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Contribuinte Individual - Tipos de Segurados - Aula Avançada 09 - Direito Previdenciário

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Segurados Obrigatórios
Contribuinte Individual
(Assista à Videoaula avançada 9) 
Prof. Eduardo Tanaka
Contribuinte individual
Quando se fala de contribuinte individual, lembra-se logo de profissionais autônomos – como o médico, o advogado, o dentista –, o que está certo. Porém, existe uma grande lista dos que são considerados contribuintes individuais. São pessoas, basicamente, de três categorias diferentes: empresário, autônomo e equiparado a autônomo. A Lei nº 9.876/1999 transformou essas três categorias em apenas uma: contribuinte individual.
Como já estudamos as outras quatro espécies de contribuintes obrigatórios (empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso, segurado especial), em regra, aquele que não estiver enquadrado nessas quatro categorias será contribuinte individual.
Como exemplo, você pode se lembrar do segurado especial, visto anteriormente, que, no caso do pescador artesanal, um dos requisitos para ser considerado segurado especial era a utilização de embarcação de arqueação bruta até 20. E se a embarcação for maior e ultrapassar essa medida? Usando-se um raciocínio lógico, não será segurado especial, e, por exclusão, será, consequentemente, contribuinte individual.
Passaremos, agora, a enumerar os contribuintes individuais que estão elencados no art. 9o, V, do Regulamento da Previdência Social.
São segurados obrigatórios da Previdência Social como contribuinte individual:
a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área, contínua ou descontínua, superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade pesqueira ou extrativista, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos;[footnoteRef:1] [1:   Também será contribuinte individual, nas hipóteses em que o segurado especial que fica excluído dessa categoria, conforme §§ 10 e 11 do art. 12 da Lei no 8.212/1991. Essa alínea recebeu nova redação, dada pela Lei no 11.718, de 2008.
] 
Este é o exemplo de produtor rural pessoa física. Observe que, em regra, quando o segurado especial é excluído desta categoria, tornar-se-á contribuinte individual.
b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral – garimpo –, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua;
O garimpeiro, pessoa física, com ou sem empregado, será contribuinte individual. Importante notar que, nesse caso, é irrelevante o fato de possuir ou não empregados, ao contrário do segurado especial.
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa.
A Constituição Federal assegura o livre exercício dos cultos religiosos. Dessa forma, serão contribuintes individuais: padre, sacerdote, pastor, ou quaisquer assemelhados.
d) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de Previdência Social;
Neste caso, o brasileiro civil trabalha no exterior diretamente para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, como, por exemplo, o Mercosul, e desde que não esteja coberto por regime próprio de Previdência Social, será contribuinte individual.
É	importante lembrar que, se o brasileiro trabalha para a União, no exterior, neste mesmo organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, e desde que não esteja coberto por regime próprio de Previdência Social, conforme visto neste capítulo, ele será considerado empregado e não contribuinte individual. Atente que, nessa situação, trabalhando para a União, ele será empregado, e trabalhando diretamente para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ele será contribuinte individual.
e) desde que receba remuneração decorrente de trabalho na empresa: 
1. o empresário individual e o titular de empresa individual de responsabilidade limitada, urbana ou rural;
Firma individual, como a própria denominação sugere, é empresa de propriedade de uma só pessoa, geralmente de pequeno porte. A firma assume o nome do proprietário.
Em geral, dedicam-se a negócios rudimentares e marginais, muitas vezes ambulantes, como, por exemplo: sacoleiros, pasteleiros em feiras públicas, cozinheiros de doces para restaurantes. Atualmente, grande parte desses segurados estão a optar por enquadrarem-se como microempreendedores individuais, que serão tratados adiante.
2. o diretor não empregado e o membro de Conselho de Administração na Sociedade Anônima;
Diretor não empregado é a pessoa eleita em Assembleia Geral para compor a diretoria de uma Sociedade Anônima, na qual exerce o cargo de comando geral da empresa, sem a relação de emprego.
O Conselho de Administração é um órgão de uma empresa de Sociedade Anônima, de caráter deliberativo, com vistas a agilizar a tomada de decisões de interesse da companhia. É composto de, no mínimo, três membros eleitos pela Assembleia Geral. Dessa forma, seus membros serão considerados contribuintes individuais.
3. o sócio de sociedade em nome coletivo; e 
A sociedade “em nome coletivo” é formada apenas por pessoas físicas, as quais respondem ilimitada e solidariamente pelas obrigações sociais. Cada sócio será contribuinte individual.
4. o sócio solidário, o sócio gerente, o sócio cotista e o administrador, quanto a este último, quando não for empregado em sociedade limitada, urbana ou rural; 
Estas pessoas exercem atividade de trabalho na empresa, porém, sem vínculo empregatício, haja vista que estes são sócios, donos da empresa. Assim, serão considerados contribuintes individuais.
Importante frisar que o simples fato de uma pessoa ser sócio acionista ou cotista não lhe dá a característica de segurado obrigatório, mesmo recebendo participação no lucro da sociedade, que não corresponde a uma contraprestação pelo trabalho, mas sim pelo capital empenhado. Portanto, o que concede a característica de segurado obrigatório, nesse caso, é o trabalho, a prestação de serviço à empresa de que ele é “dono”.
Observação: alíneas “f”, “g” e “h” foram revogadas.
i)	 o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração;
Analogicamente ao item anterior, o associado que exerça cargo de direção remunerado, mesmo que em entidade beneficente sem fins lucrativos (entidade de qualquer natureza ou finalidade), será segurado obrigatório contribuinte individual.
Cabe salientar que o síndico de condomínio, se receber remuneração, mesmo que indireta, como a dispensa de pagamento da taxa condominial, será, também, contribuinte individual. Ou seja, nesse caso, a isenção da taxa condominial é considerada uma espécie de remuneração.
j)	quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego;
Esta alínea abrange um grande leque de trabalhadores, ditos “autônomos”, que prestam serviços a uma ou mais empresas sem vínculo empregatício, em caráter eventual, como, por exemplo, o eletricista que vai trocar uma instalação elétrica de uma empresa; o advogado, profissional liberal, que defende uma empresa em causa trabalhista.
O § 15 deste art. 9o do RPS, posto após a exposição deste inc. V, traz um quadro exemplificativo desse tipo de profissional.
l) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não.
Neste caso, o mesmo trabalhador autônomo, citado na alínea anterior, pode prestar serviços a pessoas físicas. Como, por exemplo, um eletricista que troca a instalação elétrica de uma residência.
m) o aposentado de qualquer regime previdenciário nomeado magistrado classista temporárioda Justiça do Trabalho, na forma dos incisos II do § 1o do art. 111, ou III do art. 115 ou do parágrafo único do art. 116 da Constituição Federal, ou nomeado magistrado da Justiça Eleitoral, na forma dos incisos II do art. 119 ou III do § 1o do art. 120 da Constituição Federal.
Há tempos, na Justiça do Trabalho, havia a possibilidade de nomeação de juiz, sem concurso público, denominado magistrado classista. Atualmente, com a Emenda Constitucional 24/1999, revogou-se a possibilidade desse tipo de nomeação. Entretanto, os integrantes do cargo de magistrado classista tiveram seus direitos assegurados até o término do mandato.
Entretanto, a Justiça Eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) terão magistrados nomeados pelo Presidente da República.
O importante é saber que se o magistrado classista da Justiça do Trabalho ou o magistrado do TSE ou do TRE nomeado pelo Presidente da República já estiverem aposentados por qualquer regime previdenciário, serão, então, segurados obrigatórios, contribuintes individuais. Porém, se estes estiverem em atividade, manterão o mesmo enquadramento no regime de previdência de antes da investidura no cargo[footnoteRef:2]. [2:  RPS, art. 9º, § 11. 
] 
n) o cooperado de cooperativa de produção que, nesta condição, presta serviço à sociedade cooperativa mediante remuneração ajustada ao trabalho executado; e
Cooperativa de produção, espécie de cooperativa, é a sociedade que, por qualquer forma, detém os meios de produção e seus associados contribuem com serviços laborativos ou profissionais para a produção em comum de bens ou serviços.
Dessa forma, não há relação de emprego entre o cooperado e a cooperativa. O cooperado é apenas um associado e, sendo assim, será considerado contribuinte individual.
o) (revogada);[footnoteRef:3] [3:  Essa alínea foi revogada, pois tratava do preso, que atualmente é considerado segurado facultativo, como explicado neste capítulo.
] 
p) o Microempreendedor Individual – MEI de que tratam os arts. 18-A e 18-C da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, que opte pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais.
É	considerado MEI oo empresário individual que se enquadre na definição do art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, ou o empreendedor que exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços no âmbito rural, que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais), que seja optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar por essa sistemática. Como exemplo de MEI, podemos citar o eletricista, o encanador, o mecânico de automóveis. São autônomos que prestam serviços eventuais a pessoas físicas e/ou jurídicas e optam por esse enquadramento que lhe dará algumas vantagens no recolhimento de contribuições previdenciárias, como estudaremos oportunamente.
	 
q) o médico participante do Projeto Mais Médicos para o Brasil, instituído pela Lei nº 12.871, de 22 de outubro de 2013, exceto na hipótese de cobertura securitária específica estabelecida por organismo internacional ou filiação a regime de seguridade social em seu país de origem, com o qual a República Federativa do Brasil mantenha acordo de seguridade social; 
r) o médico em curso de formação no âmbito do Programa Médicos pelo Brasil, instituído pela Lei nº 13.958, de 18 de dezembro de 2019. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
RPS, art. 142. A justificação administrativa constitui meio para suprir a falta ou a insuficiência de documento ou para produzir prova de fato ou circunstância de interesse dos beneficiários perante a previdência social.
RPS, art. 145. Para o processamento de justificação administrativa, o interessado deverá apresentar requerimento no qual exponha, clara e minuciosamente, os pontos que pretende justificar, além de indicar testemunhas idôneas, em número não inferior a dois nem superior a seis, cujos depoimentos possam levar à convicção da veracidade do que se pretende comprovar.
Não há na legislação o conceito preciso de “início de prova material”. Porém, segundo jurisprudência da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais “o início de prova material não é senão ponto de partida indispensável à comprovação dos fatos, objetivos a ser atingido sobretudo mediante a produção de prova testemunhal em ações com idênticos elementos objetivos à ação presente” (Processo 200384130006662, Rel. Juiz Federal Osni Cardoso Filho). Dessa forma, é possível citar como exemplo de início de prova material, qualquer prova não testemunhal (que não está previsto expressamente no rol dos documentos aceitos), podendo ser escrito, como um extrato bancário, ou não escrito, como uma foto, uma gravação ou uma filmagem.
(INSS – Técnico Previdenciário - CESGRANRIO – 2005) A inscrição do(a) companheiro(a) do segurado no Regime Geral da Previdência Social será promovida, na qualidade de dependente, quando do requerimento do benefício a que tiver direito. Para a comprovação do vínculo e da dependência econômica do(a) companheiro(a), é suficiente a apresentação de:
a) certidão de nascimento de filho havido em comum.
b) prova testemunhal de que o segurado e o dependente mantêm ou mantiveram união estável.
c) prova de mesmo domicílio e conta bancária conjunta.
d) declaração do(a) companheiro(a) de que viveu uma relação de companheirismo com o segurado, mesmo que esta tenha terminado anos antes do ato de inscrição.
e) sentença homologatória em procedimento judicial de justificação que se presta a colher prova testemunhal, em juízo, da existência da união estável.
R. C
(2019 - FCC – SPPrev – Analista) Além dos segurados, a lei prevê os dependentes como beneficiários da Previdência Social. Os dependentes do segurado são os enumerados nos incisos I a III do art. 16 da Lei n° 8.213/1991, definindo 3 classes (I a III). Nesse tema,
a) os dependentes da classe I são preferenciais, afastando em caso de concurso os da classe II e III. 
b) a mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido, presumindo-se a necessidade econômica superveniente.
c) o parceiro homoafetivo é considerado dependente de segurado(a), pois se trata de relação capaz de criar a instituição familiar. Deverá, todavia, demonstrar a dependência econômica.
d) o benefício recebido por dependente preferencial (classe I), uma vez cessado, será transferido aos eventuais dependentes das classes inferiores (II e III).
e) para fins de pensão previdenciária, a dependência econômica dos genitores em relação aos filhos necessita ser exclusiva.
R. A

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