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D. CIVILIII CS CONCRET 01 RSPNDD

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DIREITO CIVIL III - CCJ0223 
Título 
Caso Concreto 1 
Descrição 
QUESTÃO OBJETIVA 1 ? (Procurador/Faz. Nacional/2007/ESAF) O princípio pelo qual 
a liberdade contratual deverá estar voltada à solidariedade, à justiça social, à livre iniciativa, 
ao progresso social, à livre circulação de bens e serviços, à produção de riquezas, aos 
valores sociais, econômicos e morais, é o: 
a) do consensualismo; 
b) do equilíbrio contratual; 
c) da relatividade dos efeitos do negócio jurídico contratual; 
d) da função social do contrato; 
Função Social do Contrato: trata-se de outra novidade introduzida pelo atual Código Civil. 
Explicando: a liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função 
social do contrato, que na prática é uma tentativa de se reduzir as 
desigualdades substanciais entre os contratantes (equilíbrio contratual). Compatibiliza-
se as pretensões dos particulares com os anseios da coletividade, ou seja, o contrato não 
pode ser mais visto somente pela ótica individualista, uma vez que possui um sentido 
social para toda a comunidade. 
e) Fonte: Ponto dos Concursos - Professor Lauro Escobar 
 
f) da boa-fé objetiva. 
QUESTÃO OBJETIVA 2 ? (MP/SP/Promotor de Justiça/2010) Assinale a alternativa 
correta: 
a) O princípio da autonomia privada, segundo o qual o sujeito de direito pode contratar 
com liberdade, está limitado à ordem pública e à função social do contrato. 
A autonomia privada não tem recebido, entre nós, o interesse devido, fato desairosopara a 
Ciência Jurídica brasileira. Como princípio jurídico fundamental, integra o quadro das 
fontes de Direito, hoje em processo de franca reformulação. Superado o monismo jurídico 
do Estado liberal de Direito, e o mecanismo lógico-dedutivo de aplicação do Direito, é de 
reconhecer-se que os particulares têm o poder de estabelecer normas jurídicas, e que os 
juízes não se limitam a aplicar um Direito pré-constituído, mas também constroem a norma 
jurídica adequada ao caso concreto. O jurista deve considerar a autonomia privada inserida 
em uma nova concepção do Direito, na qual as estruturas jurídicas relacionam-se 
intimamente com a sua função social. O Direito, na atualidade, tem como eixo fundamental 
a realização dos interesses da pessoa humana e, por isso, tende a limitar a autonomia 
privada com a ordem pública e os bons costumes, embora a retração do Estado Providência 
venha provocando uma reversão nessa tendência e revalorizando esse princípio. 
http://www.cjf.jus.br/revista/numero9/artigo5.htm 
b) A exigência da boa-fé se limita ao período que vai da conclusão até a execução do 
contrato. 
Críticas referentes ao art. 421 do Projeto do Código Civil, onde está presente a cláusula 
geral da boa-fé nos contratos : a) não se pode saber se o artigo representa norma cogente 
ou dispositiva; b) o artigo se limita ao período que vai da conclusão até a execução do 
contrato, não prevendo a aplicação da boa-fé nas fases pré e pós-contratuais. 
http://www.cjf.jus.br/revista/numero9/artigo7.htm 
c) Segundo o entendimento sumular, a cláusula contratual limitativa de dias de 
internação hospitalar é perfeitamente admissível quando comprovado que o contratante do 
seguro saúde estava ciente do seu teor. 
Súmula: 302 STJ 
É abusiva a cláusula contratual de plano de saúde que limita no 
tempo a internação hospitalar do segurado. 
d) A função social justifica o descumprimento do contrato, com fundamento exclusivo 
na debilidade financeira. 
A” teoria da imprevisão prevista nos arts.478, 479, e 480 do Código Civil de 2002 
constituem o reconhecimento de que na ocorrência de eventos não previstos e muito menos 
imputáveis às partes, pode-se permitir a resolução ou mesmo a revisão do contrato, 
buscando-se adaptá-lo aos fatos supervenientes”, segundo Stolze (2010), “Assim, esta 
situação nova e extraordinária muda o contexto em que se celebrou a avença e faz crer, 
com certeza, que uma das partes não teria aceito o negócio se soubesse da possibilidade da 
ocorrência daquela situação” (DONOSO, 2004). 
http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4892 
Não basta a debilidade, ela deve ser imprevista. 
e) Os contratos atípicos não exigem a observância rigorosa das normas gerais fixadas 
no Código Civil, pois que nestes casos os contratantes possuem maior liberdade para 
contratar. 
 Art. 425. CC - É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais 
fixadas neste Código. 
QUESTÃO OBJETIVA 3 ? (TJ ? PI ? CESPE ? Titular de Serviço de Notas e de Registro 
? 2013) Em uma relação negocial, a ocorrência de comportamento que, rompendo com o 
valor da confiança, surpreenda uma das partes, deixando-a em situação de injusta 
desvantagem, caracteriza o que a doutrina prevalente denomina 
(A) supressio. 
SUPRESSIO 
E SURRECTIO – A supressio configura-se 
quando há a supressão, por renúncia tácita, de um direito, em virtude do seu 
não exercício. A surrectio, por sua vez, ocorre nos casos em que o 
decurso do tempo implica o surgimento de uma posição jurídica pela regra da 
boa-fé 
(B) venire contra factum proprium. 
VENIRE 
CONTRA FACTUM PROPRIUM – Determina que uma pessoa não pode exercer 
um direito próprio contrariando um comportamento anterior, devendo ser mantida 
a confiança e o dever de lealdade, decorrentes da boa-fé objetiva. O conceito 
mantém relação com a “tese dos atos próprios”. São 4 os pressupostos para a 
aplicação da proibição do comportamento contraditório: 1º) um fato próprio, uma 
conduta inicial; 2º) a legitima confiança de outrem na conservação do sentido 
objetivo dessa conduta; 3º) um comportamento contraditório com esse sentido 
objetivo e 4º) um dano ou potencial de dano decorrente dessa contradição. 
(C) tu quoque. 
O DIA EM QUE FUI VITIMA DE UM "TU QUOQUE". Vc sabe o que significa a 
expressão jurídica "Tu quoque"? Atribuem a Júlio César a frase "Tu 
quoque, Brute, fili mi?", proferida quando apunhalado por Brutus. Em bom 
português: "Até tu, Brutus, meu filho"? Pois bem. Nos últimos anos, a 
expressão acima referida tem sido objeto de frequentes debates 
acadêmicos e interessantes discussões jurídicas. Desdobramento do 
próprio princípio da boa-fé objetiva, e intimamente ligado à regra 
proibitiva do comportamento contraditório ("venire contra factum 
proprium"), o tu quoque, enquanto instituto, pretende impedir que, em 
uma dada relação jurídica, o comportamento abusivo de uma das partes 
surpreenda a outra, colocando-a em situação de injusta desvantagem. É o 
que se dá, por exemplo, quando uma das partes, sem haver cumprido a sua 
prestação prévia, exige a da outra (que terá em sua defesa, pois, "a 
exceção de contrato não cumprido" - arts. 476 e 477, CC). Em suma, 
invocando-se a noção do "tu quoque", quer-se evitar o comportamento 
abusivo de uma das partes, marcado pelo ineditismo ou pela surpresa. 
Pois bem. Eu jamais vou esquecer o dia em que, aplicando uma "segunda 
chamada de prova" (o aluno havia faltado no dia marcado para a 
avaliação), anunciei: "vai ser prova oral". O aluno ficou tenso, 
percebi. Mas me mantive fraternalmente firme: "vou aplicar prova oral 
mesmo". Então, sabatinei o meu aluno: "o que é tu quoque?". "Comecei com 
uma pergunta poderosa", pensei. E, neste momento, o meu espirituoso 
aluno respondeu: "Professor Pablo, tu quoque tem a ver com o que o 
senhor fez agora comigo". Perguntei, então: "O que fiz?". "Pegou-me de 
surpresa", respondeu-me, "pois me fez crer que a prova seria escrita, e 
está sendo oral". Não resisti, sorri, e lhe disse: "Você já começou 
tirando nove..."...rs! Um abraço, amigos do coração!!! Pablito 
TU 
QUOQUE – significa que um contratante que violou 
umanorma jurídica não poderá, sem caracterização de abuso de direito, 
aproveitar-se dessa situação anteriormente criada pelo desrespeito. Conforme 
lembra Ronnie Preuss Duarte, “ a locução designa a situação de abuso que se 
verifica quando um sujeito viola uma norma jurídica e,posteriormente, tenta 
tirar proveito da situação em benefício próprio” 
(D) exceptio doli. 
EXCEPTIO 
DOLI – é conceituada como sendo a defesa do réu 
contra ações dolosas, contrárias à boa fé. Aqui a boa fé objetiva é utilizada 
como defesa, tendo uma importante função reativa 
 
(E) surrectio.

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