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14235120 decreto n 3 048 1999

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
PARA CONCURSOS
DECRETO N. 3.048/1999
Livro Eletrônico
CASSIUS GARCIA
Bacharel em Direito pela Universidade Federal 
de Pelotas – UFPel. Professor de Direito Previ-
denciário para concursos desde 2013. Auditor-
-Fiscal da Receita Federal do Brasil.
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA CONCURSOS
Decreto n. 3.048/1999
Prof. Cassius Garcia
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SUMÁRIO
1. Segurados – Conceito e Disposições Gerais ................................................5
2. Segurados Obrigatórios – Disposições Específicas ......................................11
2.1. Empregado .......................................................................................11
2.2. Empregado Doméstico ........................................................................29
2.3. Contribuinte Individual .......................................................................33
2.4. Trabalhador Avulso .............................................................................52
2.5. Segurado Especial ..............................................................................59
3. Segurado Facultativo – Disposições Específicas .........................................72
4. Filiação e Inscrição ................................................................................84
4.1. Filiação .............................................................................................84
4.2. Inscrição ...........................................................................................87
5. Trabalhadores Excluídos do Regime Geral .................................................89
6. Empresa e Empregador Doméstico – Conceito Previdenciário ......................92
Resumo ...................................................................................................95
Questões Comentadas em Aula ................................................................ 105
Questões de Concurso ............................................................................. 116
Gabarito ................................................................................................ 137
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Decreto n. 3.048/1999
Prof. Cassius Garcia
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Olá!
Bom dia/boa tarde/boa noite/boa madrugada.
Retomamos aqui nosso Curso de Direito Previdenciário. Você vai notar que, te-
mos MUITA informação para absorver, muitos detalhes, muitos artigos para memo-
rizar. Vamos nos preparando previamente, rumo ao gabarito.
E o professor aqui está sempre à disposição para tirar TODAS as dúvidas que 
surgirem. Pergunte sempre TUDO o que quiser, por mais simples que possa pare-
cer. Se minha meta é prepará-lo(a) para acertar 100% da prova, preciso dar-lhe 
o suporte necessário.
Agora, chega de papo e vamos ao trabalho. Temos tempo de sobra, mas a 
matéria não tem fim. E quem quer ganhar remuneração inicial acima de 19.000,00 
tem que ralar muito!
Preparado(a)? Então vamos em frente!
Um grande abraço. Bons estudos.
Que Deus permaneça conosco.
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1. Segurados – Conceito e Disposições Gerais
A legislação previdenciária divide os beneficiários (ou seja, os destinatários 
dos benefícios previdenciários) em duas classes: Segurados e Dependentes.
Segurado é todo aquele que, seja em razão do exercício de atividade de vincu-
lação obrigatória (não se assuste, eu explico em seguida), seja por opção, é dire-
tamente vinculado ao RGPS. Em um conceito bem generalista, podemos dizer que 
segurado é toda pessoa física — brasileira ou estrangeira, ainda que aposentada 
— que contribui (ou quem teria a obrigação de contribuir, embora não o faça) para 
o INSS.
“Professor, sou empregado(a) doméstico(a), quem contribui é meu patrão, o 
segurado é ele?”
NÃO, meu(minha) caro(a), ele realiza o recolhimento da contribuição previ-
denciária, mas a pessoa identificada na guia de pagamento é A DOMÉSTICA. Por-
tanto, para todos os efeitos, é a doméstica que contribui, então, nesse teu caso, TU 
ÉS O(A) SEGURADO(A).
A legislação previdenciária subdivide os segurados em OBRIGATÓRIOS e FACUL-
TATIVOS.
Dependente é a pessoa física que não possui vínculo direto, mas indireto 
com o RGPS, em razão de sua dependência econômica de um segurado. A esposa 
é beneficiária do RGPS como dependente do marido; o marido é beneficiário do 
RGPS como dependente da esposa; os filhos menores são beneficiários como de-
pendentes dos pais.
É perfeitamente possível que uma pessoa seja, ao mesmo tempo, segurada e de-
pendente. É o caso do marido que é empregado em uma fábrica (por essa ativida-
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secretária (por essa atividade, ela é segurada) e, concomitantemente, dependente 
previdenciária de seu marido.
Sabe o que é segurado obrigatório? É só pensar um pouquinho, como é fácil 
conceituar algo quando o nome já nos auxilia.
Segurado obrigatório é aquele que tem a obrigação de se filiar ao RGPS. Essa 
filiação obrigatória atende à regra do caput, do art. 201, da Constituição (regime 
geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória). Se enquadram nesse 
conceito todos os trabalhadores que exercem alguma das atividades listadas no art. 
11 da LBPS.
Repito: A FILIAÇÃO É OBRIGATÓRIA. Isso significa que um trabalhador que 
exerça alguma das atividades do art. 11 e não contribua para o INSS está em 
débito com o RGPS. Contribuir não é uma opção, mas uma imposição constitu-
cional.
Buenas... como eu já disse, a LBPS, em seu art. 11, apresenta os segurados 
obrigatórios. O Decreto n. 3.048/1999 também o faz em seu art. 9º. Esses artigos 
são IMENSOS, mas você precisa conhecê-los. Leia, releia, leia novamente. CHO-
VEM questões sobre esse tema em provas. Antes da leitura, contudo, permita que 
eu apresente a você cada um dos 5 tipos de segurado obrigatório atualmente exis-
tentes. Depois de aprender TUDO comigo, aí sim é necessário que leia o texto legal 
para tentar memorizar (decoreba MESMO) onde a lei enquadra cada trabalhador.
São bastante comuns questões que nos pedem apenas para dizer à que classe de 
segurado pertencem este ou aquele trabalhador. Nessa hora, meu(minha) caro(a), 
um pouco de raciocínio lógico auxilia, mas a única forma 100% garantida de acerto 
é por meio da DECOREBA pura e simples. Triste, mas verdadeiro.
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Retomando o fio da meada, a legislação previdenciária divide os segurados em 
CADES F. Olha o professor aí auxiliando você na decoreba. Esse CADES F é um 
memorex clássico — aprendi na minha fase concurseira — que nos ajuda a lembrar 
das 5 espécies de segurado obrigatório (CADES – art. 11 da LBPS) e traz, à parte, 
o “F” de Facultativo, que está no art. 13 da mesma Lei.
Contribuinte Individual – Art. 11, V, LBPS.
Avulso – art. 11, VI, LBPS.
Doméstico – art. 11, II, LBPS.
Empregado – art. 11, I, LBPS.
Segurado Especial – art. 11, VII, LBPS.
Facultativo – art. 13, LBPS.
Em instantes nos debruçaremos com atenção sobre cada uma dessas classes de 
segurado. Antes, contudo, vamos passar para o final do art. 11 da LBPS. Ali há al-
gumas disposições gerais sobre os segurados que, por razões didáticas, é melhor 
estudar neste momento.
Comecemos pelo §2º, que traz disposição interessantíssima. Vale a pena trans-
crevê-lo:
Art. 11. [...] § 2º Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade 
remunerada sujeita ao Regime Geral de Previdência Social é obrigatoriamente filiado 
em relação a cada uma delas.
Se pensarmos bem, é uma obviedade absoluta o que esse dispositivo diz. 
Se o RGPS é um sistema de filiação obrigatória e se a filiação ocorre pelo mero 
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exercício de atividade remunerada, é ÓBVIO que um segurado que exerça duas ou 
mais atividades de vinculação obrigatória será filiado em relação a todas elas.
Exemplo: um advogado que à noite leciona em universidade privada; ele será filia-
do como contribuinte individual em razão da advocacia e como empregado pela 
função de magistério. O mesmo vale para o professor que leciona em duas escolas; 
para a enfermeira que trabalha em mais de uma clínica/hospital, qualquer situação 
de duplo (ou triplo ou quádruplo...) exercício de atividade remunerada — desde que 
a referida atividade seja sujeita ao RGPS — implica a filiação automática do segu-
rado. Ficou claro?
1. (CESPE/DEFENSOR PÚBLICO/DP-DF/2013) Acerca do RGPS, julgue o item a se-
guir.
Aquele que exerça, concomitantemente, duas atividades remuneradas sujeitas ao 
RGPS é obrigatoriamente filiado ao referido regime em relação a cada uma delas.
Certo.
Não preciso transcrever de novo o §2º, do art. 11, da LBPS, preciso? O enunciado 
em análise é cópia quase literal do referido dispositivo, não deixando dúvidas 
acerca da resposta da questão.
Se ninguém se opõe, vamos ao §3º:
Art. 11. [...] §3º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social–RGPS que esti-
ver exercendo ou que voltar a exercer atividade abrangida por este Regime é segurado 
obrigatório em relação a essa atividade, ficando sujeito às contribuições de que 
trata a Lei n. 8.212, de 24 de julho de 1991, para fins de custeio da Seguridade Social.
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Você já deve ter percebido que esse dispositivo também carrega uma obviedade. 
Se para nós é certo que todo mundo que exerce atividade remunerada — e não 
participa de um regime próprio de previdência — é obrigatoriamente filiado ao 
RGPS, por que razão estaria o aposentado excluído?
“Ora essa, professor, ele já contribuiu o suficiente pra se aposentar, por que preci-
saria continuar contribuindo?”
Pois é, meu(minha) amigo(a), esse argumento de você é o mais usado para defen-
der a isenção do aposentado. Mas o Regime Geral de Previdência Social funciona 
fundado na solidariedade e no pacto de gerações. A geração economicamente 
ativa contribui para o pagamento dos benefícios dos aposentados de hoje; no fu-
turo, ao aposentar-se, terá seus benefícios custeados por aquela que então será a 
geração economicamente ativa.
“Mas, professor, então por que o aposentado contribui?”
Ora essa, meu(minha) caro(a), é só prestar atenção ao que estou dizendo. Aqueles 
economicamente ativos contribuem para pagar as aposentadorias. O aposentado 
que ainda permanece trabalhando pode ser considerado economicamente ativo, 
não é? Ele não contribui sobre os seus proventos de aposentadoria, mas é, 
sim, obrigado a contribuir sobre os rendimentos da atividade profissional que per-
manece exercendo. Entendido?
Depois do §3º vem, se não me falha a memória, o §4º. Diz ali que o dirigente 
sindical mantém, durante o exercício do mandato eletivo, o mesmo enquadra-
mento no RGPS de antes da investidura. Ora, não há necessidade de grande 
esforço interpretativo. O dirigente sindical pode se licenciar de suas atividades 
profissionais durante o exercício do mandato eletivo; isso poderia gerar dúvidas a 
respeito do seu enquadramento como segurado. A Lei elimina qualquer dúvida. Era 
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empregado? Permanece como empregado. Era doméstico? Doméstico continua. 
Era contribuinte individual? Se mantém no mesmo enquadramento. Simples, não?
Sim, simples. Muito simples. E mesmo assim cai em prova.
2. (CEPERJ/ESPECIALISTA EM PREVIDÊNCIA SOCIAL/RIOPREVIDÊNCIA/2014) Nos 
termos da lei federal que regula as prestações previdenciárias do regime geral de pre-
vidência, o dirigente sindical, durante o exercício do mandato eletivo, mantém enqua-
dramento no Regime Geral de Previdência Social-RGPS na qualidade de contribuinte:
a) autônomo, por não possuir vínculo formal
b) avulso, por falta de previsibilidade legal
c) empregador, diante da situação de líder associativo
d) do mesmo tipo de antes da investidura
e) associativo, por força do sindicato
Letra d.
A condição do dirigente sindical perante a Previdência Social é objeto de disposição 
específica na LBPS, LOCSS e RPS. Veja o que diz o §4º, do art. 11, da LBPS, tam-
bém presente no art. 12, §5º, da LOCSS e no art. 9º, §10, do RPS:
Art. 11. [...] § 4º O dirigente sindical mantém, durante o exercício do mandato eletivo, 
o mesmo enquadramento no Regime Geral de Previdência Social-RGPS de antes da 
investidura.
Era empregado? Continua empregado. Era CI? CI permanece. Era trabalhador avul-
so? Se mantém como trabalhador avulso.
Nada mais a acrescentar.
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www.grancursosonline.com.brDe LBPS era só o que precisávamos ver... por enquanto. Os parágrafos 5º a 
12 trazem regras relacionadas às classes de segurado e serão, portanto, estudadas 
no momento oportuno.
Mas temos ainda o RPS – Decreto n. 3.048/1999 –, que costuma ser um tanti-
nho mais detalhado que a Lei. No artigo que trata das classes de segurado, ele tem 
não 12, mas vinte e cinco parágrafos. A imensa maioria trata de questões ati-
nentes às classes de segurado, mas há mais UMA disposição geral, não tratada na 
LBPS, que o professor aqui precisa apresentar a você. Ela diz que a mesma regra 
acima exposta, relativa ao dirigente sindical, vale para o magistrado da Justiça 
Eleitoral nomeado por meio da lista sêxtupla prevista no art. 119, II (para o TSE) 
ou 120, §1º, III (para os TREs), da Constituição. E onde está isso? No RPS, art. 9º, 
§11.
2. Segurados Obrigatórios – Disposições Específicas
2.1. Empregado
É, sem sombra de dúvida, o maior grupo de segurados do Regime Geral. Abran-
ge todos os trabalhadores urbanos e rurais que tenham relação de emprego. Te-
mos, ao todo, DEZESSEIS hipóteses de enquadramento de um segurado como 
empregado; 9 delas, na LBPS; outras 7 foram inseridas no Decreto n. 3.048/1999. 
Comecemos pela LBPS:
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:
I – como empregado:
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não 
eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor em-
pregado;
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Essa alínea ‘a’ dispensa maiores explicações, pois ela descreve, me parece, exa-
tamente o que, para o senso comum, é o empregado. É o trabalhador urbano ou 
rural (importante: os trabalhadores rurais foram incluídos no RGPS apenas com a 
Constituição de 1988; antes, possuíam um sistema previdenciário à parte, bastante 
precário e com escassa cobertura) que presta serviço não eventual (ou seja, exige 
habitualidade, presença constante) à empresa (isso diferencia o ‘empregado’ do 
‘doméstico). Simples assim.
“Mas, professor, o que seria ‘diretor empregado’? Existe algum diretor que não 
seja empregado?”
Bem, dessa vez, pelo menos, o RPS — Decreto n. 3.048/1999 cumpriu direiti-
nho seu papel de explicar, detalhar, pormenorizar a Lei que regulamenta.
Nos parágrafos 2º e 3º, do art. 9º, ele diz que diretor empregado é aquele 
que, participando ou não do risco econômico do empreendimento, seja contrata-
do ou promovido — aqui está a grande distinção — para cargo de direção das 
sociedades anônimas, mantendo as características inerentes à relação de 
emprego.
Se ele foi contratado para ser diretor, então é diretor empregado. Agora fica 
fácil deduzir o que diz o RPS logo a seguir, diretor não empregado é aquele que, 
participando ou não do risco econômico do empreendimento, seja eleito, por as-
sembleia geral dos acionistas, para cargo de direção das sociedades anônimas, 
não mantendo as características inerentes à relação de emprego.
O diretor não empregado, embora não seja segurado empregado, também é segu-
rado obrigatório do RGPS, na categoria CONTRIBUINTE INDIVIDUAL, que estuda-
remos daqui a pouco.
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“Está excelente, professor. Entendi tudo. Mas agora me surgiu outra dúvida. Um 
pedreiro contratado para reformar a empresa, dependendo da dimensão da obra, 
pode trabalhar durante vários meses. Ele é um ‘trabalhador urbano prestando ser-
viço não eventual a uma empresa’. Será considerado empregado?”
QUE EXCELENTE PERGUNTA, meu(minha) amigo(a). Você acabou de antecipar o 
que seria meu próximo ponto a tratar aqui. A resposta para a sua pergunta é NÃO! 
Embora APARENTEMENTE ele preencha os requisitos da alínea ‘a’, veja o que diz o 
§4º, do art. 9º, do RPS:
Art. 9º. [...] § 4º Entende-se por serviço prestado em caráter não eventual aquele re-
lacionado direta ou indiretamente com as atividades normais da empresa.
Mesmo que o tal pedreiro passe um ano laborando diariamente na empresa, ele 
não será empregado, por não se encaixar nessa exigência do Decreto. Compreen-
deu? Então vamos em frente.
b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legisla-
ção específica, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição 
de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras 
empresas;
A tal lei específica mencionada no artigo é a de n. 6.019/1974. Não vejo motivo 
para me alongar neste tema, pois não encontrei nenhuma questão que tenha tra-
tado em detalhes do trabalho temporário. A nós importa apenas saber que o cida-
dão contratado por empresa de trabalho temporário será segurado do RGPS 
como empregado e que a duração máxima deste contrato temporário é, conforme 
prevê o art. 10 da referida lei, de três meses. Há, contudo, permissão legal para 
prorrogação deste prazo.
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c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como 
empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior;
O estrangeiro pode ser segurado do RGPS? CLARO QUE SIM! A legislação não o 
exclui em momento algum, embora não esteja explícito, é perfeitamente possível 
que o estrangeiro seja enquadrado nas hipóteses das alíneas ‘a’ ou ‘b’ já estuda-
das; nesta alínea ‘c’, pela primeira vez, há referência expressa a ele.
E estamos também diante de um caso de extraterritorialidade da lei previ-
denciária. Em regra, a lei previdenciária brasileira só abrange os trabalhadores e 
as empresas situadas no território nacional; excepcionalmente, porém, ela amplia 
seu escopo, como no caso ora em estudo.
Se (a) a empresa for nacional; (b) o trabalhador brasileiro ou estrangeiro for 
domiciliado no Brasil; e (c) contratado no Brasil, então, embora exerça suas ati-
vidades profissionais no exterior, estará coberto pelo RGPS, vertendo para o INSS 
suas contribuições previdenciárias.
d) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular 
de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões 
e repartições, excluídos o não brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasi-
leiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática 
ou repartição consular;
Nessa extensa alínea, a única intenção do legislador foi proteger os cidadãos 
residentes e domiciliados no Brasil. O segurado estará prestando serviços a um 
terceiro país, mas, mesmo assim, será segurado empregado, devendo contribuir 
para o RGPS e possuindo direito aos benefícios previdenciários a ele inerentes. Isso 
só não ocorrerá para: (a) o não brasileiro sem residênciapermanente no 
Brasil,
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exemplo – um motorista de Embaixada estrangeira, que resida no prédio da embai-
xada não formule requerimento de residência permanente, estará excluído do RGPS;
ou (b) o brasileiro que, contratado pela missão diplomática ou repartição con-
sular, seja amparado pela legislação previdenciária do respectivo país.
e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais bra-
sileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domici-
liado e contratado, salvo se segurado na forma da legislação vigente do país do 
domicílio;
A alínea é autoexplicativa. Um brasileiro que trabalhe em embaixadas ou con-
sulados brasileiros no exterior ou que trabalhe para a União junto à ONU ou junto à 
OMC ou a qualquer outro organismo internacional será segurado do RGPS como 
empregado, salvo se estiver amparado por regime de previdência daquele país.
Uma pequena pausa para ver como isso é cobrado em concursos, quem topa?
3. (TRT16R/JUIZ DO TRABALHO/TRT 16ª REGIÃO/2011) Assinale a opção INCOR-
RETA. São segurados obrigatórios da previdência social:
a) Aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter 
não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como dire-
tor empregado.
b) O brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais 
brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá 
domiciliado e contratado, mesmo que seja segurado na forma da legislação vigente 
do país do domicílio.
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c) O brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar 
como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior.
d) Aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consu-
lar de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas 
missões e repartições, excluídos o não brasileiro sem residência permanente no 
Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva 
missão diplomática ou repartição consular.
e) Aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legis-
lação específica, presta serviço para atender a necessidade transitória de substitui-
ção de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de 
outras empresas.
Letra b.
Aqui está o gabarito da questão. O enunciado começa certinho, fazendo referência 
à alínea que revisamos agorinha mesmo, de fato é segurado obrigatório o brasileiro 
civil que trabalha para a União no exterior:
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:
I – como empregado: [...]
e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasi-
leiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado 
e contratado, salvo se segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio;
Mas observe o trecho que destaquei no texto da Lei. Se a pessoa for segurada na 
forma da legislação vigente no país do domicílio, não será segurado obrigatório do 
Regime Geral. A banca, malandramente, inseriu um ‘mesmo que’ no lugar do ‘salvo 
se’. Ainda bem que você não caiu nessa!
a) Certa. Não, meu(minha) amigo(a), a expressão diretor empregado no finalzinho 
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do texto não é uma pegadinha, como você certamente percebeu, porque acabamos 
de estudar a alínea ‘a’, do art. 11, da LBPS. Às vezes as bancas, realmente, incluem 
nos textos a analisar certas palavrinhas cujo objetivo é confundir os candidatos. 
Mas não é esse o caso aqui. Deixo de transcrever o dispositivo legal porque isso já 
foi feito poucas páginas acima.
c) Certa. Se já temos o gabarito, o resto fica mais fácil. Esse aqui é segurado 
obrigatório, presente na alínea ‘c’, do inciso I, do art. 11, da LBPS. É só voltar um 
pouquinho no texto desta aula para encontrar a transcrição da norma.
d) Certa. Mais um segurado obrigatório, presente no art. 11, I, ‘d’, da LBPS, já 
transcrito logo acima.
e) Certa. Fechamos a questão com mais um segurado obrigatório, relacionado na 
alínea ‘b’, do mesmo art. 11, I.
Nenhuma dúvida, certo?
Então, segue o enterro!
f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como em-
pregado em empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertença a 
empresa brasileira de capital nacional;
O legislador poderia muito bem ter juntado esta previsão com a da alínea ‘c’. 
Lembra dos 3 requisitos que listei ao explicar o ‘c’? Se não, é só voltar um pouqui-
nho no texto para relembrar. No caso em análise, apenas o primeiro requisito se 
altera.
Se (a) a empresa for estrangeira, mas a maioria do capital votante perten-
cer à empresa brasileira de capital nacional; (b) o trabalhador brasileiro ou 
estrangeiro for domiciliado no Brasil; e (c) contratado no Brasil, então, embora 
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exerça suas atividades profissionais no exterior, estará coberto pelo RGPS, verten-
do para o INSS suas contribuições previdenciárias.
g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, 
Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais.
Certamente você sabe que os servidores públicos federais possuem um regime 
próprio de previdência, instituído pelo art. 40 da Constituição. Esse regime próprio 
abrange os servidores titulares de cargo efetivo. A investidura no cargo de-
pende, conforme prescreve o art. 37, II, da Constituição, de aprovação prévia em 
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a 
complexidade do cargo ou emprego. Já os cargos em comissão são declarados de 
livre nomeação e exoneração.
A nomeação para um cargo em comissão não estabelece um vínculo efetivo com 
o ente federativo e, por esse motivo, não dá ao nomeado o direito de ingressar no 
Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos do respectivo ente. Para não 
deixar esse cidadão desprotegido, foi ele incluído no RGPS.
Vale destacar que o RPS foi um tantinho mais claro quando abordou a mesma 
regra. Ele diz (art. 9º, I, ‘i’) que é segurado obrigatório, como empregado, o ser-
vidor da União,Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e 
fundações, ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de 
livre nomeação e exoneração. O mais comum é que servidores públicos exerçam 
cargos em comissão; a estes não se aplica o RGPS. A palavrinha grifada serve, 
exatamente, para deixar isso bem claro.
E são abrangidos por essa disposição, por expressa previsão legal (LBPS, art. 
11, §5º), o ocupante de cargo de Ministro de Estado, de Secretário Estadual, Dis-
trital ou Municipal, sem vínculo efetivo com a União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios, suas autarquias, ainda que em regime especial, e fundações.
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h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vincu-
lado a regime próprio de previdência social; (Incluída pela Lei n. 9.506, de 1997)
j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vin-
culado a regime próprio de previdência social; (Incluído pela Lei n. 10.887, de 2004)
Juntei essas 2 alíneas porque, como você pode perceber, são IDÊNTICAS.
“Bah, professor, não tinha notado. Que falha absurda do legislador, né?”
Mais ou menos, meu(minha) amigo(a), dessa vez não podemos jogar a culpa 
só nele. Não vou me aprofundar no assunto por ser irrelevante para nosso estudo. 
Apenas para não deixá-lo(a) inquieto(a) com esse aparente ‘mico’, esclareço que 
a alínea ‘h’ foi incluída nesse artigo no ano de 1997, pela mesma lei que incluiu a 
alínea ‘h’ no art. 12, inciso I, da Lei n. 8.212/1991, com redação idêntica.
O STF, ao julgar o Recurso Extraordinário n. 351717/PR, declarou inconstitu-
cional essa disposição da Lei n. 8.212, com inegáveis reflexos na regra ‘gêmea’ 
incluída na LBPS. Se quiser entender o porquê, pergunte por meio do fórum da 
aula, não vou encher a sua cabeça com isso. O fato é que em 1998 uma alteração 
constitucional tornou possível a inclusão dos agentes políticos no rol de segurados 
obrigatórios. Então, em 2004, quando foi inserida a alínea ‘j’, o entrave reconhecido 
pelo STF já não mais existia.
“Professor, por que ninguém nunca revogou a alínea ‘h’, se ela não vale?”
QUE ÓTIMA PERGUNTA, meu(minha) amigo(a), ótima e impossível de respon-
der com certeza. Pode ter sido distração do legislador, ou então alguém maldoso 
que deliberadamente optou por deixar ali essa duplicidade, só para enlouquecer os 
concurseiros. Jamais saberemos a verdade.
i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no 
Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social;
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Situação muito semelhante à regulada pela alínea ‘d’. E mais uma vez vemos o 
caráter ‘residual’ do RGPS; primeiro deve-se ver se o trabalhador é coberto 
por outro regime de previdência. Caso não seja, então será considerado se-
gurado empregado, integrante do RGPS.
Aqui terminamos os segurados obrigatórios presentes nas Leis n. 8.212 (art. 
12, I) e n. 8.213 (art. 11, I).
4. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 15ª REGIÃO/2013) É segurado obrigatório, no 
Regime Geral da Previdência Social, como empregado:
a) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não 
vinculado a regime próprio de previdência social.
b) aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito 
residencial desta, em atividades sem fins lucrativos.
c) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter 
não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, excluídos quaisquer 
diretores.
d) o servidor público ocupante de cargo em comissão, com vínculo efetivo com a 
União, autarquias e fundações públicas federais.
e) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de 
congregação ou de ordem religiosa.
Letra a.
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Este é o estilo clássico de questões sobre a temática segurados. E como se preparar 
para garantir 100% de acertos em questões como esta? Simples: lendo várias ve-
zes o conteúdo desta aula, e também resolvendo muitas questões para memorizar.
Puxa, que chato, já começamos pelo gabarito. Mas não pense que isso é motivo 
para deixar de ler os comentários às demais assertivas, OK? Todo o conhecimento 
compartilhado deve ser aproveitado. A hipótese descrita na assertiva corresponde 
à literalidade dos incisos ‘h’ e ‘j’, do inciso I, do art. 11, da LBPS.
Não esqueça JAMAIS que quem está vinculado a regime próprio de previdên-
cia não pode ser segurado do RGPS.
b) Errada. Aqui temos outra transcrição literal de um dispositivo da LBPS, do art. 
11, inciso II, que conceitua o empregado DOMÉSTICO.
c) Errada. O texto começa certinho, reproduzindo o art. 11, I, alínea ‘a’ da LBPS. 
Mas no final dá uma escorregada feia. Veja só:
Art. 11. [...] I - como empregado: [...]
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não 
eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor em-
pregado;
Ao excluir “quaisquer diretores”, a assertiva se torna errada. Sobre isso, penso 
ser importante repisar um alerta: DESCONFIEM de expressões como ‘sempre’, 
‘nunca’, ‘apenas’, ‘exclusivamente’, ‘em nenhuma hipótese’, ‘em qualquer hipótese’, 
‘em qualquer caso’ e outras do tipo. É MUITO COMUM que um enunciado aparen-
temente certo se torne errado em razão delas. Mas nada de paranoia, OK? Não 
estou dizendo que questões com esses termos serão sempre erradas; o que estou 
sugerindo é que REDOBREM A ATENÇÃO ao encontrarem tais palavrinhas nos 
enunciados a analisar.
d) Errada. O servidor público com vínculo efetivo com a União, autarquias e fun-
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dações públicas federais é integrante de regime próprio de previdência. Se ele é 
integrante de RPPS, ele não pode ser segurado do RGPS.
Mas há, no art. 11, I, uma disposição parecida com a exposta na assertiva:
Art. 11. [...] I - como empregado: [...]
g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, 
Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais
Esse sim, embora trabalhe para a União, ou em uma Autarquia ou Fundação Pú-
blica Federal, exerce apenas cargo em comissão (cargo de confiança) sem vínculo 
efetivo. Ele não participa do RPPS. Portanto, é seguradoobrigatório do RGPS como 
empregado.
e) Errada. As pessoas descritas na assertiva são, de fato, segurados obrigatórios 
do RGPS, mas não como empregados:
Art. 11. [...] V – como contribuinte individual: [...]
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de con-
gregação ou de ordem religiosa;
Retomando o fio da meada, quem me acompanha para ver as hipóteses cria-
das pelo Decreto? Ressalto que vou transcrever também os casos que já estuda-
mos, presentes na LBPS, que no Decreto foram um pouco alterados (normalmente 
trazendo mais especificações para permitir o enquadramento). Nesses casos, vou 
apenas grifar o que se diferencia, OK? Dúvidas, como sempre, podem ser tiradas 
no fórum da aula.
Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas:
I – como empregado: [...]
b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, por prazo não supe-
rior a três meses, prorrogável, presta serviço para atender a necessidade transitória 
de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de ser-
viço de outras empresas, na forma da legislação própria;
c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como 
empregado no exterior, em sucursal ou agência de empresa constituída sob as leis 
brasileiras e que tenha sede e administração no País;
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d) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como 
empregado em empresa domiciliada no exterior com maioria do capital votante perten-
cente a empresa constituída sob as leis brasileiras, que tenha sede e administração 
no País e cujo controle efetivo esteja em caráter permanente sob a titularidade 
direta ou indireta de pessoas físicas domiciliadas e residentes no País ou de 
entidade de direito público interno; [...]
g) o brasileiro civil que presta serviços à União no exterior, em repartições governamen-
tais brasileiras, lá domiciliado e contratado, inclusive o auxiliar local de que tratam 
os arts. 56 e 57 da Lei no 11.440, de 29 de dezembro de 2006, este desde que, 
em razão de proibição legal, não possa filiar-se ao sistema previdenciário local;
h) o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa, em desacordo com a Lei 
n. 11.788, de 25 de setembro de 2008;
O diploma legal citado nesta alínea ‘h’ é a denominada lei do estágio. Bolsistas 
e estagiários que prestam serviços nos estritos termos estabelecidos nesta Lei 
são, com perdão da redundância, bolsistas e estagiários. Mas se o empregador de-
sejar se valer dos bolsistas e estagiários como mão de obra barata — o que é muito 
comum, diga-se de passagem —, atribuindo-lhes tarefas sem qualquer relação com 
suas áreas de formação, resultará no enquadramento deles como empregados, 
por força dessa disposição do Decreto. Daí derivarão todas as obrigações correlatas 
(registro em CTPS, férias, FGTS, 13º, contribuições previdenciárias etc.).
i) [...]
j) o servidor do Estado, Distrito Federal ou Município, bem como o das respectivas 
autarquias e fundações, ocupante de cargo efetivo, desde que, nessa qualidade, não 
esteja amparado por regime próprio de previdência social;
Essa previsão nada mais faz que destacar o que já defini como caráter ‘residual’ 
do RGPS. Em princípio os Estados, o DF e os Municípios devem criar regimes pró-
prios de previdência para seus servidores, em cumprimento à exigência do art. 40 
da Constituição. Quando não o fazem, seus servidores integram o RGPS, como 
segurados empregados. Convenhamos que é inviável a municípios minúsculos (o 
Chuí, onde trabalho, tem pouco mais de 5 mil habitantes – o número de servidores 
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municipais é irrisório) criar regimes próprios de previdência. O sistema já nasceria 
condenado à falência, não é mesmo?
l) o servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, bem como 
pelas respectivas autarquias e fundações, por tempo determinado, para atender a ne-
cessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos do inciso IX do art. 
37 da Constituição Federal;
Ao incluir essa disposição no Decreto, o legislador tinha a intenção de evitar o 
oportunismo de pessoas que, exercendo por curto período atividades essencial-
mente públicas, desejassem o reconhecimento do vínculo efetivo com a União. Os 
casos mais comuns de ‘trabalho temporário’ por excepcional interesse público (re-
gulados pela Lei n. 8.745/1993) são o professor substituto e o recenseador. Estes, 
durante o período do contrato, terão registro em CTPS e integrarão o RGPS.
m) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias 
e fundações, ocupante de emprego público;
Previsão desnecessária, pois trata somente de repetir uma disposição constitu-
cional. Veja o que diz o art. 40, §13, da Constituição:
Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de 
livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego 
público, aplica-se o regime geral de previdência social.
Mas o que é um emprego público? É o exercício de função pública por meio de 
um contrato regido pela CLT. Simplificando, seria um empregado comum, que 
tem como patrão um ente público.
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Como exemplo, temos os empregados da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. A Caixa é 
uma empresa pública que tem o contrato de trabalho de seus funcionários regidos 
pela CLT. Todos os funcionários da CEF são, portanto, empregados públicos. Todos 
eles são, por conseguinte, segurados do RGPS.
n) (Revogada pelo Decreto n. 3.265, de 1999)
o) o escrevente e o auxiliar contratados por titular de serviços notariais e de registro a 
partir de 21 de novembro de 1994, bem como aquele que optou pelo Regime Geral de 
Previdência Social, em conformidade com a Lei n. 8.935, de 18 de novembro de 1994; e
Até 1994, os serviços notariais e de registro (tabelionatos e cartórios em geral) 
eram atividades públicas exercidas por funcionários públicos. Com a Lei n. 8.935 
alterou-se este conceito. O tabelião/registrador passou a ser considerado agente 
privado atuando por delegação do poder público. Como consequência, os funcio-
nários por ele contratados também estariam sujeitos às mesmas regras aplicáveis 
aos demais trabalhadores da iniciativa privada, ou seja, a CLT. E quem trabalha 
sujeito à CLT integra, sem exceções, o RGPS.
p) [...]
r) o trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física, na forma do art. 14-A 
da Lei n. 5.889, de 8 de junho de 1973, para o exercício de atividades de natureza tem-
porária por prazo não superior a dois meses dentro do período de um ano.
FINALIZAMOS os segurados empregados.Transcrevo, para que nada fique pen-
dente, o dispositivo legal que essa alínea ‘r’ menciona:
Art. 14-A. O produtor rural pessoa física poderá realizar contratação de trabalhador 
rural por pequeno prazo para o exercício de atividades de natureza temporária.
§ 1º A contratação de trabalhador rural por pequeno prazo que, dentro do período de 
1 (um) ano, superar 2 (dois) meses fica convertida em contrato de trabalho por prazo 
indeterminado, observando-se os termos da legislação aplicável. [...]
Lembra quando conceituamos o ‘empregado’? Era necessário o exercício de ati-
vidade rural ou urbana em caráter não eventual. Eu arrisco dizer que o trabalho 
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durante um ou no máximo dois meses em um período de um ano poderia ser con-
siderado eventual. Alguém aí discorda? Por esta razão, poderia alguém sustentar 
que esse trabalhador temporário não seria empregado. Por isso, o Decreto tratou 
de registrar a regra que ora estamos estudando. Mesmo que possamos entender 
como eventual o exercício deste labor, o trabalhador rural temporário contra-
tado nos termos do art. 14-A da Lei n. 5.889 será empregado. Ponto final.
UFA! Até que enfim se foi o primeiro e mais extenso grupo de segurados obri-
gatórios. Antes de seguir adiante, retorne ao começo do tópico, releia cada item, 
anote suas dúvidas e me repasse, OK?
Revise também a legislação correlata (art. 11, I da LBPS e art. 9º, I do Decreto). 
Por que tudo isso? Porque cai na prova. Simples assim.
DUVIDA? Então veja...
5. (ESAF/ANALISTA TRIBUTÁRIO/RFB/2006) Não está previsto, em caso algum, 
como segurado-empregado obrigatório da Previdência Social do Brasil
a) o trabalhador contratado no exterior para trabalhar no Brasil em empresa cons-
tituída e funcionando em território nacional segundo as leis brasileiras com salário 
estipulado em moeda estrangeira.
b) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar 
como empregado no exterior, em sucursal ou em agência de empresa constituída 
sob as leis brasileiras e que tenha sede e administração no País.
c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar 
como empregado em empresa domiciliada no exterior, com maioria de capital vo-
tante pertencente a empresa constituída sob as leis brasileiras, que tenha sede e 
administração no País e cujo controle efetivo esteja em caráter permanente sob a 
titularidade direta ou indireta de pessoas físicas domiciliadas e residentes no Brasil.
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d) o estrangeiro que presta serviços no Brasil a missão diplomática ou a repartição 
consular de carreira estrangeira, ainda que sem residência permanente no Brasil, 
e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão 
diplomática ou da repartição consular.
e) o menor aprendiz, com idade de quatorze a dezoito anos, ainda que sujeito à 
formação técnico-profissional metódica, sob a orientação de entidade qualificada, 
nos termos da lei.
Letra d.
Aqui está o nosso gabarito. veja o que diz o art. 9º, I, ‘e’, do RPS:
Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas:
I – como empregado: [...]
e) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de 
carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e 
repartições, excluídos o não brasileiro sem residência permanente no Brasil e o 
brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva mis-
são diplomática ou repartição consular;
A hipótese descrita na assertiva inclui no conceito de empregado as situações que 
são expressamente excluídas pela legislação. Por isso, esta é, sem sombra de dú-
vida, a alternativa errada.
a) Certa. Este é um segurado empregado. Aliás, é integrante da definição mais 
básica de tal categoria de segurados, presente na alínea ‘a’, do inciso I, do art. 11, 
da LBPS, ou no art. 9º, I, ‘a’, do RPS.
Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas:
I – como empregado:
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em caráter não 
eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor em-
pregado;
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Esse dispositivo fala alguma coisa quanto à moeda utilizada para pagamento? Não. 
E por que não? Simplesmente porque tal característica não tem relevância ne-
nhuma para a caracterização dos segurados. Havendo prestação de serviço 
remunerado (em qualquer moeda) e sob subordinação, temos um segurado em-
pregado. Simples assim.
O que a banca fez foi ‘roubar’ um dispositivo das Instruções Normativas relaciona-
das à área previdenciária (IN 77 do INSS; IN 971, da RFB) e usar na prova. Veja 
(por curiosidade porque as IN não estão no Edital) o que diz a IN 77:
Art. 8º É segurado na categoria de empregado, conforme o inciso I do art. 9º do Regu-
lamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto n. 3.048, de 6 de maio de 1999: 
[...]
IX – o contratado no exterior para trabalhar no Brasil em empresa constituída e funcio-
nando no território nacional, segundo as leis brasileiras, ainda que com salário esti-
pulado em moeda estrangeira, salvo se amparado pela Previdência Social do país de 
origem, observado o disposto nos acordos internacionais porventura existentes;
b) Certa. Este é um segurado empregado, conforme art. 9º, I, ‘c’, do RPS.
c) Certa. Mais um segurado empregado, conforme art. 9º, I, ‘d’, do RPS.
e) Certa. Esta é a alternativa mais complexa da questão, sem sombra de dúvida. 
Mas o erro da letra d é tão gritante que a complexidade deste item não chega a 
atrapalhar os candidatos.
Veremos, ainda nesta aula, que o aprendiz pode se filiar a partir dos 14 anos. 
Esta é a ÚNICA exceção ao limite mínimo de 16 anos.
Mas daí a saber que o aprendiz se enquadraria como empregado há uma distância 
razoável. Por isso, veja o que diz a CLT (que também não está no Edital, não pre-
cisamos estudar) acerca do contrato de aprendizagem:
Art. 428. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por 
escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao 
maior de quatorze e menor de dezoito anos, inscrito em programa de aprendizagem, 
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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formação técnico-profissionalmetódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, 
moral e psicológico, e o aprendiz, a executar, com zelo e diligência, as tarefas necessá-
rias a essa formação.
§ 1º A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de 
Trabalho e Previdência Social, matrícula e frequência do aprendiz à escola, caso 
não haja concluído o ensino fundamental, e inscrição em programa de aprendizagem 
desenvolvido sob a orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional 
metódica.
Quais são as únicas categorias de segurado com atividade registrada na CTPS? Em-
pregado e empregado doméstico. As regras do contrato de aprendizagem, acima 
transcritas, concluímos que não se referem, em hipótese alguma, a empregados 
domésticos. Logicamente, o aprendiz só pode ser EMPREGADO.
A essa mesma conclusão chegaram a RFB e o INSS, quando incluíram em suas ins-
truções normativas (art. 8º, II, da IN 77; art. 6º, II, da IN 971) que se enquadra 
como empregado o
aprendiz, maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos, ressalvada a 
pessoa com deficiência, à qual não se aplica o limite máximo de idade, conforme dispos-
to no art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei 
n. 5.452, de 1º de maio de 1943, com a redação dada pela Lei n. 11.180, de 23 de 
setembro de 2005.
Tudo entendido?
Agora, conseguiu perceber por que eu destaquei tanto a necessidade de DECORE-
BA? Há outra maneira de responder a essa questão?
Agora vamos em frente, meu(minha) amigo(a), porque o tempo é curto e a matéria 
é LONGA.
2.2. Empregado Doméstico
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Depois de um estudo trabalhoso do segurado empregado, chegamos a uma 
classe bem mais simples. O doméstico não tem aquelas duzentas subdivisões. O 
conceito legal contém apenas uma descrição. Conheça, meu(minha) amigo(a), o 
art. 11, inciso II, da LBPS:
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: 
[...]
II – como empregado doméstico: aquele que presta serviço de natureza contínua a 
pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos;
É um conceito simples, mas abrange diversos requisitos. Vou destacá-los aqui 
para você:
• serviço de natureza contínua – preciso explicar? É necessário que o trabalho 
seja habitual, rotineiro, frequente. Uma faxineira contratada esporadicamen-
te não é empregada doméstica; um jardineiro que corte a grama uma vez por 
mês, idem;
“E a diarista, professor?”
Puxa vida, que perguntinha danada! Nesse assunto a coisa complica bastante. 
Nosso primeiro impulso é, sem dúvida, excluir a diarista do conceito de empregada 
doméstica. Mas o judiciário (sempre ele) firmou o entendimento de que o serviço 
de diarista, prestado com habitualidade a partir de três dias por semana confi-
gura vínculo de emprego. Nessa hipótese teríamos, sim, uma empregada domés-
tica. Então a regra é: diarista até 2 dias por semana NÃO É doméstica; a partir de 
3 dias, É DOMÉSTICA.
• trabalho no âmbito residencial – infelizmente no Brasil as leis precisam, mui-
tas vezes, dizer o óbvio. Como o doméstico, até pouco tempo atrás, não tinha 
regras fixadas quanto à jornada de trabalho, horas extras, adicional noturno e 
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tudo o mais, seria um prato cheio para a malandragem contratar empregados 
domésticos para auxiliar em seus mercadinhos, lanchonetes. Por isso, a Lei 
veio dizer que o empregado doméstico é o que trabalha — obviamente — na 
residência;
• atividade sem fins lucrativos – reforça e complementa o que eu disse logo 
acima. O trabalho deve se dar na residência do empregador e em atividade 
sem fins lucrativos. Se o empregador tem um delivery de lanches em sua re-
sidência, o empregado que lhe auxilia nesta atividade não é doméstico; para 
ser doméstico, deve exercer atividade sem fins lucrativos. Entendido?
Como nem tudo pode ser tão simples assim, a Lei Complementar 150, que 
(finalmente) regulamentou a famosa PEC das Domésticas, trouxe em seu art. 1º 
uma definição um tantinho mais detalhada dessa figura. Como de bolsa de mulher, 
bumbum de nenê e cabeça de examinador de concurso nunca se sabe o que pode 
vir, considero prudente apresentar a você o texto do artigo:
Art. 1º Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de 
forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa 
à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por 
semana, aplica-se o disposto nesta Lei.
Parágrafo único. É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito)anos para desempe-
nho de trabalho doméstico, de acordo com a Convenção no 182, de 1999, da Organiza-
ção Internacional do Trabalho (OIT) e com o Decreto no 6.481, de 12 de junho de 2008.
Vemos que no art. 1º estão presentes os requisitos de praxe (serviço contínuo, 
sem finalidade lucrativa, no âmbito residencial de pessoa ou família). O legislador 
complementar acrescentou, para maior clareza, a necessidade de subordinação 
(é necessário que exista uma relação patrão/empregado; a simples prestação de 
favor, espontânea, não configura o vínculo doméstico) e onerosidade (uma con-
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traprestação pelos serviços prestados). Se um casal divide as tarefas domésticas, 
por exemplo, não há como enquadrar o marido ou a esposa como ‘empregado do-
méstico’ do cônjuge.
Este é o conceito novo, da LC n. 150, mas permanecem plenamente vigentes os 
dispositivos da LBPS, LOCSS ou RPS, que definem esta categoria de segurados. Se 
uma questão de prova trouxer a literalidade de algum destes atos normativos, es-
tará correta, mesmo omitindo os novos requisitos (subordinação e onerosidade).
Preenchidos todos estes requisitos, podem ser empregados domésticos os cozi-
nheiros, motoristas, jardineiros, faxineiras, caseiros...
6. (CESPE/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL/INSS/2016) Com base no disposto no 
Decreto n. 3.048/1999, que aprovou o regulamento da previdência social, julgue 
os itens subsecutivos.
Aquele que presta serviço de natureza contínua, mediante remuneração, a pessoa 
ou família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos, é consi-
derado contribuinte individual, segurado obrigatório da previdência social.
Errado.
A banca afirma que a figura descrita no enunciado é um contribuinte individual. 
Mas observe no texto em análise a presença de algumas palavrinhas que são chave 
para a resolução da questão: âmbito residencial; ausência de finalidade lucrativa; 
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serviço de natureza contínua (o serviço no âmbito residencial, de natureza não 
contínua, caracteriza a DIARISTA, esta, sim, enquadrada como Contribuinte Indi-
vidual). A figura descrita no enunciado se enquadra onde?
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: 
[...]
II – como empregado doméstico: aquele que presta serviço de natureza contínua a 
pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos;
Tudo entendido?
2.3. Contribuinte Individual
Seguindo nossa análise do art. 11, da LBPS, temos o contribuinte individual. É 
o segurado que antigamente conhecíamos por trabalhador autônomo. Prepare-se 
porque aqui vem outra lista grandinha de segurados. Novamente vamos estudar 
primeiramente as hipóteses da LBPS; a seguir, complementamos com as disposi-
ções do Decreto, OK?
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: 
[...]
V – como contribuinte individual:
a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer 
título, em caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos 
fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade 
pesqueira, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas 
hipóteses dos §§ 9º e 10 deste artigo;
Lembra, quando estudamos o EMPREGADO, que a primeira alínea, do inciso I já 
trazia aquele que seria o conceito de empregado por excelência? Isso não acon-
tece com o Contribuinte individual. Essa primeira alínea tem por função diferen-
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ciar o contribuinte individual do segurado especial. Com base na redação desse 
dispositivo, podemos ver que são critérios relevantes para a classificação como 
contribuinte individual o tamanho da propriedade rural, bem como o auxílio de 
empregados/prepostos.
Obs.:� módulo fiscal é uma medida agrária, em hectares, variável e fixada por 
município. Logicamente, ao analisar o enquadramento de um segurado, o 
servidor do INSS deverá observar a medida do módulo fiscal do município 
de residência do segurado.
Os mais atentos perceberam que, no finalzinho da alínea, há menção às hipóte-
ses dos parágrafos 9º e 10º do mesmo artigo 11. Eles tratam de casos de exclusão 
da qualidade de segurado especial. Por essa razão, trataremos desses casos 
mais abaixo, ao estudarmos os segurados especiais, OK? Não me deixe es-
quecer disso, pode cobrar!
Mas jamais esqueça que o trabalhador rural que for excluído da condição de 
segurado especial, por incidir nas hipóteses dos §§9º e 10 se transforma, auto-
maticamente, em Contribuinte Individual.
Um último comentário sobre essa alínea. O cônjuge ou companheiro do pro-
dutor rural ali mencionado também é segurado obrigatório como contribuinte 
individual, desde que participe da atividade rural. É isso que nos diz o §11, do 
art. 11, da LBPS.
b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - ga-
rimpo, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de pre-
postos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de 
forma não contínua;
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Este item não exige mais do que sua leitura para entender. Garimpeiro é con-
tribuinte individual. E só.
Mas o que seria a exploração por intermédio de prepostos? Eis que vem o RPS 
tirar todas nossas dúvidas – às vezes ele faz isso; outras, só se encarrega de nos 
deixar ainda mais confusos.
No §9º, do art. 9º, ele diz que a pessoa física, proprietária ou não, explora 
atividade através de prepostos quando, na condição de parceiro outorgante, 
desenvolve atividade agropecuária, pesqueira ou de extração de minerais por in-
termédio de parceiros ou meeiros. Esse conceito vale tanto para o garimpeiro 
quanto para o produtor rural, da alínea ‘a’, OK?
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de 
congregação ou de ordem religiosa;
Não preciso entrar em minúcias e conceituar cada um desses institutos relacio-
nados aí. Importa é que saibamos que nesse grupo entram os padres, os pastores, 
bispos, cardeais, irmãos, freiras, frades, monges.
Esse é um dos campeões de presença nas provas de concurso.
d) (Revogado pela Lei n. 9.876, de 26.11.1999)
e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional 
do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando 
coberto por regime próprio de previdência social;
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Sabemos que os examinadores são, de fato, seres maléficos, que ocupam boa par-
te de seu tempo pensando nas melhores maneiras de enlouquecer os concurseiros. 
E essa alínea ‘e’ que vamos agora estudar é um prato cheio para esses sádicos. 
Onde fica a malandragem? Relembre uma das hipóteses de enquadramento como 
segurado empregado:
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:
I – como empregado: [...]
e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais 
brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá 
domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislação vigente do país do 
domicílio;
Conseguiu perceber a sutileza?
Se trabalha para o organismo oficial internacional, será contribuinte indivi-
dual.
Se trabalha para a União em organismo oficial internacional, será empregado.
Podemos concluir que existe, no tocante às classes de segurado, uma regra geral: 
aquele que trabalha para a União e não é amparado por regime próprio de previ-
dência é segurado do RGPS como empregado.
“Ô, professor! Eu não consigo acreditar que alguma banca seja cruel a ponto de 
cobrar um detalhezinho desses.”
Não acredita, meu(minha) amigo(a)? Então veja abaixo a sacanagem que o CESPE 
aprontou certa vez. O que impediria, então, qualquer outra banca de fazer o mes-
mo?
Em prova para o cargo de Juiz Federal Substituto do TRF da 2ª Região, realizada 
em 2009, uma das assertivas tinha o seguinte conteúdo:
c) Na qualidade de empregado, é segurado obrigatório da previdência social o brasileiro 
civil que trabalhe no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil seja 
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membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regi-
me próprio de previdência social.
Como vimos, alternativa estava ERRADA, pois o segurado ali descrito não é empre-
gado, mas Contribuinte Individual. Agora, acredita que a maldade das bancas não 
tem limite, meu(minha) amigo(a)?
Tudo entendido? Posso seguir em frente? Retornemos, então, à LBPS:
f) o titular de firma individual urbana ou rural, o diretor não empregado e o mem-
bro de conselho de administração de sociedade anônima, o sócio solidário, o sócio de 
indústria, o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de 
seu trabalho em empresa urbana ou rural, e o associado eleito para cargo de direção 
em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como 
o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde 
que recebam remuneração;
Dessa extensa alínea merece destaque apenas a necessidade da percepção de 
remuneração para o enquadramento como segurados obrigatórios. Essa exigên-
cia permeia todas as atividades ali relacionadas.
Preste atenção também na situação do síndico de condomínio, pois ele pode 
ser remunerado ou isento da taxa de condomínio. Nessas duas hipóteses, será 
segurado obrigatório.
“Professor, o senhor está lendo a mesma legislação que eu? Porque na minha 
LOCSS e no meu RPS não fala NADA sobre a isenção de condomínio.”
Boa pergunta, meu(minha) amigo(a). E, sim, estou acessando a mesma legis-
lação que você. Ocorre que essa questão já é ponto pacífico na jurisprudência, e a 
Receita Federal acolhe este entendimento na arrecadação de contribuições previ-
denciárias. Vejamos...
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TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA INCIDENTE SOBRE REMUNERAÇÃO DE 
SÍNDICO. TAXA CONDOMINIAL. LC n. 84/96. INSTRUÇÃO NORMATIVA n. 06/96. CON-
DOMÍNIO. PESSOA JURÍDICA. LEI n. 9.876/99. LEGITIMIDADE DA COBRANÇA. PRECE-
DENTE. 1. A hipótese de incidência da contribuição instituída pela LC n. 84/96 é o total 
das remunerações ou retribuições pagas ou creditadas pelas empresas e pessoas jurí-
dicas, no decorrer do mês, pelos serviços que lhes prestem, sem vínculo empregatício, 
os segurados empresários, trabalhadores autônomos e demais pessoas físicas. Os casos 
de incidência são bastante amplos, levando em conta a remuneração ou retribuição da 
prestação de serviço, independentemente de vínculo empregatício ou da natureza da 
atividade exercida. A IN n. 06/96 não inovou o ordenamento jurídico, apenas reproduziu 
o texto legal. Não se instituiu exação não compreendida na hipótese descrita no art. 1º 
da LC n. 84/96,visto que, diante da abrangência dos casos de incidência do citado artigo, 
poderá ser cobrada a contribuição dos condôminos tanto sobre a remuneração 
dos síndicos como do valor que estes deixam de pagar a título de “taxa condo-
minial”, pois este valor estaria compreendido como “retribuição” prevista na 
aludida LC. 2. “É devida a contribuição social sobre o pagamento do pró-labore 
aos síndicos de condomínios imobiliários, assim como sobre a isenção da taxa 
condominial devida a eles, na vigência da Lei Complementar n. 84/96, porquanto a 
Instrução Normativa do INSS n. 06/96 não ampliou os seus conceitos, caracterizando-
-se o condomínio como pessoa jurídica, à semelhança das cooperativas, mormente não 
objetivar o lucro e não realizar exploração de atividade econômica. A partir da promul-
gação da Lei n. 9.876/99, a qual alterou a redação do art.12, inciso V, alínea ‘f’, da Lei 
n. 8.212/91, com as posteriores modificações advindas da MP n. 83/2002, transformada 
na Lei n.10.666/2003, previu-se expressamente tal exação, confirmando a legalidade 
da cobrança da contribuição previdenciária” (REsp411.832/RS, Rel. Min. Francisco Fal-
cão, DJU de 19.12.05). 3.Recurso especial provido.
(STJ – RESP 1064455 – Relator Ministro CASTRO MEIRA – Segunda Turma – Julgamento 
em 19.08.2008 – Publicação em 11.09.2008)
E na Instrução Normativa n. 971/2009, da Secretaria da Receita Federal do 
Brasil, temos:
Art. 55. [...] § 6º No caso do síndico ou do administrador eleito para exercer ati-
vidade de administração condominial, estar isento de pagamento da taxa de con-
domínio, o valor da referida taxa integra a sua remuneração para os efeitos do 
inciso III do caput.
Na prova acho pouco provável que entrem em uma minúcia dessas. Atos nor-
mativos internos (como essa IN da RFB) só são cobrados se expressamente pre-
vistos no Edital. Mas o conhecimento DA JURISPRUDÊNCIA é algo que tem se feito 
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cada vez mais presente nos concursos. Por prudência, portanto, preferi mencionar 
aqui esse tema.
Vamos nos divertir um pouquinho e respirar? Questãozinha para você...
7. (ESAF/ANALISTA TÉCNICO DE POLÍTICAS SOCIAIS/MPOG/2012) São segurados 
obrigatórios da Previdência Social, na categoria contribuinte individual, nos termos 
do Regulamento da Previdência Social:
I – ministros de confissão religiosa;
II – o titular de firma individual urbana ou rural;
III – o diretor não empregado e o membro de conselho de administração na so-
ciedade anônima;
IV – aqueles que prestam serviço de natureza contínua, mediante remuneração, 
a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lu-
crativos.
Analisando as assertivas é correto afirmar que:
a) Todas as opções atendem ao enunciado da questão.
b) Somente a opção III atende ao enunciado da questão.
c) Somente a opção II não atende ao enunciado da questão.
d) Somente a opção IV não atende ao enunciado da questão.
e) Somente a opção I atende ao enunciado da questão.
Letra d.
Item a item.
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E dá-lhe decoreba! A banca apontou, no enunciado, todo o caminho a seguir. Ela 
quer que tratemos dos Contribuintes Individuais, nos termos do RPS. Então, 
precisamos recorrer ao art. 9º, inciso V, daquele Decreto.
I – Certo. Eu já disse que este era um dos campeões de presença nas provas, não 
é mesmo? Alínea ‘c’:
Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas: 
[...]
V – como contribuinte individual: [...]
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de con-
gregação ou de ordem religiosa;
II – Certo. Alínea ‘e’;
Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas: 
[...]
V – como contribuinte individual: [...]
e) o titular de firma individual urbana ou rural;
III – Certo.

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