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Economia I, UFRPE – Prof. Luiz Flávio Maia Filho ( luiz@dlch.ufrpe.br ) 1 Economia I, UFRPE - Prof. Luiz Flávio Maia Filho ( luiz@dlch.ufrpe.br ) 13a. a 15a. Semana: Noções da firma competitiva (Cap. 13 e 14), renda nacional (Cap. 23), custo de vida (Cap.24) e desemprego (Cap. 28). I-Noções da Firma Competitiva (empresa em mercado de concorrencia perfeita) 1.1: O que caracteriza um mercado concorrencial? a. Grande número de firmas competindo no mercado; b. O produto negociado é homogêneo (não se distingüe o que vem da empresa A do que vem da empresa B) c. Não há barreiras à entrada ou à saída de competidores; d. Nenhuma empresa individualmente consegue afetar mercado… as firmas são chamadas “tomadoras de precos”. 1.2: O lucro nas visões de economistas e contadores: Economistas: Contadores: + Receita total + Receita total - Custos Explícitos - Custos Explícitos - Custos Implícitos = Lucro Bruto = Lucro Econômico Custos Explícitos: dispêndios efetivamente realizados pela empresa Custos Implícitos: custos de oportunidade do capital investido na firma, usualmente medido pela taxa de juros vigente na economia (que o investidor poderia estar recebendo, se tivesse preferido a aplicacão financeira. Exemplo: Uma empresa fatura R$120.000,00 por ano e tem custo total de R$100.000,00 (salários + aluguéis de máquinas e equipamentos). A taxa de juros na economia é de 10% a.a. (ao ano). Sabendo que o investimento inicial para abrir a empresa foi de R$120.000,00, pode-se afirmar que essa empresa tem lucro contábil? E lucro econômico? Vejamos: Lucro contábil = RT – CT = 120.000 – 100.000 = 20.000 Lucro econômico = RT – CT = 120.000 – 100.000 – (10% x 120.000) = 8.000 (Juros sobre Invest. inic) ● Assim, uma empresa que tenha lucro econômico NULO, ZERO, está pagando ao investidor um retorno “normal”, nem acima, nem abaixo do que a média dos retornos na economia; ● A FIRMA EM CONCORRÊNCIA PERFEITA TEM LUCRO ECONÔMICO ZERO… por quê? Livre entrada de competidores tende a ampliar oferta, reduzir precos e lucros… até que o setor volte a ter rentabilidade média, não excepcional. ● Tenhamos em mente: a firma privada é, por definicão, maximizadora de lucro; para atingir esse objetivo, decidirá operar na exata condicão em que ampliar ou reduzir a producão impliquem queda nos lucros. (Conceitos de Racionalidade e Marginalismo) Economia I, UFRPE – Prof. Luiz Flávio Maia Filho ( luiz@dlch.ufrpe.br ) 2 1.3: Radiografia do Lucro Ec. Zero da Firma Competitiva: L = RT - CT Custo Variável: por simplicidade, inclui RT = P x q CT = CF + CV apenas o custo da mão- de-obra (cresce com o nível de producão) Preco é dado, Custo Fixo: Independe da quantidade firmas não podem produzida, inclui aluguel de máquinas, afetá-lo, individualmente galpões, … e o custo de oportunidade do investidor! 1.4: Ilustracão da maximizacão de lucros, tabelas e gráficos: Tabela 1: Barraca de Sanduíches do BIG BOB: A firma competitiva vai operar no ponto em que P=CMg (Preco é igual ao Custo Marginal, sendo o custo marginal a medida de o quanto mais se gasta para a producão de uma unidade adicional, custo de producão na margem) Colocando essas séries de números em gráficos, teríamos algo como… q CT CF CV P RT = P x q L = RT - CT 0 2,00 2,00 0,00 - 2,00 0,00 -2,00 1 3,00 2,00 1,00 1,00 2,00 2,00 -1,00 2 3,80 2,00 1,80 0,80 2,00 4,00 0,20 3 4,40 2,00 2,40 0,60 2,00 6,00 1,60 4 4,80 2,00 2,80 0,40 2,00 8,00 3,20 5 5,20 2,00 3,20 0,40 2,00 10,00 4,80 6 5,80 2,00 3,80 0,60 2,00 12,00 6,20 7 6,60 2,00 4,60 0,80 2,00 14,00 7,40 8 7,60 2,00 5,60 1,00 2,00 16,00 8,40 9 8,80 2,00 6,80 1,20 2,00 18,00 9,20 10 10,20 2,00 8,20 1,40 2,00 20,00 9,80 11 11,80 2,00 9,80 1,60 2,00 22,00 10,20 12 13,60 2,00 11,60 1,80 2,00 24,00 10,40 13 15,60 2,00 13,60 2,00 2,00 26,00 10,40 14 17,80 2,00 15,80 2,20 2,00 28,00 10,20 15 20,20 2,00 18,20 2,40 2,00 30,00 9,80 Cmg (∂CT/∂q) Economia I, UFRPE – Prof. Luiz Flávio Maia Filho ( luiz@dlch.ufrpe.br ) 3 Interpretacão das Curvas: (a) Por que a curva CT fica, inicialmente, mais “horizontal” e depois volta a ficar mais inclinada? É como se a estrutura produtiva exigisse uma escala mínima de trabalhadores para uma operação adequada; uma vez contratado o gerente-geral (que tem salário alto), qualquer adição de trabalhadores (baixos salário e qualificação) no porcesso amplia muito a produção, apesar dos custos mais modestos do que o de contratar o “gerentão”. → Mas, seguir contratando trabalhadores sem parar... chegará um momento que, dada a quantidade fixa de máquinas e mesmo de área, não haverá expansão da produção, apenas dos custos. (b) E o formato em U da Curva de CMg? Assim como o formato da CV e da CT, o formato da CMg decorre da LEI DOS RENDIMENTOS FÍSICOS MARGINAIS DECRESCENTES. Dada uma estrutura de capital fixa, contratar mais e mais mão-de-obra trás benefícios cada vez mais menores. (c) Uma terceira maneira de visualizar as mesmas idéias: produtividade marginal do trabalho começando a cair (total produzido tende a desacelerar...), se uma empresa segue contratando mais trabalhadores para operarem as mesmas máquinas: De volta à tabela: a empresa arcava com custos variáveis, fixos e ainda sobrava-lhe um lucro de R$ 10,40 por hora de operação... bom, vamos supor que naqueles custos fixos não estivessem incluídos (como deveriam estar) a remuneração do investidor, que bancou a abertura da empresa... Nesse caso, vejamos: R$10,40/hora equivale a R$25.958,40 por ano...o que equivaleria a uma taxa de retorno de 35% sobre um investimento inicial de R$74.166,86. Ou seja, se a taxa de juros média paga pelas pessoas físicas (em torno de 35%) fosse levada em consideração, a empresa seria considerado um negócio viável desde que exigisse menos de R$75.000,00 de capital inicial. Economia I, UFRPE – Prof. Luiz Flávio Maia Filho ( luiz@dlch.ufrpe.br ) 4 1.5: Mais detalhes sobre os custos da firma competitiva: Os formatos das curvas CMg (Custo marginal) e CMe (Custo médio) podem ser deduzidas a partir da curva de custo total... E não é difícil perceber que, na medida em que “q” cresce, tanto os custos médios quanto os custos marginais decaem inicialmente... mas depois passam a subir: daí o formato em “U” das curvas de custos: ● O formato em U das curvas de custos seguirá com os alunos de economia ao longo de todo o curso... Trata-se de efeito direto da Lei dos Rendimentos Físicos Marginais Decrescentes, popularmente conhecida como Lei dos Rendimentos Decrescentes. ● O formato em U das curvas de custos não decorre de nenhuma hipótese particularmente aplicável ao mercado de concorrência perfeita (e, portanto, aparecerá mesmo nos casos de monopólio, oligopólio, etc): é conseqüência de assumirmos que a estrutura de capital de que dispõe uma empresa não pode ser alterada rapidamente, no curto prazo (K fixo, N varia). Economia I, UFRPE – Prof. Luiz Flávio Maia Filho ( luiz@dlch.ufrpe.br ) 5 ● Agora sim, dispomos de todos os conceitos e recursos para descrevermos a condição de equilíbrio da firma competitiva no Longo Prazo: Mas o que nos garante que essa é mesmo a situação de equilíbrio de longo prazo: bom, vamos supor que não... Suponha que a demanda se eleve da seguinte forma, de modo a gerar lucros econômicos no setor... ●Na media em que o preço subiu, a firma redefiniu a quantidade ótima a produzir (ampliada); porém, no novo ponto ótimo, a curva de custo médio está abaixo da curva de preço, isto é: CMe < P=> (CMe . q) < (P . q) => CT < RT => Lucro Econômico Positivo. ●Lucro econômico positivo equivale a dizer que o setor está, ao menos temporariamente, pagando taxas de retorno acima da média da economia... com isso, muitos novos investidores tendem a vir para esse mercado, expandirem a oferta (no longo prazo) e trazer os preços de volta para o nível de equilíbrio de partida. Detalhe: ao final dos ajustes, um número maior de firmas estará operando num mercado de lucro econômico zero... a sociedade indicou sua preferência e o sistema produtivo se ajustou para atendê-la. Economia I, UFRPE – Prof. Luiz Flávio Maia Filho ( luiz@dlch.ufrpe.br ) 6 Podemos ainda supor o caso contrário: digamos que uma mudança nas preferências do consumidor determinassem uma forte retração na demanda pelo consumidor, fazendo com que os preços caíssem excessivamente... ● Nesse último caso, no ponto de maximização P=CMg o custo médio da produção supera o preço em que os bens são vendidos... assim, a firma está tendo lucro econômico negativo... A taxa de retorno ao investidor será menor do que aquelas que estão sendo pagas em outros ramos de atividade da economia... ● Uma vez mais, via preços e lucros, a sociedade indica o que deseja em maiores ou menores quantidades... com lucros excessivamente baixos, algumas empresas deixarão o mercado, a oferta será contraída e o preço tenderá retornar ao valor de equilíbrio. No final da história, contudo, menos empresas estarão nesse mercado. AS LIÇÕES: 1. O preço sinaliza para os mercados os anseios da sociedade... o sistema produtivo se molda para atendê-los... 2. As políticas públicas que alteram ou distorcem esses sinais dificultam a alocação de recursos na economia, distanciando a sociedade da conquista de seus objetivos; 3. Políticas voltadas à defesa da concorrência deveriam ser mais populares, e medidas que a restringem deveriam ser mais impopulares... esse foi o caminho trlihado pela maioria das nações desenvolvidas do mundo. Economia I, UFRPE – Prof. Luiz Flávio Maia Filho ( luiz@dlch.ufrpe.br ) 7 II-Medindo a Renda Nacional (Cap. 23) 2.1-Noções básicas: Macroeconomia: Estudo de fenômenos que afetam a economia como um todo, fenômenos tais como a inflação, o crescimento econômico, o desemprego e as flutuações cíclicas da economia (recessões, expansões e depressões) Questões de interesse do Macroeconomista: 1. Por que a renda média é elevada em alguns países e baixa em outros? 2. Por que os preços sobem rapidamente em certas circunstâncias e ficam estáveis em outras? 3. Por que a produção e o emprego sobem rapidamente em certos períodos, mas desaceleram em seguida? A equivalência de renda e despesa nacional: ● Quando desejamos medir o ritmo da atividade econômica, podemos contabilizar todas as vendas de bens finais realizadas na economia... o valor total nos dará uma boa noção do volume total de aquisições pelas famílias... ● Por outro lado poderíamos contabilizar toda a renda paga às famílias, que são, em última instância, proprietárias das empresas, das terras, dos imóveis e da força de trabalho... também teríamos uma boa estimativa da riqueza produzida ao longo de um período. ● Para a economia como um todo, a despesa realizada por um agente se transforma em renda para um outro agente econômico, e toda renda se transforma em despesa... ● Mas e se eu recebesse meu salário e poupasse, digamos, 30%? Nesse caso, você poderia: (a) Colocar o dinheiro na caderneta de poupança... o SFH o utilizaria para financiar a compra da casa própria do teu vizinho; (b) Eu poderia guardar o dinheiro comprando terras... a venda das terras será contabilizada como parte das despesas totais da economia... (c) Eu poderia guardar as notas de Reais embaixo do meu colchão... mas a notas que você optou por reter já vieram da compra do teu trabalho, uma despesa realizada pela empresa em que você trabalha. Na macroeconomia, ao volume de renda paga num período corresponde o volume de despesas ali também realizadas. 2.2-PIB: o que é e o que mede esta estimativa? → O Produto Interno Bruto (PIB) é o valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos em um País ao longo de um certo intervalo de tempo; → O PIB não inclui o comércio de drogas ilegais e os bens e serviços que produzimos em casa (e que nunca vão ao mercado). Economia I, UFRPE – Prof. Luiz Flávio Maia Filho ( luiz@dlch.ufrpe.br ) 8 → O PIB não inclui a produção realizada por empresas agropecuárias brasileiras no Paraguai, mas inclui a produção de empresas automotivas alemãs instaladas e operando em solo brasileiro; → O PIB inclui a produção de um bem que ainda não tenha sido vendido: a elevação dos estoques de uma determinada empresa contarão como um investimento da própria empresa (como se os bens tivessem sido vendidos aos donos da empresa). → O PIB nos dá o volume de renda e despesas movimentadas em um certo período de tempo. 2.3-Variações do conceito PIB: Produto Nacional Produto (PNB) Mede a renda dos residentes permanentes de um país; se uma empresa brasileira produz gás na Bolívia, essa produção entre no cálculo do PNB, mas não no cálculo do PIB. Produto Nacional Líquido (PNL) É o PNB deduzido das perdas relativas à depreciação (o desgaste do estoque de equipamentos e estruturas da economia) Renda Nacional (RN) É o PNL deduzido de impostos indiretos que incidem sobre as atividades das empresas, acrescido dos subsídios que recebem do governo. Renda Pessoal (RP) Da Renda Nacional, subtrai-se os lucros retidos pelas empresas (não distribuídos aos proprietários/acionistas), o imposto de renda e as contribuições para a Seguridade Social pagos pelas firmas. Renda Pessoal Disponível (RPN) Da Renda Pessoal, subtrai-se o imposto de renda sobre pessoas físicas e as tarifas/multas pagas ao governo. 2.4-Os componentes do PIB sob a ótica das despesas agregadas: Y ≡ C + I + G + (X – M) Y = PIB Total ; C = Consumo: bens duráveis (carros), não-duráveis (comida), serviços (educação) ; I = Investimento (aquisição de bens que serão usados no processo produtivo no futuro), inclui variação de estoques; G = Gastos do governo: salários de funcionários, obras públicas, prestação de serviços; X = Exportações ; M = Importações ● A expressão acima é uma identidade, isto é, algo verdadeiro por definição; ● A expressão demonstra o cálculo do PIB pela ótica da despesa ou da demanda agregada; existem ainda as óticas do produto (soma de todos as transações de bens e serviços finais) e a ótica da renda (soma de todas as remunerações dos fatores de produção); Economia I, UFRPE – Prof. Luiz Flávio Maia Filho ( luiz@dlch.ufrpe.br ) 9 ● Distinção entre PIB a preços de mercado e PIB a custos de fatores: no primeiro caso, mantém-se o que dissemos anteriormente, ou seja, a soma dos valores efetivamente pagos nas transações... no segundo caso, consideramos explicitamente a participação do governo no valor dos bens finais: PIB a custos de fatores = PIB a preços de mercado + subsídios – impostos indiretos ● Distinção entre PIB real e PIB nominal; Ano Preço do Cachorro Quente Quantidade de Cachorros Quentes Preço do Hamburguer Quantidade de Hamburguers 2001 1 100 2 50 2002 2 150 3 100 2003 3 200 4 150 PIB Nominal ou = P1 . Q1 + P2 . Q2 = R$200 (2001) a preços correntes R$600 (2002) R$1200 (2003) PIB Real ou = P1 (2001) . Q1 + P2 (2001) . Q2 = R$200 (2001) a preços constantes R$350 (2002)R$500 (2003) Deflator = PIB Nominal x 100 = (200/200) x 100 = 100 (2001) PIB Real = (600/350) x 100 = 171 (2002) = (1200/500) x 100 = 240 (2003) Assim, o deflator mede a variação dos ponderada dos preços de bens e serviços contabilizados no PIB... com ele, poderíamos dizer que a elevação dos preços na economia foi de 71% entre os anos de 2001 e 2002...calculada pela taxa de variação: 100 x [ (171-100)/100 ] = 71% No entanto, essa variação pode não ser a mais adequada para se medir o aumento do custo de vida para a população daquela economia hipotética... III-Medindo o Custo de Vida (Cap. 24) Inflação: ● Elevação continuada do nível geral de preços na economia; ● Calculada pela variação de um índice de preços, semelhante mas com diferenças importantes em relação ao cálculo do deflator; ● Da mesma forma como calculamos a variação média (ponderada) dos preços de bens e serviços incluídos no PIB, poderemos calcular uma variação média (ponderada) dos preços numa cesta de consumo, que reflita os hábitos de uma determinada população; Economia I, UFRPE – Prof. Luiz Flávio Maia Filho ( luiz@dlch.ufrpe.br ) 10 Inflação: (cont.) ● A cesta de bens habitualmente adquiridos pela população é determinada por uma Pesquisa de Orçamento Familiar (POF); ● Principais componentes na cesta do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo): Alimentação e Bebidas (22%), Transporte (20%), Habitação (13%), Saúde e cuidados pessoais (10%), Despesas pessoais (9%), Educação (7%)...; ● O IPCA é chamado de índice amplo por medir hábitos de consumo de famílias que ganham de 1 a 40 salários mínimos... amplo espectro da população; Problemas dos índices de preços ao consumidor: ● Tendência a substituição de bens temporariamente mais caros não é precisamente “captada” pela metodologia de estimação; ● A introdução de novos bens na economia só será captada po uma nova POF; ● Variações na qualidade dos bens negociados pode influir no preço, mas os cálculos não levam tal possibilidade em conta. Distinção entre índices de preços ao consumidor e o Deflator: ● Bens de Consumo versus Bens Gerais; ● Bens consumidos internamente versus bens produzidos internamente; ● IPC´s geralmente têm composição fixa, enquanto a do PIB é variável. Correção de valores históricos com uso de índices de inflação: ANO INPC IPCA 1993 100,00 100,00 Qual foi, até aqui, a taxa de inflação acumulada 1994 1029,32 1016,46 nesse milênio? ... ... ... Resposta: ( I2008 / I2000 ) x 100 = 165% 2000 1672,31 1683,47 2001 1830,20 1812,65 2002 2099,97 2039,78 Se eu tiver que corrigir uma dívida no valor de 2003 2318,03 2229,49 R$ 10.000,00 pelo IPCA, desde o período de sua 2004 2460,19 2398,92 contratação em dez/2002 até hoje, como fazê-lo? 2005 2584,35 2535,40 Resposta: 10.000 = x 2006 2657,05 2615,05 I 2002 I 2008 2007 2794,03 2731,62 2008 (abr) 2859,41 2788,33 x = 13.670 Economia I, UFRPE – Prof. Luiz Flávio Maia Filho ( luiz@dlch.ufrpe.br ) 11 Cálculo de Taxa de Juros Real: ● Se concordamos em pagar de volta um dinheiro que nos foi emprestado, com o acréscimo de juros equivalentes a 15% no período de um ano (15% a.a.), quanto estamos, de fato, remunerando nosso emprestador pelo seu sacrifício? ● Uma parte dos juros que pagaremos servirá apenas para recompor o poder de compra do recurso que nos é emprestado... uma vez que o preço dos bens no Brasil sobem muito; ● A taxa de juros real equivale a calcular, descontada a inflação, qual é o verdadeiro ganho do emprestador.... Digamos que a taxa de inflação nos próximos 12 meses fique em torno de 5%... Cálculo Aproximado: r = R - Π = 15% – 5% = 10% Cálculo Exato: ( 1+r ) = ( 1+R ) / ( 1+ Π) = 1,095 => 9,5% IV-Medindo o Desemprego (Cap. 28) O PIB mede o fluxo de produção e renda na economia..., o IDH, Índice de Desenvolvimento Humano (Longevidade + Educação + Distrib. Renda), mede condições sociais e de saúde da população... o Coeficiente de Gini e Curva de Lorenz medem a distribuição da renda... Mas, individualmente, nenhuma dessas estatísticas consegue captar, plenamente, o nível de satisfação de uma população... nem mesmo a que estudaremos agora: TAXA DE DESEMPREGO: Mede a ociosidade de um importante recurso da economia, a força de trabalho de sua população. Conceituação: ● Força de Trabalho, População Economicamente Ativa: Desempregados + Empregados ● Taxa de Desemprego = Desempregados / População Economicamente Ativa; ● MAS O QUE É, EXATAMENTE, UM DESEMPREGADO? Pessoa que procurou emprego ou que apenas aguarde uma contratação já acertada nos últimos 30 dias; ● Qual é a taxa no Brasil hoje (maio/08)? 8,7%, a mais baixa em 11 anos... E a Teoria Macroeconômica, como se interessa pelo problema do Desemprego? (1) Desemprego Friccional versus Desemprego Estrutural; (2) Impactos do Seguro-Desemprego (maior que Bolsa-Família) e do Salário Mínimo: estuda- se ampliar o prazo exigido em emprego prévio para qualificação, de 6 meses para um ano; (3) A Teoria dos Salários de Eficiência: motivação do trabalhador e uma indesejável rotatividade da mão-de-obra podem levar a empregadores a pagarem salários maiores que os de equilíbrio... a teoria é importantíssima na discussão de políticas macroeconômicas.
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