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Tema 2 Análise de Riscos

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MBA em Gestão Ambiental e 
Desenvolvimento Sustentável 
 
Análise de Riscos Ambientais 
Aula 2 
Profa. Me. Marcia Lapa Frasson 
 
MBA em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável | Análise de Riscos Ambientais | 
Aula 2 
2 
 
Olá! 
Antes de começar a estudar, assista ao vídeo a seguir e 
descubra quais serão os tópicos abordados nesta aula! 
 
Introdução 
 Nesta aula vamos entender os conceitos de risco, veremos 
um breve histórico da análise de riscos ambientais e estudaremos a 
metodologia de identificação e classificação dos riscos ambientais. 
Isso se faz necessário por ser de fundamental importância para 
embasar o conhecimento dos aspectos associados às atividades 
humanas no desenvolvimento da sociedade tecnológica. 
Devemos dedicar ao estudo dos riscos maior tempo e mais 
energia, pois eles são parte integrante e indissociável de nossas 
atividades e, atualmente, existem mecanismos científicos e 
tecnológicos de previsão, prevenção e correção dos efeitos de seus 
impactos. 
 
 
 MBA em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável | Análise de Riscos Ambientais | 
Aula 2 
3 
 
Breve Histórico 
Com o término da II Guerra Mundial, o incentivo do modelo 
Capitalista – estimulando a concorrência e a globalização da 
economia – e o incremento dos processos industriais na automação 
e no ramo da química, cria-se um ritmo bastante intenso de 
produção, armazenamento, circulação e consumo de produtos e 
subprodutos. 
A partir da década de 1970, os movimentos ecológicos se 
tornam responsáveis pela ampliação da consciência ecológica da 
sociedade, sendo determinantes para que ocorressem mobilizações 
contra os riscos ambientais aos quais os biomas estavam expostos. 
Essas manifestações foram responsáveis, também, pelo enorme 
empenho da comunidade científica na tentativa de desenvolver 
pesquisas e aplicar metodologias que possibilitassem uma 
avaliação de impacto ambiental verdadeiramente efetiva, qualitativa 
e quantitativamente falando (PORTO; FREITAS, 1997). Cientistas 
passaram a focar sua atenção nos riscos oferecidos à saúde 
humana, à segurança industrial e ao ambiente. 
Tendo isso como base, podemos voltar nossa atenção à 
classificação dos riscos ambientais. Existem diversos métodos para 
a classificação dos riscos e, portanto, seria muito interessante que 
você realizasse uma pesquisa para aprofundar seus 
conhecimentos. 
A classificação com a qual trabalharemos nesta aula é a 
divulgada por Proin/Capes e Unesp/IGCE, em 1999. 
 
MBA em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável | Análise de Riscos Ambientais | 
Aula 2 
4 
 
Conceitos 
Risco 
Função que associa a probabilidade de ocorrência de um 
evento indesejado com a gravidade das consequências deste 
evento, caso ele venha a ocorrer (NUNES, 2002). 
A classificação escolhida é baseada na ocupação humana e 
em seu estágio, sendo: 
 
 
Não podemos nos esquecer de que sempre que há a 
presença de atividades humanas, há a ocorrência do impacto sobre 
o ambiente, de menor ou maior grau, com menor ou maior 
frequência. 
 
 MBA em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável | Análise de Riscos Ambientais | 
Aula 2 
5 
 
Dentro dessa classificação, os riscos serão vistos a partir do 
bioma e de seus componentes bióticos e abióticos. Sendo assim 
teremos: 
 
Do ponto de vista biológico, os riscos naturais podem ser 
diretamente relacionados a um desequilíbrio ecológico provocado 
pela ação humana, pelos fenômenos naturais ou por espécies 
buscando sobrevivência. Essas espécies, se encontrarem 
condições favoráveis para o desenvolvimento, podem se disseminar 
rapidamente, dando origem ao que conhecemos comumente como 
epidemia, que tem como característica a detecção, em curto 
espaço de tempo, do aparecimento de determinado agente 
biológico em uma determinada população. 
 
MBA em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável | Análise de Riscos Ambientais | 
Aula 2 
6 
 
Há registros de epidemias provocadas por bactérias, vírus, 
fungos, substâncias químicas com princípios ativos presentes em 
plantas e animais tóxicos. 
Vale ainda citar: 
 
 
 
 
Para entender melhor as relações entre riscos ambientais e 
riscos sociais, assista ao vídeo a seguir. 
 
 
 
 MBA em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável | Análise de Riscos Ambientais | 
Aula 2 
7 
 
 
Enquadram-se nesse grupo o risco químico (vazamentos de 
substâncias contaminantes e explosões, por exemplo), os riscos 
biológicos (como é o caso da manipulação e utilização de 
organismos geneticamente modificados) e, é claro, os riscos 
oferecidos pelas substâncias radioativas, extremamente prejudiciais 
ao ambiente e à saúde das espécies. 
Atividade humana, como vimos na aula anterior, pode ser 
definida como algo que é realizado e busca um determinado 
resultado dentro do escopo em que está inserido. Sendo assim, em 
nossas atividades, por mais que as realizemos esperando um 
determinado resultado, a experiência nos mostra que temos que 
estar preparados para gerenciar eventos inesperados. Para isso é 
necessário que, ainda na fase de planejamento, avaliemos os riscos 
aos quais estaremos sujeitos, bem como suas possíveis 
consequências. 
 
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Aula 2 
8 
 
Assista ao vídeo a seguir, que propõe uma discussão sobre 
os riscos que envolvem o processo de urbanização intensificada 
que ocorre nos grandes centros urbanos. 
 
 
Análise de Riscos Ambientais 
 
 
 
 
 
 
Análise de Risco - constitui-se em um conjunto de métodos e 
técnicas que aplicados a uma atividade proposta ou existente 
identificam e avaliam qualitativa e quantitativamente os riscos que 
essa atividade representa para a população vizinha, ao meio 
ambiente e à própria empresa. Os principais resultados de uma 
análise de riscos são a identificação de cenários de acidentes, suas 
frequências esperadas de ocorrência e a magnitude das possíveis 
consequências (FEPAM, 2001, p.2). 
 
Antes de prosseguirmos com a aula, leia o artigo Avaliação dos 
riscos alimentares e ambientais: estudo de caso da soja 
geneticamente modificada utilizando o método GMP-RAM, de 
Simone Marchini Naves Cremonezi, Fernanda Leite Manzato e 
Katia Regina Evaristo de Jesus-Hitzschky. Disponível em: 
<http://bjft.ital.sp.gov.br/artigos/especiais/especial_2009/v11_ede
sp_15.pdf>. 
 
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Aula 2 
9 
 
Frequentemente os termos análise de riscos ambientais e 
avaliação de riscos ambientais são utilizados como sinônimos, 
portanto se faz necessário que desfaçamos esse engano. 
 
Também é possível se referir à avaliação como o processo 
que avalia a probabilidade de que riscos ecológicos, ou à saúde 
humana, possam ocorrer, ou estejam ocorrendo, como resultado à 
exposição a um ou mais fatores de estresse. 
A análise de riscos está também associada à aplicação de 
métodos e/ou técnicas para identificação dos possíveis riscos e 
análise de prováveis consequências para o bioma e todos os seus 
componentes bióticos e abióticos, tendo como objetivo mapear as 
ameaças oferecidas e as vulnerabilidades do ambiente. 
 
 
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Aula 2 
10 
 
Tipos de Análise de Riscos Ambientais 
Conforme a classificação que optamos por apresentar, os 
riscos ambientais são classificados em diferentes categorias, que 
veremos a partir de agora. 
 
Riscosambientais ou riscos ecológicos 
São definidos como mudanças que podem ser provocadas 
nas interações complexas entre as populações, nas comunidades e 
nos biomas. Podemos citar como exemplo as cadeias alimentares, 
que determinam as micro e as macrorrelações interespecíficas. O 
foco principal está voltado aos impactos causados aos biomas e 
seus componentes, uma vez que os efeitos de tais impactos podem 
se manifestar a grandes distâncias da fonte e, além disso, o 
estabelecimento da relação entre causa e efeito pode ser 
problemático. 
São etapas do estudo da análise de riscos: a identificação dos 
riscos, a avaliação tanto qualitativa quanto quantitativa, o 
gerenciamento e a comunicação dos riscos com o emprego de 
técnicas científicas de maneira a promover a combinação das 
frequências com a magnitude dos eventos indesejados (FELICIANO 
FILHO, 2006). 
 
Riscos para a saúde humana 
Quanto aos riscos à saúde humana, podemos considerar que 
geralmente possuem alta probabilidade de ocorrer e consequências 
 
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Aula 2 
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amenas. No entanto, é possível que os efeitos se tornem crônicos, 
mediante exposição prolongada, ou repetida, a agentes nocivos. 
Como os efeitos, muitas vezes, só são sentidos muito tempo depois 
do ocorrido, estabelecer a relação entre causa e efeito também 
pode ser muito complicado. 
De acordo com a Agência de Proteção Ambiental Americana 
(Environmental Protection Agency – EPA), a análise de risco à 
saúde humana (ARSH) é o processo metodológico utilizado para 
descrever e estimar a possibilidade da ocorrência de um efeito 
adverso para a saúde a partir da exposição ambiental de 
determinadas substâncias químicas. 
A partir desse processo metodológico temos quatro etapas da 
análise de risco à saúde humana: 
1. Identificação dos perigos: nessa etapa são conhecidas as 
fontes, as situações ou as ações que têm o potencial de causar 
dano. Pode ser visto como o processo que possibilita o 
reconhecimento de um perigo e a identificação e 
dimensionamento de suas características; 
2. Avaliação da dose de resposta: etapa importante para o estudo 
da toxicidade das substâncias, é uma exigência da legislação 
vigente. São realizados testes com doses e concentrações letais 
(no caso de produtos voláteis, vaporizáveis e fumegantes); testes 
de irritação e de sensibilização; estudos de metabolismo; e, 
ainda, estudos dos possíveis efeitos sobre a reprodução (efeitos 
teratogênicos e mutagênicos); 
 
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Aula 2 
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3. Avaliação de exposição: nessa etapa devemos considerar dois 
fatores importantes: 
 Tempo de administração da dose – introduzimos aqui o 
conceito de bioacumulação, que é a diferença entre a taxa de 
exposição e absorção e a taxa de eliminação para uma 
mesma dose. Quanto maior a taxa de administração, maior é a 
probabilidade de ocorrer intoxicação; 
 Tempo de acumulação do efeito – devido ao acúmulo do efeito, 
em exposições subsequentes os sintomas podem ser 
agravados. O objetivo da avaliação de exposição é estimar o 
tipo e a magnitude da exposição a potenciais compostos 
químicos de interesse que estão presentes, ou migram, a partir 
de uma área de estudo (TECNOHIDRO, 2004); 
4. Caracterização de risco: é o momento em que são apontadas 
as caracterizações de ocorrência de eventos potencialmente 
adversos à saúde humana e é apresentada a descrição do risco 
e todas as informações que forem necessárias, como aquelas 
que forem referentes à natureza do risco e aos componentes que 
possam agravar a potencialização. 
 
 
 
 
 
Pesquise sobre um empreendimento local e realize a 
identificação dos possíveis riscos das atividades por ele 
desenvolvidas, suas fontes de origem e o dano que poderá 
causar no caso de um acidente, mesmo que de pequena 
magnitude. 
 
 
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O vídeo a seguir comenta um caso específico de 
bioacumulação, assista e entenda melhor como ocorre o fenômeno. 
 
Riscos industriais 
Como conceito, riscos industriais se definem pela equação 
estabelecida entre a intensidade do perigo – que pode ser 
entendido como a quantidade de material perigoso que pode ser 
liberado de forma acidental no ambiente – e a quantidade de 
salvaguardas disponíveis – medidas mitigadoras aos efeitos das 
liberações acidentais (FEPAM, 2001). 
Os riscos industriais são classificados da seguinte forma: 
 
Essa classificação prioriza os aspectos da segurança humana 
e da perda material dentro do espaço de trabalho. 
 
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Aula 2 
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Nos processos industriais, a análise e o gerenciamento dos 
riscos devem ser abordados durante a elaboração dos projetos das 
atividades, pois a complexidade e os altos custos envolvidos na 
elaboração de novas atividades (levando em conta condições de 
trabalho e de segurança) passaram a ser considerados elementos 
fundamentais para as empresas em função dos altos investimentos 
despendidos. 
Assista ao vídeo a seguir para entender mais sobre energia 
nuclear e os motivos que fazem com que ela possa ser um risco à 
segurança. 
 
 
Riscos à segurança 
Os riscos à segurança podem ser avaliados a partir dos 
seguintes aspectos: 
 Segurança física; 
 Segurança da saúde; 
 Biossegurança. 
Se entendermos que segurança física está associada aos 
riscos e acidentes em que está presente o contato físico inesperado 
com os equipamentos ou estruturas, ele é classificado de acordo 
com o meio e as condições. 
 
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Quanto à segurança da saúde, enfocamos principalmente os 
trabalhadores. É importante enxergar os trabalhadores como 
pessoas que, durante o desenvolvimento de suas atividades, 
podem modificar as condições de trabalho às quais estão sujeitos. 
Esse fato tem levado a sociedade a expandir sua percepção, tanto 
no domínio ecológico-ambiental quanto no social, sobre os efeitos 
dos riscos aos quais estão expostos em decorrência dos processos 
industriais, sobretudo quando ocorrem desastres que comprometem 
e deterioram os biomas, acarretando problemas de saúde aos 
trabalhadores e às populações que se encontram no raio de 
influência do evento. 
 
 
De acordo com a Portaria do Ministério Público do Trabalho, 
MT nº 3.214 de 08 de junho de 1978, riscos de acidentes são 
quaisquer fatores que possam colocar em perigo a vida do 
trabalhador, bem como sua integridade. Os tipos de risco são: 
 Riscos ergonômicos: são os fatores que podem afetar o 
trabalhador ou interferir em sua vida (psicológica ou 
fisiologicamente); 
 
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 Riscos físicos: são os provocados pelas formas de energia às 
quais o trabalhador está exposto; 
 Riscos químicos: resultantes do contato com substâncias ou 
produtos que podem, por forma de absorção, ingestão ou 
inalação, penetrar no organismo; 
 Riscos biológicos: provocados por agentes biológicos, como 
bactérias, fungos e vírus. 
Esses riscos são classificados (de 1 a 4), por ordem crescente 
de intensidade. 
 
 
 
 
 
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Estudode Impacto Ambiental 
O estudo de impacto ambiental, como instrumento de política 
ambiental - formado pelo conjunto de procedimentos capazes de 
garantir, desde o início do processo, o exame sistemático dos 
impactos da ação de implantação do projeto ou do programa - pode 
ser entendido como uma ferramenta de qualificação e quantificação 
das alterações provocadas no ambiente, em seus componentes 
bióticos e/ou abióticos, pelo impacto oriundo do desenvolvimento 
das atividades humanas. Além disso, é ferramenta para a 
identificação, qualificação e quantificação dos riscos. 
No estudo de impacto ambiental – diferença entre o futuro do 
meio ambiente (natural e social) modificado pela realização de um 
projeto em comparação com seu futuro tal como teria evoluído sem 
o projeto – devem ser levados em conta os aspectos ambientais e 
quaisquer intervenções, diretas ou indiretas, que as atividades (ou 
produtos, ou serviços) podem gerar no ambiente, podendo ser 
benéficas ou adversas. A identificação dos aspectos ambientais é 
um processo contínuo que deve considerar não somente as 
condições normais de operação de uma organização, mas também 
os aspectos que ocorrem em situações anormais e até mesmo em 
condições de emergência. 
 
 
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1. Partindo do pressuposto de que risco potencial é aquele que 
pode estar presente nas áreas onde não há atividades humanas 
e ainda considerando que oferecem risco aos ambientes 
ocupados, podemos esperar que: 
 
a. as atividades que não respeitam o planejamento previamente 
estabelecido, em virtude dos custos altos dos equipamentos e 
treinamentos, não vão apresentar riscos elevados à saúde 
humana. 
b. quando da ocupação de áreas nos espaços urbanos, 
observamos que os conhecimentos sobre os biomas e suas 
dinâmicas naturais têm sido levados em conta durante a etapa 
de planejamento dos zoneamentos urbanos, o que tem evitado 
desastres ambientais, uma vez que são respeitados pela 
população os parâmetros estabelecidos. 
c. para o sucesso no desempenho das atividades, com o objetivo 
de reduzir ao máximo a probabilidade de eventos indesejados 
durante cada etapa do processo produtivo, é necessário que as 
organizações tenham em seu corpo técnico uma equipe 
multidisciplinar. 
Fabiano
Destacar
 
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19 
 
d. as industriais, que realizam suas atividades dentro de suas 
próprias instalações, não necessitam levar em conta, no seu 
planejamento, os condicionantes ambientais. 
 
2. Para a análise de riscos ambientais é necessário levar em 
consideração informações sobre as atividades a serem 
desenvolvidas, as fontes de possíveis riscos a todos os 
elementos do bioma impactado, as substâncias envolvidas nos 
processos e as tecnologias e os equipamentos utilizados. Com 
base no enunciado é correto afirmar que: 
 
a. no caso da produção de alimentos a partir de organismos 
geneticamente modificados, como é o caso da soja, não é 
relevante conhecer a dinâmica do bioma onde se encontra 
inserida a área de plantio da semente transgênica. 
b. o estudo de impacto ambiental não pode ser visto como um 
instrumento que tem o objetivo de identificar o risco e de 
fornecer informações prévias que visam a eliminar, reduzir ou 
compensar os efeitos desfavoráveis das atividades humanas 
no ambiente. 
c. na avaliação de exposição, quando se considera o tempo de 
administração da dose, a bioacumulação não pode ser 
considerada como impactante do bioma afetado pelas 
atividades, se nele não estiver presente um elemento herbívoro 
quando da aplicação de agrotóxicos nas lavouras. 
 
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Aula 2 
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d. é de suma importância para a análise de riscos ambientais que 
seja feito um levantamento histórico dos acidentes já ocorridos 
no empreendimento em análise (ou em outros que 
desenvolvam as mesmas atividades ou atividades similares). 
Para isso a pesquisa bibliográfica em literatura especializada 
pode ser um elemento importante de subsídio. 
Fabiano
Destacar
 
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Aula 2 
21 
 
REFERÊNCIAS 
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consequências ecológicas e à saúde humana: agentes químicos, 
físicos, biológicos. Disponível em: <http://www.google.com.br 
/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&ved=0CC0QFjAB&
url=http%3A%2F%2Fwww.ctec.ufal.br%2Fprofessor%2Felca%2FFo
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zmAtGXtwe3_vSCDg&usg=AFQjCNGEDDawWU0i4YOIl9FLkWG1
KrNSvQ&sig2=7_enyFIhRdDdkUodIakDAw>. Acesso em: 20 mar. 
2012. 
 
AMORIM, E. L. C. Metodologias de análise de risco ambiental. 
Disponível em: <http://www.ctec.ufal.br/professor/elca/Metodologias 
AR.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2012. 
 
CAPONI, A. C. Proposta de método para identificação de 
perigos e para avaliação e controle de riscos na construção de 
edificações. Campinas, 2004. Dissertação (Mestrado em 
Engenharia Civil) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia, 
Universidade Estadual de Campinas - Faculdade de Engenharia 
Civil, Arquitetura e Urbanismo 
 
 
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Aula 2 
22 
 
CETESB. Análise de Riscos. Disponível em: <www.cetesb.sp. 
gov.br>. Acesso em: 20 mar. 2012. 
 
CREMONEZI, S. M. N.; MANZATO, F. L.; JESUS-HITZSCHKY, K. 
R. E. Avaliação dos riscos alimentares e ambientais: estudo de caso 
da soja geneticamente modificada utilizando o método GMP-RAM. 
Brazilian Journal of Food Technology, 2009. Disponível em: 
<http://bjft.ital.sp.gov.br/artigos/especiais/especial_2009/v11_edesp
_15.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2012. 
 
FELICIANO FILHO, W. Análise de risco ambiental. Disponível em: 
<http://www.crq4.org.br/downloads/AnaliseRiscos_wanderley.pdf>. 
Acesso em: 20 mar. 2012. 
 
FUNDAÇÃO ESTADUAL DE PROTEÇÃO AMBIENTAL HENRIQUE 
LUIZ ROESSLER. Manual de análise de riscos industriais: 
projeto de manual de análise nº 1. Rio Grande do Sul, 2001. 
 
KOTAKA, E. T. Contribuições para a construção de diretrizes de 
avaliação do risco toxicológico de agrotóxicos. Campinas, 2000. 
Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) - Programa de Pós-
Graduação em Saúde Coletiva, Universidade Estadual de 
Campinas - Faculdade de Ciências Médicas. 
 
 
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23 
 
NUNES, M. P. Análise de risco no processo de avaliação de 
impactos ambientais. João Pessoa, 2002, 13 p. Trabalho 
acadêmico (Impacto Ambiental) – Engenharia Urbana, Engenharia, 
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PORTO, M. F. de S.; FREITAS, C. M. de. Análise de riscos 
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PROIN/CAPES; UNESP/IGCE. Material didático: arquivos de 
transparências. Rio Claro, São Paulo: Departamento de Geologia 
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TAVARES, T. M.; CARVALHO, F. M. Avaliação de exposição de 
populaçõeshumanas a metais pesados no ambiente: exemplos do 
recôncavo baiano. Química Nova, v. 15, n. 2, 1992. Disponível em: 
<http://www.quimicanova.sbq.org.br/qn/qnol/1992/vol15n2/v15_n2_
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TECNOHIDRO, Projetos Ambientais. Diagnóstico, Caracterização 
e Avaliação de Risco Toxicológico para Áreas Contaminadas 
por Hidrocarbonetos de Petróleo. São Paulo, 2004. 
 
TEIXEIRA, P.; VALLE, S. (Org.). Biossegurança: uma abordagem 
multidisciplinar. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2010. 
 
 
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24 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA 
FILHO. Manual de biossegurança. São José do Rio Preto. 
Disponível em: <http://www.cro-rj.org.br/biosseguranca/Manual%20 
Biosseguranca%20praticas%20corretas.pdf>. Acesso em: 20 mar. 
2012.

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