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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
PREVIDENCIÁRIO
Regime Geral de Previdência Social 
(RGPS): Segurados
Livro Eletrônico
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Regime Geral de Previdência Social (RGPS): Segurados
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Cassius Gracia
Sumário
Regime Geral de Previdência Social (RGPS): Segurados ......................................................... 3
Segurados — Conceito e Disposições Gerais ............................................................................ 3
Segurados Obrigatórios — Disposições Específicas ............................................................... 7
Empregado ....................................................................................................................................... 7
Empregado Doméstico ................................................................................................................. 23
Contribuinte Individual ................................................................................................................ 25
Trabalhador Avulso .......................................................................................................................38
Segurado Especial .........................................................................................................................42
Segurado Facultativo — Disposições Específicas ..................................................................51
Filiação e Inscrição ....................................................................................................................... 58
Filiação ............................................................................................................................................ 58
Inscrição ...........................................................................................................................................61
Trabalhadores Excluídos do Regime Geral ..............................................................................64
Empresa e Empregador Doméstico — Conceito Previdenciário .......................................... 66
Questões de Concurso – Cespe .................................................................................................. 70
Gabarito ......................................................................................................................................... 146
Questões de Concurso – FCC .................................................................................................... 147
Gabarito ......................................................................................................................................... 169
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Regime Geral de Previdência Social (RGPS): Segurados
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Cassius Gracia
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (RGPS): 
SEGURADOS
SeguradoS — ConCeito e diSpoSiçõeS geraiS
A legislação previdenciária divide os beneficiários (ou seja, os destinatários dos benefí-
cios previdenciários) em duas classes: Segurados e Dependentes.
Segurado é todo aquele que, seja em razão do exercício de atividade de vinculação obri-
gatória (não se assuste, eu explico em seguida), seja por opção, é diretamente vinculado ao 
Regime Geral de Previdência Social (RGPS).
Em um conceito bem generalista, podemos dizer que segurado é toda pessoa física brasi-
leira ou estrangeira, ainda que aposentada, que contribui para o INSS.
Professor, sou empregada doméstica, quem contribui é meu patrão. O segurado é ele?
NÃO, minha cara, ele realiza o recolhimento da contribuição previdenciária, mas a pessoa 
identificada na guia de pagamento é A DOMÉSTICA. Portanto, para todos os efeitos, é a do-
méstica que contribui. Nesse caso, VOCÊ é a segurada.
A legislação previdenciária subdivide os segurados em OBRIGATÓRIOS e FACULTATIVOS.
Dependente é a pessoa física que não possui vínculo direto, mas indireto com o RGPS, 
em razão de sua dependência econômica de um segurado. A esposa é beneficiária do RGPS 
como dependente do marido; o marido é beneficiário do RGPS como dependente da esposa; 
os filhos menores são beneficiários como dependentes dos pais.
Obs.: � É perfeitamente possível que uma pessoa seja, ao mesmo tempo, segurada e depen-
dente. É o caso do marido que é empregado em uma fábrica (por essa atividade, é 
segurado) e é dependente previdenciário de sua esposa; ela, por sua vez, é secretária 
(por essa atividade, ela é segurada) e, concomitantemente, dependente previdenciária 
de seu marido.
Por ora nos interessam apenas os segurados. Neste momento, mais especificamente, os 
segurados obrigatórios.
Sabe o que é segurado obrigatório? É só pensar um pouquinho. Como é fácil conceituar 
algo quando o nome já nos auxilia.
Segurado obrigatório é aquele que tem a obrigação de se filiar ao RGPS. Essa filiação 
obrigatória atende à regra do caput do art. 201 da Constituição (regime geral, de caráter con-
tributivo e de filiação obrigatória). Enquadram-se nesse conceito todos os trabalhadores que 
exercem alguma das atividades listadas no art. 11 da LBPS.
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Regime Geral de Previdência Social (RGPS): Segurados
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Cassius Gracia
Repito: a FILIAÇÃO É OBRIGATÓRIA. Isso significa que um trabalhador que exerça alguma 
das atividades do art. 11 e não contribua para o INSS está em débito com o RGPS.
Contribuir não é uma opção, mas uma imposição constitucional.
Como eu já disse, a LBPS (Lei n. 8.213/1991), em seu art. 11, apresenta os segurados 
obrigatórios. O RPS (Decreto n. 3.048/1999) também o faz em seu art. 9º. Esses artigos são 
IMENSOS, mas você precisa conhecê-los. Leia, releia, leia novamente. CHOVEM questões so-
bre esse tema em provas.
Antes da leitura, contudo, permita que eu lhe apresente cada um dos 5 tipos de segura-
do obrigatório atualmente existentes. Depois de aprender TUDO comigo, aí sim é necessário 
que leia o texto legal para tentar memorizar (decoreba MESMO) onde a lei enquadra cada 
trabalhador.
São bastante comuns questões que nos pedem apenas para dizer a que classe de segurado 
pertencem este ou aquele trabalhador.
Nessa hora, prezado(a), um pouco de raciocínio lógico auxilia, mas a única forma 100% ga-
rantida de acerto é por meio da DECOREBA pura e simples.
Triste, mas verdadeiro.
A legislação previdenciária divide os segurados em CADES F. Olha o professor aí auxilian-
do na decoreba.
Esse CADES F é um memorex clássico que aprendi na minha fase concurseira. Ele nos 
ajuda a lembrar das 5 espécies de segurado obrigatório (CADES — art. 11 da LBPS) e traz, à 
parte, o “F” de Facultativo, que está no art. 13 da mesma lei.
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Regime Geral de Previdência Social (RGPS): Segurados
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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Em instantes nos debruçaremos com atenção sobre cada uma dessas classes de segura-
do. Antes, contudo, vamos passar para o final do art. 11 da LBPS. Ali há algumas disposições 
gerais sobre os segurados que, por razões didáticas,é melhor estudar neste momento.
Comecemos pelo § 2º, que traz disposição interessantíssima. Vale a pena transcrevê-lo:
Art. 11. [...] § 2º Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada 
sujeita ao Regime Geral de Previdência Social é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma 
delas.
Se pensarmos bem, é uma obviedade absoluta o que esse dispositivo diz. Se o RGPS é um 
sistema de filiação obrigatória e se a filiação ocorre pelo mero exercício de atividade remune-
rada, é ÓBVIO que um segurado que exerça duas ou mais atividades de vinculação obrigatória 
será filiado em relação a todas elas.
EXEMPLO
Um advogado que à noite leciona em universidade privada será filiado como contribuinte indi-
vidual em razão da advocacia e como empregado pela função de magistério.
O mesmo vale para o professor que leciona em duas escolas, ou para a enfermeira que traba-
lha em mais de uma clínica/hospital.
Qualquer situação de duplo (ou triplo, ou quádruplo) exercício de atividade remunerada — 
desde que a referida atividade seja sujeita ao RGPS — implica na filiação automática do segu-
rado. Ficou claro?
001. (CESPE/DP-DF/DEFENSOR PÚBLICO/2013) Acerca do RGPS, julgue o item a seguir.
Aquele que exerça, concomitantemente, duas atividades remuneradas sujeitas ao RGPS é 
obrigatoriamente filiado ao referido regime em relação a cada uma delas.
Não preciso transcrever de novo o § 2º do art. 11 da LBPS, preciso? O enunciado em aná-
lise é cópia quase literal do referido dispositivo, não deixando dúvidas acerca da resposta 
da questão.
Certo.
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Regime Geral de Previdência Social (RGPS): Segurados
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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Vamos ao § 3º:
Art. 11. [...] § 3º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social–RGPS que estiver exercen-
do ou que voltar a exercer atividade abrangida por este Regime é segurado obrigatório em relação 
a essa atividade, ficando sujeito às contribuições de que trata a Lei n. 8.212, de 24 de julho de 1991, 
para fins de custeio da Seguridade Social.
Você já deve ter percebido que esse dispositivo também carrega uma obviedade. Se para 
nós é certo que todo mundo que exerce atividade remunerada — e não participa de um regime 
próprio de previdência — é obrigatoriamente filiado ao RGPS, por que razão estaria o aposen-
tado excluído?
Ora essa, professor... ele já contribuiu o suficiente pra se aposentar, por que precisaria 
continuar contribuindo?
Pois é, colega, esse seu argumento é o mais usado para defender a isenção do aposentado.
Mas o Regime Geral de Previdência Social funciona fundado na solidariedade e no pacto 
de gerações. Aqueles que hoje compõem a geração economicamente ativa contribuem para 
o pagamento dos benefícios dos aposentados de hoje. No futuro, ao aposentar-se, terão seus 
benefícios custeados por aquela que então será a geração economicamente ativa.
Mas, professor, então por que o aposentado contribui?
Ora essa, prezado(a), é só prestar atenção ao que estou dizendo.
Aqueles economicamente ativos contribuem para pagar as aposentadorias. O aposenta-
do que ainda permanece trabalhando pode ser considerado economicamente ativo, não é? 
Ele não contribui sobre os seus proventos de aposentadoria, mas é, sim, obrigado a contribuir 
sobre os rendimentos da atividade profissional que permanece exercendo. Entendido?
Depois do § 3º vem, se não me falha a memória, o § 4º. Ele diz que o dirigente sindical 
mantém, durante o exercício do mandato eletivo, o mesmo enquadramento no RGPS de antes 
da investidura.
Ora, não há necessidade de grande esforço interpretativo. O dirigente sindical pode se li-
cenciar de suas atividades profissionais durante o exercício do mandato eletivo sindical; isso 
poderia gerar dúvidas a respeito do seu enquadramento como segurado. A Lei elimina qual-
quer dúvida.
Era empregado? Permanece como empregado. Era doméstico? Doméstico continua. Era 
contribuinte individual? Mantém-se no mesmo enquadramento.
Simples, não?
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Regime Geral de Previdência Social (RGPS): Segurados
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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Que bom que é simples, porque esta mesma regra vale para o magistrado da Justiça Elei-
toral nomeado por meio da lista sêxtupla prevista no art. 119, II (para o TSE) ou 120, § 1º, III 
(para os TREs) da Constituição. Esta previsão está no RPS, em seu art. 9º, § 11.
De LBPS e RPS era só o que precisávamos ver por enquanto. Os demais parágrafos tra-
zem regras relacionadas às classes de segurado e serão, portanto, estudadas no momen-
to oportuno.
SeguradoS obrigatórioS — diSpoSiçõeS eSpeCífiCaS
empregado
É o maior grupo de segurados do Regime Geral. Abrange todos os trabalhadores urbanos 
e rurais que tenham relação de emprego. Temos, ao todo, DEZESSETE hipóteses de enquadra-
mento de um segurado como empregado; 10 delas, na LBPS; outras 9 foram inseridas no RPS 
(Decreto n. 3.048/1999). Comecemos pela LBPS:
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:
I – como empregado:
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob 
sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;
Essa alínea “a” dispensa grandes explicações, pois ela descreve exatamente o que, para o 
senso comum, é o empregado. É o trabalhador urbano ou rural que presta serviço não eventual 
à empresa.
Vale lembrar que os trabalhadores rurais foram incluídos no RGPS apenas com a Consti-
tuição de 1988; antes, possuíam um sistema previdenciário à parte, bastante precário e com 
escassa cobertura.
Por serviço não eventual entendemos aquele que exige habitualidade, presença constan-
te. E a exigência da prestação de serviço a empresa serve para diferenciar o empregado do 
doméstico. Simples assim.
Mas, professor, o que seria ‘diretor empregado’? Existe algum diretor que não seja empre-
gado?
Dessa vez, pelo menos, o RPS, em seu art. 9º, parágrafos 2º e 3º, cumpriu direitinho seu pa-
pel de explicar, detalhar, pormenorizar a lei que regulamenta, apresentando as definições de dire-
tor empregado e diretor não empregado. Essas disposições podem ser esquematizadas assim:
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Regime Geral de Previdência Social (RGPS): Segurados
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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Diretor Empregado
X
Diretor não Empregado
Aquele que, participando ou não do 
risco econômico do empreendimento
Aquele que, participando ou não do 
risco econômico do empreendimento
seja contratado ou promovido seja eleito por assembleia geral dos 
acionistas
para cargo de direção das socieda-
des anônimas
para cargo de direção das socieda-
des anônimas
mantendo as características ineren-
tes à relação de emprego.
não mantendo as características ine-
rentes à relação de emprego.
Empregado Contribuinte Individual
Excelente, professor. Entendi tudo. Mas agora me surgiu outra dúvida. Um pedreiro con-
tratado para reformar a empresa, dependendo da dimensãoda obra, pode trabalhar du-
rante vários meses. Ele é um ‘trabalhador urbano prestando serviço não eventual a uma 
empresa’. Será considerado empregado?
QUE EXCELENTE PERGUNTA, colega! Você acaba de antecipar o que seria meu próximo 
ponto a tratar aqui. A resposta para sua pergunta é NÃO! Embora APARENTEMENTE ele preen-
cha os requisitos da alínea “a”, veja o que diz o § 4º do art. 9º do RPS:
Art. 9º [...] § 4º Entende-se por serviço prestado em caráter não eventual aquele relacionado direta 
ou indiretamente com as atividades normais da empresa.
Mesmo que o tal pedreiro passe um ano laborando diariamente na empresa ele não será 
empregado, por não se encaixar nessa exigência do Decreto. Compreende? Então vamos 
em frente.
b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação específica, 
presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e perma-
nente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas;
A tal lei específica mencionada no artigo é a de n. 6.019/1974. Não vejo motivo para me 
alongar nesse tema, pois não encontrei nenhuma questão que tenha tratado em detalhes do 
trabalho temporário.
A nós importa apenas saber que o cidadão contratado por empresa de trabalho temporá-
rio será segurado do RGPS como empregado e que a duração máxima desse contrato tempo-
rário é, conforme prevê o art. 10 da referida lei, de cento e oitenta dias. Há, contudo, permissão 
legal para prorrogação deste prazo por até noventa dias, consecutivos ou não, desde que 
comprovada a manutenção das condições que o ensejaram.
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c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado 
em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior;
O estrangeiro pode ser segurado do RGPS? CLARO QUE SIM! A legislação não o exclui em 
momento algum. Embora não esteja explícito, é perfeitamente possível que o estrangeiro seja 
enquadrado nas hipóteses das alíneas “a” ou “b” já estudadas; nessa alínea “c”, pela primeira 
vez, há referência expressa a ele.
E estamos também diante de um caso de extraterritorialidade da lei previdenciária. Em 
regra, a lei previdenciária brasileira só abrange os trabalhadores e as empresas situadas 
no território nacional; excepcionalmente, porém, ela amplia seu escopo, como no caso ora 
em estudo.
Se (a) a empresa for nacional; (b) o trabalhador brasileiro ou estrangeiro for domiciliado 
no Brasil; e (c) contratado no Brasil, então, embora exerça suas atividades profissionais no 
exterior, estará coberto pelo RGPS, vertendo para o INSS suas contribuições previdenciárias.
d) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira 
estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluí-
dos o não brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação 
previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular;
Nessa extensa alínea, a única intenção do legislador foi proteger os cidadãos residentes e 
domiciliados no Brasil. O segurado estará prestando serviços a um terceiro país mas, mesmo 
assim, será segurado empregado, devendo contribuir para o RGPS, adquirindo direito aos be-
nefícios previdenciários a ele inerentes.
Isso só não ocorrerá para:
(a) o não brasileiro sem residência permanente no Brasil —um motorista de Embaixada 
estrangeira, que resida no prédio da embaixada e não formule requerimento de residência 
permanente, estará excluído do RGPS; ou
(b) o brasileiro que, contratado pela missão diplomática ou repartição consular, seja am-
parado pela legislação previdenciária do respectivo país.
e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou 
internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo 
se segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio;
A alínea é autoexplicativa. Um brasileiro que trabalhe em embaixadas ou consulados bra-
sileiros no exterior, ou que trabalhe para a União junto à ONU, ou junto à OMC ou a qualquer 
outro organismo internacional será segurado do RGPS como empregado, salvo se estiver 
amparado por regime de previdência daquele país.
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Regime Geral de Previdência Social (RGPS): Segurados
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Uma pequena pausa, para ver como isso é cobrado em concursos, topa?
002. (COM. EXAM./TRT-16/TRT 16ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2011) Assinale a opção 
INCerta. São segurados obrigatórios da previdência social:
a) Aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, 
sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado.
b) O brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros 
ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contrata-
do, mesmo que seja segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio.
c) O brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como em-
pregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior.
d) Aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de car-
reira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, 
excluídos o não brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela 
legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular.
e) Aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação especí-
fica, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular 
e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas.
�a) Certa. Não, prezado(a), a expressão diretor empregado no finalzinho do texto não é uma 
pegadinha. Às vezes as bancas, realmente, incluem nos textos a analisar certas palavrinhas 
cujo objetivo é confundir os candidatos. Mas não é esse o caso aqui, como podemos ver no 
art. 11 da LBPS:
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:
I – como empregado:
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob 
sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;
�b) Errada. Aqui está o gabarito da questão. O enunciado começa certinho, com cópia literal da 
alínea “e” do inciso I do art. 11 da LBPS. De fato, é segurado obrigatório o brasileiro civil que 
trabalha para a União no exterior:
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:
I – como empregado: [...]
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Regime Geral de Previdência Social (RGPS): SeguradosDIREITO PREVIDENCIÁRIO
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e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou in-
ternacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se 
segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio;
Mas observe o trecho que destaquei no texto da lei. Se a pessoa for segurada na forma da 
legislação vigente no país do domicílio não será segurado obrigatório do Regime Geral. A 
banca, malandramente, inseriu um “mesmo que” no lugar do “salvo se”. Ainda bem que você 
não caiu nessa!
�c) Certa. Se já temos o gabarito, o resto fica mais fácil. Esse aqui é segurado obrigatório, pre-
sente na alínea “c” do inciso I do art. 11 da LBPS:
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:
I – como empregado: [...]
c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado 
em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior;
�d) Certa. Mais um segurado obrigatório, presente na LBPS, art. 11, I, “d” da LBPS:
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:
I – como empregado: [...]
d) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira 
estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluí-
dos o não brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação 
previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular;
�e) Certa. Fechamos a questão com mais um segurado obrigatório, relacionado na alínea ‘b’ 
do mesmo art. 11, I.
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:
I – como empregado: [...]
b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação específica, 
presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e perma-
nente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas;
Nenhuma dúvida, certo?
Letra b.
Então segue o enterro!
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f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em 
empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertença a empresa brasileira de 
capital nacional;
O legislador poderia muito bem ter juntado esta previsão com a da alínea “c”. Lembra-se 
dos três requisitos que listei ao explicar o “c”? No caso em análise, apenas o primeiro requisito 
se altera.
Se:
(a) a empresa for estrangeira, mas a maioria do capital votante pertencer a empresa bra-
sileira de capital nacional;
(b) o trabalhador brasileiro ou estrangeiro for domiciliado no Brasil; e
(c) contratado no Brasil,
então, embora exerça suas atividades profissionais no exterior, estará coberto pelo RGPS, 
vertendo para o INSS suas contribuições previdenciárias.
g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, Autarquias, 
inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais.
Você já deve saber que os servidores públicos federais possuem um regime próprio de 
previdência, instituído pelo art. 40 da Constituição. Esse regime próprio abrange os servidores 
titulares de cargo efetivo. A investidura no cargo depende, conforme prescreve o art. 37, II, 
da Constituição, de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de 
acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego. Já os cargos em comissão são 
declarados de livre nomeação e exoneração.
A nomeação para um cargo em comissão não estabelece um vínculo efetivo com o ente 
federativo e, por esse motivo, não dá ao nomeado o direito de ingressar no Regime Próprio de 
Previdência dos Servidores Públicos do respectivo ente. Para não deixar esse cidadão des-
protegido, foi ele incluído no RGPS.
Vale destacar que o RPS foi um tantinho mais claro quando abordou a mesma regra. Ele 
diz (art. 9º, I, “i”) que é segurado obrigatório, como empregado, o servidor da União, Estado, 
Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e fundações, ocupante, exclusivamente, 
de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
O mais comum é que servidores públicos exerçam cargos em comissão; a esses não se 
aplica o RGPS. A palavrinha “exclusivamente” foi por mim grifada exatamente para deixar isso 
bem claro.
E são abrangidos por essa disposição, por expressa previsão legal (LBPS, art. 11, § 5º) o 
ocupante de cargo de Ministro de Estado, de Secretário Estadual, Distrital ou Municipal, sem 
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vínculo efetivo com a União, estados, Distrito Federal e municípios, suas autarquias, ainda que 
em regime especial, e fundações.
h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime 
próprio de previdência social; (Incluída pela Lei n. 9.506, de 1997)
j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime 
próprio de previdência social; (Incluído pela Lei n. 10.887, de 2004)
Juntei essas duas alíneas porque, como você pode perceber, são IDÊNTICAS.
Puxa, professor, não tinha notado. Que falha absurda do legislador, né?
Mais ou menos, colega. Dessa vez não podemos jogar a culpa só nele. Não vou me apro-
fundar no assunto por ser irrelevante para nosso estudo. Apenas para que você não fique in-
quieto(a) com esse aparente “mico”, esclareço que a alínea “h” foi incluída nesse artigo no ano 
de 1997, pela mesma lei que incluiu a alínea ‘h’ no art. 12, inciso I, da Lei n. 8.212/1991, com 
redação idêntica.
O STF, ao julgar o Recurso Extraordinário 351717/PR, declarou inconstitucional essa dis-
posição da Lei n. 8.212, com inegáveis reflexos na regra “gêmea” incluída na LBPS. Se você 
quiser entender o porquê, pergunte por meio do fórum da aula, não vou encher sua cabeça 
com isso. O fato é que em 1998 uma alteração constitucional tornou possível a inclusão dos 
agentes políticos no rol de segurados obrigatórios. Então, em 2004, quando foi inserida a alí-
nea “j”, o entrave reconhecido pelo STF já não mais existia.
Professor, por que ninguém nunca revogou a alínea ‘h’, se ela não vale?
QUE ÓTIMA PERGUNTA! Ótima e impossível de responder com certeza. Pode ter sido dis-
tração do legislador, ou então alguém maldoso que, deliberadamente, optou por deixar ali essa 
duplicidade só para enlouquecer os concurseiros.
Jamais saberemos a verdade.
i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, sal-
vo quando coberto por regime próprio de previdência social;
Situação muito semelhante à regulada pela alínea “d”. E mais uma vez vemos o que po-
deríamos, para fins didáticos, denominar caráter residual do RGPS; primeiro deve-se ver se o 
trabalhador é coberto por outro regime de previdência. Caso não seja, então será considerado 
segurado empregado, integrante do RGPS.
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Aqui terminamos os segurados obrigatórios presentes nas Leis n. 8.212 (art. 12, I) e 8.213 
(art. 11, I). Vamos esquematizar o que vimos até agora?
003. (FCC/TRT 15ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2013) É segurado obrigatório, no Regime 
Geral da Previdência Social, como empregado:
a) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a 
regime próprio de previdência social.
b) aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito residencial 
desta, em atividades sem fins lucrativos.
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c) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, 
sob sua subordinação e mediante remuneração, excluídos quaisquer diretores.
d) o servidor público ocupante de cargo em comissão, com vínculo efetivo com a União, au-
tarquias e fundações públicas federais.
e) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congre-
gação ou de ordem religiosa.
Esse é o estilo clássico de questões sobre a temática segurados. E como se preparar para 
garantir 100% de acertos em questões como essa? Simples: lendo várias vezes o conteúdo 
desta aula e resolvendo muitas questões para memorizar. Vamos analisar cada assertiva?
�a) Certa. Puxa, que chato, já começamos pelo gabarito. Mas não pense que isso é motivo para 
deixar de ler os comentários às demais assertivas, OK? Todo o conhecimento compartilhado 
deve ser aproveitado. A hipótese descrita na assertiva corresponde à literalidade das alíneas 
“h” e “j” do inciso I do art. 11 da LBPS.
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:
I – como empregado: [...]
j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime 
próprio de previdência social; (Incluído pela Lei n. 10.887, de 2004)
Não esqueça JAMAIS que quem está vinculado a regime próprio de previdência não pode ser 
segurado do RGPS.
�b) Errada. Aqui temos outra transcrição literal de um dispositivo da LBPS. Mais exatamente, o 
art. 11, inciso II, que conceitua o empregado DOMÉSTICO.
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: [...]
II – como empregado doméstico: aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou fa-
mília, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos;
�c) Errada. O texto começa certinho, reproduzindo o art. 11, I, alínea “a” da LBPS. Mas no final 
dá uma escorregada feia. Veja só:
Art. 11. [...] I – como empregado: [...]
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob 
sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;
Ao excluir “quaisquer diretores”, a assertiva se torna errada. Sobre isso, penso ser importante 
repisar um alerta:
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DESCONFIE de expressões como “sempre”, “nunca”, “apenas”, “exclusivamente”, “em nenhuma 
hipótese”, “em qualquer hipótese”, “em qualquer caso” e outras do tipo. É MUITO COMUM que 
um enunciado aparentemente certo se torne errado em razão delas.
Mas nada de paranoia, OK? Não estou dizendo que questões com esses termos serão sempre 
erradas; o que estou sugerindo é que REDOBRE A ATENÇÃO ao encontrar tais palavrinhas nos 
enunciados a analisar.
�d) Errada. O servidor público com vínculo efetivo com a União, autarquias e fundações públi-
cas federais é integrante de regime próprio de previdência. Se ele é integrante de RPPS ele não 
pode ser segurado do RGPS.
Mas há, no art. 11, I, uma disposição parecida com a exposta na assertiva:
Art. 11. [...] I – como empregado: [...]
g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, Autarquias, 
inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais
Esse sim, embora trabalhe para a União, ou em uma Autarquia ou Fundação Pública Federal, 
exerce apenas cargo em comissão (cargo de confiança) sem vínculo efetivo. Ele não participa 
do RPPS. Portanto, é segurado obrigatório do RGPS como empregado.
�e) Errada. As pessoas descritas na assertiva são, de fato, segurados obrigatórios do RGPS, 
mas não como empregados:
Art. 11. [...] V – como contribuinte individual: [...]
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação 
ou de ordem religiosa;
Letra a.
Retomando o fio da meada, você consegue me acompanhar para ver as hipóteses criadas 
pelo RPS? Ressalto que vou transcrever também os casos que já estudamos, presentes na 
LBPS, que no Decreto foram um pouco alterados (normalmente trazendo mais especificações 
para permitir o enquadramento).
Nesses casos vou apenas grifar o que se diferencia, OK? Dúvidas, como sempre, podem 
ser tiradas no fórum da aula.
Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas:
I – como empregado: [...]
b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, na forma prevista em legislação 
específica, por prazo não superior a cento e oitenta dias, consecutivos ou não, prorrogável por até 
noventa dias, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal re-
gular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviço de outras empresas;
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c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado 
no exterior, em sucursal ou agência de empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede 
e administração no País;
d) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado 
em empresa domiciliada no exterior com maioria do capital votante pertencente a empresa consti-
tuída sob as leis brasileiras, que tenha sede e administração no País e cujo controle efetivo esteja 
em caráter permanente sob a titularidade direta ou indireta de pessoas físicas domiciliadas e resi-
dentes no País ou de entidade de direito público interno; [...]
g) o brasileiro civil que presta serviços à União no exterior, em repartições governamentais brasi-
leiras, lá domiciliado e contratado, inclusive o auxiliar local de que tratam os arts. 56 e 57 da Lei 
no 11.440, de 29 de dezembro de 2006, este desde que, em razão de proibição legal, não possa 
filiar-se ao sistema previdenciário local;
h) o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa, em desacordocom a Lei n. 11.788, de 
25 de setembro de 2008;
O diploma legal citado nesta alínea “h” é a denominada lei do estágio. Bolsistas e estagi-
ários que prestam serviços nos estritos termos estabelecidos nesta Lei são, com perdão da 
redundância, bolsistas e estagiários.
Mas se o empregador desejar valer-se dos bolsistas e estagiários como mão de obra ba-
rata, atribuindo-lhes tarefas sem qualquer relação com suas áreas de formação, terá como 
consequência o enquadramento deles como empregados, por força dessa disposição do RPS.
Daí derivarão todas as obrigações correlatas (registro em CTPS, férias, FGTS, 13º, contri-
buições previdenciárias etc.).
i) [...]
j) o servidor do Estado, Distrito Federal ou Município, bem como o das respectivas autarquias e fun-
dações, ocupante de cargo efetivo, desde que, nessa qualidade, não esteja amparado por regime 
próprio de previdência social;
Essa previsão nada mais faz que destacar o que já defini como caráter “residual” do RGPS. 
Em princípio os estados, o DF e os municípios devem criar regimes próprios de previdência 
para seus servidores, em cumprimento à exigência do art. 40 da Constituição. Quando não o 
fazem, seus servidores integram o RGPS, como segurados empregados. Convenhamos que é 
inviável a municípios minúsculos criar regimes próprios de previdência. O sistema já nasceria 
condenado à falência, não é mesmo?
l) o servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, bem como pelas respec-
tivas autarquias e fundações, por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de 
excepcional interesse público, nos termos do inciso IX do art. 37 da Constituição Federal;
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Ao incluir essa disposição no decreto o legislador tinha a intenção de evitar o oportunismo 
de pessoas que, exercendo por curto período atividades essencialmente públicas, desejassem 
o reconhecimento do vínculo efetivo com a União. Os casos mais comuns de “trabalho tem-
porário” por excepcional interesse público (regulados pela Lei n. 8.745/1993) são o professor 
substituto e o recenseador. Estes, durante o período do contrato, terão registro em CTPS e 
integrarão o RGPS.
m) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e fundações, 
ocupante de emprego público;
Previsão desnecessária, pois trata somente de repetir uma disposição constitucional. Veja 
o que diz o art. 40, § 13 da Constituição: Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamen-
te, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo 
temporário, inclusive mandato eletivo, ou de emprego público, o Regime Geral de Previdên-
cia Social.
Mas o que é um emprego público? É o exercício de função pública por meio de um contrato 
regido pela CLT.
Simplificando, seria um empregado comum, que tem como patrão um ente público. Como 
exemplo temos os empregados da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. A Caixa é uma empresa pú-
blica que tem o contrato de trabalho de seus funcionários regidos pela CLT. Todos os funcioná-
rios da CEF são empregados públicos. Todos eles são, por conseguinte, segurados do RGPS.
n) (Revogada pelo Decreto n. 3.265, de 1999)
o) o escrevente e o auxiliar contratados por titular de serviços notariais e de registro a partir de 21 
de novembro de 1994, bem como aquele que optou pelo Regime Geral de Previdência Social, em 
conformidade com a Lei n. 8.935, de 18 de novembro de 1994; e
Até 1994 os serviços notariais e de registro (tabelionatos e cartórios em geral) eram ativi-
dades públicas exercidas por funcionários públicos. Com a Lei n. 8.935 alterou-se este con-
ceito. O tabelião/registrador passou a ser considerado agente privado atuando por delegação 
do poder público.
Como consequência, os funcionários por ele contratados também estariam sujeitos às 
mesmas regras aplicáveis aos demais trabalhadores da iniciativa privada, ou seja, a CLT. E 
quem trabalha sujeito à CLT integra, sem exceções, o RGPS.
p) aquele em exercício de mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal, desde que não 
seja vinculado a regime próprio de previdência social; [...]
r) o trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física, na forma do art. 14-A da Lei n. 
5.889, de 8 de junho de 1973, para o exercício de atividades de natureza temporária por prazo não 
superior a dois meses dentro do período de um ano;
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Transcrevo, para que nada fique pendente, o dispositivo legal que essa alínea “r” menciona:
Art. 14-A. O produtor rural pessoa física poderá realizar contratação de trabalhador rural por pe-
queno prazo para o exercício de atividades de natureza temporária.
§ 1º A contratação de trabalhador rural por pequeno prazo que, dentro do período de 1 (um) ano, 
superar 2 (dois) meses fica convertida em contrato de trabalho por prazo indeterminado, observan-
do-se os termos da legislação aplicável. [...]
Lembra quando conceituamos o “empregado”? Era necessário o exercício de atividade 
rural ou urbana em caráter não eventual. Eu arrisco dizer que o trabalho durante um ou dois 
meses em um período de um ano poderia ser considerado eventual. Discorda? Por essa razão, 
poderia alguém sustentar que esse trabalhador temporário não seria empregado. Por isso o 
Decreto tratou de registrar a regra que ora estamos estudando. Mesmo que possamos en-
tender como eventual o exercício deste labor, o trabalhador rural temporário contratado nos 
termos do art. 14-A da Lei n. 5.889 será empregado. Ponto final.
s) aquele contratado como trabalhador intermitente para a prestação de serviços, com subordina-
ção, de forma não contínua, com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, 
em conformidade com o disposto no § 3º do art. 443 da Consolidação das Leis do Trabalho, apro-
vada pelo Decreto-Lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943;
A última figura presente no RPS como segurado empregado é o trabalhador intermitente. 
Foi incluído na lista no ano de 2020. Nos termos do § 3º do art. 443 da CLT, é intermitente o 
contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocor-
rendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em 
horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador.
Vamos ver, também de forma esquemática, os segurados empregados acrescidos pelo RPS?
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UFA! Até que enfim se foi o primeiro grupo de segurados obrigatórios. Antes de seguir 
adiante retorne ao começo do tópico, releia cada item, anote suas dúvidas e me repasse, OK?
Revise também a legislação correlata (LBPS, art. 11, I e RPS, art. 9º, I). Por que tudo isso?Porque cai na prova. Simples assim.
DUVIDA? Então espie.
004. (ESAF/RFB/ANALISTA TRIBUTÁRIO/2006) Não está previsto, em caso algum, como se-
gurado-empregado obrigatório da Previdência Social do Brasil
a) o trabalhador contratado no exterior para trabalhar no Brasil em empresa constituída e fun-
cionando em território nacional segundo as leis brasileiras com salário estipulado em moeda 
estrangeira.
b) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empre-
gado no exterior, em sucursal ou em agência de empresa constituída sob as leis brasileiras e 
que tenha sede e administração no País.
c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como em-
pregado em empresa domiciliada no exterior, com maioria de capital votante pertencente a 
empresa constituída sob as leis brasileiras, que tenha sede e administração no País e cujo 
controle efetivo esteja em caráter permanente sob a titularidade direta ou indireta de pessoas 
físicas domiciliadas e residentes no Brasil.
d) o estrangeiro que presta serviços no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular 
de carreira estrangeira, ainda que sem residência permanente no Brasil, e o brasileiro ampa-
rado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou da reparti-
ção consular.
e) o menor aprendiz, com idade de quatorze a dezoito anos, ainda que sujeito à formação téc-
nico-profissional metódica, sob a orientação de entidade qualificada, nos termos da lei.
a) Certa. Este é um segurado empregado. Aliás, é integrante da definição mais básica de tal 
categoria de segurados, presente na alínea “a” do inciso I do art. 11 da LBPS, ou no art. 9º, I, 
“a” do RPS.
Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas:
I – como empregado:
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em caráter não eventual, sob 
sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;
Esse dispositivo fala alguma coisa quanto à moeda utilizada para pagamento? Não. E por que 
não? Simplesmente porque tal característica não tem relevância nenhuma para a caracteri-
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zação dos segurados. Havendo prestação de serviço remunerado (em qualquer moeda) e sob 
subordinação, temos um segurado empregado. Simples assim.
O que a banca fez foi “roubar” um dispositivo das Instruções Normativas relacionadas à área 
previdenciária (IN 77 do INSS; IN 971, da RFB) e usar na prova. Veja o que diz a IN 77 — por 
curiosidade, porque a IN não é cobrada na prova:
Art. 8º É segurado na categoria de empregado, conforme o inciso I do art. 9º do Regulamento da 
Previdência Social, aprovado pelo Decreto n. 3.048, de 6 de maio de 1999: [...]
IX – o contratado no exterior para trabalhar no Brasil em empresa constituída e funcionando no 
território nacional, segundo as leis brasileiras, ainda que com salário estipulado em moeda es-
trangeira, salvo se amparado pela Previdência Social do país de origem, observado o disposto nos 
acordos internacionais porventura existentes;
�b) Certa. Este é um segurado empregado, conforme o RPS, art. 9º, I, “c”:
Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas:
I – como empregado: [...]
c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado 
no exterior, em sucursal ou agência de empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede 
e administração no País;
�c) Certa. Mais um segurado empregado, conforme o RPS, art. 9º, I, “d”:
Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas:
I – como empregado: [...]
d) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empre-
gado em empresa domiciliada no exterior com maioria do capital votante pertencente a empresa 
constituída sob as leis brasileiras, que tenha sede e administração no País e cujo controle efetivo 
esteja em caráter permanente sob a titularidade direta ou indireta de pessoas físicas domiciliadas 
e residentes no País ou de entidade de direito público interno;
�d) Errada. Aqui está o nosso gabarito. Veja o que diz o RPS no art. 9º, I, “e”:
Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas:
I – como empregado: [...]
e) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira 
estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluí-
dos o não brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação 
previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular;
A hipótese descrita na assertiva inclui no conceito de empregado as situações que são expres-
samente excluídas pela legislação. Por isso, esse é, sem sombra de dúvida, o item incorreto.
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�e) Certa. Este é o item mais complexo da questão, sem dúvida. Só que o erro da alternativa “d” 
é tão gritante que a complexidade da assertiva “e” não chega a atrapalhar os candidatos.
O aprendiz pode se filiar a partir dos 14 anos. Essa é a ÚNICA exceção ao limite mínimo 
de 16 anos.
Mas daí a saber que o aprendiz se enquadraria como empregado há uma distância razoável. 
Por isso, veja o que diz a CLT acerca do contrato de aprendizagem. Destaco que não precisa-
mos estudar a CLT aqui, pois não integra o conteúdo programático de Direito Previdenciário:
Art. 428. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por 
prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de quatorze e 
menor de dezoito anos, inscrito em programa de aprendizagem, formação técnico-profissional me-
tódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar, 
com zelo e diligência, as tarefas necessárias a essa formação.
§ 1º A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de Trabalho e Pre-
vidência Social, matrícula e frequência do aprendiz à escola, caso não haja concluído o ensino fun-
damental, e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob a orientação de entidade 
qualificada em formação técnico-profissional metódica.
Quais são as únicas categorias de segurado com atividade registrada na CTPS?
Empregado e Empregado Doméstico.
As regras do contrato de aprendizagem, acima transcritas, concluímos que não se refe-
rem, em hipótese alguma, a empregados domésticos. Logicamente, o aprendiz só pode ser 
EMPREGADO.
A essa mesma conclusão chegaram a RFB e o INSS, quando incluíram em suas instruções nor-
mativas (art. 8º, II, da IN 77; art. 6º, II, da IN 971) que se enquadra como empregado o aprendiz, 
maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos, ressalvada a pessoa com deficiência, 
à qual não se aplica o limite máximo de idade, conforme disposto no art. 428 da Consolidação 
das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943, com a 
redação dada pela Lei n. 11.180, de 23 de setembro de 2005;
Tudo entendido?
Letra d.Percebe por que eu destaquei tanto a necessidade de DECOREBA? Há outra maneira de 
responder a essa questão?
Vamos à próxima categoria de segurados obrigatórios.
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Regime Geral de Previdência Social (RGPS): Segurados
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Cassius Gracia
empregado doméStiCo
Depois de um estudo trabalhoso do segurado empregado, chegamos a uma classe bem 
mais simples. O doméstico não tem aquelas duzentas subdivisões. O conceito legal contém 
apenas uma descrição. Conheça, colega, o inciso II do art. 11 da LBPS:
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: [...]
II – como empregado doméstico: aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou fa-
mília, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos;
É um conceito simples, mas abrange diversos requisitos. Vou destacá-los aqui:
• serviço de natureza contínua – preciso explicar? É necessário que o trabalho seja habi-
tual, rotineiro, frequente. Uma faxineira contratada esporadicamente não é empregada 
doméstica; um jardineiro que corte a grama uma vez por mês, idem.
E a diarista, professor?
Puxa vida, prezado(a), que perguntinha danada! Nesse assunto a coisa complica bastante. 
Nosso primeiro impulso é, sem dúvida, excluir a diarista do conceito de empregada doméstica. 
Mas o judiciário (sempre ele) firmou o entendimento de que o serviço de diarista, prestado com 
habitualidade a partir de três dias por semana configura vínculo de emprego. Nessa hipótese 
teríamos sim uma empregada doméstica.
Então a regra é: diarista que atende a mesma residência até 2 dias por semana NÃO É do-
méstica; a partir de 3 dias, É DOMÉSTICA. A propósito, o RPS já traz expressamente esta regra 
em seu art. 9º, inciso II, caracterizando como empregado doméstico quem exerce a atividade 
mais de dois dias por semana.
• trabalho no âmbito residencial – infelizmente no Brasil as leis precisam, muitas ve-
zes, dizer o óbvio. Como o doméstico, até pouco tempo atrás, não tinha regras fixadas 
quanto à jornada de trabalho, horas extras, adicional noturno e tudo o mais, seria um 
prato cheio para a malandragem contratar empregados domésticos para auxiliar em 
seus mercadinhos, lanchonetes e assemelhados. Por isso a Lei veio dizer que o empre-
gado doméstico é o que trabalha — obviamente — na residência;
• atividade sem fins lucrativos – reforça e complementa o que eu disse no item anterior. 
O trabalho deve se dar na residência do empregador e em atividade sem fins lucrativos. 
Se o empregador tem um delivery de lanches em sua residência, o empregado que lhe 
auxilia nesta atividade não é doméstico; para ser doméstico deve exercer atividade sem 
fins lucrativos. Entendido??
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Regime Geral de Previdência Social (RGPS): Segurados
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Cassius Gracia
Como nem tudo pode ser tão simples assim, a Lei Complementar 150, que (finalmente) 
regulamentou a famosa PEC das Domésticas, trouxe em seu art. 1º uma definição um tantinho 
mais detalhada dessa figura. Como de bolsa de mulher, bumbum de nenê e cabeça de exa-
minador de concurso nunca se sabe o que pode vir, considero prudente apresentar a vocês o 
texto do artigo:
Art. 1º Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contí-
nua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito 
residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei.
Parágrafo único. É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito)anos para desempenho de tra-
balho doméstico, de acordo com a Convenção no 182, de 1999, da Organização Internacional do 
Trabalho (OIT) e com o Decreto no 6.481, de 12 de junho de 2008.
Vemos que no art. 1º estão presentes os requisitos de praxe (serviço contínuo, sem fi-
nalidade lucrativa, no âmbito residencial de pessoa ou família). O legislador complementar 
acrescentou, para maior clareza, a necessidade de subordinação (é necessário que exista 
uma relação patrão/empregado; a simples prestação de favor, espontânea, não configura o 
vínculo doméstico) e onerosidade (uma contraprestação pelos serviços prestados). Se um 
casal divide as tarefas domésticas, por exemplo, não há como enquadrar o marido ou a espo-
sa como ‘empregado doméstico’ do cônjuge.
O RPS, quando atualizado pelo Decreto 10.410/2020, adotou redação semelhante:
Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas: [...]
II – como empregado doméstico – aquele que presta serviço de forma contínua, subordinada, one-
rosa e pessoal a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos, 
por mais de dois dias por semana;
Este é o conceito da LC n. 150, adotado pelo RPS. Contudo, permanecem plenamente vigentes 
os dispositivos da LBPS ou LOCSS que definem essa categoria de segurados. Se uma questão 
de prova trouxer a literalidade de alguma dessas leis estará correta, mesmo omitindo os novos 
requisitos (subordinação e onerosidade).
Preenchidos todos esses requisitos, podem ser empregados domésticos os cozinheiros, 
motoristas, jardineiros, faxineiras, caseiros...
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Regime Geral de Previdência Social (RGPS): Segurados
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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005. (CESPE/INSS/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL/2016) Com base no disposto no Decreto n. 
3.048/1999, que aprovou o regulamento da previdência social, julgue o item subsecutivo.
Aquele que presta serviço de natureza contínua, mediante remuneração, a pessoa ou família, 
no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos, é considerado contribuinte in-
dividual, segurado obrigatório da previdência social.
A banca afirma que a figura descrita no enunciado é um contribuinte individual. Observe, con-
tudo, no texto em análise, a presença de algumas palavrinhas que são chave para a resolução 
da questão: âmbito residencial; ausência de finalidade lucrativa; serviço de natureza con-
tínua. Lembre que o serviço no âmbito residencial, de natureza não contínua, caracteriza a 
DIARISTA, enquadrada como Contribuinte Individual.
A figura descrita no enunciado se enquadra onde?
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: [...]
II – como empregado doméstico: aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou fa-
mília, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos;
Tudo entendido??
Errado.
Contribuinte individual
Seguindo nossa análise do art. 11 da LBPS temos o contribuinte individual. É o segurado 
que antigamente conhecíamos por trabalhador autônomo. Prepare-se, porque aqui vem ou-
tra lista grandinha de segurados. Novamente vamos estudar primeiramente as hipóteses da 
LBPS; a seguir complementamos com as disposições do Decreto, OK?
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: [...]
V – como contribuinte individual:
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a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em ca-
ráter permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em área 
igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados ou 
por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 9º e 10 deste artigo;
Lembra, quando estudamos o EMPREGADO, que a primeira alínea do inciso I já trazia aque-
le que seria o conceito de empregado por excelência? Isso não acontece com o Contribuinte 
individual. Essa primeira alínea tem por função diferenciar o contribuinte individual do segura-
do especial.
Com base na redação desse dispositivo podemos ver que são critérios relevantes para a 
classificação como contribuinte individual o tamanho da propriedade rural, bem como o auxí-
lio de empregados/prepostos.
Obs.: � Módulo fiscal é uma medida agrária, em hectares, variável e fixada por município. Logi-
camente, ao analisar o enquadramento de um segurado, o servidor do INSS deverá 
observar a medida do módulo fiscal do município de residência do segurado.
Se você está bem atento(a) percebeu que, no finalzinho da alínea, há menção às hipóteses 
dos parágrafos 9º e 10º do mesmo artigo 11. Eles tratam de casos de exclusão da qualidade 
de segurado especial. Por essa razão, trataremos desses casos quando estudarmos os segu-
rados especiais, OK? Não permita que eu me esqueça disso, pode cobrar!
Jamais esqueça, contudo, que o trabalhador rural que for excluído da condição de segu-
rado especial, por incidir nas hipóteses dos §§ 9º e 10 transforma-se, automaticamente, em 
Contribuinte Individual.
Um último comentário sobre essa alínea. O cônjuge ou companheiro do produtor rural ali 
mencionado também é segurado obrigatório como contribuinte individual, desde que partici-
pe da atividade rural. É isso que nos diz o § 11 do art. 11 da LBPS.
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b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral – garimpo, em ca-
ráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio 
de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua;
Esse item não exige mais do que sua leitura para entender. Garimpeiro é contribuinte in-
dividual. E só.
Mas o que seria a exploração por intermédio de prepostos? Eis que vem o RPS tirar to-
das nossas dúvidas — às vezes ele faz isso; outras, só se encarrega de nos deixar ainda 
mais confusos.
No § 9º do art. 9º ele diz que a pessoa física, proprietária ou não, explora atividade através 
de prepostos quando, na condição de parceiro outorgante, desenvolve atividade agropecuária, 
pesqueira ou de extração de minerais por intermédio de parceiros ou meeiros. Esse conceito 
vale tanto para o garimpeiro quanto para o produtor rural, da alínea ‘a’, OK?
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou 
de ordem religiosa;
Não preciso entrar em minúcias e conceituar cada um desses institutos relacionados. 
Importa é que saibamos que nesse grupo entram os padres, os pastores, bispos, cardeais, 
irmãos, freiras, frades, monges... MUITA ATENÇÃO AQUI! Esse é um dos campeões de presen-
ça nas questões de concurso relacionadas ao tema “classificação de segurados”.
d) (Revogado pela Lei n. 9.876, de 26.11.1999)
e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é 
membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de 
previdência social;
Sabemos que os examinadores são, de fato, seres maléficos, que ocupam boa parte de 
seu tempo pensando nas melhores maneiras de enlouquecer os concurseiros. E essa alínea 
‘e’ que vamos agora estudar é um prato cheio para esses sádicos. Onde fica a malandragem? 
Compare-a com uma das hipóteses de enquadramento como segurado empregado:
Empregado
X
CI
e) o brasileiro civil que trabalha para a União, 
no exterior, em organismos oficiais brasilei-
ros ou internacionais dos quais o Brasil seja 
membro efetivo, ainda que lá domiciliado e 
contratado, salvo se segurado na forma da 
legislação vigente do país do domicílio;
e) o brasileiro civil que trabalha no exterior 
para organismo oficial internacional do 
qual o Brasil é membro efetivo, ainda que 
lá domiciliado e contratado, salvo quando 
coberto por regime próprio de previdência 
social;
Conseguiu perceber a sutileza?
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Se trabalha para o organismo oficial internacional, será contribuinte individual;
Se trabalha para a União em organismo oficial internacional, será empregado.
Podemos concluir que existe, no tocante às classes de segurado, uma regra geral: Aquele 
que trabalha para a União e não é amparado por regime próprio de previdência é segurado do 
RGPS como empregado.
Tudo entendido? Posso seguir em frente? Retornemos, então, à LBPS:
f) o titular de firma individual urbana ou rural, o diretor não empregado e o membro de conselho de 
administração de sociedade anônima, o sócio solidário, o sócio de indústria, o sócio gerente e o 
sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho em empresa urbana ou rural, e 
o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer na-
tureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção 
condominial, desde que recebam remuneração;
Dessa extensa alínea merece destaque apenas a necessidade da percepção de remune-
ração para o enquadramento como segurados obrigatórios. Essa exigência permeia todas as 
atividades ali relacionadas.
Preste atenção também na situação do síndico de condomínio, pois ele pode ser remu-
nerado ou isento da taxa de condomínio. Nessas duas hipóteses, será segurado obrigatório.
Professor, o senhor está lendo a mesma legislação que eu? Porque na minha LOCSS, na 
minha LBPS e no meu RPS não fala NADA sobre a isenção de condomínio.
Boa pergunta, prezado(a). E sim, estou acessando a mesma legislação que você. Ocorre 
que essa questão já é ponto pacífico na jurisprudência, e a Receita Federal acolheu o entendi-
mento na arrecadação de contribuições previdenciárias. Vejamos:
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA INCIDENTE SOBRE REMUNERAÇÃO DE 
SÍNDICO. TAXA CONDOMINIAL. LC N. 84/1996. INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 06/1996. 
CONDOMÍNIO. PESSOA JURÍDICA. LEI N. 9.876/1999. LEGITIMIDADE DA COBRANÇA. 
PRECEDENTE. 1. A hipótese de incidência da contribuição instituída pela LC n. 84/1996 é 
o total das remunerações ou retribuições pagas ou creditadas pelas empresas e pessoas 
jurídicas, no decorrer do mês, pelos serviçosque lhes prestem, sem vínculo empregatí-
cio, os segurados empresários, trabalhadores autônomos e demais pessoas físicas. Os 
casos de incidência são bastante amplos, levando em conta a remuneração ou retribui-
ção da prestação de serviço, independentemente de vínculo empregatício ou da natureza 
da atividade exercida. A IN n. 06/1996 não inovou o ordenamento jurídico, apenas repro-
duziu o texto legal. Não se instituiu exação não compreendida na hipótese descrita no art. 
1º da LC n. 84/1996,visto que, diante da abrangência dos casos de incidência do citado 
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artigo, poderá ser cobrada a contribuição dos condôminos tanto sobre a remuneração 
dos síndicos como do valor que estes deixam de pagar a título de “taxa condominial”, 
pois este valor estaria compreendido como “retribuição” prevista na aludida LC. 2. “É 
devida a contribuição social sobre o pagamento do pró-labore aos síndicos de condo-
mínios imobiliários, assim como sobre a isenção da taxa condominial devida a eles, na 
vigência da Lei Complementar n. 84/1996, porquanto a Instrução Normativa do INSS n. 
06/1996 não ampliou os seus conceitos, caracterizando-se o condomínio como pessoa 
jurídica, à semelhança das cooperativas, mormente não objetivar o lucro e não realizar 
exploração de atividade econômica. A partir da promulgação da Lei n. 9.876/1999, a qual 
alterou a redação do art.12, inciso V, alínea ‘f’, da Lei n. 8.212/1991, com as posteriores 
modificações advindas da MP n. 83/2002, transformada na Lei n.10.666/2003, previu-se 
expressamente tal exação, confirmando a legalidade da cobrança da contribuição pre-
videnciária” (REsp411.832/RS, Rel. Min. Francisco Falcão, DJU de 19.12.05). 3.Recurso 
especial provido.
(STJ – RESP 1064455 – Relator Ministro CASTRO MEIRA – Segunda Turma – Julgamento 
em 19.08.2008 – Publicação em 11.09.2008)
E na Instrução Normativa n. 971/2009, da Secretaria da Receita Federal do Brasil, temos:
Art. 55. [...] § 6º No caso do síndico ou do administrador eleito para exercer atividade de administra-
ção condominial, estar isento de pagamento da taxa de condomínio, o valor da referida taxa integra 
a sua remuneração para os efeitos do inciso III do caput.
NA PROVA — acho pouco provável que entrem em uma minúcia dessas. Atos normativos 
internos, como essa IN da RFB, só são cobrados se expressamente previstos no Edital. Mas 
o conhecimento DA JURISPRUDÊNCIA é algo que tem se feito cada vez mais presente nos 
concursos. Por prudência, portanto, preferi mencionar aqui esse tema.
Vamos nos divertir um pouquinho e respirar? Questãozinha pra você:
006. (ESAF/MPOG/ANALISTA TÉCNICO DE POLÍTICAS SOCIAIS/2012) São segurados obriga-
tórios da Previdência Social, na categoria contribuinte individual, nos termos do Regulamento 
da Previdência Social:
I – ministros de confissão religiosa;
II – o titular de firma individual urbana ou rural;
III – o diretor não empregado e o membro de conselho de administração na sociedade anônima;
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IV – aqueles que prestam serviço de natureza contínua, mediante remuneração, a pessoa ou 
família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos.
Analisando as assertivas é correto afirmar que:
a) Todas as opções atendem ao enunciado da questão.
b) Somente a opção III atende ao enunciado da questão.
c) Somente a opção II não atende ao enunciado da questão.
d) Somente a opção IV não atende ao enunciado da questão.
e) Somente a opção I atende ao enunciado da questão.
E dá-lhe decoreba! A banca apontou, no enunciado, todo o caminho a seguir. Ela quer que 
tratemos dos Contribuintes Individuais, nos termos do RPS. Então precisamos recorrer ao art. 
9º, inciso V, daquele Decreto.
I – Certa. Eu já disse que esse era um dos campeões de presença nas provas, não é mesmo? 
Alínea “c”:
Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas: [...]
V – como contribuinte individual: [...]
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação 
ou de ordem religiosa;
II – Certa. Alínea “e”;
Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas: [...]
V – como contribuinte individual: [...]
e) desde que receba remuneração decorrente de trabalho na empresa:
1. o empresário individual e o titular de empresa individual de responsabilidade limitada, urbana ou 
rural;
III – Certa. Alínea “e”;
Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas: [...]
V – como contribuinte individual: [...]
e) desde que receba remuneração decorrente de trabalho na empresa: [...]
2. o diretor não empregado e o membro de conselho de administração de sociedade anônima;
IV – Errada. Trabalho em âmbito residencial, em atividade sem fins lucrativos. Isso aí é carac-
terística de quem? De quem???? Do empregado doméstico, ora essa!
Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas: [...]
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II – como empregado doméstico – aquele que presta serviço de forma contínua, subordinada, one-
rosa e pessoal a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos, 
por mais de dois dias por semana;
Letra d.
Mas vamos logo voltar à teoria, pois ainda temos muito conteúdo pra vencer aqui!
g) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, 
sem relação de emprego;
h) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins 
lucrativos ou não;
Finalmente chegamos ao que seria o conceito por excelência de contribuinte individual. Se 
pedíssemos a qualquer pessoa na rua para nos dizer o que seria um trabalhador autônomo, 
certamente ouviríamos algo semelhante ao texto dessa alínea “g” ou à alínea “h”.
Mas não se iluda. Sob a aparente singeleza dessas duas alíneas a legislação previdenciária 
esconde inúmeras cascas de banana. O § 15 do art. 9º do RPS nos traz uma lista enorme de 
situações que se enquadrariam nelas. Logo abaixo estão TODAS elas transcritas, com comen-
tários meus nos itens que considero mais importantes.
Art. 9º [...] § 15. [...]
I – aquele que trabalha como condutor autônomo de veículo rodoviário, inclusive como taxista ou 
motorista de transporte remunerado privado individual de passageiros, ou como operador de trator, 
máquina de terraplenagem, colheitadeira e assemelhados, sem vínculo empregatício;
Esse é o caminhoneiro que não tenha vínculo empregatício com empresa transportadora; 
trabalha por conta própria ou com prestação de serviços. É também o taxista, o motorista de 
aplicativo, bem como o operador de máquinas pesadas como o trator, a colheitadeira

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