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Assistência de Enfermagem na Doença de Alzheimer

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO CLIENTE COM DOENÇA DE ALZHEIMER
Disciplina: Ensino Clínico em Saúde do Adulto e Idoso 
Prof. Ma. Lívia Maria da Silva Souza 
DOENÇA DE ALZHEIMER
A Doença de Alzheimer pode ser chamada de demência degenerativa primária ou demência senil do tipo Alzheimer (DSTA).
 Corresponde a pelo menos 50% de todas as demências apresentadas pelo idoso. É uma doença neurológica degenerativa, progressiva e irreversível. 
É caracterizada por perdas graduais na função cognitiva e transtornos de comportamento e afeto.
A Doença de Alzheimer não é exclusiva da pessoa idosa, embora a idade avançada seja considerada um fator de risco. Seu início pode acontecer aos 40 e/ou 50 anos, sendo chamada de demência pré-senil. 
FATORES DE RISCO
A idade é o principal fator de risco para o desenvolvimento de demência da Doença de Alzheimer (DA). Após os 65 anos, o risco de desenvolver a doença dobra a cada cinco anos.
As mulheres parecem ter risco maior para o desenvolvimento da doença, mas talvez isso aconteça pelo fato de elas viverem mais do que os homens.
Os familiares de pacientes com DA tem risco maior de desenvolver essa doença no futuro, comparados com indivíduos sem parentes com Alzheimer. No entanto, isso não quer dizer que a doença seja hereditária.
FATORES DE RISCO
Pessoas com histórico de complexa atividade intelectual e alta escolaridade tendem a desenvolver os sintomas da doença em um estágio mais avançado da atrofia cerebral. Por isso, uma maneira de retardar o processo da doença é a estimulação cognitiva constante e diversificada ao longo da vida.
Outros fatores importantes referem-se ao estilo de vida. São considerados fatores de risco: hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo e sedentarismo. Esses fatores relacionados aos hábitos são considerados modificáveis. Alguns estudos apontam que se eles forem controlados podem retardar o aparecimento da doença.
DOENÇA DE ALZHEIMER
Fisiopatologia: A etiologia da doença ainda encontra-se em estudo, mas afirma-se que as alterações são de ordem neuropatológicas e bioquímicas específicas, que incluem emaranhados neurofibrilares (massa enovelada de neurônios não funcionantes) e placas senis ou neuríticas (acúmulos de proteínas amilóide e estruturas celulares alteradas nas junções interneuronais). 
Tal lesão ocorre principalmente no córtex cerebral, resultando em diminuição do tamanho do cérebro, e as alterações são observadas em menor grau no parênquima cerebral normal dos adultos idosos. 
As células mais afetadas são as que usam o neurotransmissor acetilcolina, ocorrendo do ponto de vista bioquímico, diminuição da enzima ativa na produção de acetilcolina. A acetilcolina participa especificamente do processamento da memória.
DOENÇA DE ALZHEIMER – QUADRO CLÍNICO
A evolução da Doença de Alzheimer acontece diferentemente em cada indivíduo. É uma doença crônica e, na maioria das vezes, de caráter irreversível, que tem progressão variada: de 2 a 20 anos. Na maioria dos casos leva de oito a dez anos. 
Atualmente não existe cura para a doença. Os tratamentos são feitos com o objetivo de retardar ao máximo a evolução da doença e de garantir uma qualidade de vida satisfatória tanto para o paciente como para sua família. 
A evolução da doença pode variar bastante de pessoa para pessoa. De um modo geral, os pacientes passam pelos seguintes estágios:
DOENÇA DE ALZHEIMER – QUADRO CLÍNICO
1º estágio (2 a 4 anos): Nesta fase, o que mais chama a atenção são as alterações da memória que se manifestam, inicialmente, como esquecimento frequente por parte do idoso em saber onde estão as coisas que ele costuma guardar; a verificação repetidas vezes de uma tarefa feita; a demora, mais do que o tempo normal, para executar uma atividade rotineira (como vestir-se, ir ao banheiro, comer entre outras). Ocorrem também episódios de desorientação no tempo e no espaço (data, ano, lugar onde mora, hora, dia ou noite).
DOENÇA DE ALZHEIMER – QUADRO CLÍNICO
2º - Estágio (Fase intermediária entre 3 a 5 anos): há o agravamento, a piora dos sintomas apresentados na fase inicial e, além disso, há o aparecimento de novas dificuldades como de expressão na fala e na escrita, na compreensão do que está escrito ou do que é dito. Há também a perda da capacidade de executar movimentos adequados para realizar tarefas simples como sentar-se e depois deitar-se, levantar e começar a andar. Acentua-se o esquecimento e o idoso começa a perder a capacidade de reconhecer nomes e funções de objetos (como garfo, lápis, toalha, pente). Começa a não reconhecer as pessoas, reclama de roubo de objetos, repete frases ou palavras sem interrupção. Faz coisas sem sentido aparente. Tem dificuldade para dizer o que quer, o que sente, e não consegue entender direito o que lhe é pedido ou explicado. O nível de dependência do idoso para realizar suas atividades de vida diária começa, portanto, a aumentar e passa a ficar dependente de outra pessoa para realizar hábitos rotineiros. 
DOENÇA DE ALZHEIMER – QUADRO CLÍNICO
3º Estágio (Fase Final de 1 a 3 anos após a fase anterior): Agravamento acentuado, o idoso não reconhece mais as pessoas do seu convívio diário e, às vezes, não reconhece mais a sua própria imagem refletida no espelho. Quase não tem mais iniciativa. Tem dificuldade de movimentar-se, de caminhar. Pode não conseguir mais controlar a eliminação de urina ou de fezes, tendo que usar fraldas. Neste estágio, acaba ficando no leito (terminal), onde o idoso é incapaz de comunicar-se e não consegue mais, mastigar ou engolir, sendo necessário, em alguns casos o uso de sonda nasoentérica ou mesmo de gastrostomia sob avaliação de uma junta interdisciplinar de profissionais. A morte ocorre em decorrência de complicações, como pneumonia, desnutrição ou desidratação.
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA
Prejuízo da memória e de uma das funções cognitivas
Afasia - perturbação da linguagem;
Apraxia - capacidade prejudicada de executar atividades motoras, apesar de um funcionamento motor intacto; 
Agnosia - incapacidade de reconhecer ou identificar objetos, apesar de um funcionamento sensorial intacto; 
Perturbação do funcionamento executivo, isto é, planejamento, organização, sequenciamento. 
Prejuízo na capacidade funcional 
Início gradual e um declínio cognitivo contínuo. 
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA
A doença de Alzheimer é um diagnóstico de exclusão, no qual: 
Os déficits cognitivos não se explicam por outras condições do sistema nervoso central que causam déficits progressivos na memória e cognição (doença cerebrovascular, doença de Parkinson, hidrocefalia de pressão normal, tumor cerebral); 
Condições sistêmicas que comprovadamente causam demência (hipotireoidismo, deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico, hipercalcemia, neurossífilis, infecção com HIV); 
Condições induzidas por substâncias;
Transtornos psiquiátricos (depressão, esquizofrenia)
TRATAMENTO
Até o momento, não existe cura para a Doença de Alzheimer.
Os objetivos dos tratamentos são aliviar os sintomas existentes, estabilizando-os ou, ao menos, permitindo que boa parte dos pacientes tenha uma progressão mais lenta da doença, conseguindo manter-se independentes nas atividades da vida diária por mais tempo. Os tratamentos indicados podem ser divididos em farmacológicos e não farmacológicos.
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
Na Doença de Alzheimer, acredita-se que parte dos sintomas decorra de alterações em uma substância presente no cérebro chamada de acetilcolina, que se encontra reduzida em pacientes com a doença. Um modo possível de tratar a doença é utilizar medicamentos que aumentem a captação de acetilcolina pelo encéfalo, mantendo assim a memória por mais tempo.
As medicações que atuam na acetilcolina, e que estão aprovadas para uso no Brasil nos casos de demências leve e moderada, são a rivastigmina, a donepezila e a galantamina.
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO
1. Estimulação cognitiva
Consiste em atividades ou programas de intervenção que visam a potencializar as habilidades cognitivas mediante a estimulação sistemáticae continuada em situações práticas que requerem o uso de pensamento, raciocínio lógico, atenção, memória, linguagem e planejamento.
Podem ser feitas atividades grupais ou individuais. Em ambos os casos, deve-se atentar para as necessidades dos pacientes, para situações do dia a dia que promovam autonomia e capacidade decisória, a partir de novas estratégias, para o cumprimento de tarefas.
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO
2. Estimulação social
São iniciativas que priorizam o contato social dos pacientes estimulando as habilidades de comunicação, convivência e afeto, promovendo integração e evitando a apatia e a inatividade diante de dificuldades. Além de intervenções em grupo para estimulação cognitiva e física, podem ser realizadas atividades de lazer, culturais, celebração de datas importantes e festivas. É essencial que sejam organizadas a partir das experiências anteriores do paciente e que envolvam temas que despertem seu interesse e motivação.
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO
3. Estimulação física
A prática de atividade física e de fisioterapia oferece benefícios neurológicos e melhora na coordenação, força muscular, equilíbrio e flexibilidade. Contribui para o ganho de independência, favorece a percepção sensorial, além de retardar o declínio funcional nas atividades de vida diária. Alguns estudos mostram que atividades regulares estão associadas a evolução mais lenta da Doença de Alzheimer. 
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO
4. Organização do ambiente
O ambiente da pessoa com Doença de Alzheimer influencia seu humor, sua relação com as pessoas e até sua capacidade cognitiva. Diante de situações agitadas ou desorganizadas, pode haver uma tendência à confusão mental que prejudica o funcionamento de modo geral. Por isso, oferecer ambiente adequado pode ser uma forma de minimizar sintomas, bem como favorecer a qualidade de vida.
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO
Nos estágios iniciais da Doença de Alzheimer são esperadas reações emocionais negativas, assim como dificuldade de adaptação a mudanças, com prejuízos sociais progressivos. Lidar com as perdas associadas ao processo de adoecimento envolve o confronto com déficits e, consequentemente, com frustrações. Nessa etapa da doença, é esperado que o paciente identifique, pelo menos parcialmente, os prejuízos e tente evitá-los. Por isso, pode acontecer de ficar menos motivado para atividades e encontros sociais.
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO
Em fases mais avançadas da doença, em que os sintomas passam a ser mais evidentes, o confronto com prejuízos que interferem na autonomia é mais presente. Alguns pacientes podem precisar de monitoramento constante, para evitar exposição a situações de risco. Em algumas famílias, pode ser necessário o auxílio de cuidadores profissionais ou de mais integrantes na equipe de cuidados.
Além de auxílio dos cuidadores, podem ser necessários tratamentos específicos, envolvendo a busca pela minimização de dificuldades que passam a interferir nas atividades diárias. Os tratamentos mais frequentes são os que requerem estímulo à locomoção e motricidade, deglutição, comunicação e nutrição.
ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM
Importante atentar e promover: 
 - Individualidade: conhecer e levar em consideração a história da pessoa; 
 - Independência: mesmo que custe três vezes mais o tempo para auxiliar o paciente a vestir-se, deve-se estimular cada oportunidade para o autocuidado; 
 - Liberdade: enfermagem deve atentar para que, em nome da eficiência e segurança, não sejam impostas restrições muito severas à liberdade a ponto da qualidade de vida tornar-se mínima; 
 - Dignidade: estas pessoas devem ser respeitadas, incluindo o cuidado com a roupa, penteado, uso do nome, privacidade e confidencialidade. 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
Promover a segurança física;
Reduzir a ansiedade e agitação;
Melhorar a comunicação;
Promover a independência nas atividades de autocuidado; 
Providenciar a socialização e as necessidades de privacidade;
Providenciar a nutrição adequada; 
Providenciar o equilíbrio entre a atividade e o repouso; 
Apoiar e orientar os familiares.

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