AP2 Português instrumentral

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Fundação Centro de Ciências e 
Educação Superior a Distância 
do Estado do Rio de Janeiro 
 
Centro de Educação Superior a 
Distância do Estado do Rio de 
Janeiro 
 
Licenciatura em História 
Licenciatura em Ciências Biológicas, 
Física, Matemática e Química 
Tecnologia de Segurança Pública e 
Social 
 
AP2 - 2017-1 
 DISCIPLINA: Português Instrumental 
 
Coordenação: Prof.ª Lucia Moutinho, Prof.ª Evelyn Orrico, 
Prof.ª Diana Pinto, Prof.ª Patrícia Vargas 
Nome: 
Matrícula: Email: 
Polo: 
 
Curso: 
Cidade em que reside: 
 
 
Prezado (a) aluno(a), 
 
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Leia os enunciados com atenção. 
Procure ser claro e objetivo na elaboração de suas respostas. 
Redija as respostas com caneta azul ou preta nas linhas pontilhadas após as questões. 
Boa prova! 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO 
RIO DE JANEIRO 
Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH 
Licenciatura em Pedagogia- EAD 
UNIRIO/CEDERJ 
 
 
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 Leitura e Dissertação – COTAS RACIAIS NAS UNIVERSIDADES 
 
 
 
São chamadas de “cotas” as reservas de vagas em instituições públicas de ensino 
superior para grupos específicos, na maioria das vezes negros, pardos e indígenas. O 
sistema foi aprovado pelo Supremo Tribunal de Justiça em 2012, embora algumas 
universidades brasileiras já apliquem essas cotas desde 2004, e o fato dividiu as 
opiniões dos brasileiros. 
Leia abaixo os depoimentos contra e a favor das cotas raciais nas universidades. Em 
seguida, faça o que se pede. 
 
1. Contra as Cotas - adaptação do artigo do sociólogo Bernardo Lewgoy 
(31/07/2009) 
“As cotas raciais dividem negativamente as sociedades onde são implantadas, 
gerando o ódio racial e o ressentimento dos que não entraram na universidade, 
apesar de terem obtido nota maior ou igual às dos cotistas. Além disso, 
escondem o real problema da baixa qualidade do ensino básico e dão poder a 
políticos que não têm nenhum compromisso com a qualidade do ensino e da 
pesquisa. Cotas desestimulam não só o mérito acadêmico, mas encorajam a 
separação do povo em grupos raciais rivais, destruindo possibilidades de real 
convívio humano entre pessoas diferentes. Elas recuperam a ideia, refutada 
por toda a ciência moderna, de que a humanidade se divide em ´raças´, 
oficializando aquilo que se quer combater. ” 
http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/instituto-millenium/2009/07/31/dez-
motivos-para-ser-contra-as-cotas-raciais/ (Acesso em 18/10/2016) 
 
2. A favor das cotas – adaptação do depoimento do historiador e escritor Alex 
Castro 
“A história é uma bola de ferro que bisnetos e bisnetas das vítimas da 
escravidão ainda arrastam pelos tornozelos. Seus efeitos nocivos continuam se 
fazendo sentir todos os dias. Eu (nascido em 1974) cursei o Fundamental no 
Colégio Santo Agostinho, o Médio na Escola Americana do Rio de Janeiro e, 
 
 
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depois, História no IFCS/UFRJ porque meu pai cresceu em Botafogo, fez o 
Ensino Médio no Colégio Andrews e se formou bacharel em Economia pela 
mesma UFRJ. Estudou na UFRJ porque meu avô formou-se em Engenharia pela 
UF de Itajubá e trabalhou muitos anos na Companhia Hidroelétrica do São 
Francisco. Ele pôde ser engenheiro porque meu bisavô saiu do MT para estudar 
no Colégio Militar do RJ, onde foi comandante-aluno, formou-se engenheiro-
-militar e reformou-se como coronel. Em 1888, com 12 anos de idade, meu 
bisavô estudava na capital do Império num dos melhores colégios públicos do 
país, com bolsa integral, soldo e emprego garantido após a formatura. Se, em 
vez disso, nesse mesmo ano, meu bisavô tivesse sido libertado (leia-se posto 
pra fora de casa) com a roupa do corpo, analfabeto e despreparado, sem 
conhecer pai e mãe, desprovido de qualquer poupança ou bens, teriam seus 
filhos, netos e bisnetos estudado nas melhores escolas e universidades do país 
e feito parte da elite brasileira? Sem esse capital socioeconômico e cultural 
acumulado pelo meu bisavô, onde teria ido parar a cadeia de acontecimentos 
que desembocou na minha vida? Dentre minhas realizações, quantas são 
exclusivamente por mérito meu e quantas são consequência direta da vida 
privilegiada que eu e meus antepassados levamos? Será ético eu simplesmente 
dizer em relação aos menos favorecidos ´sorte minha, azar deles, hoje já 
nivelou tudo e no vestibular todos têm chances iguais´? Dado que os efeitos da 
escravidão ainda se fazem sentir na pele dos bisnetos e bisnetas das vítimas 
diretas, não é tarde demais para serem indenizados pelo Estado. E as cotas são 
um bom começo. ” 
(O peso da História: a escravidão e as cotas – Alex Castro-2014) 
http://alexcastro.com.br/o-peso-da-historia-a-escravidao-e-as-cotas/ Acesso 
em 21/10/2016) 
 
1. Agora é a sua vez. Argumente contra o sistema de cotas para o 
ingresso nas universidades ou a favor dele, fundamentando sua opinião 
com fatos e exemplos. Não copie frases dos autores apresentados acima. 
 Mostre sua própria opinião em um parágrafo argumentativo de 6 linhas." (Valor 3,0) 
 
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2. COERÊNCIA - “deve ser entendida como unidade do texto. Um texto coerente é um 
conjunto harmônico, em que todas as partes se encaixam de maneira complementar 
de modo que não haja nada destoante, nada ilógico, nada contraditório, nada 
desconexo. ” (Platão & Fiorin – Para entender o texto: leitura e redação - editora 
Ática). 
 
INCOERÊNCIA - “falta de lógica; ausência de ligação, de nexo entre fatos, ideias, ações 
etc.; desarmonia, desconexão, discrepância, inconsequência; inexistência de uma 
relação bem definida entre as fases de um conjunto de ondas”. (Houaiss) 
 
 - “Falta de harmonia com elementos antecedentes ou referentes; 
desconexão. ” (Aulete digital). 
 
 - “Desarmônico, discordante, desconexo, disparatado, ilógico, 
contraditório. ” (Aurélio) 
 
↗ Partindo das definições acima, indique no trecho abaixo o que se pode 
identificar é uma situação de coerência ou de incoerência, por quê? (Valor 1,5) 
 
 Havia um menino muito magro que vendia amendoins numa esquina de uma 
das avenidas de São Paulo. Ele era tão fraquinho, que mal podia carregar a cesta em 
que estavam os pacotinhos de amendoim. Um dia, na esquina em que ficava, um 
motorista, que vinha em alta velocidade, perdeu a direção. O carro capotou e ficou de 
rodas para o ar. O menino não pensou duas vezes. Correu para o carro e tirou de lá o 
motorista, que era um homem corpulento. Carregou-o até a calçada, parou um carro 
e levou o homem para o hospital. Assim, salvou-lhe a vida. (Redação escolar) 
 
A situação é de incoerência, pois o menino era muito magro, fraquinho, mal podia 
carregar a cesta com os pacotinhos de amendoim, como poderia o menino carregar 
um homem corpulento e levá-lo para a calçada. 
 
3. Esta questão é composta de duas partes: 
 
A) Ordene os fragmentos de forma que constituam um parágrafo coerente e coeso. 
(Parágrafo extraído do livro “O Ponto de Mutação”, de Fritjof Capra.) (Valor 1,5) 
 
( ) Em vez de substituírem as partes danificadas ou gastas, substituem o organismo todo. 
 
( ) Eles se deterioram gradualmente no processo de envelhecimento e, finalmente, 
sucumbem por exaustão, mesmo quando relativamente pouco afetados. 
 
( ) Esse, evidentemente, é o fenômeno da reprodução, característico de todavida. 
 
( ) Ainda que sejam capazes de se manter e se regenerar, os organismos complexos 
não podem funcionar indefinidamente. 
 
( ) Para sobreviver, essas espécies desenvolvem como que uma “superoficina”. 
 
 
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a) 4, 2, 5, 1, 3 
 
B) Agora, reescreva o texto completo de acordo com a numeração feita por você, 
observando a coerência do texto. (Valor 1,0) 
 
Ainda que sejam capazes de se manter e se regenerar, os organismos complexos não 
podem funcionar indefinidamente. Eles se deterioram gradualmente no processo de 
envelhecimento e, finalmente, sucumbem por exaustão, mesmo quando relativamente 
pouco afetados. Para sobreviver, essas espécies desenvolvem como que uma 
“superoficina”. Em vez de substituírem as partes danificadas ou gastas, substituem o 
organismo todo. Esse, evidentemente, é o fenômeno da reprodução, característico de 
toda vida. 
 
 
4. Observe o texto abaixo, excerto de um conto de Bernardo Élis: é uma fala do protagonista, um 
sitiante. (Valor 1,0) 
 
 “- Com perdão da pergunta, mas será mecê não tem por lá alguma enxada assim meia velha 
pra ceder para a gente. ” 
 
 Identifique a opção que propõe a transposição dessa frase para uma forma adequada à 
linguagem urbana culta. 
 
a) Me perdoe de perguntar. Mas será que você não tem por lá uma enxada assim meia velha pra 
ceder a gente? 
b) Desculpe a pergunta, mas o senhor não teria alguma enxada meio velha para nos ceder? 
c) Me perdoa a pergunta, mas será que o senhor não poderia ceder para nós alguma enxada que 
tem por lá assim meio velha? 
d) Desculpe-me a pergunta, mas será que você não tem para nos emprestar, alguma enxada do tipo 
assim meio velha? 
e) Desculpe a gente perguntar, mas o senhor não tem alguma enxada meia velha que a gente 
pudesse usar? 
 
Leia o texto a seguir – sobre inadequação no emprego de vocábulos nos jornais – e 
responda às questões propostas. 
 
 As palavras andam apanhando muito, até mesmo na mão de quem devia saber 
o respeito que merecem. É como se fosse uma cabala contra a comunicação: o 
significado das palavras é depreciado, desprezado, trocado, ignorado. 
 A sério, não é conspiração: falta um esforço deliberado e organizado 
devidamente identificado. Por outro lado, há sentido na paranoia: se fosse de 
propósito, a sabotagem no idioma – que tem seus beneficiários – não seria mais 
eficiente. 
 
 
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 Em algumas áreas, o vocabulário é mínimo, e isso sobrecarrega certas palavras, 
forçadas a fazer o seu trabalho e o de outras. Diversas morrem de exaustão. Em 
outros campos, desprezam-se palavras que dão o seu recado com eficiente 
simplicidade e encantadora sonoridade. São trocadas por exibicionistas peruas 
polissilábicas, supostamente inteligentes. 
Luís Garcia, O Globo, 20/8/92. 
 
5. Após a leitura do texto de Luís Garcia e os problemas por ele apontados, verifica-se 
que o termo paranoia corresponde a que significado a seguir? (Valor 1,0) 
a) Associação de sentimentos, lembranças, imagens inconscientes, reprimidos e 
carregados de afeto. 
b) Obsessão provocada por uma comoção de origem social. 
c) Psicose caracterizada por um orgulho exagerado, egoísmo, suscetibilidade, 
desconfiança e mania de perseguição. 
d) Integração das funções motrizes e mentais sob o efeito da educação e do 
desenvolvimento do sistema nervoso. 
e) A substância medicamentosa que atua sobre o psiquismo, quer como calmante, 
quer como estimulante. 
 
6. O autor do texto com as palavras a seguir quer dizer que: "... se fosse de propósito, 
a sabotagem no idioma – que tem seus beneficiários – não seria mais eficiente. ” 
(Valor 1,0) 
a) Mesmo não sendo proposital, o mau emprego das palavras consegue ter uma força 
altamente destrutiva. 
b) O mau uso das palavras faz parte de um movimento consciente de pessoas que 
lucram com isso. 
c) Apesar de todos os problemas, há muitas pessoas que ainda conseguem sobreviver 
graças ao bom uso das palavras. 
d) Muitos usuários se beneficiaram com o bom emprego das palavras. 
e) A sabotagem no idioma só não é mais eficiente porque lhe falta um propósito claro 
e definido.