a dinâmica da vida escolar a partir da apresentação do seu plano 
de trabalho, adequando-o às necessidades e aos objetivos da escola campo de estágio.
 
Deverá ter a duração de 300 horas, organizadas em 03 momentos, sendo dois de 90 horas e um 
de 120 horas, acontecendo no ambiente escolar ou não escolar, havendo uma interação pedagó-
gica entre o professor de estágio, o aluno estagiário e o ambiente escolar e não escolar.
O professor da disciplina de estágio é o mediador entre o tutor e o aluno no campo de estágio. O 
estagiário está inserido de maneira ampla, assumindo uma noção que permita fundamentar sua 
atuação. O professor tutor deverá ter um olhar atento às relações construídas nas realidades do 
campo de estágio.
 
O estagiário assume, efetivamente, o papel de professor e desenvolve outras atividades de exi-
gência do projeto pedagógico e de necessidades próprias do ambiente institucional escolar. A 
competência é organizadora da relação entre conhecer e agir. Para constituir-se, não prescinde da 
dimensão da prática ou ação, a fim de que, além do conhecimento, sejam mobilizados os afetos 
OBJETIVOS 
ESPECÍFICOS
•	 Analisar	a	prática	profissional	e	ou-
tros contextos selecionados, orga-
nizando alternativas de integração 
que contribuam para a (re)signifi-
cação dos valores que norteiam o 
processo de ensino-aprendizagem.
•	 Avaliar	 a	 contribuição	 do	 Estágio	
Supervisionado para a (re)constru-
ção das competências e habilidades 
necessárias à prática profissional.
ESTÁGIO:
UNIDADE 
ENTRE TEORIA 
E PRÁTICA 
capítulo 18
e as intuições envolvidos na atividade prática 
e os valores necessários à tomada de decisão. 
Entendemos por competência a condição de 
não apenas fazer, mas de saber fazer e, sobre-
tudo, de refazer permanentemente nossa rela-
ção com a sociedade e a natureza, utilizando 
um instrumento crucial o conhecimento ino-
vador. Acontece no ambiente institucional de 
trabalho, havendo uma relação pedagógica 
entre o tutor, o aluno estagiário e o profissio-
nal reconhecido.
 
Impõe-se, assim, maior articulação entre as 
instituições envolvidas, haja vista que o profes-
sor pesquisador da disciplina assumirá a coor-
denação de articular o trabalho mediado pelo 
tutor do estágio e pela escola. Ao final do perí-
odo de estágio, o professor regente receberá o 
certificado de professor colaborador.
O tutor é o mediador entre o aluno, as escolas 
campo de estágio e o professor colaborador, 
inserindo-se, de maneira ampla, assumindo 
uma noção que permita fundamentar sua atu-
ação, sendo o seu trabalho importante como 
elemento motivador.
1. JUSTIFICATIVA
O Estágio Supervisionado caracteriza-se como 
atividade pedagógica, que possibilita a inte-
ração com os diferentes atores educacionais, 
situados nos diversos níveis dos vários segmen-
tos que compõem a educação.
Constitui-se num componente curricular, que 
possibilita a interação entre os diferentes ato-
res situados nos diversos níveis e nas diversas 
modalidades de ensino, que formam as orga-
nizações escolares e não escolares.
O Curso de Licenciatura em Pedagogia da UPE 
- Campus Petrolina - apresenta 03(três) dife-
rentes modalidades de estágio supervisionado 
obrigatório, considerando as três áreas de atu-
ação, a saber: docência na educação infantil/
Educação de Jovens e Adultos com ênfase na 
educação inclusiva, docência nos anos iniciais 
do ensino fundamental/Educação de Jovens 
e Adultos com ênfase na Educação Inclusiva 
e nos componentes curriculares pedagógicos 
dos cursos de Ensino Médio, na modalidade 
Normal/gestão pedagógica com atuação na 
educação formal e não formal.
A proposta de estágio desse curso segue as 
normas da Resolução CNE/CES nº1, de 15 de 
maio de 2006 e de normatização desta Uni-
versidade, considerando, ainda, o Regulamen-
to de Estágio Supervisionado obrigatório do 
Curso de Licenciatura em Pedagogia.
O Curso de Licenciatura em Pedagogia apre-
senta, também, o Estágio não obrigatório, 
modalidade que possibilita aos estudantes ex-
perienciar atividades vinculadas ao espaço de 
atuação profissional tanto na educação formal 
quanto na educação não formal, constituído 
em espaço de reflexão e revisão dos conheci-
mentos construídos ao longo do curso. O es-
tágio não obrigatório deveráestar respaldado 
nas normas da Lei nº 11.788, de 25 de setem-
bro de 2008.
Estágio Curricular é um dos componentes da 
matriz curricular do curso de graduação e 
constitui-se numa condição para a integrali-
zação curricular. É realizado de acordo com o 
estatuto e regimento da Instituição Formadora 
e busca elaborar a relação teórico-prática na 
construção de competências.
Entende-se por estágio supervisionado obri-
gatório e estágio não obrigatório o conjunto 
de atividades elaboradas com o objetivo de 
promover oportunidades de aprendizagem 
profissional, social e cultural, mediante a par-
ticipação em situações reais de trabalho que 
envolvam professores de estágio, estudantes e 
campos de estágio.
capítulo 1 9
1.1 OBJETIVOS
•	 Contribuir	para	a	melhoria	qualitativa	da	edu-
cação das instituições campo de estágio;
 
•	 Situar	 o	 aluno	 como	 o	 responsável	 pela	
sua formação profissional;
 
•	 Subsidiar	a	construção	da	identidade	pro-
fissional, baseando-se na observação/
análise crítica de situações vividas em con-
textos institucionais, numa perspectiva de 
aproximação do saber, do saber fazer e do 
saber ser;
 
•	 Analisar	 a	 prática	 pedagógica	 em	 vários	
contextos educacionais, selecionando e or-
ganizando alternativas de intervenção que 
contribuam para a (re)significação de valo-
res e para a construção da cidadania;
 
•	 Avaliar	 as	 contribuições	 do	 Estágio	 Su-
pervisionado para o desenvolvimento das 
competências e habilidades necessárias ao 
exercício da atividade profissional.
1.2 IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO
•	 Acelera	a	formação	profissional;
 
•	 Possibilita	 a	 aplicação	 prática	 dos	 conhe-
cimentos teóricos, obtidos na instituição 
formadora;
 
•	 Motiva	o	estudo,	pois	se	percebe	a	finali-
dade de aplicação do aprendizado e sen-
tem-se suas possibilidades;
 
•	 Permite	maior	assimilação	das	matérias	de	
estudo;
 
•	 Facilita	e	antecipa	a	autodefinição,	face	à	
futura profissão;
 
•	 Ameniza	o	 impacto	da	passagem	da	vida	
estudantil para a profissional;
 
•	 Possibilita	perceber	as	próprias	deficiências	
e busca o aprimoramento;
 
•	 Permite	 adquirir	 uma	atitude	de	 trabalho	
sistematizado, desenvolvendo a consciên-
cia de produtividade;
•	 Propicia	melhor	relacionamento	humano;
 
•	 Incentiva	a	observação	e	comunicação	conci-
sas de ideias e experiências adquiridas;
 
•	 Incentiva	o	exercício	e	estimula	a	criatividade;
 
•	 Permite	o	conhecimento	filosófico	da	gestão	
democrática, organização e funcionamento 
das empresas e instituições em geral;
 
•	 É	 pré-requisito	 legal,	 no	 caso	 do	 estágio	
curricular, para diplomação do referido 
curso.
1.3 EIXOS NORTEADORES
O Estágio Supervisionado tem os seguintes Ei-
xos Norteadores:
A. A docência como base da formação e da 
identidade profissionais;
 
B. A pesquisa como fundamento para a pro-
dução e difusão do conhecimento cientí-
fico e tecnológico do campo de atuação 
profissional;
 
C. A extensão como recurso na organização e 
gestão de sistemas, instituições, projetos e 
experiências escolares e não escolares.
Mude
Mude, mas comece devagar, porque a direção é 
mais importante que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira, no outro lado da 
mesa. 
Mais tarde, mude de mesa.
quando sair, procure andar pelo outro lado da 
rua.
Depois, mude de caminho, ande por outras ruas 
calmamente, observando com atenção os lugares 
por onde você passa. Tome outros ônibus.
capítulo 110
Mude por uns tempos o seu estilo de roupas.
Dê os teus sapatos velhos.
Procure andar livremente na praia, ou no parque 
e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas e portas com a mão es-
querda.
Durma do outro lado da cama... 
depois procure dormir em outras camas.
Assista a outros programas de TV, 
compre outros jornais... leia outros livros.
Viva outros romances. 
Não faça do hábito o estilo de vida.
Ame a novidade. Durma mais tarde. Durma mais 
cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia, numa nova 
língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos, escolha comidas dife-
rentes, 
novos temperos, novas delícias.
Tente um novo todo dia. O novo lado, o novo mé-
todo, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer,
O novo amor, a nova vida.
Tente.
Busque novos amigos. Tente novos amores. 
Faça novas relações.
Almoce em outros locais, vá a outros restauran-
tes, tome outro tipo de bebida, compre pão em 
outra padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado...outra marca de sabone-
te, 
outro creme dental...
Tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores. 
Vá passear em outros lugares.
Ame muito, cada vez mais de modo diferente.
Troque de bolsa, de carteira, de malas, troque de 
carro, compre novos óculos, escreva outras po-
esias.
Jogue os velhos relógios, 
quebre delicadamente esses horrorosos desperta-
dores.
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros 
teatros, visite novos museus.
Mude.
Lembre-se de que a vida é uma só.
Se você não encontrar razões para ser livre, inven-
te-as, seja criativo.
Aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, 
longa, se possível sem destino.
Experimente coisas novas. Troque novamente.
Mude de novo.
Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores 
e coisas piores do que as já conhecidas,
Mas não é isso que importa. 
O importante é a mudança, o movimento, 
o dinamismo, a energia.
Só o que está morto não muda!
Repito por pura alegria de viver a salvação é pelo 
risco, sem o qual a vida não vale a pena!!!
(Clarice Lispector)
capítulo 2 11
Prof. João Bosco de Macêdo Coelho
Profa. Maria do Socorro Carvalho Amariz Gomes
Carga Horária | 30 horas
INTRODUÇÃO
“Diante desta realidade, torna-se necessário que as escolas passem a trabalhar visando à formação de cidadãos 
capazes de lidar, de modo crítico e criativo, com a tecnologia no seu dia-a-dia. Cabendo à escola esta função, 
ela deve utilizar como meio facilitador do processo de ensino-aprendizagem a própria tecnologia com base nos 
princípios da Tecnologia Educacional” (Leite et al. 2000 p. 40).
1. PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS
Estágio é uma ação prática de caráter técnico, social, cultural e atitudinal, que proporciona a 
aplicabilidade de conhecimentos teóricos por meio da vivência em situações reais do futuro pro-
fissional. É realizado junto a instituições jurídicas, públicas e privadas sobre a responsabilidade e 
coordenação da instituição formadora. É o estágio que irá possibilitar o primeiro contato com 
a sua futura profissão. Como estagiário, aprende-se a fazer fazendo e faz aprendendo e, ainda, 
incentiva a observação e o senso crítico.
 
OBJETIVOS 
ESPECÍFICOS
•	 Analisar	a	prática	profissional	e	ou-
tros contextos selecionados, orga-
nizando alternativas de integração 
que contribuam para a (re)signifi-
cação dos valores que norteiam o 
processo de ensino-aprendizagem.
•	 Avaliar	 a	 contribuição	 do	 Estágio	
Supervisionado para a (re)constru-
ção das competências e habilidades 
necessárias à prática profissional.
ESTÁGIO NUMA 
INTERAÇÃO 
COM O ENSINO, 
A PESQUISA E 
EXTENSÃO
capítulo 212
Mas, atenção! Estágio não é emprego. Ele é 
uma complementação do ensino com uma du-
ração limitada e só poderá ser realizado por es-
tudante regularmente matriculado e que esteja 
– comprovadamente – frequentando as aulas, 
logo é o período de exercício pré-profissional, 
previsto em currículo ou não, permanece em 
contato direto com o ambiente de trabalho, 
desenvolvendo atividades fundamentais, pro-
fissionalizantes ou comunitárias, programadas 
ou projetadas, avaliáveis, com duração limita-
da e supervisão.
O estágio, portanto, é atividade fundamentale inegavelmente significativa, por ser capaz 
de otimizar a profissionalização do estudante. 
Permite, também, o estabelecimento de canal 
retroalimentador entre a escola e a comunida-
de, na busca constante da moderna tecnolo-
gia, aumentando o desenvolvimento técnico-
-científico de que a sociedade carece e exige:
•	 a	pesquisa	deverá	ter	como	objeto	de	es-
tudo aspecto(s) do ensino-aprendizagem 
relacionado(s) aos eixos norteadores do 
estágio;
 
•	 as	oficinas	de	extensão	devem	relacionar-
-se à pesquisa e atender às necessidades, 
exigências e expectativas de superação de 
problemas identificados nas Instituições 
campo de estágio;
 
•	 o	ensino	deverá	ser	vivenciado	por	meio	de	
projetos didático-pedagógicos, elaborados 
em consonância com a proposta pedagó-
gica do componente curricular em estudo.
 
A metodologia não só contempla a fase de 
exploração do campo (escolha da escola cam-
po de estágio, escolha do grupo de pesquisa; 
estabelecimento dos critérios para entrada no 
campo) como também a definição das técni-
cas a serem utilizadas (entrevista, observação, 
análise documental) e os procedimentos para 
interpretação dos dados coletados. Mostra, 
também, a importância do Estágio Curricular 
Supervisionado, que deve constituir-se de um 
conjunto de atividades de aprendizagem cultu-
ral, social e profissional para o exercício pleno 
da cidadania e que podem ser realizadas por 
meio do ensino, da pesquisa e da extensão, 
oportunizando ao educando o contato com o 
mundo do trabalho, contribuindo, dessa for-
ma, para sua formação pessoal e profissional 
bem como propiciando avaliação e comple-
mentação do ensino e da aprendizagem.
2. ESTRUTURA
O estágio supervisionado, a ser desenvolvido 
nos polos da educação a distância – UPE, no 
Curso de Pedagogia, acontecerá durante o se-
mestre letivo em concomitância com outras 
disciplinas do currículo, devendo atender às 
seguintes recomendações: individualmente, 
com uma carta de apresentação da EAD, man-
ter contato com a direção de uma escola de 
educação básica, informando-a sobre a dinâ-
mica de organização desse estágio; apresentar 
em seguida, a proposta ou o projeto de está-
gio para o tutor na qual deve constar a assina-
tura do estagiário, da direção da escola campo 
de estágio e do professor colaborador. De pos-
se da documentação, o estagiário estará apto 
para o início do estágio.
3. ÁREAS DE ATUAÇÃO 
 CONTEMPLADAS
A especificidade do Curso de Licenciatura em 
Pedagogia é lidar com o espaço educacional, 
sendo o seu objeto de trabalho o processo 
pedagógico em suas múltiplas manifestações. 
Nesse sentido, as áreas de atuação contempla-
das com o estágio são as seguintes: Formação 
de professores para atuação com atividades 
educativas na Educação Infantil ou Educação 
de Jovens e Adultos (EJA) – Estágio Supervi-
sionado na Educação Infantil ou Educação de 
Jovens e Adultos (EJA) com ênfase na Educa-
ção Inclusiva.
capítulo 2 13
4. OBJETO DE ANÁLISE
Escola enquanto espaço de formação humana 
e de inter-relações com a sociedade. Planeja-
mento e ações docentes na Educação Infantil/
Educação de Jovens e Adultos - EJA com ênfa-
se na Educação Inclusiva. Fundamentação das 
relações teórico-práticas para as intervenções 
pedagógicas.
PROGRAMAÇÃO DO ESTÁGIO I
CARGA HORÁRIA AÇÕES
10h
- Sessões de estudo sobre o referencial teórico de apoio ao estágio, fomentando refle-
xões, debates e possíveis ideias para projetos de ensino de extensão.
10h
- Pesquisa de campo/diagnóstico da instituição: coleta de informações sobre o cotidia-
no de sala de aula, nível de aprendizagem dos alunos, recursos didáticos de apoio às 
aulas, por meio de
•	Observação	e	análise	do	cotidiano	de	sala	de	aula
•	Questionário/entrevistas
•	Gestor(a)
•	Coordenador(a)	pedagógico(a)/educador(a)	de	apoio
•	Professores	da	Educação	Infantil	ou	Professores	da	EJA/Educação	Especial	
 na Perspectiva Inclusiva
•	Participação	em	estudos,	reuniões	e	eventos
•	Análise	documental
•	Projeto	Político-Pedagógico/Plano	de	Desenvolvimento	da	Escola,	com	destaque	para	
 as ações direcionadas à Educação Infantil/EJA/Educação Especial
•	Planos	de	Ensino,	confrontando	com	as	Diretrizes	Curriculares	Nacionais	para	a	
 Educação Infantil/EJA/Documentos de apoio à Educação Inclusiva. 
05h
- Análise e interpretação dos dados com base nos objetivos e na missão da instituição
- Tomada de decisão com base na escolha de prioridades e das formas mais eficazes 
de produzir mudanças na instituição em função dos objetivos e da missão
10h
- Elaboração e divulgação de projetos (ensino/extensão com base nas prioridades 
selecionadas).
30h
10h
- Vivência dos projetos, contemplando estudantes da Educação Infantil/EJA/Educação 
Especial na Perspectiva Inclusiva.
•	Ensino
•	Extensão
05h - Avaliação dos projetos de estágio, envolvendo os profissionais participantes
05h - Elaboração do relatório do estágio
05h - Socialização do estágio de forma dinâmica e criativa
90h TOTAL
capítulo 214
5. PLANEJAMENTO 
 INTERDISCIPLINAR
Nos últimos anos, o interesse pela interdisci-
plinaridade tem crescido expressivamente em 
todos os campos do conhecimento humano.
 
No campo educacional, ele foi-se tornando 
evidente em função de os currículos dos cur-
sos apresentarem uma gama de disciplinas 
que demonstraram ser o conhecimento traba-
lhado com o aluno demasiadamente fragmen-
tado bem como o distanciamento entre teoria 
e prática, ou seja, do contraste de muitas di-
ferenças entre o na escola e o fora da escola. 
A escola possível, certamente, não é a escola 
burocrática, que precise ter amarras e que ga-
ranta certa forma de poder para o professor.
 
É preciso rever a relação entre conteúdo e for-
ma, compreendendo que os conteúdos esco-
lares não têm um fim em si mesmos, mas têm 
importância enquanto explicitadores de uma 
realidade concreta.
 
Essas reflexões objetivam apresentar algumas 
pistas para nossa conversa sobre interdiscipli-
naridade como processo pedagógico na esco-
la. Não pretendem, nem de longe, esgotar o 
assunto e, sim, provocar discussões, suscitar 
dúvidas, clarear, talvez, alguns aspectos e, so-
bretudo, levar o professor a um repensar sobre 
sua práxis como parte integrante da educação 
escolar.
 
O desenvolvimento do senso crítico e da capa-
cidade de reflexão, o processo de emissão de 
um juízo de valor sobre determinada questão, 
a compreensão dos fatos com suas relações, 
causas e consequências, a apreensão da rea-
lidade em sua múltipla dimensionalidade po-
dem ser colocados como alguns dos objetivos 
de uma proposta interdisciplinar.
 
A interdisciplinaridade depende, basicamente, 
de uma mudança de atitude perante o proble-
ma do conhecimento, da substituição de uma 
concepção fragmentária por uma unitária do 
ser humano.
 
É entendida como ato de troca, de reciproci-
dade entre as disciplinas, ciências e ou áreas 
do conhecimento. Por essa razão, não há ação 
interdisciplinar, quando um único professor 
aborda uma única área de conhecimento. Daí 
a necessidade de que essa ação seja discutida 
e analisada entre várias disciplinas. Além disso, 
como processo que busca ser instrumento de 
transformação, deve ser posto em prática de 
forma que possibilite corrigir distorções, enfa-
tizar aspectos, antecipar ou prever situações 
críticas, aquilatar resultados, enfim, vincular-
-se, dinamicamente, à realidade circundante.
A prática interdisciplinar pressupõe:
•	 troca
•	 reciprocidade
•	 busca
•	 construção	coletiva
É muito importante que se tenha bem presen-
te que interdisciplinaridade não é:
•	 Simples	colaboração	entre	diferentes	áreas	
do conhecimento
•	 Jogo	de	forças	entre	as	ciências
•	 Jogo	de	dirigentes,	no	qual	há	vencedores	e	
vencidos.
Numa proposta interdisciplinar, precisamos 
respeitar:
•	 averdade	de	cada	componente	curricular;
•	 a	especificidade	de	cada	componente,	em	
que o princípio da unidade esteja no ir e vir 
das ciências.
 
capítulo 2 15
Para sermos interdisciplinares, precisamos nos 
despir de toda postura positivista, que acom-
panha nossa prática pedagógica ao longo do 
tempo, superando o parcelamento do saber 
em busca da objetividade necessária, que pos-
sibilite a compreensão global da realidade.
Precisamos, também, despojar-nos de precon-
ceitos, questionando os valores arraigados no 
consciente e transcendendo a busca do ser 
maior, que está dentro de nós mesmos, sen-
tindo-nos livres para poder falar e, principal-
mente, ouvir – ouvir a nós mesmos e ao outro.
 
A prática interdisciplinar não se restringe às 
quatro paredes de uma sala de aula, mas ul-
trapassa os limites do saber escolar e se forta-
lece na medida em que ganha a amplitude da 
vida social.
 
O trabalho interdisciplinar adota três atitudes:
•	 questionamento – elaborando questões 
sobre o assunto, ultrapassando a mera re-
produção dos conhecimentos existentes e 
conduzindo à atitude de pesquisa;
•	 Resposta – produzindo o conhecimento 
novo;
•	 Avaliação – desenvolvendo o espírito crítico.
Como trabalhar a interdisciplinaridade?
A interdisciplinaridade pode ser estabelecida 
com base em um texto de jornal, do livro-texto 
ou de fatos e acontecimentos da realidade so-
ciopolítica econômica e religiosa. É claro que 
alguns textos ou fatos podem ser mais férteis 
do que outros na geração das relações inter-
disciplinares. É na capacidade de selecionar os 
melhores e mais significativos e envolventes 
que reside, em parte, o bom andamento do 
trabalho pedagógico.
capítulo 3 17
Prof. João Bosco de Macêdo Coelho
Profa. Maria do Socorro Carvalho Amariz Gomes
Carga Horária | 30 horas
1. EDUCAÇÃO INFANTIL
Segundo Wikipédia, a educação infantil, educação pré-escolar ou educação pré-primária consiste 
na educação das crianças antes do seu ingresso no ensino obrigatório. É ministrada normalmente 
na faixa etária de zero aos seis anos de uma criança. Nesse tipo de educação, as crianças são esti-
muladas, por meio de atividades lúdicas, a exercitarem as suas capacidades motoras e cognitivas, 
a fazerem descobertas e a iniciarem o processo de alfabetização.
A educação infantil ou pré-escolar é ministrada em estabelecimentos educativos de vários tipos, 
como berçários, creches, pré-escolas, jardins de infância, infantários ou jardins-escola.
Uma educação capaz de estimular a reflexão, a criatividade, a crítica e a troca de experiências, 
segundo Paulo Freire, só será possível mediante uma concepção de educação que valorize o ho-
mem e o seu fazer localizado no tempo e espaço. De acordo com esta perspectiva, a educação 
deve ser libertadora, pois o homem, ser de buscas, dialoga com o semelhante e, por meio da 
linguagem, troca ideias e transforma o mundo, embora encontre obstáculos que precisam ser 
OBJETIVOS 
ESPECÍFICOS
•	 Analisar	a	prática	profissional	e	ou-
tros contextos selecionados, orga-
nizando alternativas de integração 
que contribuam para a (re)signifi-
cação dos valores que norteiam o 
processo de ensino-aprendizagem.
•	 Avaliar	 a	 contribuição	 do	 Estágio	
Supervisionado para a (re)constru-
ção das competências e habilidades 
necessárias à prática profissional.
ESTÁGIO NA
EDUCAÇÃO 
INFANTIL 
capítulo 318
vencidos. Em especial, as crianças já devem 
ser estimuladas para o desenvolvimento de 
sua autoestima, autonomia e cidadania, pois 
como seres sociais tornam-se pertencentes a 
uma classe social, que apresenta uma lingua-
gem decorrente das relações ali estabelecidas. 
Nesse sentido, cabe à escola reconhecê-las 
como seres atuantes na sociedade, e no caso 
da educação infantil, esta deve-lhes oferecer 
oportunidades de manusear, observar, identi-
ficar, enumerar, classificar objetos e situações 
do mundo, tornando-se um recurso precioso, 
completando a ação desenvolvida pela família 
para um desenvolvimento seguro e sadio. 
Ao situar o conceito de infância no tempo, per-
cebemos que houve diferentes pontos de vis-
ta sobre sua definição; já foi considerada uma 
fase do desenvolvimento humano, em que 
este se encontrava destituído de pensamento, 
moral, identidade própria e cuidados especiais. 
Séculos atrás, as crianças eram mal vistas até 
pelas mães, tanto por motivos culturais como 
também pelo alto índice de mortalidade infan-
til. Talvez as mortes prematuras por falta de 
cuidado com as crianças contribuíssem para o 
desafeto das mães. Era também comum, em 
algumas sociedades anteriores, as famílias não 
criarem os seus filhos, entregando-os às amas 
de leite, e no caso das famílias pobres, os seus 
filhos eram entregues aos orfanatos, onde des-
de cedo, eram impostos a duras horas de tra-
balho. Esses aspectos evidenciam que a criança 
em determinada época era vista como um ser 
doentio, carente de moralidade e um adulto 
em miniatura.
Com o passar do tempo e a contribuição de es-
tudos sobre o desenvolvimento humano, mui-
tas coisas mudaram. A infância hoje já não se 
define apenas por sua condição biológica mas 
também como uma fase do desenvolvimento 
humano, que envolve aspectos ideológicos e 
culturais. Inicialmente, a incorporação das te-
orias sobre o desenvolvimento infantil assu-
miu um caráter higienista, que orientava para 
práticas sanitárias, principalmente quando 
envolviam as crianças de baixa renda. A partir 
do fim da 2ª Guerra Mundial, outros estudos 
psicológicos e de psicanálise passam a nor-
tear os trabalhos educativos para a infância, 
na perspectiva interacionista, que considera a 
constituição social do sujeito dentro de uma 
cultura concreta, em que tanto os fatores in-
ternos quanto os externos influenciam no seu 
desenvolvimento. Essa perspectiva sócio-his-
tórica propõe mudanças na prática pedagógi-
ca que devem ser pautadas na coletividade e 
no constante diálogo. Sabemos, então, que a 
criança não fica exclusa do processo educacio-
nal, desde cedo se aproxima dos signos, por 
meio do contato com os adultos e outras pes-
soas que as cercam, e empresta significados às 
suas ações. 
A escola de educação infantil se torna um es-
tímulo para a criança, pois tem comportado 
ensino, na medida que exige uma organização 
das atividades num ambiente rico em desafios, 
respeito à criatividade e espontaneidade da 
criança. Valoriza, também, o comportamento 
criativo, por meio de atividades lúdicas, espon-
tâneas, de expressão e solução de problemas, 
que canalizam a energia vital da criança para 
um desenvolvimento psicológico e intelectual 
sadio.
No Brasil, por volta da década de 1970, com o 
aumento do número de fábricas, iniciaram-se 
os movimentos de mulheres e os de luta por 
creche, resultando na necessidade de criar um 
lugar para os filhos da massa operária, surgin-
do então as creches, com um foco totalmente 
assistencialista, visando, apenas, ao “cuidar”. 
Segundo Faria (1999, p.25), se os anos 70 
voltaram-se para a mulher, nos anos 80, essa 
mulher voltou-se para as crianças. Foram, em 
geral, as feministas intelectualizadas de classe 
média, contrárias à ditadura, que passaram a 
pesquisar sobre a infância e assessorar os go-
vernos progressistas que, atendendo às reivin-
dicações populares, prometeram creches nas 
suas campanhas eleitorais.
capítulo 3 19
Somente em 1988, deu-se início ao reconheci-
mento da educação infantil, quando, pela pri-
meira vez, foi colocada como parte integrante 
da Constituição; depois, em 1990, com o Es-
tatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei 
federal 8069/90). Entre os direitos, estava o de 
atendimento em creches e pré-escolas para as 
crianças de até 6 anos de idade. Pela primeira 
vez na história, uma Constituição do Brasil faz 
referência a direitos específicosdas crianças, 
que não sejam aqueles circunscritos ao âmbi-
to do Direito da Família. Barreto (2008, p.24) 
coloca que atenção à Educação Infantil no 
Brasil é decorrente das últimas duas décadas 
de reflexão, pois a partir da LDB, a Educação 
Infantil passou a ser o início da Educação Bá-
sica, buscando abolir a visão assistencialista e 
com o olhar na formação dos profissionais que 
atuam nessa área.
1.1 LEGISLAÇÃO
No Brasil, considera-se como educação infantil 
o período de vida escolar em que se atende, 
pedagogicamente, a crianças com idade entre 
0 e 5 anos e 11 meses. A Lei de Diretrizes e Ba-
ses da Educação Nacional denomina o equipa-
mento educacional que atende a crianças de 0 
a 3 anos de “creche”. O equipamento educa-
cional que atende a crianças de 4 a 6 anos se 
denomina “pré-escola”. Na educação infantil, 
a avaliação far-se-á mediante acompanhamen-
to do registro do seu desenvolvimento, sem o 
objetivo de promoção, mesmo para o acesso 
ao ensino fundamental.
Recentes medidas legais modificaram o aten-
dimento das crianças PRÉ-ESCOLA, pois alunos 
com seis anos de idade devem, obrigatoria-
mente, estar matriculados no primeiro ano do 
Ensino Fundamental.
Os dispositivos legais que estabeleceram as 
modificações citadas são os seguintes:
- O Projeto de Lei nº 144/2005, aprovado pelo 
Senado em 25 de janeiro de 2006, estabelece a 
duração mínima de 9 (nove) anos para o ensino 
fundamental, com matrícula obrigatória a partir 
dos 6 (seis) anos de idade. Essa medida deverá ser 
implantada até 2010 pelos Municípios, Estados 
e Distrito Federal. Durante esse período, os siste-
mas de ensino terão prazo para se adaptarem ao 
novo modelo de pré-escolas, que agora passarão 
a atender crianças de 4 e 5 anos de idade.
O Brasil sempre sofreu a influência de métodos 
de ensino de outros países. Essa influência se 
nota na grande quantidade de colégios parti-
culares estrangeiros no país, principalmente os 
colégios de ensino bilíngue, onde as crianças 
desde cedo têm o contato com uma língua es-
trangeira, além da língua-pátria. No começo 
do século xx, muitas escolas, hoje ditas tradi-
cionais, se estabeleceram pelo país.
2. O PROFESSOR 
 E AS NOVAS 
 TECNOLOGIAS
Segundo Elaine Turk Faria, na aurora do século 
xxI, necessitam os professores estar prepara-
dos para interagirem com uma geração mais 
atualizada e mais informada, porque os mo-
dernos meios de comunicação, liderados pela 
Internet, permitem o acesso instantâneo à in-
formação, e os alunos têm mais facilidade para 
buscarem conhecimento por meio da tecnolo-
gia colocada à sua disposição.
Os procedimentos didáticos, nesta nova reali-
dade, devem privilegiar a construção coletiva 
dos conhecimentos, mediados pela tecnolo-
gia, na qual o professor é um partícipe pró-ati-
vo que intermedeia e orienta essa construção.
Trata-se de uma inovação pedagógica, funda-
mentada no construtivismo sociointeracionista 
que, com os recursos da informática, levará o 
educador a ter muito mais oportunidade de 
compreender os processos mentais, os con-
ceitos e as estratégias utilizadas pelo aluno e, 
com esse conhecimento, mediar e contribuir, 
de maneira mais efetiva, nesse processo de 
construção do conhecimento, como sugere 
Valente (1999, p. 22).
capítulo 320
O papel do educador está em orientar e mediar 
as situações de aprendizagem para que ocorra 
a comunidade de alunos e ideias, o compar-
tilhamento e a aprendizagem colaborativa, a 
fim de que aconteça a apropriação que vai do 
social ao individual, como preconiza o ideário 
vygotskyano. O professor, pesquisando junto 
com os educandos, problematiza e desafia-os 
pelo uso da tecnologia, à qual os jovens mo-
dernos estão mais habituados, surgindo mais 
facilmente a interatividade.
Nessa proposta pedagógica, torna-se, cada 
vez menor, a utilização do quadro-negro, do 
livro-texto e do professor conteudista, enquan-
to aumenta a aplicação de novas tecnologias. 
Estas se caracterizam pela interatividade, não-
-linearidade na aprendizagem (é uma ‘teia’ de 
conhecimentos e um ensino em rede) e pela 
capacidade de simular eventos do mundo 
social e imaginário. Não se trata, porém, de 
substituir o livro pelo texto tecnológico, a fala 
do docente e os recursos tradicionais pelo fas-
cínio das novas tecnologias. Não se pode es-
quecer de que os mais poderosos e autênticos 
“recursos” da aprendizagem continuam sendo 
o professor e o aluno que, conjunta e dialeti-
camente, poderão descobrir novos caminhos 
para a aquisição do saber.
O que é realmente importante frisar é a intera-
ção, a atuação participativa, que é necessária 
em qualquer tipo de aula, com ou sem tecno-
logia. Essa interação é importante para que o 
educando vivencie a negociação de significa-
dos que irá iniciá-lo na aprendizagem de uma 
prática social que será permanente na vida do 
cidadão do próximo milênio: a construção da 
inteligência coletiva (MELLO,1999, Internet).
Nesse contexto, centraliza-se o objetivo desse 
ensaio: refletir sobre o papel/competências do 
professor nesse processo de mediar a intera-
ção, utilizando recursos tecnológicos de ma-
neira criativa, na busca da construção coletiva 
do conhecimento. Isso implica uma análise 
da mudança do paradigma educacional e da 
função do professor na relação pedagógica, 
focalizando as inovações tecnológicas como 
ferramentas para ampliar a interação.
2.1 OS RECURSOS 
 TECNOLÓGICOS NO 
 PROCESSO DE MUDANÇA
Sabemos que a educação precisa ser repensa-
da e que é preciso buscar formas alternativas 
para aumentar o entusiasmo do professor e o 
interesse do aluno. qual o papel da tecnologia 
nesse processo de mudança? A aplicação inte-
ligente do computador na educação é aquela 
que sugere mudanças na abordagem peda-
gógica, encaminhando os sujeitos para ativi-
dades mais criativas, críticas e de construção 
conjunta.
Os recursos tecnológicos facilitam a passagem 
do modelo mecanicista para uma educação 
sociointeracionista, ainda que a realização de 
um novo paradigma educacional dependa do 
projeto político-pedagógico da instituição es-
colar, da maneira como o professor sente a 
necessidade dessa mudança e da forma como 
prepara o ambiente da aula. É importante criar 
um ambiente de ensino e aprendizagem ins-
tigante, que proporcione oportunidades para 
que seus alunos pesquisem e participem na 
comunidade, com autonomia.
A interação implica processo de comunicação 
que não é linear (não se apresenta como es-
tímulo-resposta), mas representa uma comu-
nicação em rede, (como um rizoma, confor-
me propõem Deleuze e Guattari, apud Kenski, 
1998), um processo interativo com alternância 
de papéis, conexão, heterogeneidade, multi-
plicidade. Assim, usar o computador como um 
simples ‘quadro-negro’ ou um ‘clicar’ de pá-
ginas não gera motivação nem explora todo o 
potencial desse recurso, além de não ser consi-
derado interativo, mas, sim, reativo. Como ex-
plica Primo (1999), a interação é mútua quan-
do implica em negociação e é reativa quando 
capítulo 3 21
se resume ao estímulo-resposta. O computa-
dor é uma ‘ferramenta’, que intermedeia a 
ação do professor e o aprender do aluno, é um 
auxiliar sempre disponível e muito útil quando 
bem utilizado.
É a partir da criteriosa escolha dos softwares 
educativos e da adequada utilização da Web 
(com todas as suas funcionalidades, entre elas 
o hipertexto), que podemos almejar maneiras 
de trabalho mais ousadas e até mais intera-
tivas. A simples ‘transmissão de conteúdos’, 
realizada por meio do computador e da Web 
não possibilita espaço para que o aluno crie, 
aprenda, produza, torne-se cidadão do mun-
do. É necessário que o aluno ‘ensine’ ao com-
putador e, por isso, a seleção de softwares, 
que permitem essas atividades, são as lingua-
gens de programação, como BASIC, Pascal, 
LOGO;os softwares denominados de aplicati-
vos, como dBase ou um processador de texto 
ou os softwares para construção de multimídia 
(VALENTE, 1997, p. 20). Em suma, a tecnolo-
gia facilita a transmissão da informação, mas 
o papel do professor continua sendo funda-
mental na escolha e correta utilização da tec-
nologia, dos softwares e seus aplicativos para 
auxiliar o aluno a resolver problemas e realizar 
tarefas que exijam raciocínio e reflexão.
Diversos são os tipos de aplicativos que o pro-
fessor pode escolher, dependendo dos objeti-
vos da disciplina, conteúdo, características dos 
educandos e proposta pedagógica da escola. 
Cortelazzo (1999, p.22-23) apresenta uma 
classificação de softwares em: software de in-
formação (só transmite a informação), tutorial 
(ensina procedimentos), de exercício e prática 
(exercícios de instrução programada), jogos 
educacionais (jogos de cunho pedagógico), 
simulação (simulam situações da vida real), so-
lução de problemas (situações problemáticas 
para o aluno solucionar), utilitários (executam 
tarefas pré-determinadas), software de autoria 
(programas específicos), aplicativos (realizam 
uma tarefa com diversas operações); enfim, é 
grande a lista de softwares e mídias que são 
simples exercícios de memória ou que auxiliam 
na construção contínua do sujeito individual e 
coletivo, sobretudo mais colaborativo, solidá-
rio e humano.
Planejar uma aula com recursos de multimeios 
exige preparo do ambiente tecnológico, dos 
materiais que serão utilizados, dos conheci-
mentos prévios dos alunos para manusear 
esses recursos, do domínio da tecnologia por 
parte do professor, além de seleção e adequa-
ção dos recursos à clientela e aos objetivos 
propostos pela disciplina.
Para melhor avaliar os recursos computacionais 
a serem utilizados, sugerem-se alguns critérios 
de qualidade e avaliação dos softwares quanto 
aos resultados da aprendizagem. Por exemplo, 
quanto tempo os alunos precisam para apren-
der os comandos? que tipo de atividade será 
realizada com o uso desse software? É possível 
o trabalho de grupo? A interface permite o fe-
edback com estratégias inteligentes e abertas 
a informações com assistência e decisões dos 
usuários? O software proporciona o desenvol-
vimento da autonomia do aluno, promovendo 
uma aprendizagem com graus de dificuldade 
controlada pelo próprio usuário? (TORRES, 
2000, p.39-40)
As aulas desenvolvidas por meio do compu-
tador, dos diferentes softwares e da Internet 
poderão ser presenciais – com auxílio do pro-
fessor ou de tutores – e a distância. Não anali-
saremos a educação a distância como modali-
dade de ensino, mas gostaríamos de ressaltar 
a importância da utilização dos recursos virtu-
ais no ensino presencial, quando em alguns 
momentos/etapas possa haver interatividade 
virtual por meio do correio eletrônico. Muitos 
professores já recebem trabalhos dos alunos 
virtualmente, avaliam e enviam a avaliação por 
e-mail ou utilizam os recursos da Internet para 
pesquisa. Um início de autonomia e indepen-
dência acontece quando os alunos trabalham 
nos computadores da escola, sem a presença 
do professor e orientados por tutores.
capítulo 322
Na sala de aula, o uso do computador melho-
rou a qualidade da apresentação das lâminas 
do retroprojetor através do aplicativo Power-
Point, que tanto pode ser usado para fazer 
lâminas a serem utilizadas no retroprojetor 
como para ser apresentado, de forma mais di-
nâmica, com o uso da multimídia (data-show, 
também conhecido como canhão).
No entanto, a tecnologia na sala de aula não 
se refere exclusivamente ao computador. A TV 
e o vídeo também devem ser bem analisados 
e planejados para se constituírem num recurso 
de enriquecimento e interatividade. A técni-
ca do cine-fórum, por exemplo, é uma forma 
de levar os alunos a refletir e dialogar sobre 
o tema do filme, relacionando-o ao conteúdo 
da disciplina. Novamente, como na escolha 
dos softwares, temos que ter critérios para a 
escolha do filme e um roteiro básico da aula 
com o uso do vídeo. Os critérios para a escolha 
dos vídeos/filmes, sugeridos por Torres (1998, 
p.32), são os de adequação ao assunto, aos 
alunos, à simplicidade, precisão, facilidade de 
manuseio, atratividade, validade e pertinência, 
recomendando, ainda, a utilização de fichas e 
guias de avaliação dos filmes para orientar a 
discussão (p.35).
Podemos utilizar a televisão como recurso pe-
dagógico e propor atividades críticas, criati-
vas e variadas com base na programação da 
TV e de canais específicos (como TV Escola, 
Canal Futura, TVE), discutindo os programas 
com os alunos, a fim de analisar, por exem-
plo, “os elementos da gramática audiovisual 
e compará-los à gramática de outras lingua-
gens, descobrindo como cada um desses ele-
mentos contribui para construir a narrativa” 
(FELDMAN, 1997, p. 20). A autora sugere, em 
seu artigo, pontos para reflexão e sugestões 
de atividades, a fim de melhor aproveitar os 
recursos existentes na comunidade, desenvol-
ver o espírito crítico e participativo dos alunos, 
levando o professor a estimular a curiosidade 
do aluno para buscar a informação mais rele-
vante, saber lidar com essa informação e não 
apenas consumi-la. Ao criar o ambiente de 
aprendizagem, o professor coordena o proces-
so de análise e crítica dos dados apresentados, 
contextualiza-os, transformando a informação 
em conhecimento.
As tecnologias de comunicação estão provo-
cando profundas mudanças em nossas vidas, 
mas os professores não precisam ter “medo” 
de serem substituídos pela tecnologia como 
também não precisam concorrer com os apa-
relhos tecnológicos ou com a mídia. Eles têm 
que unir esforços e utilizar aquilo que de me-
lhor se apresenta como recurso nas escolas e 
universidades. O educador precisa se apropriar 
dessa aparelhagem tecnológica para se lançar 
a novos desafios e reflexões sobre sua prática 
docente e o processo de construção do conhe-
cimento por parte do aluno.
Fala-se tanto na utilização dos recursos tec-
nológicos nas instituições educacionais atual-
mente, que parece até novidade. No entanto, 
experiências educativas com o uso da infor-
mática nas escolas e universidades brasileiras 
surgiram na década de setenta, reforçadas nos 
anos oitenta e mais enfatizadas na década de 
noventa, com o surgimento das novas tecnolo-
gias e do apelo da mídia eletrônica. O início do 
novo milênio trouxe ainda maior ênfase para a 
utilização das tecnologias na educação, com 
uma abrangência maior, surgindo a educação 
a distância, não só com o uso do computador 
mas também de outros recursos, como a tele-
conferência e videoconferência.
Estamos convictos da necessidade de o profes-
sor não temer e, sim, dominar a máquina e 
aproveitar o potencial da tecnologia em pro-
veito de um ensino e uma aprendizagem mais 
criativa, autônoma, colaborativa e interativa. 
Muitas pesquisas já têm sido realizadas de-
monstrando a importância da informática nos 
cursos universitários (GELLER, 1995), e alguns 
autores sugerem que a informática possibili-
ta o resgate do papel social e da cidadania, 
a partir da rápida e eficiente disseminação da 
informação e do conhecimento na sociedade 
(LAMPERT, 2000, p.169).
capítulo 3 23
Com o adequado emprego da tecnologia, o 
professor deverá ser o elemento fundamental 
nessa mudança de mentalidade e atitude, in-
clusive com uma nova visão a respeito do erro 
não mais como punição, mas como oportu-
nidade para aprender, desenvolver a autono-
mia e a flexibilização de um sistema rígido, 
centralizado e controlador (VALENTE, 1997, 
p. 21). O educador exercerá um trabalho mais 
intelectual, mais criativo, mais colaborativo e 
participativo e estará preparado para intera-
gir e dialogar – junto com seus alunos – com 
outras realidades fora do mundo da escola. É 
essa rede de informações econexões que tor-
na o ensino não-linear e colabora para a or-
ganização da inteligência coletiva, distribuída 
no espaço e no tempo, como nos ensina Lévy 
(1999). Cria-se um coletivo inteligente em que 
nada é fixo, mas não tem desordem, pois são 
coordenados e constantemente avaliados. In-
teragir nesse meio equivale a reconstruir um 
mundo comum, que pensa diferentemente 
dentro de cada um de nós, porém contribui 
para a construção coletiva do saber.
A mudança de paradigma requer um exercício 
muito intenso por parte da escola para repen-
sar a dimensão da ‘distribuição do espaço e do 
tempo’, necessários às transformações e por 
parte do professor, refletindo sobre sua prática, 
porque ela representa o abrir mão da “certeza” 
do que se está propondo naquele momento e, 
acima de tudo, da crença de que o professor 
deve conhecer tudo como o grande mestre, o 
sábio. Dessa visão, passamos para um profes-
sor consciente do seu papel de mediador no 
processo de construção do conhecimento do 
aluno. Construção essa que passa pela intera-
tividade com materiais/recursos e colegas em 
ambientes de aprendizagem disponibilizados 
pelo professor e pela escola moderna.
queremos frisar, contudo, como argumenta 
Kenski (1998), que o fato de vivermos a era 
digital e enfrentarmos os desafios constantes, 
oriundos das novas tecnologias no cotidiano 
de nossas vidas, não significa que queiramos 
professores adeptos incondicionais – ou de 
oposição radical – ao ambiente eletrônico. 
Ao contrário, significa nos apropriarmos de 
conhecimentos tecnológicos que permitam 
dominar a máquina criticamente, conhecê-la 
para saber de suas vantagens e desvantagens, 
riscos e possibilidades, para poder transformá-
-la em ferramenta útil em alguns momentos e 
dispensá-la em outros.
Essa nova proposta pedagógica tem que ser 
pensada criticamente, pois transforma a rela-
ção pedagógica ainda em prática atualmen-
te, ampliando a interação. A transição do 
modelo tradicional conteudista para o novo 
modelo interativo professor aluno-máquina-
-tecnologia-conteúdo não é fácil, apresenta 
muitas resistências, pois impõe a quebra de 
paradigmas e de toda uma formação acadê-
mica e vivência profissional. Além disso, re-
quer um preparo do aluno para interagir com 
o recurso computacional.
O professor passa da escola centrada nos conhe-
cimentos, onde o Mestre tem domínio absoluto 
do que está propondo, para uma visão de pro-
fessor que, ao construir o conhecimento junto 
com seus alunos, questiona, duvida, enfrenta 
conflitos, contradições e divergências, enri-
quecendo tais ações pelo apoio na tecnologia.
E será que, mesmo vivendo numa era digital, 
todos os alunos de uma turma têm conheci-
mentos tecnológicos prévios necessários para 
que aconteça essa interatividade entre profes-
sor – aluno – tecnologia? É uma outra questão 
que surge ao educador quando prepara o am-
biente de aprendizagem computacional, pois 
convivemos com as diferenças.
A adoção de novas tecnologias no ensino não 
tem um objetivo em si mesma, mas é um re-
curso no processo de ensinar e aprender para 
alcançar os fins educacionais almejados. Vive-
mos uma época de grandes transformações. O 
desenvolvimento científico gera, entre outros 
produtos, um enorme avanço na tecnologia 
e no conhecimento. Como consequência, co-
capítulo 324
nhecimento virou tema obrigatório, surgindo 
a expressão ‘sociedade do conhecimento’, se-
gundo Assmann (1998, p. 24) e também ‘so-
ciedade da informação’.
Enquanto a expressão ‘sociedade da infor-
mação’ enfatiza a importância da tecnolo-
gia educacional para a rápida atualização e 
socialização dos conteúdos, a ‘sociedade do 
conhecimento’ se refere à aquisição dos co-
nhecimentos por meio da interpretação e pro-
cessamento da informação. Com os recursos 
da mídia digital, trazendo novas formas de cir-
culação das informações e a exigência de mais 
qualidade na educação para a inserção no 
mercado de trabalho, passou-se a questionar a 
sociedade da informação – rápida divulgação 
das informações – para o desenvolvimento do 
conceito de sociedade do conhecimento, que 
exige competência para analisar e processar 
essa informação.
Todas essas expressões encaminham para di-
versas análises dos pressupostos da educa-
ção. Importa, no momento, pensar que tipo 
de educação queremos? Será que estamos 
preparando nossos alunos para enfrentarem 
papéis funcionais nessa nova economia? Com 
a competitividade do mercado, teremos em-
pregos? Empregabilidade? Se precisamos de 
indivíduos com mais autonomia e competên-
cias para se desempenharem no mercado de 
trabalho, temos que mudar nossa maneira de 
ensinar e aprender. Os alunos precisam intera-
gir com os conhecimentos e auto-organizar-
-se. Para Assmann, a educação só alcançará a 
qualidade desejável, quando gerar experiên-
cias de aprendizagem, criatividade para cons-
truir conhecimentos e habilidade para saber 
acessar fontes de informação sobre os mais 
variados assuntos (p. 21).
2.2 O COMPROMISSO 
 PEDAGÓGICO COM 
 A UTILIZAÇÃO 
 DA TECNOLOGIA
As mudanças por que passa a sociedade exi-
gem um sistema educacional renovado. O 
mercado de trabalho precisa de pessoas mais 
qualificadas, com mais conhecimento (e não 
só informação), mais criativas, que pensem, 
tenham iniciativa, autonomia, domínio de 
novas tecnologias e competência para resol-
verem as questões que se apresentam no co-
tidiano da vida.
Assim, o estabelecimento de um clima orga-
nizacional aberto, inovador e investigativo é 
atribuição não só do professor mas de toda 
escola a qual, valorizando a invenção e a des-
coberta, possibilita a aprendizagem sociointe-
rativa. Nesse ambiente, educadores e educan-
dos aprendem a problematizar, conviver com a 
incerteza e a divergência e, juntos, encontrar 
o caminho.
Nessa perspectiva, espera-se do educador a 
competência para ser o mediador de todo pro-
cesso de construção do conhecimento, com 
recursos tecnológicos, favorecendo a intera-
ção e a autonomia num clima de cooperação 
e colaboração, para auxiliar na construção de 
um ‘andaime’, que ajude o aluno no desenvol-
vimento da zona de desenvolvimento proximal 
(ZDP). Essa proposta vygotskyana sustenta que 
a aprendizagem se processa num ambiente 
eminentemente interativo, de natureza social, 
no qual o aluno se apropria dos conhecimen-
tos na interação com seus pares, intermediado 
pelo professor. Nesse processo dialético, aber-
to, transparente, despreconceituoso é que se 
cria um clima favorável à interação professor 
– aluno – máquina – conteúdo – tecnologia – 
mediações propostas.
Modernamente, quando falamos em intera-
ção e interatividade, logo lembramos o com-
putador – aula com uso da tecnologia – mas 
queremos focalizar, também, a necessidade da 
interação como atuação participativa dos alu-
nos, com ou sem tecnologia na sala de aula, 
apesar de sabermos que vivemos uma era tec-
nológica. O que faz a diferença é como o pro-
fessor utilizará essa tecnologia, aproveitando 
capítulo 3 25
seu potencial para desenvolver novos projetos 
educacionais. Isso quer dizer que a diferença 
didática não está em usar ou não os recursos 
tecnológicos, mas no conhecimento de suas 
possibilidades, limitações e na compreensão 
da lógica que permeia a movimentação entre 
os saberes no atual estágio da sociedade tec-
nológica (KENSKI, 1998, p. 70).
Não só significa que a escola não pode mais 
ficar fechada em suas próprias paredes mas 
também que o aluno fora da escola tem aces-
so à Internet e a toda a mídia, devendo apren-
der a selecionar e distinguir o que é científico 
ou mera divulgação sem fundamentação teó-
rica. É uma nova visão de escola, inserida na 
era tecnológica e na sociedade digital, que não 
se caracteriza pela exclusão ou oposição aos 
modelos anteriores de aquisição e utilizaçãode conhecimentos armazenados na memória 
humana ou cibernética (p.67). Sua caracterís-
tica mais significativa é a ampliação de pos-
sibilidades e o envolvimento, marcadamente 
sua prática socioconstrutiva. Essa moderna e 
irreversível tecnologia está afetando o modo 
de ensinar e de aprender.
Além disso, analisando o impacto que a mídia 
provoca e a forma como a pessoa processa a 
informação, teríamos a necessidade de recon-
ceitualizar o ensino e as nossas metodologias. 
Aí reside a importância do papel do professor: 
ser insubstituível. Mesmo com o uso da mais 
moderna tecnologia, sua função é a de organi-
zar o ambiente de aprendizagem, escolher os 
recursos e softwares, realizar a intervenção pe-
dagógica, quando necessária, reorganizar as 
atividades, ou seja, levar à auto-organização, 
interagindo, construindo, junto com os alu-
nos, as situações e simulações.
Nenhum recurso/técnica/ferramenta, por si só, 
é motivador; depende de como a proposta 
é feita e se está adequada ao conteúdo, aos 
alunos, aos objetivos, enfim, ao projeto pe-
dagógico da instituição. Estimular e motivar é 
apresentar um desafio a ser enfrentado, uma 
situação-problema a resolver, não um obstá-
culo intransponível. É orientando o aluno nos 
processos de interação e interiorização, num 
clima estimulador, que mais facilmente ele 
compreenderá a si e aos outros, como sugere 
Moran: “Pela interação, entramos em contato 
com tudo o que nos rodeia; captamos as men-
sagens, revelamo-nos e ampliamos a percep-
ção externa. Mas a compreensão só se com-
pleta com a interiorização, com o processo de 
síntese pessoal, de reelaboração de tudo o que 
captamos por meio da interação” (2000, p.25).
Assim, o professor precisa (re)pensar a sua 
prática pedagógica. que linha seguir? que 
espaço ocupam os alunos nessa prática? que 
paradigma educacional encontra acolhida nes-
se contexto? Como é possível a mudança de 
modelos pelo professor? Como o professor 
alcança isso leva-nos à pergunta: como fazer 
a passagem do modelo tradicional de ensino 
para uma proposta interacionista e ou socioin-
teracionista com o uso das novas tecnologias? 
Esse tema remete à educação continuada, que 
leva o professor a se questionar, refletir sobre 
sua prática, os conteúdos, a metodologia, os 
recursos e, assim, encontrar novos caminhos. 
Laurrillard (apud KENSKI, 1998, p.68) apresen-
ta professores e alunos como ‘colaboradores’, 
utilizando os recursos multimidiáticos em con-
junto, para realizarem buscas e trocas de infor-
mações, criando um novo espaço de ensino-
-aprendizagem em que ambos aprendem.
Hodiernamente, há uma preocupação cres-
cente, em todo o território nacional, com a 
informatização das escolas e com a formação 
de recursos humanos qualificados, passando a 
ser este o quesito indispensável para o desen-
volvimento. Programas de formação inicial e 
continuada e múltiplas possibilidades de atua-
lização existem hoje, inclusive com a educação 
a distância, que são pontos fundamentais para 
a docência. Outra proposta é realizar a forma-
ção continuada na própria instituição escolar, 
mediante reflexão compartilhada com toda a 
equipe, na forma de grupos de estudo.
capítulo 326
Numa sociedade digital e em permanente 
transformação, o professor deve estar prepara-
do para capacitar seus alunos a desenvolverem 
competências a fim de resolverem situações 
complexas e inesperadas e necessita, também, 
encarar a si mesmo e a seus alunos como uma 
equipe de trabalho com desafios novos e dife-
renciados a vencer, além de responsabilidades 
individuais e coletivas a cumprir.
Não há planejamento rígido, regras intransi-
gentes, todavia não há desordem. Há neces-
sidade de um bom planejamento para que a 
tecnologia atinja os efeitos desejados. Isso sig-
nifica que é necessária uma adequada escolha 
dos recursos e softwares, negociação e estabe-
lecimento de consenso entre os participantes, 
para que os interesses de todos sejam atendi-
dos, tendo sempre em vista o objetivo maior 
comum: aprender.
Dessa forma, o planejamento é participativo e 
interdisciplinar, e as ações são coordenadas e 
avaliadas constantemente. Há um processo de 
(re)equilibração permanente. Uma incessan-
te busca do equilíbrio pela interatividade, do 
prazer de trabalhar em conjunto, do desejo de 
aprender.
 
Concluímos com Leite et al. (2000) para re-
forçar nossas ideias. Diante dessa realidade, 
torna-se necessário que as escolas passem a 
trabalhar visando à formação de cidadãos ca-
pazes de lidar, de modo crítico e criativo, com 
a tecnologia no seu dia a dia. Cabendo à esco-
la essa função, ela deve utilizar como meio fa-
cilitador do processo de ensino-aprendizagem 
a própria tecnologia com base nos princípios 
da Tecnologia Educacional (p. 40).
3. MATERIAL DE 
 ESTÁGIO
Proposta ou Projeto de Estágio (3 vias – 1 para a 
Escola, 1 para o tutor e outra para os estagiários)
CARTA DE APRESENTAÇÃO DO ALUNO – EAD 
– para manter contato com a escola:
FICHA DE ACOMPANHAMENTO
FICHA DE AVALIAÇÃO
FICHA DE VISITA À ESCOLA
FICHA DE FREqUÊNCIA
MATERIAL qUE DEVE SER ENTREGUE AO TU-
TOR DE ESTÁGIO (ENCADERNADO EM PASTA 
CLASSIFICADORA)
- Proposta ou projeto de estágio (antes de ini-
ciar o estágio)
- Relatório:
•	 Anexos
•	 Ficha	de	acompanhamento
•	 Ficha	de	avaliação	(parecer	qualitativo)
•	 Ficha	de	frequência
•	 Outros
3.1 ROTEIRO DE PROPOSTA OU 
 PROJETO DE ESTÁGIO 
 CURRICULAR
CAPA – nome da instituição, curso, nomes dos 
autores, título do trabalho, local e data.
SUMÁRIO – divisões e subdivisões do trabalho.
JUSTIFICATIVA – trata-se da relevância, do por-
quê de tal estágio ser realizado, isto é, razões 
do estágio, considerada a usa importância, 
forma como acontecerá, escola, período e car-
ga horária.
OBJETIVOS – buscamos aqui responder ao que 
é pretendido com o estágio, que metas almeja-
mos alcançar ao término do estágio. Para quê?
Geralmente, formula-se objetivo geral de di-
mensões mais amplas, articulando-o a outros 
objetivos mais específicos.
METODOLOGIA – é mais que uma descrição for-
mal das atividades a serem desenvolvidas duran-
te o estágio; indica as opções e leituras a serem 
capítulo 3 27
realizadas pelo estagiário para facilitar a obser-
vação, o registro e a análise do cotidiano escolar.
RECURSOS – materiais que o estagiário preci-
sará para realizar o estágio junto à equipe ges-
tora da escola.
CRONOGRAMA
AVALIAÇÃO – procurar responder aos ques-
tionamentos: o que avaliar, como, quando e 
procedimentos desenvolvidos no está-
gio, além dos recursos humanos e mate-
riais envolvidos.
 
2.3Apresentação das atividades desenvolvi-
das/resultados: relatam-se as atividades 
desenvolvidas, expondo os resultados 
obtidos e ordenados pelos objetivos do 
trabalho. Caso queira ressaltar normal-
mente os aspectos quantitativos, é co-
mum a utilização abundante de gráfi-
cos, tabelas que ilustrem esses aspectos.
 
3. Conclusão (Avaliação/recomendação): de-
vem constar, de forma sintética, os elemen-
tos desenvolvidos no decorrer do corpo 
do trabalho; conclui-se comparando esses 
dados ao objetivo que norteou o estágio, 
estabelecendo-se o quanto foi conseguido 
em relação ao objetivo proposto.
4. Bibliografia: conforme as normas da ABNT.
 
5. Apêndices e Anexos: documentos como: 
programas, fotografias, gráficos e tudo o 
que se considera importante. (apêndice – 
documento, elaborado pelo próprio autor/
anexo – documento não elaborado pelo 
próprio autor/anexo – documento não ela-
borado pelo próprio autor).
DATA HORÁRIO CARGA HORÁRIA ATIVIDADES
quem avaliar?
BIBLIOGRAFIA – referenciar os livros pesquisa-
dos, conforme as normas da ABNT.
ASSINATURAS – do aluno, do gestor da escola 
campo de estágio, do tutor de estágio supervi-
sionado e do professor colaborador de estágio 
supervisionado.3.2 RELATÓRIO
Relatar é basicamente “contar o que se obser-
vou/executou”. É tipicamente o primeiro texto 
produzido após uma pesquisa de campo ou de 
laboratório. O relatório é, por natureza, descri-
tivo, podendo, também, construir um trabalho 
de conclusão de curso após o estágio.
As partes essenciais de um relatório são:
1. Introdução: descreve-se a importância ou a 
relevância (social, científica ou acadêmica) 
do trabalho, objetivos, as relações com o 
contexto social. Pode-se, também, elaborar 
um histórico sucinto da área de atuação.
 
2. Desenvolvimento:
 
2.1Referencial teórico: é o texto resultan-
te de levantamento bibliográfico, de 
qualquer extensão, que indica ao leitor 
o tratamento científico atual do tema/
problema. Inclui definição de conceito, 
a menção de trabalhos já realizados a 
respeito do assunto, teoria que dá sus-
tentação ao trabalho realizado.
2.2Metodologia: faz-se a descrição dos 
capítulo 328
CARTA DE APRESENTAÇÃO
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - NEAD
Ofício circular nº ........../..............
Sr. (a) Diretor(a)
Encaminhamos o(s) aluno(s).............................................................................
.......................................................................................................................
matriculado(s) na Disciplina de Estágio Curricular do curso de......................
....................................................................... para realizar estágio nesse Es-
tabelecimento de Ensino, oportunizando uma articulação teórico/prática dos 
conhecimentos profissionais. Os alunos deverão apresentar à escola uma pro-
posta ou projeto de estágio curricular sobre a orientação dessa unidade de 
ensino.
Agradecemos sua colaboração.
Atenciosamente, 
______________________________________________________________
Tutor da Disciplina de Estágio Curricular do NEAD
Ilmo. (a)Sr. (a)
Diretor(a) da Escola
Licenciatura
em Pedagogia
capítulo 3 29
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - NEAD
Ficha de Visita à Escola
1. Dados de Identificação
Ano Letivo _________________________________ Semestre Letivo _________________
Estágio Supervisionado______Período do Estágio ____/____/____ a____/____/____
Escola Campo de Estágio ____________________________________________________
Município __________________________________________________________________
Aluno ______________________________________________________________________
Disciplina __________________________________________________________________
Série ___________ Turma __________ Turno _____________ Nº de alunos ____________
Professor Colaborador ______________________________________________________
Data da visita ____/____/_____ Horário de permanência: _________ às _________
Professor Tutor _____________________________________________________________
2. Situação da Escola Observada
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
3. Desempenho do Gestor
3.1.Competências
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
3.2. Organização 
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________ 
3.3. Liderança
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
3.4. Tomada de Decisão
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
3.5. Relações Interpessoais
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
3.6. Relacione as principais dificuldades identificadas na escola
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
4. Outras Considerações
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
__________________________, ______ de _________________________ 20____
___________________________________________
Assinatura do Aluno
__________________________________________
Assinatura do Professor Tutor
Licenciatura
em Pedagogia
FICHA DE VISITA À ESCOLA
capítulo 330
FICHA DE VISITA À SALA DE AULA
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - NEAD
Ficha de Visita à Sala de Aula
1. Dados de Identificação
Ano Letivo _________________________________ Semestre Letivo _________________
Estágio Supervisionado______Período do Estágio ____/____/____ a____/____/____
Escola Campo de Estágio ____________________________________________________
Município __________________________________________________________________
Aluno ______________________________________________________________________
Disciplina __________________________________________________________________
Série __________ Turma __________ Turno ____________ Nº de alunos ____________
Professor Colaborador ______________________________________________________
Data da visita ____/____/_____ Horário de permanência: _________ às _________
Professor Tutor _____________________________________________________________
2. Situação didáticas observadas
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
3. Desempenho do Docente
3.1 O professor demonstrou segurança na orientação do processo de ensino/
aprendizagem? 
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
3.2 Os recursos didáticos utilizados na apresentação dos conteúdos pelo profes-
sor favoreceram a aprendizagem dos alunos? 
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________ 
3.3 Quais os aspectos facilitadores do ensino/aprendizagem?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
3.4. O professor adotou alguma atitude que você não adotaria? Qual e por quê?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
3.5. Relacione as principais qualidades do(a) professor(a).
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
3.6. Relacione as principais dificuldades do(a) professor(a).
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
4. Outras considerações
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
__________________________, ______ de _________________________ 20____
___________________________________________
Assinatura do Aluno
_________________________________________
Assinatura do Professor Tutor
Licenciatura
em Pedagogia
capítulo 3 31
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - NEAD
Ficha de Avaliação do Estágio
Aluno:_____________________________________________________________________Curso:_____________________________________ Período: _______________________
Professor(a) Orientador(a) do Estágio: _______________________________________
Local do Estágio: ___________________________________________________________
Gestor(a) da Escola ou Empresa: ____________________________________________
Coordenador(a) / Educador(a) de Apoio: ____________________________________
Professor(a) Regente/ Colaborador(a): ______________________________________
Emita o seu parecer qualitativa sobre o desempenho do(a) estagiário(a)
Gestor(a) da Escola / Empresa _______________________________________________
Coordenador(a) / Educador(a) de Apoio _____________________________________
Professor(a) Regente / Colaborador(a) _______________________________________
OBSERVAÇÕES:
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Carimbo da Instituição
ASPECTOS ótimo bom regular fraco
Pontualidade e assiduidade
Desenvolvimento do projeto de estágio
Interação com a comunidade escolar ou empresa
Participação nas atividades da escola ou empresa
Criatividade e organização nas atividades 
vivenciadas
Postura ética e didática
Outros
Licenciatura
em Pedagogia
FICHA DE AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO
capítulo 332
FICHA DE AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - NEAD
Ficha de Avaliação do Estágio
Aluno:_____________________________________________________________________
Curso:_____________________________________ Período: _______________________
Professor(a) Orientador(a) do Estágio: _______________________________________
Local do Estágio: ___________________________________________________________
Gestor(a) da Escola ou Empresa: ____________________________________________
Coordenador(a) / Educador(a) de Apoio: ____________________________________
Professor(a) Regente/ Colaborador(a): ______________________________________
Emita o seu parecer qualitativa sobre o desempenho do(a) estagiário(a)
ITENS DE AVALIAÇÃO
(Escrever no verso da folha)
1. Incentiva os alunos para que participem das aulas;
2. Faz perguntas aos alunos, conduzindo-os à construção do conhecimento;
3. Desenvolve os conteúdos de forma contextualizada e interdisciplinar;
4. Utiliza exemplos para esclarecimento dos conceitos;
5. Usa linguagem clara e objetiva;
6. Orienta os alunos na execução das atividades;
7. Tem domínio de classe;
8. Organiza e direciona as atividades a serem realizadas;
9. Tem pontualidade/assiduidade nas atividades escolares;
10. Nas suas aulas, há transposição didática;
11. Existe coerência entre o planejado e o realizado com domínio do conteúdo;
12. Desenvolve a aula com criatividade, motivando os alunos para a produção 
do conhecimento;
13. Emprega adequadamente os recursos didáticos;
14. Tem postura ética e didática.
Professor (a) Regente: ______________________________________________________
Educador(a) de Apoio/Coordenador(a): _____________________________________
Gestor (a) da Escola: _______________________________________________________
OBSERVAÇÕES:
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Carimbo da Instituição
Licenciatura
em Pedagogia
capítulo 3 33
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - NEAD
Ficha de Identificação do(a) Aluno(a) Estagiário(a)
1.Professor(a) de Estágio Supervisionado:______________________________________
2. Nome do(a) Estagiário(a):_________________________________________________
3. Contatos:
a. Pólo:___________________________________________________________________
b. Telefone fixo/celular:___________________________________________________
c. E-mail:_________________________________________________________________
4. Dados da Instituição Campo de Estágio
a. Nome:_________________________________________________________________
b. Endereço (referências):__________________________________________________
Telefone:_____________________
c. Nome do(a) Gestor(a):___________________________________________________
d. Nome do(a) Coordenador(a)/ Educador(a) de Apoio:
__________________________________________________________________________
e. Professor (a) Regente/ Colaborador(a):___________________________________
Nível:
Educação Básica
( ) Educação Infantil
( ) Ensino Fundamental ____Ano
( ) Ensino Médio ___ Ano
Modalidade
( ) Educação de Jovens e Adultos
( ) Educação Especial
( ) Educação a Distância
( ) Educação do Campo
Tipo de Instituição 
( ) Privada 
( ) Pública Municipal
( ) Pública Estadual
( ) Pública Federal
( ) Empresa
Turno
( ) Manhã
( ) Tarde
( ) Noite
Curso Pré-Vestibular ( )
Licenciatura
em Pedagogia
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DO(A) ALUNO(A) ESTAGIÁRIO(A)
capítulo 334
FICHA DE ACOMPANHAMENTO DO ALUNO
Horário carga 
horária
Atividades 
desenvolvidas
Turmas
Ass. do Prof. 
Regente
Ass. do Tutor 
de EstágioEntrada Saída
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - NEAD
Ficha de Acompanhamento do(a) Aluno(a) 
Aluno:_______________________________________________Curso:________________
Período:________Tutor de estágio curricular:__________________________________
Escola:______________________Professor Colaborador:_______________ Turno:____
Início do Estágio _____/_____/_______ 
Término do Estágio _____/_____/____ 
______________________________________
Ass. do Diretor 
______________________________________ 
Ass. do Diretor
Carimbo da escola
Licenciatura
em Pedagogia
capítulo 3 35
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